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As Aventuras de Pi (Life of Pi, 2012)

Sua nota para o filme


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Who will define me?
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IMDb | Wiki | Oficial


Sinopse:
Baseado em um livro de mesmo nome do escritor Yann Martel, publicado em 2001, conta a história de um indiano cujo navio naufraga e o deixa a deriva por 227 dias na companhia de uma zebra, um tigre, uma hiena e um orangotango.


Diretor:
Ang Lee


Estréia:
21 Novembro 2012 - EUA
25 Dezembro 2012 - Brasil


Trailer:




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Parece pretensioso. Mas ele já foi capaz de fazer um filme lindo como Tigre e o Dragão, então dou meu voto de confiança.
 
Última edição por um moderador:
Re: As Aventuras de Pi (Life of Pi; 2012)

Gostei do que vi! Espero que o filme não seja ofuscado (como deverá ser...de qualquer jeito) pelo lançamento de O Hobbit no mesmo mês.

Mas senti um Náufrago feelings no video....no lugar do Wilson (a bola de Volei), teremos um tigre, uma zebra, uma hiena e um orangotango. Às vezes penso que uma simples bola foi uma dos melhores "sacadas" da história do cinema recente!:lol:
 
Re: As Aventuras de Pi (Life of Pi; 2012)

Alguém já viu?

Eu gostei.
Apesar do 3D ter alguns pontos confusos, a imersão que o Ang Lee dá na maior parte do tempo nas cenas submersas e, principalmente, nas cenas das tempestades é simplesmente embasbacante. Entra no meu hall de filmes que trouxeram coisas a mais pro 3D do que as baboseiras de sempre. As cenas de transição do contador da história para a história em si em planos diferentes também ficaram muito bem feitas, geniais.

Ainda nos efeitos, o tigre é lindo. Li que em nenhuma cena do tigre contracenando com o menino é um tigre de verdade. Só se utilizou um tigre de verdade em cenas isoladas (quando ele nada, alguns closes, etc). Isso me deixou de queixo caído, pois ele não deixa de me convencer que é um tigre de verdade em NENHUM momento. Não tem aquelas pequenas estranhezas que personagens eletronicos muitas vezes tem.
Pra ser honesto teve só um momento que eu vi um pequeno deslize, que foi a cena do tigre engolindo o rato. Ali a física dos movimentos ficou pouco natural.


A história é aberta a tantas interpretações que é complicado querer resumir uma sinopse pra analisar.
Particularmente achei interessante o paralelo que Pi faz das suas histórias com as metáforas das histórias religiosas.
Foi impressionante ver as reações da platéia 100% negativas quando Pi começa a contar a segunda versão da história.
Uns urrando porque estava sendo muito longo. Outros dizendo que "então a 1h anterior era bullshit?". Etc.

Realmente as platéias que o cinema tem arrecadado nos ultimos tempos estão cada vez mais preguiçosas.
Essa cena era justamente o ápice do filme, o que o transformou de um filme de aventura "bobo" qualquer em algo com mais camadas (bem mais camadas).


Por fim, o ator foi o ponto baixo do filme pra mim. Não que ele tenha sido muito ruim, mas nas cenas mais fortes ele desliza e isso quebra um pouco essas cenas. Não sei se o Ang Lee se concentrou tanto em dar vida ao Parker que relaxou um pouco no garoto.



Bom. Não é um 10, não sei se digo que é um filme esteticamente mais belo que Tigre e Dragão, mas ele não me decepcionou como eu tinha expectativa pela pretensão.



PS: Eu esqueci de colocar a enquete das notas. Alguem pode fazer isso por mim?
 
Última edição:
Re: As Aventuras de Pi (Life of Pi; 2012)

Fui sem saber da sinopse nem ler nada a respeito.
De começo eu tava muito crítico por ser em 3D (no momento era a única opção que tinha), nunca tinha visto nenhum filme em 3D e acredito que a imersão na história deva acontecer pelo roteiro, não efeitos.
Então o filme começou, e as cenas iniciais apresentavam uma profundidade linda, não um bando de animais bobos pulando na minha cara, o 3D estava sendo usado para enriquecer a beleza das imagens, e isso me surpreendeu.
Recomendo pelo 3D e todo o visual, é tudo muito lindo mesmo.

