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[Arwen_tinuviel] A lenda de Rigveda[L]

Arwen_Tinuviel

Usuário
Autora: Daniela Amancio Cavallari
Genero: Lenda

A lenda de Rigveda[

O inicio

Sinto falta da alma que perdi
dos sonhos que joguei no abismo

Houve um dia luz
mas eu nunca a vi
Houve amor
que eu não soube amar
Houve desejo
que sufoquei até que me afogasse
Tudo o que me resta agora se chama eternidade
e esta é vazia como eu

Mas como cheguei aqui? Como me tornei esse ente frio e só?​
Nasci do vente da terra, sou fruto terroso, batizado nas águas de um rio azul onde as estrelas se banhavam e a lua chorava.Fui feito de sonhos vãos para vagar neste mundo a esmo.Vi os seres antigos nascerem de luzes vindas dos céus, e ouvi as pedras cantarem. Vi os homens se matarem e guerras tolas enquanto eu andava nas sombras, mas não nasci para o mal.
Cavalguei nas encostas rochosas das montanhas das terras ermas, e vi a neve branca cobrir todos os caminhos, desci para os vales verdes de Anduin, e vi o grande palácio de cristal que erguia alem, onde o céu é sempre claro e não há dia ou noite. Vi as flores nascerem onde os unicórnios caminhavam e eles vieram a mim.
Eu que me chamo Inov, e para todo os sempre serei o cavaleiro negro, matei, queimei, e espalhei a dor, não por mim, mas por que era o meu dever. Eu era um dos emissários das sombras, cavalgava para um senhor sombrio cujo nome não se deve pronunciar, e meus poemas ecoavam nas chamas das cidades que destruí.
Era uma manhã clara e eu havia viajado por toda a noite, passado pelo vale enquanto os bárbaros dormiam, e cruzei a ponte deixando o abismo para trás. Meu cavalo estava cansado, e meu corpo carecia de um sono.
Semi adormecido que ouvi os gritos abafados, vindos de adiante perto do rio. Por alguma razão que não sei qual era, corri e foi então que a vi. Pequena, vestido branco, encurralada na margem por uma matilha de lobos, um punhal nas mãos já encostado no peito pronta para tirar a própria vida antes que eles estraçalhassem sua carne.
Senti um uivo sair do meu peito, e o fogo me queimar o corpo, o fogo das batalhas, e quando acabei ela estava desacordada em meus braços. Era delicada como uma filha dos elfos e leve como uma fada.
Quando despertou pude ouvir o descompasso de seu coração assustado. Tinha medo de mim, fruto ter roso que eu era, homem na forma e nas feições e lobo na alma.

.................................................. ............................
e eu perdi o que ja mais pensei possuir....
__________________
 
Última edição:
parte II Capitulo I revista

_O que faz sozinha nestes ermos menina? Não vou lhe fazer mal!
Abraçando o punhal e recuando alguns passos ela me respondeu se esquivando dos meus olhos.
_Fomos atacados na estrada, ontem à noite. Foram todos levados - as lagrimas brotavam cristalinas e continuas, mas sua voz permanecia clara - as damas, e os guardiões. Niniane correu comigo para a floresta, mas haviam uivos dentro da noite e nos perdemos.
_Para onde iam?
_Iamos para as procissões do solstício de primavera em Algorn.
_Como se chama? - ela suspirou. Estava claro que não confiava em mim. E estava certa.
_Meu nome! Meu n-o-m-e, pode me chamar de Lilith!
_Não é seu verdadeiro nome é?
_Minha mãe sempre diz que conhecer o nome de alguém é conhecer sua essência, e que oferecer esse conhecimento a um estranho é pouco prudente.
_Sua mãe é sabia menina.
_Espere! Não vá embora! Por favor, não me deixe aqui só.
Então eu parei, puxei meu cavalo até perto dela. Seus olhos eram atentos, e suas mãos ainda tremiam, entretanto preferia ficar comigo a ficar sozinha. Não estávamos muito longe de Algorn, cavalgamos em silencio até quase o fim da tarde. A menina não se queixava de fome ou cansaço e parecia tranqüila em ir longe da estrada principal. Damas com aparecia tão nobre costumam ser por natureza mimadas e cheias de vontades. Ela, no entanto me parecia simples e contida. Paramos numa clareira, não dispunha de muito que comer comigo, só umas poucas frutas secas e água do rio. A ultima carne de caça eu havia comido a dois dias.
_Ainda não sei seu nome, e já lhe devo tanto cavaleiro!
_Me chamam Inov.
_É um belo nome.
_Coma menina.
_E você? Também deve ter fome! - fez uma longa pausa enquanto comíamos, então me olhou nos olhos - Eu nem sei como lhe agradecer.
Eu me levantei, já havia lua no céu, preparei uma fogueira para esperamos a noite fria. Confesso que sabia muitas formas de uma mulher me agradecer...a lua no céu parecia nos observar. Lilith se acomodou enrolada no manto vermelho que trazia consigo. Parecia ainda mais branca, e eu ainda não sabia se era mulher ou elfa, ou nenhum dos dois. Era sem duvida uma companhia agradável. Não sei se ela dormiu, sei apenas que quase de manhã a vi de pé, deslumbrada com o nascer do sol, havia frutas frescas o suficiente para nós dois depositadas no manto que ela deixou sobre a relva orvalhada.
Retomamos a marcha, chegamos Algorn em mais meio dia de viagem. A menina me guiou para o templo, eu nunca havia entrado num antes que não fosse o do meu senhor. As damas pareciam aliviadas ao vê-la. Eu havia suposto certo, e devia mesmo se tratar da filha de alguém muito rico e importante.
 
