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As vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky)

Melian

Período composto por insubordinação.
Muitas pessoas sentem um arrepio só de ouvirem a palavra ADOLESCÊNCIA. Para muitos, essa fase costuma ser assustadora, sombria, triste. É o momento das descobertas, mas é, também, o momento no qual o fato de sermos ou não aceitos em um grupo pode deixar traumas inimagináveis. As vantagens de ser invisível não é um tratado filosófico sobre os percalços por que passamos na adolescência. E não é mais um livrinho que fala, de maneira superficial, sobre a adolescência. É um livro que, por meio de uma linguagem simples, apresenta-nos um universo que julgamos conhecer muito bem, mas perdemos essa certeza nas primeiras páginas do livro.

Charlie é um garoto inteligente, solitário, inocente, e que é capaz de cativar até mesmo os leitores mais rabugentos, porque é humanamente impossível não pensar "em algum momento da minha vida, eu já fui o Charlie" diante da simplicidade com a qual ele narra os acontecimentos de sua vida. Acho sublime quando ele fala que o último livro que lê é sempre o seu livro preferido. Isso demonstra, bem, aquela característica bem marcante dos adolescentes de estar começando a conhecer o mundo, mesmo. Sem contar que Charlie tem um memorável gosto musical. E quando ele narra suas experiências com os amigos, nos sentimos eternos (eu prefiro "nos sentimos infinitos", mas, né?).

A narrativa não se estrutura por meio de capítulos, mas, sim, de cartas, que são dirigidas a alguém não nomeado. Ele inicia as suas cartas com um "Querido amigo", que nos remete, imediatamente, a forma utilizada pelas pessoas para começarem a escrever em diários "Querido diário". Inicialmente, ficamos curiosos para sabermos o nome da pessoa com quem o protagonista fala, mas, depois de um determinado momento, a gente sente que o Charlie está falando para nós. E isso é possível, principalmente, pelo fato de o Charlie não colocar seu endereço nas cartas que manda ao seu interlocutor. Ele não quer que as cartas sejam respondias. Charlie é um garoto que quer ser ouvido.

Às vezes, chegamos a ouvir o eco das palavras de Charlie, de tão intensas que elas são. Charlie fala de coisas "polêmicas" sem ffazer um julgamento rígido, mesquinho, sem extremismos. Ele fala sobre tudo como vê. E isso é um dos méritos do livro. Outro mérito da escrita do chbosky é que ele consegue criar um clima de suspense no qual Charlie fica sufocado com as suas (não) lembranças e a angústia do personagem acaba sendo assimilada pelos leitores.

Enfim, é um livro muito bonito. Simples. Cativante. Emocionante.
 
Última edição por um moderador:
foi uma leitura muito bacana. quase entrou no meu top5 do ano. isso senão entrou e eu esqueci hahaha. anyway, acho que é um daqueles casos de quanto menos se sabe sobre o livro, melhor. é muito bom chegar "inocente" naquela história, sem julgamentos, ver as personagens como charlie vê.
 
Eu gostei tanto do Charlie que, sério, em alguns momentos, quase falei: "vem cá, vem cá pra eu te dar um abraço".
 
Ótimo livro. Devorei-o. De fato, senti que o Charlie estava falando comigo e precisava de um abraço - e é claro que eu iria dar. :D
 
Li o livro rapidamente umas 2 semanas (ou menos) após ter visto o filme. Achei o livro desnecessário para quem viu o filme. Calma, vou explicar o desnecessário. Ele não é ruim, longe disso, é muito legal, leve e divertido. Adorei ter lido-o. No entanto, o que eu quis dizer foi que senti no filme, os mesmos sentimentos que senti lendo o livro, o que é uma indicação de uma boa adaptação. Achei que tudo foi bem coberto e desenvolvido no filme, não ficou faltando alguma passagem que fosse fundamental para o aprofundamento do personagem ou que ajudaria a definir quem ele é.

Qto os formatos de carta, acho que a idéia do livro é em parte dele ser escrito pra vc. Como se as cartas se dirigissem a quem está lendo. Ou seja, é como se vc tivesse recebendo aquelas cartas e sabendo da historia de Charlie através delas.
 
Eu adorei o livro. Achei o Charlie tão inocente que dava vontade de contar uma história pra ele antes dele dormir. Só que essa inocência me ensinou muita coisa. Ele era tão puro nas tentativas de ser infinito que as coisas que ele fazia, embora aparentemente erradas/estranhas, eram perfeitamente justificáveis. Gostei demais da forma como ele se descobriu ao longo do livro, saindo de um extremo, indo ao outro, mas encontrando o equilíbrio.

E o engraçado é que comprei esse livro exatamente porque gosto de me sentir invisível às vezes, mas queria saber que vantagens isso tem. Mas acabei entendendo como é gostoso se sentir infinito também.

Não vi o filme, mas morro de vontade.
 
Adolescência, para mim, se resume em dois versos de Morrissey:

"Sixteen, clumsy, and shy:
that's the story of my life"


Vou dar uma conferida nesse livrinho quando puder.
Marquei como "desejado" no Skoob se, néam, alguma alma caridosa quiser me dar de Natal. :roll:
 
Aproveitando a deixa da Anica, GENTE, eu não li o ficção de polpa 4 (sério, sou tão desligada que nem sabia que tinha o 4). É legal como os anteriores, Anica?
 
