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Evento As 5 Melhores (40ª Semana) - The Cure

Quickbeam

Rock & Roll


História

A história do The Cure confunde-se com a de Robert Smith (líder, vocalista, guitarrista, principal compositor e único membro da banda a permanecer desde a sua formação). Robert James Smith nasceu em Blackpool, Inglaterra, em 21 de Abril de 1959, mudando-se ainda criança para a periferia da cidade de Crawley, em West Sussex.

O primeiro grupo que teve chamava-se The Obelisk, composto por alunos da Notre Dame Middle School. Em janeiro de 1976, após deixar os Obelisk, Marc Ceccagno forma o Malice com Robert Smith. Ceccagno logo sairia, no entanto, para criar outra banda, o Amulet. Cada vez mais influenciados pelo surgimento do punk rock, os membros remanescentes do Malice ficariam conhecidos como Easy Cure, em janeiro de 1977. Smith assumiria o papel de vocalista apenas em setembro de 77, após diversas audições com outros vocalistas.

Ainda em 1977, o Easy Cure participou de um concurso de uma gravadora alemã chamada Hansa, cujo prêmio seria um contrato de gravação de um disco. O Cure venceu o concurso, mas ao gravar o disco percebeu que os produtores queriam mesmo era um novo Sex Pistols, o que fez Bob Smith bater em retirada e até rendeu uma composição, "Do the Hansa". Agora como um trio, Smith renomeia a banda para The Cure. Em 1978, uma demo com a música "Killing an Arab" caiu nas mãos de Chris Parry, executivo da gravadora Polydor. Impressionado com a música e, principalmente, com a atitude estranha e original da banda, Chris resolveu bancar a produção de um single, sendo desde então seu empresário.

O single foi lançado e seguido de um intenso trabalho de divulgação e shows, logo esgotando a primeira tiragem. Embora a música não tenha chegado aos primeiros lugares nas paradas (pelo menos não quando foi lançada), a boa repercussão foi suficiente para que a banda pudesse gravar seu primeiro long play, o clássico Three Imaginary Boys, em 1979. Nos Estados Unidos, o disco foi lançado em 1980 como Boys Don’t Cry, com a adição de singles não existentes em Three Imaginary Boys - cuja capa, aliás, não trazia nenhuma foto da banda, somente três eletrodomésticos.

Os singles que se seguiram, "Boys Don't Cry" e "Jumping Someone Else’s Train", seriam sucessos ainda maiores. No final de 1979, o Cure já havia tido duas mudanças de formação e desde então nenhum componente durou muito tempo.

O segundo álbum, 17 Seconds (1980), marcou um avanço na técnica de estúdio da banda, com muito experimentalismo, teclados e arranjos muito elaborados, que os caracterizariam a partir de então. É deste disco o seu primeiro grande hit, "A Forest". A banda se torna um grande sucesso na Inglaterra e arrisca a sua primeira turnê mundial. Todos os discos desde então apenas viriam a confirmar a popularidade crescente.

O terceiro disco, Faith (1981), e o quarto, Pornography (1982), marcam a fase mais sombria do Cure. Esses três álbuns poderiam ser denominados de a "trinca soturna" do Cure, que refletem um período muito conturbado de Bob Smith, perpassado por problemas com drogas e, principalmente, alcoolismo. As letras são tristes de doer mas o forte mesmo são os arranjos, em que Bob imprime toda sua depressão.

Brigas com Simon Gallup resultam na sua saída e o Cure reduz-se a um dueto. Bob dá um tempo na Ásia e experimenta sons eletrônicos. Dá um auxílio também para o Siouxie and the Banshees, que se viu sem seu guitarrista em meio à turnê Nocturne (aliás, Smith aparece no vídeo dessa turnê e no clipe "Dear Prudence"). Depois participou das gravações do disco Hyena, em que surge uma briga entre Bob e Siouxie - e desde então os dois só trocariam gentilezas pela imprensa, como na vinda de Siouxie ao Brasil, em 1987 ("aquela salsicha empanada?").

Esse meio tempo resulta num EP chamado Japanese Whispers (1983), com as clássicas "The Walk" (uma das preferidas de Robert Smith), "The Love Cats" e "Let’s Go to Bed", basicamente eletrônicas (exceto por "Lovecats", que já contava com uma banda). Mas o melhor estava por vir...

The Top (1984) foi considerado pela crítica e pelo público como o melhor trabalho do Cure até então, ao contrário de Bob Smith, que o considerou o pior disco por problemas de mixagem. Perfeccionismos à parte, The Top teve excelente recepção, mistura psicodelia (a começar pela capa), pop de boa levada e aquele toque soturno bem dosado. Teve até uma música que participou de trilha sonora de novela ("The Caterpillar")!