Última edição:
Parte II do Capitulo I revista


As pessoas por todo lado me olhavam com medo e desconfiança. Dois garotos magros e bem vestidos me levaram até o estábulo, coloquei meu cavalo num coche, foi quando notei a presença de um homem, mais alto que eu.
Vestia-se de azul, com os punhos bordados em ouro, logos cabelos loiros que desciam lisos e presos até quase a cintura, olhos castanhos e um expressão grave no olhar, passos firmes e uma voz furiosa.

_Assassino de Kirios, o senhor das terras frias do extremo sul. Corvo negro! Você não é bem vindo nas terras sagradas de Florian. Contudo hoje será bem recebido. Hoje você me restabeleceu meu maior tesouro. Minha pequena dama, minha donzela, sã e salva. E por isso sirva-se de nossas melhores instalações, coma, beba e durma. Ninguém se levantará contra você enquanto for meu hospede e dela.

Atrás dele estavam duas damas de longos cabelos negros e vestes brancas do templo.
_Senhor venha conosco. Seus aposentos estão preparados. Convém que se lave para cear com todos. As vozes delas eram alegres e melodiosas e suas maneiras simples, como noviças.
As segui pelos jardins até um prédio, depois por longos corredores de pedras cheios de janelas por onde o sol entrava suave filtrado por vidros coloridos até um grande quarto, em cima da cama havia vestes novas. Deixaram-me só. Eu estava intrigado! Nada mais me foi dito até a hora da ceia quando vieram chamar-me.
Fui novamente conduzido.Confesso que já me irritava com tal situação, e me sentia preso, cercado por aquelas paredes de pedra. Estive por muito tempo limitado pelos céus a terra e as florestas. No salão da ceia Litith também não me pareceu muito confortável.
Estava diferente, trajada com um longo e pesado vestido vermelho, os cabelos presos numa trança longa e grossa adornada de perolas, e uma tiara de prata com uma lua crescente adornando a fronte e ao seu lado Munir.
Ele se levantou erguendo uma taça, seu rosto estava menos austero que nos estábulos. Então olhou para mim.
_Proponho um brinde, ao homem que trouxe de volta o que eu temia perdido. Um dos mais caros tesouros de minha alma. Minha doce irmã. Desde que soubemos do ataque de malfeitores à sua comitiva que meus homens procuravam desesperadamente, e mesmo eu me embrenhava nas matas temendo que o pior tivesse acontecido.
_Então meu irmão amado proponho que falemos menos e comemoremos mais. Vejo que estamos todos com fome. Foram dias difíceis para todos. Mas com as festividades que se aproximam do solstício de primavera creio que tudo será esquecido.
Houve comida, musica e bebidas até que o sol retornasse no horizonte, já era hora de partir. Como Munir havia dito eu era um dos cavaleiros de Kirios e minha alma ansiava pela liberdade dos campos.
Ela caminhou até mim, eu estava só colocando a cela em meu cavalo. Seus passos eram tão leves que não faziam som algum, mas seu cheiro, o cheiro de lua nova, de noite clara, acho que eu já conhecia bem.
_Vais partir! Meu irmão pode se ofender por ir sem se despedir devidamente.
_Já fui pago menina. Não tenho o que fazer aqui.
_Fique mais um pouco. Sou eu quem pede senhor.
_Ainda ontem tinha medo de mim.
_E ainda tenho senhor. Mas foi gentil, e salvou minha vida sem saber quem eu era, ou se haveria recompensa nisto.
_Sempre soube que seria recompensado. Damas como a senhorita não se passam por camponesas.
_Entendo. Mas ainda não te agradeci. Apenas meu irmão o fez.
Entao retirou do pescoço um colar cujo pingente era uma gota não muito maior que uma lágrima azul.
_Senhor Inov, aceite. Não pelo valor que tem. Mas porque lhe será útil, quando tudo estiver perdido, ou quando as sombras se abaterem sobre o senhor, esta jóia poderá lhe acender uma pequena luz. Sei que serve ao lord Kirios, e que ele tem semeado a destruição nas terras próximas - ela me pareceu triste - mas não é ele que hei de temer. Nem eu nem meu irmão.
Aceitei o presente e fiquei mais dois dias. Dois dias apenas, disse eu, e ela sorriu e desapareceu por longas horas.
 
