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Evento As 5 Melhores (11ª Semana) Raul Seixas

Fúria da cidade

ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
Raul Seixas

A lenda.... o mito

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Em parte devo a meu pai a influência desde bebê, mas se até hoje eu sou muito ruim pra ganhar prêmio em dinheiro em qualquer sorteio, se teve pelo menos uma vez na vida que valeu a pena ter faltado na escola, com direito a perda prova e tudo mais foi pra ver o show dele em 89 no Estúdio Transamérica promovido pela FM de mesmo nome de SP, onde um mês antes houve um sorteio para fazer parte da pequena platéia para ver o Raulzito ao vivo e ganhei e mal sabia que realmente eu não podia pensar sequer em ficar doente e deixar de ver, pois poucos dias depois ele partiu do nosso mundo. Foi uma de suas últimas apresentações e que ali ao lado dele esteve também Marcelo Nova que foi o seu último e grande parceiro.

Não foi fácil escolher as 5 sendo uma delas influência direta desse show que assisti:

O carimbador Maluco (Raul Seixas - 1983)



Muito mais conhecida como "Plunct Plact Zum , não vai a lugar nenhum" pois esse refrão grudou como chiclete, eu tinha 9 anos na época e é considerado por muitos um dos 3 maiores clássicos infantis dos anos 80 e como nessa época a Xuxa ainda mal havia estreado, essa música do Raul ocupou um belíssimo espaço de sucesso no cancioneiro infantil.

Sociedade Alternativa (Guita 1974)


Apesar da letra ser uma grande resposta ao regime ditatorial da época, mesmo nos tempos atuais quem é que não gostaria de viver numa sociedade alternativa livre de preconceitos, violência e tantas outras coisas? Pros fãs de carteirinha essa música é um verdadeiro hino. No fundo todos sonhamos em maior ou menor grau com isso.
Aliás o naturismo pra mim de certa forma é uma sociedade alternativa.

Cowboy fora da lei (Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! 1987)


Outro sucesso que acopanhou e marcou a minha infância e que o Raul em suas entrevistas relatou com muita sinceridade que de fato tinha muito medo de ser assassinado como foi o John Lennon em 80 e ao mesmo tempo expressar a sua opinião em relação a politica de nunca se meter nesse meio como fez outro conterrâneo de sua terra o Gilberto Gil. Tudo isso ele relatou durante o show do Estúdio Transamérica que eu assisti e que mais abaixo deixo o link pra vocês baixarem, pois além das músicas que ele tocou lá tem também uma excelente entrevista.

Aluga-se (Abre-te Sésamo -1980)


Letra com aquele maravilhoso toque de "chutar o balde" pra situação do país. Na época o Brasil já tinha uma elevada dívida externa e que mergulharia em seguida em graves problemas de inflação e que o Raul sabia como poucos retratar tão bem em suas letras e que como não poderia deixar de ser acabou sendo censurada junto com "Rock das Aranhas". Aliás a maior tristeza da vida dele foi ter partido com 11 faixas ainda presas pela censura e que só foram liberadas finalmente na virada da década.

Tente outra vez (Novo Aeon - 1975)


Não desista, tente outra vez! Uma letra que já é auto-explicativa por si só. Se tornou o hino dos persistentes, que tem fé e acreditam!


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Entrevistas do Show da rádio Transamérica
: apesar do erro de quem colocou o link o ano 1988, (quando na verdade o show foi em 89) nesses links estão a entrevista em que o Raul deu nesse show que eu estive presente e me emocionou. Ele conta histórias impagáveis do que aconteceu com ele no show em Caieiras, em Serra Pelada, o encontro épico dele com John Lennon, a Sociedade Alternativa entre outras coisas.

Entrevista parte 1



Entrevista parte 2


Link com o show completo e músicas para baixar: http://www.4shared.com/rar/VtAKegZA/Raul_seixas_e_marcelo_nova_na_.htm


 
Última edição:
Re: As 5 Melhores (10a Semana) Raul Seixas

Eu TINHA de fazer minha listinha do Raul :grinlove:, mas tô com uma preguiça...
 
Re: As 5 Melhores (10a Semana) Raul Seixas

Raul é provavelmente meu compositor brasileiro favorito, comecei a gostar também por influência do meu pai e hoje ouço sempre que posso, gosto principalmente das menos conhecidas, talvez por não terem se gastado tanto devido a exposição.