Agora o roteiro:
Começou como um Forrest Gump indiano, pulou para Náufrago, mas é aí que a história realmente começa e impressiona, se é triste ver filme onde o cachorro morre, imagina ver todos aqueles inúmeros animais morrendo em desespero? Por mais que a situação fosse trágica ao extremo, eu queria ver os animais se salvando, mas ao invés disso os únicos que se salvaram terminaram se matando. =\
Até aí eu esperava um Slumdog Millionaire, onde tudo o que ele tinha aprendido sobre as religiões o guiaria numa descoberta da fé que o salvaria e bla, bla, bla... mas o que nós vemos é uma sobrevivência pura, é simplesmente estar no limite e lutar pela vida, sem desistir. Esse trecho se sustenta com as belas imagens e o desenvolvimento da relação de Pi com o Tigre, o que eu achei interessante por nunca humanizarem o tigre, como cheguei a suspeitar que poderia acontecer, o resultado é uma mistura de realidade com o encantamento de algo mágico, como é mostrado mais drasticamente na ilha carnívora.

O questionamento religioso que poderia ter ficado massante no final se torna bem poético, o conto não mostra Pi sendo salvo por um milagre nem empurra nenhuma ideologia à força, ele brinca com a percepção e o conceito de verdade, e cria uma nova perspectiva genial que me faz querer ver o filme de novo, observando o tigre não só como um animal selvagem, mas como uma parte dele mesmo.

É agradável e prazeroso acompanhar essa jornada, tem muita beleza em todos os seus aspectos, e achei toda a produção muito bem amarrada com o objetivo do filme. Darei nota 8 quando criarem a enquete.
 
E ele, o escritor, apenas leu uma resenha, Hehe... Procurei informações sobre o livro, pq estou lendo e queria saber se a história não era verídica :dente: tem até um vídeo do scliar falando sobre isso e tal... Adorei o filme tbm, e espero que a leitura do livro seja igual ou melhor do que a experiência de ver o filme... Enfim, aquele 3D na parte da tempestade no mar, meu coração chegou a acelerar de tanta emoção, parece que estava ali, no meio daquilo tudo. Fantástico!
 
Um dos únicos filmes que está no cinema e eu ainda não fui conferir. Estou achando que vou conferir só quando sair em DVD mesmo. Não me agradou muito os trailers que vi.
 
Eu acho que vale a pena ver no cinema, no sentido de ser um grande espetáculo e em 3d também (provavelmente a última vez que vou elogiar um filme em 3d), mas ficou lindão o que o Ang Lee fez.
 
Vi ontem, sem nem ter visto trailer, cartaz, spoiler... nada. Nem sabia que filme era esse. Foi como se eu chegasse no cinema e escolhesse qualquer um. Enfim...

Que filme denso! Preciso ver de novo! 8-O
 
eu depois de ver o filme:

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amanhã edito esse post falando um pouco mais do que achei.

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editando, com o post que escrevi pro bró (to só copiando e colando, então links e imagens ficaram lá, para quem faz questão):

Para você ver como são as coisas: naquelas birras inconscientes bobas do nosso dia-a-dia, eu estava disposta a odiar As aventuras de Pi (Life of Pi), do diretor Ang Lee. Basicamente porque assim que o filme chegou aos cinemas, uma história voltou a ser comentada: de como o autor do livro As aventuras de Pi (Yann Martel) teria plagiado uma obra do brasileiro Moacyr Scliar, chamada Max e os Felinos. Mas como disse, birra inconsciente boba. Para quem quiser saber mais sobre o assunto, tem um depoimento que o Scliar deu sobre o assunto aqui.

De qualquer forma, é fato que na primeira meia hora do filme eu ainda estava assistindo com um certo cinismo. “Ok, Ang Lee, entendi, você fez receita de bolo para ganhar Oscar.”, era o que eu pensava (além de “Se fizerem algo com o Tigre eu vou ficar muito puta”). Mas aí na outra vez que fui me dar conta de qualquer pensamento que não a história em si, eu percebi que já tinha sido completamente encantada, para não dizer seduzida. Sim, é receita de bolo para ganhar Oscar. Mas ninguém disse que seguir receita faz o bolo ficar ruim, ele só não fica, hum, original, certo?


A ideia é a seguinte: um escritor encontra com Pi para ouvir sua história, de modo a escrevê-la. Pi começa descrevendo sua infância na Índia, que para quem estava querendo logo “a hora do cara no barco com o tigre” pode parecer arrastado ou mesmo desnecessário, mas não achei – situa as personagens na história, o modo como o protagonista encarava a religião (belíssima mensagem de tolerância religiosa, aliás) e mesmo o início da relação com o tigre Richard Parker. E é um começo tão doce que não tem como não se envolver com a história, querer saber o que acontecerá com Pi (e sim, sofrer com o garoto quando a situação aperta).

