Os dias passam e a ansiedade aumenta, no site da Veja(revista que eu julgo com mais credibilidade), ja postou sua crítica em seu site que por sinal são muuuuito positivas. A reportagem segue na linha informativa, resumindo a história, então, postarei somente o que tiver relevância para quem ja conhece a hitória. Tem SPOILERS, mas acho que vale à pena ler.
"A nova batalha pelo anel
Em As Duas Torres, a segunda parte
de O Senhor dos Anéis, o diretor Peter
Jackson mostra que sua guerra para
levar Tolkien à tela continua vitoriosa "
"Por ser a segunda parte de uma trilogia, As Duas Torres não tem um começo nem um fim propriamente ditos. Além disso, traz tanto enredo a cobrir que simplesmente não há tempo para recapitulações. O filme mergulha na ação desde o primeiro minuto para, três horas depois, fazer com que a platéia deixe o cinema num estado de suspense – e agradável insatisfação – que só se resolverá daqui a um ano, com O Retorno do Rei, que encerra a saga publicada pelo escritor inglês J.R.R. Tolkien entre 1954 e 1955. Há aí, claro, um obstáculo. Quem deixou de ver o primeiro episódio (deve ser pouca gente, já que ele rendeu mais de 860 milhões de dólares nas bilheterias) não tem a menor chance de acompanhar o segundo. Mas não é um problema difícil de remediar, já que A Sociedade do Anel está disponível em vídeo e DVD. Tomada essa providência, As Duas Torres se mostra um filme ainda mais bem resolvido, e consideravelmente mais monumental, do que o primeiro. "
O diretor Jackson equilibra esses vários ramos do enredo de As Duas Torres com critério. Reduz certos trechos da história ao mínimo, amplia aqueles que são mais ricos do ponto de vista dramático e visual e ainda reescreve Tolkien, por assim dizer. Uma das cenas mais belas do filme, aquela em que se vê o destino malfadado que aguarda o romance entre o mortal Aragorn e a imortal Arwen, não está no livro. Que Jackson torne inteligível esse emaranhado de tramas já é digno de admiração. Mas ele vai mais longe: As Duas Torres deixa de lado o tom pastoral de A Sociedade do Anel para mergulhar de fato no universo épico, profundamente marcado pela mitologia nórdica, de Tolkien. O resultado não é apenas empolgante. Ele estabelece parâmetros para a técnica cinematográfica que devem estar deixando o americano George Lucas, o autoproclamado patrono dos efeitos digitais, verde de inveja. "
"Jackson filmou os três capítulos da saga de uma só tacada, ao longo de quase um ano e meio, o que garantiu o custo comparativamente baixo da produção (300 milhões de dólares, no total) e a unidade no visual e na atuação quase sempre notável de seu elenco. Nos três anos que antecederam as filmagens, as estrelas foram os artesãos. Cada copo, vestimenta, armadura, cota de malha ou espada que se vê em cena foi confeccionado manualmente, segundo técnicas medievais – o período com que O Senhor dos Anéis tem maior afinidade. Nos doze meses anteriores a cada lançamento, o peso recai sobre os técnicos em efeitos. Isso ao ritmo de 24 horas por dia: as equipes estão espalhadas pelo globo e trabalham sem parar, cada uma no seu fuso horário. Desde já, elas tentam cumprir o prazo para que O Retorno do Rei fique pronto nesta mesma semana de 2003. O saldo desse investimento pode ser conferido, por exemplo, na batalha de Helm, que só em filmagem consumiu três meses de atividade ininterrupta. Para essa cena, o diretor inventou um software em que os soldados digitais não são clones, como de hábito. Eles sabem diferenciar inimigos de aliados e tomam suas próprias decisões. O efeito é absolutamente realista. A criatura Gollum é um marco ainda mais relevante. Jackson contratou o ator inglês Andy Serkis para dar voz ao personagem e também para desenvolver seus movimentos peculiares. Numa primeira etapa, Serkis participava das cenas com Elijah Wood e Sean Astin, que interpretam Frodo e Sam, para que eles acertassem suas marcações e não tivessem a sensação incômoda de contracenar com o vazio. Em seguida, Serkis repetia as cenas sozinho, vestindo um macacão dotado de sensores. Tais sensores serviam para transmitir ao computador as coordenadas de seus movimentos, transformados depois em animação digital. Por fim, fez-se de Gollum um ator digno desse nome. Dividido entre a lealdade a Frodo, que o trata com compaixão, e o desejo pelo anel, ele é o personagem mais rico do filme, ao mesmo tempo trágico e patético. Em instantes, Gollum dissipa na platéia aquilo que poderia ser a ruína de As Duas Torres: a consciência de que ele, na verdade, não existe. "
Putz, acabei postando tudo!!!