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''As Duas Torres'' é um filme grandioso, cheio de cenas.....

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Gothic Legolas

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''As Duas Torres'' é um filme grandioso, cheio de cenas de ação, mas que cai em ritmo e mantém incógnitas :x :x :x

Amigos, o e-Pipoca viu ''O Senhor dos Anéis: As Duas Torres'' e tem muito de bom há dizer sobre a produção. Mas também tem suas críticas negativas, observações e sensações ruins a respeito. O caminho mais fácil a ser trilhado é o panfletário, dizer como é emocionante a batalha de Helms, como o personagem Gollum/Sméagol é fantástico etc, etc. Mas vamos tomar o caminho mais difícil, já que é nele que tudo faz a diferença. Frodo que o diga.
A sensação ao sair da sala de cinema foi complexa. Foram três horas ininterruptas na Terra-Média. Estava pasmo.

O filme é grandioso, quebra barreiras, estupefata. Mas, enquanto que ''O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel'' é uma produção que conquistava seguidores e ganhava vida cinematográfica, ''As Duas Torres'' é um longa que conta um pouco demais com o ''já ganhou'' dos fãs para garantir sucesso e gás para ''O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei'', episódio final da trilogia.

''Duas Torres'' começa em uma bela tomada panorâmica sobre Caradhras, a montanha coberta de neve por onde passa Moria, a mina dos anões, cenário do desaparecimento de Gandalf (mago interpretado por Ian McKellen) no primeiro filme. Diálogos ecoam pelo vale, remontando para o espectador o ocorrido. Daí o diretor Peter Jackson leva o espectador a Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin), os Hobbits que abandonaram a comitiva para juntos tentarem ir a Mordor, a fortaleza do vilão Sauron, e destruir seu anel.

O filme joga entre três situações, a jornada de Sam e Frodo, que contam com o auxílio do incerto personagem Gollum em sua trilha, na batalha do Humano Aragorn (Viggo Mortensen), o Elfo Legolas (Orlando Bloom) e o Anão Gimli (John Rhys-Davies) contra os exércitos do mago Saruman, e no contato dos Hobbits Pippin e Merrin com o antigo e poderoso ser Barbárvore.

A alternância entre as três seqüências não atrapalha em nada a compreensão de suas histórias. Mas fica clara a preferência pela batalha de Aragorn e companhia pelo reino dos Humanos, que Saruman pretende devastar. As cenas de batalhas e conflitos dos cavaleiros da cidade de Rohan contra os Orcs garantem os momentos mais emocionantes e repletos de efeitos especiais.

Nisso Jackson se destacou de forma impressionante. Em ''As Duas Torres'' há um recorde de cenas impossíveis de serem filmadas. E elas estão na tela com perfeita verossimilhança. Em certo momento, o rei de Rohan decide levar seu povo a antiga e, até então, impenetrável fortaleza de Helm. Um exército de 10 mil orcs Uruk-Hai segue ao local. Chove. São poucos homens em Helm, cujo povo já sofreu diversas atrocidades. Basta dizer que nenhum dos lados poupa esforços. Tudo é documentado com câmeras que sobrevoam os exércitos, ângulos fechados em personagens de destaque, milhares de flechas traçando o céu escuro, escadas se apoiando na muralha e conversas amigáveis entre Legolas e Gimli, que disputam a contagem de corpos.

Em relação a Frodo e Sam, interessante é notar o domínio e os efeitos do anel em cima do pequeno e altruísta Hobbit, que se entrega para impedir o fim do mundo. Mais amargo, estourado, fraco. Frodo revela sua vertente benéfica ao consolar Gollum. É perceptível a simpatia de um pelo outro. Parecem perceber o fardo e entender as chantagens do anel, que já pertenceu a Gollum. O ser revela nesta produção sua segunda identidade, Sméagol, mais amável e dedicada a Frodo.

Este é outro que merece um destaque à parte. Ao contrário do que se pode imaginar, Gollum é interpretado, não 100% gerado em computador. Andy Serkis (que pôde ser visto na 26ª Mostra BR de Cinema de São Paulo no filme ''A Festa Nunca Termina'') é o ator por trás do deformado, quase reptiliano ser. A movimentação e interação dele com os outros personagens é impressionante, assim como a interpretação dada aos animadores em 3D ao seu rosto. A campanha dos produtores para a indicação de Serkis ao Oscar de Coadjuvante é válida, o ator se dedicou muito. Vale lembrar que a dublagem também é dele. Não deve acontecer, mas serve mais para atrair a atenção e gerar polêmica sobre um problema crescente na premiação futuramente, o da interação da tecnologia no cinema (leia notícia relacionada).

Merry e Pippin ficam de lado, mas a interação com Barbávore, um ent, árvore viva que protege as florestas, é crucial para o confronto com Saruman.

Tudo isso funciona na produção. Mas há também um vácuo em ''As Duas Torres''. Ao final de ''Sociedade do Anel'', os amigos se separavam, um grupo de guerreiros ia à ação salvar os colegas e o outro se tacava ao desconhecido trajeto para Mordor. Mesmo frustrante para muitos, incitava o interesse e funcionava como fim de narrativa. Em ''As Duas Torres'', Frodo e Sam continuam ao acaso, incertos de seu destino. A repetição será duplamente frustrante. O fim de batalha em Helm dá margem há um recomeço às batalhas de Aragorn. Eles estão em branco, no vazio.

Fica claro que Frodo e Sam correm perigo cada vez maior, e que a batalha pela Terra-Média contra Sauron continua. Mas são poucos ganchos diretos, ligações fáceis. O espectador que não é fascinado ou que desconhece o livro pode rejeitar este aspecto. Muitos ficaram decepcionados com o final da primeira produção. Após três horas de um segundo longa, supostamente mais esclarecedor, o efeito pode ser pior.

Assim como na trilogia original de ''Star Wars'', em que o segundo filme a ser produzido, ''Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca'', é o mais sombrio, ''Duas Torres'' também é de clima pesado. O único alívio cômico vem de Gimli, recurso do qual se abusa. Quase descaracteriza o personagem. Mas ao final de ''Império'', Luke descobre que Vader é seu pai e perde a mão enquanto seu amigo fiel, Han Solo, é congelado pelo vilão Jabba. Haja carga emocional. Isso não se repete no projeto de Jackson.

Um detalhe menor, mas curiosos, são as mensagens ecológicas de Tolkien, explicitadas em ''As Duas Torres''. Em diálogo, Gandalf chega a dizer que Saruman foi ''conquistado pela indústria''. Para quem não é louco por politicamente correto pode se cansar.

Isso somada à fraca e, até então, desnecessária participação de personagens como Faramir, irmão de Boromir, e o lento progresso do trio de heróis no início do filme, tiram algum ritmo. Não é nada mortal, mas a aura de obra-prima ficou até então no primeiro filme. ''O Senhor dos Anéis: As Duas Torres'' fica no âmbito de quase genial. Que o rei retorne ano que vem para a revelação completa. :cheers:

Materia Completa: http://e-pipoca.ig.com.br/news_zoom.cfm?id=9316
 
bruncky disse:
Outro tópico sobre a pré-estréia? Dirhil não vai gostar.... :lol:

Eu me segurei para nao falar isso! Eu adoro esse forum e frequento o site ja tem mais de um ano, e nem queria me cadastrar aqui por que eu ja tinha reparado que tem muito puxa saco. Eu nao postei essa menssagem para concorrer com ninguem! So queria informar, se algum moderador nao gostar pode apagar! So postei com melhor das intençoes, mais quando aprece pessoas que querem aparecer me deixa irritado! :evil: :evil: :evil:
 
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