As Minas do Rei Salomão (Krig-Ha Bandolo, 1973)

A primeira música que realmente chamou minha atenção para o Raul Seixas, adoro essa levada country e a letra é praticamente um resumo do caldeirão de influências que povoava a mente de Raulzito.

SOS (Gita, 1974)

"Já fui macaco
Em domingos glaciais
Atlântas colossais
Que eu não soube
Como utilizar...

E nas mensagens
Que nos chegam sem parar
Ninguém, ninguém pode notar
Estão muito ocupados
Prá pensar...

Oh! Oh! Oh! Seu Moço!
Do Disco Voador
Me leve com você
Prá onde você for
Oh! Oh! Oh! Seu Moço!
Mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem
Tanta estrela por aí..."

Novo Aeon (Novo Aeon, 1975)
Essa música mostra claramente o flerte de Raul com o ocultismo, e seus estudos da lei de Thelema de Alester Crowley, o que eu particularmente sempre achei um dos pontos mais interessantes de sua obra.

Sunseed (Novo Aeon, 1975)
Uma das baladas mais lindas que já ouvi, parceria de Raul e sua esposa na época, Spacey Glow.


Meu Amigo Pedro (Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, 1976)
 
Última edição por um moderador:
Re: As 5 Melhores (10a Semana) Raul Seixas

Antes de mais nada, devo avisar que o título do tópico está errado: Raul Seixas foi o escolhido da 11ª semana.

Não sou grande conhecedor da obra de Raul, mas tenho escutado alguns álbuns dele nos últimos tempos. Eis minha listinha:

1
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Gita (Gita, 1974)
Não tem jeito: quando penso em Raul, a primeira música que me vem à cabeça é "Gita". Escolha batida, eu sei, mas ainda acho que é minha preferida dele.
2
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Carimbador Maluco (Plunct Plact Zuuum, 1983)
Devo ter assistido todos os especiais infantis que passaram na TV nos anos 80. :dente: Tenho vários em vinil e alguns até recomprei em CD, como é o caso de Plunct Plact Zuuum, um dos discos infantis que mais escutei na vida, ao lado dos dois da Arca de Noé e de Pirlimpimpim. "Carimbador Maluco" era uma canção simples, mas muito contagiante, com espaço até para uma leve crítica à burocracia.
3
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Canto para Minha Morte (Há 10 Mil Anos Atrás, 1976)
Fui ouvir essa canção só após o post da Melian no tópico Desafio: 40 dias de músicas. É realmente marcante, tanto a letra existencial (com direito até a uma citação de A Formiguinha e a Neve), quanto a música, simplesmente um maravilhoso tango (bem apropriado para se falar em morte, não?).
4
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A Maçã (Novo Aeon, 1975)
Raul cantando sobre "a beleza de deitar". Precisa dizer mais algo? XD
5
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Como Vovó Já Dizia (O Rebu, 1974)
Conheci a música através da cover do DeFalla. Pena que a letra original foi censurada.
 

Anexos

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  • PlunctPlactZuuum.jpg
    PlunctPlactZuuum.jpg
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  • Ha10MilAnosAtras.jpg
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  • NovoAeon.jpg
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  • ORebu.jpg
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Última edição por um moderador:
Raul Seixas é meu compositor brasileiro preferido, DE LONGE. E na música universal está entre os meus preferidos:

OBS: os vídeos estarão só com som, a maioria, já que minhas canções preferidas são as mais desconhecidas haha

1 - Pagando Brabo (Mata Virgem, 1978)

Essa música praticamente desconhecida se tornou minha preferida. A forma como ele descreve um tipo de 'relação ideal', na verdade é uma descrição de uma relação como ela tem de ser, com violência, força, paixão. Fazer ioga, eu e tu no chuveiro, nossa, é uma cancão muito divertida, louca, e que me põe a desejar mesmo esse tipo de relacionamento. Relacionamento intenso, vibrante, sexual, sensualizado como é sensual essa música. Adoro.

2 - Negócio É (Mata Virgem, 1978)

Beeeem nonsense, essa canção do mestre visa recordar o que é realmente essencial na vida: uma vida simples, natural, onde nós somos sujeitos de nós mesmos e não meros produtos. Bem filosofante ela nos relembra que uma vida feliz é uma vida que é, antes de tudo, vida.

3 - Eu Acho Graça (Sociedade da Grã-Ordem Kavernista, 1971)

Adoro, adoro, adoro essa aqui. Debochando, Raul joga na cara da sociedade moralista que a vida pacata que eles sonham levar não existe mas é uma falsidade, já que essa vida moral é uma vida de tensão, de guerra interna enquanto que a vida do vagabundo que passa pela praça achando graça é tanto alguém que está fora da sociedade moral o bastante para rir dela e de suas tensões quanto alguém que está dentro, cujo exemplo de vida tranquila e amoral oferece uma saída para os desesperados.

