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Evento As 5 Melhores (87ª Semana) - The Velvet Underground

Quickbeam

Rock & Roll

The Velvet Underground foi uma influente banda de rock norte-americana, formada em 1964 por Lou Reed (voz e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (baixo), Doug Yule (que substituiu Cale em 1968), Nico (voz), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (que substituiu Angus MacAlise).

História

O Velvet Underground foi uma banda de vanguarda da década de 60, caracterizada por um estilo experimental, pouco comercial para a época. A banda alcançou, por este motivo, durante seus poucos anos de existência, apenas uma pequena fração do reconhecimento público quanto ao grande mérito criativo e inventivo que hoje a faz ser citada unanimemente pela crítica especializada como um dos poucos grupos realmente essenciais da história do rock'n'roll. Parte deste pouco reconhecimento experimentado, no entanto, deve-se ao contato dos membros do grupo com outros grandes nomes da vanguarda artística novaiorquina, e, em especial, com o artista plástico norte-americano Andy Warhol, que se dizia cansado da pintura e promovia incursões por outros campos artísticos como a música e o cinema em sua The Factory.

Warhol agregou a seu redor um grande grupo de artistas independentes daquele período através desta postura, incluindo Lou Reed, Nico, e todo o grupo; mas sua influência sobre a banda por vezes é mal interpretada: há uma tendência equivocada a considerá-lo uma espécie de "mentor intelectual" do grupo quando, na verdade, grande parte das canções deste já haviam sido escritas (e por consequência, sua proposta artística já estava definida) antes do contato com ele. Andy Warhol, apesar de financiador, nunca exerceu grande influência sobre os temas a serem abordados nas músicas ou sobre a estética melódica em si, de forma que uma relação entre a música de Lou Reed e a Pop Art de Warhol seria, na melhor das hipóteses, extremamente sutil; um reflexo da convivência entre os artistas, apenas. No entanto ele teve forte influência em um importante episódio da história da banda: inclusão de Nico como vocalista em seu álbum de estréria, que ocorreu por imposição de Andy Warhol, mesmo sob protestos de membros do grupo. Como uma forma de objeção o nome do grupo no primeiro álbum foi "The Velvet Underground & Nico", excluindo-a, de certa forma, da banda.

Logo após o lançamento do álbum "White Light/White Heat" a banda se desligaria tanto de Nico quanto de Andy, no entanto.

O primeiro disco, The Velvet Underground and Nico (1967), notabilizou-se por uma banana na capa (feita por Andy Warhol), e também pelas composições completamente vanguardistas para os padrões da época, tratando de temas como drogas ("I'm Waiting For The Man" e "Heroin"), sadomasoquismo("Venus In Furs"), prostitutas ("There She Goes Again"), e até ocultismo ("The Black Angel's Death Song"). As vendas do LP, no entanto, foram pífias, mas existe uma lenda na qual quem o comprou montou uma banda após ouvi-lo - por exemplo, artistas como Iggy Pop, David Bowie, Depeche Mode, Echo & the Bunnymen, Joy Division, Sonic Youth, Jesus and Mary Chain, Nirvana, Nine Inch Nails, Radiohead e The Strokes foram influenciados pelo Velvet Underground.

Gravado em poucos dias, "White Light/White Heat" foi lançado no início de 1968. Após esse álbum (que é mais barulhento e tão ousado quanto o seu antecessor, e conta com clássicos como a faixa-título, "Here She Comes Now" e "Sister Ray", John Cale, responsável pelos experimentalismos musicais, saiu da banda, que passou a ter Lou Reed, de maior apelo artístico e poético, como único líder.

No ano seguinte, veio o 3º álbum, chamado simplesmente de "The Velvet Underground". Ele expõe um som mais acústico e introspectivo do que os anteriores, e é recheado de ótimas composições como "Candy Says", "What Goes On", "Beginning To See The Light".