Mais popularidade viria em 1985, com o disco The Head on the Door, de altíssima rotatividade por aqui, com "In Between Days" (usada na abertura do programa Clip Clip, da Globo, em 1985 e 1986) e "Close to Me" (que ganhou o Astronauta de Prata da MTV como clipe do ano em 85). É um disco pop, em que a depressão dá lugar a uma leve melancolia e prova a capacidade de Robert Smith de renovar seu som.

Com a coletânea de singles Standing on the Beach, de 1986, o Cure conquista finalmente nos Estados Unidos e em todo o mundo o sucesso que já haviam experimentado em sua terra natal. Uma curiosidade: a versão cassete dessa coletânea possui, no seu lado A, todas as músicas do vinil e, no lado B, várias músicas só editadas em singles (inéditas no Brasil, portanto). Detalhe: o cassete foi comercializado por aqui, e não existe qualquer outro similar em CD! Já a versão de "Boys Don’t Cry" relançada em single é uma regravação feita em 86, mas não aparece na coletânea (que contém a versão original) e nunca mais apareceu em qualquer outro lançamento posterior (mas pode ser conferida no clipe de "Boys Don't Cry"). Fora isso, foi lançado um livro comemorando os dez anos do Cure, além de uma coletânea de clipes, Staring at the Sea, com vídeos dirigidos sempre por Tim Pope (até hoje).

Tamanha popularidade rendeu shows lendários no Brasil, em 1987, em uma turnê que deixou o quinteto (formação mais conhecida - Bob, Laurence Tolhurst, Simon Gallup, Porl Thompson na guitarra e teclados, e Boris Williams na batera) assustado e exausto com tamanha receptividade. Um similar do que rolou por aqui pode ser conferido no vídeo The Cure in Orange, com uma apresentação da banda na França, onde eles ficaram para gravar um álbum novo. 87, aliás, foi o ano da graça para muita gente que curtia os sons ingleses, brindados com a vinda de Cure, Siouxie e Echo and the Bunnymen ao Brasil.

Kiss Me Kiss Me Kiss Me (1987) continua a linha pop de The Head on the Door, mas é um disco longo (já pensado para o formato de CD), alternando momentos sublimes com outros de extrema chatice. Em 1988 o bicho pegaria feio, com a saída de Laurence Tolhurst da banda por motivos pessoais até hoje nunca revelados (só sabemos que ele tentou mover um processo contra a banda para ficar com o nome e parte dos lucros - sendo que Robert Smith compõe tudo e ainda registra no nome de todos). O resultado disso, e da chegada aos 30 anos, é Disintegration (1989). Para muitos, o fim do Cure, e para outros tantos, um disco mal compreendido. No geral foi gravado ao vivo, com muito baixo de seis cordas e arranjos elaborados e extensos, resultando em um disco melancólico, triste, mas bonito - como um dia de chuva. O CD possui duas faixas a mais que o vinil ("Last Dance" e "Homesick").

Em 1990 o Cure lançou um disco de remixes, Mixed Up, em que uma faixa nova aparecia repleta de wah-wahs e barulheira dançante, "Never Enough", com um clipe super engraçado, inspirado nos shows de horrores (creepshow) de circo.

Em 1992, com o álbum Wish, alcançaram a sua fase de maior vendagem e execução em rádio e MTV. O principal single foi "Friday I'm in Love" e o disco alcançou o primeiro lugar nas paradas européias (segundo lugar na parada americana). Wish foi bem recebido pelo público, mas não tanto pela crítica. Pode ser considerado um disco razoável, se comparado a The Top. Bob Smith compõe músicas longas e bem arranjadas, com batida dançante e guitarras viajantes, mas há alguns imbróglios ("Trust", por exemplo). Rendeu três clipes: "High", "Friday I’m in Love" (editado em quatro horas com o assombroso orçamento de 600 dólares, reza a lenda) e "A Letter to Elise", confirmando a fama de bom baladeiro.

Depois disso, só ouviremos falar de Cure em 1996, quando eles se apresentaram por aqui na última edição do Hollywood Rock, motivados por um abaixo-assinado que os fãs brasileiros organizaram, a exemplo de um pessoal da Austrália. Músicas de um álbum em andamento foram apresentadas - Wild Mood Swings. Esse disco foi lançado assim que a banda voltou para a Inglaterra. Logo depois, o Cure partiu para uma nova turnê, a The Swing Tour, que teve mais de 100 apresentações ao redor do planeta.

Em 1997 é lançada a coletânea Galore: The Singles 1987-1997, com a respectiva coletânea de clipes, e mais uma faixa nova, "Wrong Number", em que Robert Smith faz novamente uma coisa bem-humorada, mas sem aquele punch de antes.

