Pips
Old School.
Até o céu
[size=xx-small]por Pips[/size]
Vôo e vou! Para bem longe daqui, para um lugar bem mais velho. Porém guardo saudades. Aguarde um abraço de até logo, para nunca mais me ver. Contarei por cartas sobre uma menina que conheci; uma moça quase mulher que de tão distraída fez meu coração saltitar.
Ela vinha junto de um sorriso, segurando uma pedra na mão. Andando para o outro lado da rua e depois caminhando até outra, de outro nome, de outro dono. Uma calçada bicolor, um pedacinho branco e um pedacinho preto. A menina joga a pedra bem longe, enrola seu longo cabelo, mas não o amarra, talvez para fazer graça, não sei. Todavia, ela olha para trás e olha bem no infinito do olho, como se tocasse algo que esqueci. Levanta a mão para dar um oi ou um tchau com grande denguice.
- Mas onde está o céu? - perguntei afoito e atento.
- No final dessa calçada! A cada momento, pela vida toda! - ela respondeu, parando de falar em seguida. Em um pé só ela se sustentou nesse pensamento, notando que a rua era sem saída. Uma parede enorme à sua frente, pouco mais do que dez casas de amarelinha.
Estática, desequilibrou quando outra idéia surgiu na sua inquieta mente. Por pura sorte, já tinha me aproximado curioso e querendo iniciar uma conversa preliminar afastada do céu, e a segurei em meus braços. Soltou um sorriso e me mordeu a bochecha. Sorri de volta em desconserto. Ela continuou a saltar com o cabelo levado ao vento. Comecei a saltar em seguida apostando corrida e cheguei primeiro, batendo na parede. Um estrondo de trovão veio junto. Era amedrontador. Virei para o caminho de volta, o mesmo que já fora percorrido, e a chuva tratou de cair. A calçada estava escorregadia e ela não estava mais lá, na minha volta.
Fechei os olhos e continuei de frente à parede. Estava conformado com o abandono no meio da chuva. Comecei a jogar amarelinha de trás pra frente sem me importar com o caminho. Não sabia se estava correto e com muito cuidado para não escorregar, não deixei nenhuma lágrima escapar.
[size=xx-small]por Pips[/size]
Vôo e vou! Para bem longe daqui, para um lugar bem mais velho. Porém guardo saudades. Aguarde um abraço de até logo, para nunca mais me ver. Contarei por cartas sobre uma menina que conheci; uma moça quase mulher que de tão distraída fez meu coração saltitar.
Ela vinha junto de um sorriso, segurando uma pedra na mão. Andando para o outro lado da rua e depois caminhando até outra, de outro nome, de outro dono. Uma calçada bicolor, um pedacinho branco e um pedacinho preto. A menina joga a pedra bem longe, enrola seu longo cabelo, mas não o amarra, talvez para fazer graça, não sei. Todavia, ela olha para trás e olha bem no infinito do olho, como se tocasse algo que esqueci. Levanta a mão para dar um oi ou um tchau com grande denguice.
- Mas onde está o céu? - perguntei afoito e atento.
- No final dessa calçada! A cada momento, pela vida toda! - ela respondeu, parando de falar em seguida. Em um pé só ela se sustentou nesse pensamento, notando que a rua era sem saída. Uma parede enorme à sua frente, pouco mais do que dez casas de amarelinha.
Estática, desequilibrou quando outra idéia surgiu na sua inquieta mente. Por pura sorte, já tinha me aproximado curioso e querendo iniciar uma conversa preliminar afastada do céu, e a segurei em meus braços. Soltou um sorriso e me mordeu a bochecha. Sorri de volta em desconserto. Ela continuou a saltar com o cabelo levado ao vento. Comecei a saltar em seguida apostando corrida e cheguei primeiro, batendo na parede. Um estrondo de trovão veio junto. Era amedrontador. Virei para o caminho de volta, o mesmo que já fora percorrido, e a chuva tratou de cair. A calçada estava escorregadia e ela não estava mais lá, na minha volta.
Fechei os olhos e continuei de frente à parede. Estava conformado com o abandono no meio da chuva. Comecei a jogar amarelinha de trás pra frente sem me importar com o caminho. Não sabia se estava correto e com muito cuidado para não escorregar, não deixei nenhuma lágrima escapar.