O derradeiro trabalho com Lou Reed ainda na banda foi "Loaded", que conta com três das músicas mais famosas do VU: "Who Loves The Sun", "Sweet Jane" e "Rock and Roll". Após a saída do vocalista em 71, a banda ainda continuou na ativa pelos dois anos seguintes e até lançou um LP ("Squeeze"), mas o mesmo sequer é considerado parte de sua discografia oficial.

O ambiente natural de criação e trabalho do VU era a chamada "The Factory", prédio alugado por Warhol e decorado por Billy Name, para reunir seus companheiros exóticos.

O interesse pela banda voltou a crescer no fim dos anos 1980, quando John Cale e Lou Reed voltaram a trabalhar juntos e gravaram, em 1989, um disco em homenagem a Andy Warhol chamado "Songs For Drella" (que era um apelido do artista, uma corruptela de "Drácula" com "Cinderella"). Durante um dos shows para mostrar o disco em Paris, em julho de 1990, a dupla convidou Sterling Morrison e Maureen Tucker para tocarem, juntos, a clássica "Heroin". Em 1993 o Velvet se reuniu para alguns shows, que culminaram num álbum duplo, "Live MCMXCIII", com as principais músicas da carreira da banda.

O VU sempre foi conhecido pelo som alternativo, desvinculado de interesses comerciais e que focalizava quase sempre temas relacionados ao submundo (narcóticos, prostituição, criminalidade, etc). Demoraram anos para serem reconhecidos pelo grande trabalho, o que só prova o quanto a sonoridade deles estava bem à frente de sua época.

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Discografia

Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo

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VU+Nico.jpg

Não vou cometer nenhum exagero declarando que o Velvet Underground é uma daquelas bandas que qualquer um com interesse no rock precisa conhecer (gostar, é claro, são outros quinhentos). Antes da internet, porém, não era nada fácil ouvir material deles aqui no Brasil. Só consegui escutar a banda ao comprar o primeiro álbum, The Velvet Underground & Nico, em CD, lá em meados de 1992. Já comentei antes, mas foi uma audição difícil, gostei apenas de "Sunday Morning", num primeiro momento. Foi só com o passar do tempo (e através de múltiplas audições) que aquela música começou a fazer sentido para mim. "Heroin", "I'm Waiting for the Man", "Venus in Furs", "Femme Fatale"... Quando me dei conta, o disco havia se tornado um de meus favoritos. :dente:

Depois, quando ouvi White Light/White Heat, a primeira impressão foi de um trabalho ainda mais estranho e experimental do que o anterior, no entanto foi mais fácil de absorvê-lo, já que eu gostava da banda e tinha me acostumado ao som deles. Enfim, não foi fácil escolher as canções, mas eis meu top 5:

1 | "Pale Blue Eyes" (The Velvet Underground, 1969)
"Thought of you as my mountain top
Thought of you as my peak
A thought of you as everything
I've had, but couldn't keep

If I could make the world as pure
And strange as what I see
I'd put you in a mirror
I'd put in front of me

Linger on your pale blue eyes"
2 | "I'll Be Your Mirror" (The Velvet Underground & Nico, 1967)
Minha lista precisava de pelo menos uma música com a Nico e, depois de muito pensar, acabei optando por esta linda balada.
3 | "Sweet Jane" (Loaded, 1970)
Pus a versão de estúdio, mas a versão ao vivo, que foi lançada em 1969: The Velvet Underground Live, também é muito bacana (além de ter servido de base para a belíssima cover dos Cowboy Junkies).
4 | "Sister Ray" (White Light/White Heat, 1968)
Dezessete minutos de distorção, caos e improvisação. Tornou-se lendário.
5 | "After Hours" (The Velvet Underground, 1969)
Não vi melhor maneira de fechar minha lista: essa música é doce e pura, perfeita na voz da Maureen Tucker.
 
nossa, velvet! :grinlove: tanto tempo que eu não escuto, bateu saudades. acho que meu top5 até mudou de quando eu ouvia bastante, mas uma coisa é certa: 3 delas estão na sua lista, quickbeam: pale blue eyes, I'll be your mirror e after hours. acho que incluiria who loves the sun no meu top5:


e sunday morning

 

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