4 - Eu sou egoísta (Metrô Linha 743, 1984)

Hino fascista? Não, aqui temos um hino da individualidade, do homem livre que não se submete a deuses nem a ideologias que escravizam, que diminuem nossa alma forçando-a a adorar Molochs. Canto essa música a plenos pulmões em casa enquanto ouço, feliz de ver quem pensa como eu, um mestre que reconhece a absoluta inutilidade de sistemas e ideologias e afirma a liberdade total do homem.

5 - Tá na hora (Mata Virgem, 1978)


Outra música que parece bem nonsense mas além da música ser excelente, a mensagem é igualmente boa: a necessidade de abandonarmos a vida feita, acomodada, fabricada, e partirmos em busca das sensações, experiências, que valem mais que a própria coisa buscada.

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É difícil demais, quase uma tortura, fazer uma seleção de músicas do Mestre Raul. Eu já ouvi mais de 200 músicas dele e é complicado achar alguma que eu não goste. Ouço desde os 10 anos de idade e até hoje me pego em sábados ouvindo a discografia completa o dia todo e sem enjoar. Adoro demais as músicas, as mensagens, a filosofia, a pessoa incomparável do Mestre, que tem sido guru pessoal desde a infância.

Por isso escolhi uma lista que tem mais a ver com meu momento atual já que Raul me fala a todas as épocas, sentimentos e posturas, escolhi músicas nonsense, principalmente do álbum Mata Virgem, cheio dessas músicas absurdas mas com um sentido a passar, uma mensagem a difundir. E a mensagem é essa: VIVAM! Não vale ficar parando esperando o trem passar, a gente tem que correr atrás das coisas e mais que isso, temos que vivenciar as coisas, sentí-las profundamente, recebê-las totalmente no nosso ser!
 
Última edição por um moderador:
Do que vi até agora belíssimas listas com poucos consensos o que mostra o quanto o repertório do Raul era tão vasto a ponto de ter canções que nos conseguem sensibilizar e emocionar de uma forma mais tocante e especial.
 
Hora de me sentir UM LIXO. Sim, escolher apenas cinco músicas do Raul é uma tortura. E eu não vou escolher as canções que mais são lembradas quando se fala em Raul, as canções políticas. Quero dizer, o Raul fazia protesto/criticava até quando, aparentemente, estava fazendo uma canção brega, como Tu és o M.D.C da minha vida (que é uma linda crítica ao Kitsch). Mas eu quero ficar mais nas canções que têm uma veia existencial bem profunda.

1- Canto para a minha morte (Há 10 Mil Anos Atrás, 1976)


Minha música preferida, não só do Raul, mas de todas as músicas do universo. Canto para minha morte é o tango que dançamos desde o momento do nosso nascimento. Eu tenho uma ligação RACIONAL com a morte que é meio assustadora. Embora, como qualquer ser humano, eu tenha dificuldade para conviver com a morte, eu gosto de presenciar o diálogo entre ela e a vida. Eu acho que é isso. A indesejada das gentes é, também, a desejada das gentes. "Vem, mas demore a chegar, eu te detesto e amo, morte, morte, morte, que talvez seja o segredo desta vida". Eu queria que o beijo da morte fosse, para mim, não como o beijo do dementador, que suga a alma, mas como um meio de tansporte para uma esperada viagem. A certeza da morte é que nos torna tão vivos, tão intensos, tão únicos. "Cada vez que eu me despeço de uma pessoa, pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez". Não quero ser mórbida, mas esse pode ser meu último post na Valinor. E eu até que gostaria de ser lembrada por ele. Mas eu também não reclamaria se o meu último post fosse um no qual eu estivesse brincando com alguém. Eu não queria que meu último post fosse um feito enquanto eu estivesse bêbada. Ok, esse comentário está embriagado de Cleonice, enquanto deveria estar cheio da presença da morte, que está "vestida de cetim, pois em qualquer lugar, esperas só por mim".