Visualmente o filme é impecável, cheio de cenas de encher os olhos, como no momento de calmaria com o céu refletindo na água:

E sim, várias e várias cenas que gritam “3D! 3D!” Mas que continuam igualmente bonitas em 2D. E pensar que poucas cenas dos animais não são CGI (de acordo com o IMDb, só 14% das cenas do Richard Parker foram feitas com um tigre real), faz com que eu só pense que bem, desculpa Peter Jackson, mas nem o Efeitos Visuais vai ficar com você este ano.

Sobre “a hora do cara no barco com o tigre”, ela nem é tão longa quanto imaginei que seria (ou pelo menos nem senti o tempo passar). A história é montada de tal maneira que há uma mistura de sentimentos: você fica com medo, você ri, você fica tenso, você acha Pi um idiota, você acha Pi um amor, você chora, etc. É quase um efeito de montanha russa, de quando você acha que vai ter uma calmaria, de repente acontece algo que muda tudo.

E sim, a relação de Pi com o tigre Richard Parker é o coração do filme. As tentativas de aproximação do garoto, o modo como de certa forma ambos chegam a conclusão que precisam um do outro para sobreviver, e aquele desfecho, com Pi dizendo para o escritor “I suppose in the end, the whole of life becomes an act of letting go, but what always hurts the most is not taking a moment to say goodbye.” é de arrancar lágrimas.



Aliás, alguém me explica a falta de indicação para o Suraj Sharma no Oscar? Porque assim, se tinha vaga para o Bradley Cooper em O lado bom da vida, então tinha que ter um lugar pra esse guri. Li em algum lugar e concordo: parte do que faz o truque do CGI crível é a atuação dele.

Enfim, é lindo – de todas as formas possíveis. Emociona e encanta o olhar – tem cena ali que tenho certeza que ficará na minha memória por um bom tempo. E já que fizemos comparações “oscarianas”, é engraçado vê-lo ao lado de Lincoln entre os mais indicados, porque assim: eu adorei Lincoln, achei belíssimo, muito bem executado – mas um tanto frio. Parece que falta exatamente o que Pi traz (e de sobra, juro que depois de 1:30h abriu as torneiras dos meus olhos e não parei de chorar).

Para terminar, fica aí a história do nome do Tigre (copiei daqui):

No livo O Relato de Arthur Gordon Pym, do escritor Edgar Allan Poe (1809-1849), um personagem chamado Richard Parker é devorado por membros da tripulação. Em 1884, cinco décadas depois da publicação do livro de Poe, um crime chocou a Grã-Bretanha. Os três homens mais velhos do barco Mignonette, que havia naufragado, decidiram matar e comer o mais jovem deles. O nome do infeliz? Richard Parker.
 
Última edição:
Assisti hoje e gostei muito. Essas histórias de naufrágios são bem tensas. Dá uma agonia.

Engraçado depois que ele conta a versão mais realista eu só achei que era a versão mais verossímil pros japoneses lá, mas depois eu li que alguém falou nisso e aí eu fiquei pensando. Não sabemos qual é a história verdadeira.

Ah, dava pra perceber que o tigre era CGI, logo quando ele aparece na jaula deu pra notar pela textura da pele, não no início da cena, quando ele chega mais próximo da câmera.
 
Achei a mensagem do filme conforme a entendi meio besta, basicamente uma espécie de relativismo e sincretismo new age, tanto o ceticismo quanto as diversas religiões seriam expressões de uma mesma realidade, e seriam igualmente realistas e igualmente consoladoras. Nem quem é de fato cético e nem quem segue verdadeiramente uma determinada religião fecha com isso. E nem quem tem ou busca ter uma mentalidade filosófica.

Acho que as duas 'histórias' que o filme apresenta (uma delas nas últimas cenas) são igualmente forçadas. Aliás, já sou naturalmente avesso a esse tipo de recurso, de contar uma história querendo fazer 'alegoria' em relação a uma segunda historia ou mesmo em relação a ideias, para mim se a história é boa deve ser contada diretamente, sem rodeios, e voltada para si mesma. Mas as duas histórias são ruins, e duas histórias ruins juntas num filme não fazem uma história boa. Para mim o filme valeu pelos aspectos técnicos mesmo, é um filme muito bonito visualmente, mas o roteiro não me deixou gostar do filme.
 
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