No começo de 1998, Robert Smith aparece em um episódio do desenho animado americano South Park, e participa da trilha sonora do filme "Orgazmo", de Trey Parker e Matt Stone, com a música "A Sign From God". Com a sua banda, Robert grava uma música ("World in My Eyes") para um tributo ao Depeche Mode e uma outra ("More Than This") para a trilha sonora do seriado The X-Files. Durante o verão, a banda participa de festivais na Europa, e no fim do ano, volta aos estúdios ao lado do produtor Paul Corkett para a gravação de um novo disco.

Em 2000 é lançado aquele que, de acordo com Robert Smith (na época), é o mais perfeito disco do Cure: Bloodflowers. A banda faz alguns shows na Europa e nos EUA, antes de partir para mais uma turnê mundial, a Dream Tour.

Robert reúne a banda novamente em 2001 e o Cure participa do festival alternativo europeu Roskilde. É lançada também a coletânea Greatest Hits, que vem com duas faixas inéditas, "Cut Here" e "Just Say Yes". Em 2002, realizam três shows inesquecíveis (um em Bruxelas, dois em Berlim), em que executam por completo os álbuns Pornography, Disintegration e Bloodflowers. As performances de Berlim foram lançadas em DVD, em 2003, e Blu-ray como The Cure: Trilogy.

O 12º álbum da banda, intitulado apenas The Cure, viria a ser lançado em 2004. No final de 2005, viriam a lançar uma cover de "Love", de John Lennon, como parte da campanha Make Some Noise, da Anistia Internacional.

Após quatro singles e um EP ("The Only One", "Freakshow", "Sleep When I'm Dead", "The Perfect Boy" e Hypnagogic States, respectivamente), é lançado, em 2008, 4:13 Dream, o 13º álbum da banda.

Em 2011, o Cure tocou os três primeiros discos de estúdio (Three Imaginary Boys, Seventeen Seconds e Faith) na sua totalidade, em shows conhecidos como Reflections, inicialmente em Sydney, Austrália, mas posteriormente também em Londres, Los Angeles e Nova York.

Membros - Linha do tempo

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Discografia

Álbuns de estúdio

Álbuns ao vivo


Fontes:



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Devo ter conhecido o Cure na época de The Head on the Door ("In Between Days", "Close to Me") e Standing on a Beach ("Boys Don't Cry"). Essa coletânea, aliás, deve ter rodado pela sala toda, nos tempos de colégio (e provavelmente foi o primeiro CD que comprei da banda).

Acabei acompanhando o período de maior sucesso comercial da banda, repleto de videoclipes criativos e marcantes e de singles irresistivelmente cativantes.

Meus álbuns prediletos do grupo são, em ordem:

  1. Pornography / The Head on the Door
  2. Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me
  3. Disintegration

1Lovesong (Disintegration, 1989)
Achei particularmente difícil colocar uma ordem entre minhas músicas favoritas do Cure, mas acabei escolhendo "Lovesong" por adorar a linha de baixo, a melodia e pela música não ter sido tocada à exaustão pelas rádios brasileiras.
2One Hundred Years (Pornography, 1982)
Em contraste com a leveza de "Lovesong", escolhi uma faixa que representa bem todo o peso e escuridão de Pornography.

It doesn't matter if we all die.
3Hot Hot Hot!!! (Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me, 1987)
Meio cheesy, mas não consigo resistir ao refrão dessa música. :dente:
4Killing an Arab (Killing an Arab [Single], 1978)
Foi o primeiro single do Cure, mas ainda o acho um dos melhores na carreira da banda, inclusive pelo fortíssimo lado B, "10:15 Saturday Night" (levei um tempo até decidir qual das duas incluir na minha lista).
5A Night Like This (The Head on the Door, 1985)
Não queria deixar The Head on the Door de fora da lista, por isso optei por incluir essa canção, que não era uma favorita inicial, mas que foi crescendo em minha estima com o tempo.
 

Anexos

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Última edição por um moderador:
Fazer um top 10 é difícil, imagina 5! Mas vamos lá

5 - A Night Like This - A música que me fez virar fã
4 - A Foolish Arrangement - A que eu mais tenho ouvido ultimamente
3 - Homesick - "inspire in me, the desire in me, to never go home", sem palavras
2 - Just like heaven - Não existe, no mundo, top the cure que possa não ter essa música
1 - A Letter to Elise - É o tipo de música que te deixa triste, mas você quer de novo de novo de novo

* deixar lovesong de fora da desespero, mas ultimamente são essas mesmo.
 
Colocando em dia tópicos de algumas bandas que já venceram votações

O The Cure foi uma banda que só fui começar a curtir pra valer a partir da década de 90, mas quando o fiz não perdi tempo e tirei totalmente o atraso.

1° Close to Me


2° Love Song


3° A letter to Elise


4° The Caterpillar


5° High

 
Última edição por um moderador:
Sério que vai ter que aparecer um não-fã aqui pra mencionar a música mais pop deles? :lol:

1. Boys Don't Cry
2. Friday I'm In Love
3. Just Like Heaven
4. Lovesong
5. Fascination Street
 

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