2- Meu amigo Pedro (Há dez mil anos atrás, 1976)

[YOUTUBE]llcFzl3uauk[/YOUTUBE

Sabe uma coisa que eu AMO no Raul? É que as músicas dele mostram que a arte de filosofar não é reservada para pessoas que leem Descartes, Sócrates, Nietzsche, Kierkegaard (que eu amo. É, todo mundo sabe que não tenho uma quedinha pelo existencialismo, tenho é um ABISMO, mesmo), Schopenhauer, ETC. As canções do Raul mostram que a Filosofia é para todos que quiserem conhecê-la, porque mas também sei que qualquer KANT é menor do que a vida de qualquer pessoa. "Vai pro seu trabalho todo dia, sem saber se é bom ou se é ruim"... algumas ações cotidianas, como ir ao trabalho por ir, sem ao menos pensar nesse fato, nas implicações disso, ganham relevo nas canções do maluco beleza. E, de modo geral, Raulzito faz uma coisa que eu adoro, ele não assume uma postura maniqueísta. Sério, o cara me diz que "todos os caminhos são iguais, o que leva à glória ou a à perdição", não pode ter menos do que a minha ETERNA consideração. É como se ele dissesse, "você tem TUDO aí dentro de você, amor, ódio, alegria, tristeza, e ISSO determinará o seu caminhar, não o caminho". O caminho está lá para ser completado por você, para sentir o toque dos seus pés. E se o caminho parece áspero, é a só a maneira dele se proteger dos espinhos que você carrega enquanto caminha. Essa música me lembra, muito, que em um desses caminhos, encontrei um amigo maravilhoso. E ele é o "meu freio", sabe? Quando preciso de um puxão de orelha, ele o faz, sem medo. Ele cuida para que eu não me machuque (não me machuque muito, porque eu sempre vou me machucar, sempre vou me ferir, afinal, é um fardo que tenho de carregar por ser tão impetuosa/impulsiva, etc.), mas ele me deixa viver a minha loucura.

3- Século XXI (A panela do diabo, 1989)


Sublime canção do Raul e do Marcelo Nova. Canção que carrega um tom pessimista e tem um solo que disputa com a letra para ver quem consegue ser mais melancólico. "você vendeu sua alma ao acaso, que por descaso tava ali de bobeira, e em troca recebeu os pedaços, cacos de vidro de uma vida inteira". Sublime. "Você cruzou todas as fronteiras, não sabe mais de que lado ficou". TÁ, DIGAM-ME, DIGAM-ME QUE ESSA NÃO É A DESCRIÇÃO DO HOMEM PÓS-MODERNO! A gente queria tudo, a gente queria muito, a gente tentou tudo, e não tentou, efetivamente, nada.


4- Judas (Mata Virgem, 1978)


IRONIA, como eu te amo. "Como se ama o silêncio, a luz, o aroma, o orvalho numa flor, nos céus a estrela, no largo mar a sombra de uma vela, que lá na extrema do horizonte assoma" (ok, citar Gonçalves Dias é apelação, Cleonice). O fato é o seguinte, essa música faz uma crítica tão perspicaz sobre algumas coisas, que é impossível não amá-la. Como todos sabem, tenho uma loooonga história com o cristianismo, e uma das coisas que me incomodava, é quando diziam que "Deus não se questiona, se segue". Eu sempre pensava, "Então, o Senhor cometeu um erro conceitual na minha criação, porque eu não sigo nada sem questionar, eu não faço nada sem questionar. Sei que todos somos influenciáveis, mas eu não sou o suficiente para não questionar. O livre arbítrio, então, não é real? Porque eu quero poder questionar para conhecer um Deus que seja DEUS, não um Deus que os homens chamam de 'meu Deus'." Tenho sérios problemas com isso de "estava escrito". Foi uma profecia que Judas trairia Jesus? Então ele foi só uma marionete, não é? Ah! não, ele poderia escolher não trair. PODERIA? Teologicamente, PODERIA? Se ele não traísse, outro teria de trair? Tenho problemas para aceitar que "mas é que lá em cima, lá na beira da piscina, olhando simples mortais, das alturas fazem escrituras e não me perguntam se é pouco ou demais". Sei que não sou a única pessoa que tem esse problema, mas talvez eu seja uma das poucas pessoas que se assumem teístas e, ainda assim, admitem o incômodo causado por esse paradoxo.