Aproveitando a deixa da Anica, GENTE, eu não li o ficção de polpa 4 (sério, sou tão desligada que nem sabia que tinha o 4). É legal como os anteriores, Anica?

eu gosto mais dos 3 primeiros, no 4 tem menos contos pq eles são mais longos (acho que será o mesmo com o 5), mas ainda assim, é bem legal =D
 
Acabei de ler agora há pouco. E nossa! Estou digerindo até agora...
pelo que a Cleo tinha falado, achei que choraria com a leitura, mas não foi o que aconteceu. Incrível como eu me senti exatamente como Charlie: "feliz e triste ao mesmo tempo". Ao mesmo tempo feliz e triste com a pureza e inocência com que ele vai descobrindo essa nova fase da vida, erra, tenta "participar", e com a simplicidade com que ele narra isso ao interlocutor.

Acho a frase "eu me sinto infinito" genial para descrever o tipo de sentimento que os adolescentes tem quando começam a se sentir parte de algo.
A forma de cartas (e o leitor se sentido o destinatário delas), o jeito como a história é contada... tudo é de uma simplicidade profundamente tocante.
 
Eu só estava é procurando aqui, porque não podia faltar The Perks na seção estrangeira! ): É muito amor.
Acho que concordo com que o Fingolfin disse, o filme foi muito bem feito, e dessa forma o livro é meio que algo desnecessário (apesar do livro ser ótimo). Mas com muitas pessoas que conversei, as quais só ficaram sabendo de Perks por causa de algum ator/atriz (>>>>>>EMMA WATSON<<<<<<< *tap*), ou assistiram por falta de opção no dia que decidiu ir ao cinema, me disseram que depois quando foram ler o livro, deixou a desejar. Realmente as emoções se concentram muito mais intensamente no filme. Mas para os perkianos de plantão, ou já haviam lido o livro mesmo antes do filme sair, ou leram depois, mesmo sem tanta emoção. Basicamente uma padaria: te dão o recheado no cinema; o francês tradicional no livro, você escolhe! Porém, ah, é um amor, e eu não me canso de assistir o filme. Quem nunca se identificou com o Charlie? ): Poxa, casa comigo.
 
Eu só estava é procurando aqui, porque não podia faltar The Perks na seção estrangeira! ): É muito amor.
Acho que concordo com que o Fingolfin disse, o filme foi muito bem feito, e dessa forma o livro é meio que algo desnecessário (apesar do livro ser ótimo). Mas com muitas pessoas que conversei, as quais só ficaram sabendo de Perks por causa de algum ator/atriz (>>>>>>EMMA WATSON<<<<<<< *tap*), ou assistiram por falta de opção no dia que decidiu ir ao cinema, me disseram que depois quando foram ler o livro, deixou a desejar. Realmente as emoções se concentram muito mais intensamente no filme. Mas para os perkianos de plantão, ou já haviam lido o livro mesmo antes do filme sair, ou leram depois, mesmo sem tanta emoção. Basicamente uma padaria: te dão o recheado no cinema; o francês tradicional no livro, você escolhe! Porém, ah, é um amor, e eu não me canso de assistir o filme. Quem nunca se identificou com o Charlie? ): Poxa, casa comigo.

Cinema é exposição, literatura é reflexão - e pode ser vice-versa. Ocorre que o filme tem suas qualidades, bem como o livro tem as dele. Se tivesse que decidir entre um e outro, ignorando por um instante a diferença de mídias, escolheria o livro sem pestanejar. O que Chbosky fez ao inserir pedaços do inconsciente de Charlie sem que este os notasse mesmo numa leitura posterior das cartas foi algo espetacular. O não-dito, o vago, transpareceu o incômodo que é marca da adolescência, de não saber o que está faltando, mas saber que, no entanto, há um buraco a ser preenchido - com o que, ninguém tem resposta clara para isso. A maior lição do livro, pelo menos na minha opinião, é a de procurar ser um funil, não uma esponja - é assim que nossa personalidade deveria ser formada, refletindo sobre o que nos torna únicos, e não apenas introjetando expectativas alheias. No final, a impressão que tive do filme é de que ele procurou solucionar a questão do trauma, que sim, é um problema incômodo, mas que não era o único problema do Charlie que demandava resolução, como exposto no livro.
 
Re: As vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky)

eu assisti o filme ha algumas semanas e gostei, achei uma otima adaptacao e me tirou sorrisos, lagrimas e afins. mas tambem achei que o filme se centrou bastante em procurar o motivo das lembrancas, sendo que no livro, pelo menos quando eu li, isso foi tao surpreendente que tive que voltar atras e ler os momentos em que ele se lembrava de algo ou fazia alguma coisa sem pensar, porque nao achei MESMO que esse fosse o centro da historia. gostei mesmo de ver o charlie se descobrindo, se tornando alguem mais parecido com a pessoa que ele queria ser, parte de alguma coisa; obviamente que a o passado interferiu muito em quem ele era, mas o que sam e nothing fizeram com e por ele foi o que tornou a leitura divertida para mim. e mesmo se tratando de assuntos pesados, foi uma das leituras mais leves que tive.
 
Esse livro é a coisa mais bonitinha <3 vou procurar todas as músicas citadas e reler.
 

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