5- Banquete de lixo (A panela do diabo, 1989)


Essa música não reflete só o momento de saúde complicado pelo qual o Raul passava. Ela reflete o encontro de todos nós com a morte. Não sei se é como imaginamos, mas essa música me faz ter uma ideia de que o encontro com a morte seja um banquete. Um banquete no qual a mesa está cheia de tudo aquilo que você viveu, ou deixou de viver. E se você quer, desesperadamente, tentar pegar algo dessa mesa, a morte te avisa que já é tarde demais. Aí você vê que aquele lindo banquete só tem lixo, só restos, restos que ninguém mais pode aproveitar. É o momento em que você tem de encarar a si mesmo, e se evitou fazer isso, durante a sua vida inteira, agora terá de fazer, e pode ser doloroso, porque quando se está diante de si, nada é perdoado. "O hoje é apenas um furo no futuro por onde o passado começa a jorrar. E eu aqui isolado, onde nada é perdoado. Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar". É o momento em que, verdadeiramente, se une as duas pontas da vida (como Bento Santiago intentava fazer, ao escrever a história da sua vida), e se assume como ser complexo, cheio de defeitos, HUMANO, enfim. "E é assim torto de verdade, com amor e com maldade, um abraço e até outra vez".
 
Última edição por um moderador:
O paradoxo de Judas é algo que deve atormentar qualquer pessoa, religiosa ou não. Isso porque o ateísmo menos dogmático é também uma espécie de tomada de posição. A música parece que toca no 'tomar posição' que me lembra muito Nietzsche: "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade que as mentiras", ela meio que joga na sua cara o quão difícil é estar tomando posição, é seguir um caminho, lhe ser fiel, não titubear. Eu canto vivamente Judas pela bela melodia e pelas letra que pesa como uma pedra no meu coração, como se minhas dúvidas traíssem minhas palavras do dia-a-dia. Mas a verdade é que o cotidiano é cheio de dúvidas, a nossa vida é feita de questionamentos e dúvidas, quedas e desvios, e é isso que torna nosso destino mais claro... por isso eu gosto de Judas. É um grande e doce blasfêmia.
 
01 - Século XXI (A Panela Do Diabo,1989)


02 - Eu Sou Egoísta (Novo Aeon,1975)


03 - Tu És O MDC Da Minha Vida (Novo Aeon,1975)


04 - As Minas Do Rei Salomão (Krig-ha Bandolo,1973)


05 - A Geração da Luz (Metrô Linha 743,1983)
 
Última edição por um moderador:
Já tem tópico do Raulzito!!! E eu só esperando a próxima votação para indicá-lo. :joy:

Raul, para mim, é o maior orgulho musical da Bahia. E que coisa difícil fazer um TOP5! Vocês já citaram várias das minhas preferidas, então vou dar prioridade a algumas que ainda não foram listadas:

1. A Maçã
Vou repetir só essa (droga, Quickbeam!), porque é a minha favorita mesmo. Tem uma tia minha que jurava que essa música não era dele. Eu não precisaria nem ouvir a voz: só pela genialidade da letra a gente percebe que é Raul. Tão gênio para criticar a sociedade, ídem para falar de amor.


2. Al Capone
Cumquêquêquê! Cumquêcumquê! Quênêu! Cumquêquêquê! Cumquêcumquê! Quênêu!... Rock legítimo, som envolvente, letra brilhante.


3. Capim Guiné
Consigo ouvir essa música vinte vezes seguidas, e sempre dou risada com Raul, do início ao fim.


4. Medo da Chuva
Não é só mais uma música de amor. É só mais uma crítica ao jeito de se amar errado.


5. Trem das 7
É só comigo, ou essa música me transporta para o interior? Pois, até sertanejo. Raul de todos os estilos.


E olha! Foi difícil deixar de fora Cowboy Fora da Lei, Ouro de Tolo, Tente Outra Vez, entre outras, viu!
 
Última edição por um moderador:
Sabem o que é legal neste tópico? Independente das canções que vocês citarem, eu sempre gostarei. Raul é muito amor no coração que não tenho.
NUM PLANTO CAPIM-GUINÉ PRA BOI ABANÁ RABO, EU TÔ VIRADO NO DIABO, EU TÔ RETADO CUM VOCÊ. TÁ VENDO TUDO E FICA AÍ PARADO CUM CARA DE VIADO QUE VIU CAXINGUELÊ.
 
Sabem o que é legal neste tópico? Independente das canções que vocês citarem, eu sempre gostarei. Raul é muito amor no coração que não tenho.
NUM PLANTO CAPIM-GUINÉ PRA BOI ABANÁ RABO, EU TÔ VIRADO NO DIABO, EU TÔ RETADO CUM VOCÊ. TÁ VENDO TUDO E FICA AÍ PARADO CUM CARA DE VIADO QUE VIU CAXINGUELÊ.
Acuma? Acuma é? Oxente.. na Piritiba... saudade retada...
 

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