Última edição:
Só consegui ler a primeira parte, porque estou de saída. Mas já quero comentá-la, depois comento as outras duas.

Gostei bastante do jeito que está escrito. Achei o seu estilo bem maduro, muito legal isso. E a história parece no mínimo interessante. Se passa na TerraMedia? Faz tempo que não vejo histórias que se passam na TerraMedia, alias.

Agora, só um comentário sobre vocabulário. Você usou duas vezes a palavra "terroso". Eu nunca ouvi essa palavra (o que, obviamente, pode ser um problema meu), mas ela me soa estranha. Você quis adjetivar terra? Minha opinião PESSOAl é de que essa palavra podia ser trocada.

De resto, parabéns. Mais tarde comento o resto.

Boa sorte no Clube!
 
Melkor, o inimigo da luz

Obrigada! Não pensei em situar a estória na terra méida, embora tenha uma nítida inspiração. E quanto ao termo terroso, ele está de acordo com um proposito que vai além da lenda de rigveda, afinal este é apenas o prologo de uma outra estória maior que estou escrevendo, tanto que o verá outras vezes e outras formas.
 
Será quem tem mais alguem lendo isso aqui!
As vezes me dá um dezanimo de terminar! Já escrevi as duas ultimas partes mas não sei se vou digitar não!
 
vc não vai continuar!??????????????
adorei ,sei que tem uns erros claro e é bem normal as teclas somem quando vc esta criando,mas adorei queri principalmente saber se ela vai ficar com ele ,ai ela é tão meiga amei quero ver o resto ,quero muuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiittttttttttttttttoooooooooo!!!!!!!!!!!sabe me devolveu o frescor das historias medievais que eu precisava ,estou passando por um momento difícil então nada melhor que ler uma coisa assim,quero ver a continuação logo viu !beijos
 
eu peço desculpas por estar demorando a escrever o resto, é que estou sem compudador em casa mas prometo que assim que puder escrevo as duas ultimas partes...
 
tudo bem amiga estou no aguardo tá ,enquanto isso se vc tiver um tempinho lê minha historinha ela esta bem no começo se chama Celtica ok?beijos
 
FIm do Capitulo I

_Selena. Meu verdadeiro nome é Selena.
Foi o que ela me disse pela manhã, junto ao lago. E eu ainda não era capaz de compreender o que aquela voz doce tentava me dizer. Era a manhã do Solstício e os camponeses já festejavam a colheita ascendendo fogueiras, cantado, dançado e bebendo. Grandes cristais brancos como leite se espalhavam pelas clareiras e na ruas de pedra da cidade. À noite brilhavam suaves iluminando os festejos. Todos faziam oferendas para a Deusa da Lua, a Lua Branca que abençoava a terra e o ventre das mulheres para que a vida brotasse a cada estação.
Munir era o príncipe, os camponeses o adoravam como um meio deus, filho da Noite e ele parecia um bom governante. Sua guarda mesmo agora parecia atenta, certamente sabia dos ataques dos meu Lord e não era tolo.
A luz azul do pingente era ainda mais etérea e estelar agora sob o luar! E tinha algo que lembrava os olhos dela, não que fossem azuis...pois não eram...mas tinham algo assim misterioso e celeste, brilhavam como estrelas profundas. Ali perto do lago eu podia ver os festejos.
Havia encenações sobre seu nascimento junto a fonte de Elbereth, e as longas batalhas contra os bárbaros para proteger seu reino encantado. Sim parecia um pedaço do paraíso, mas cercado de grandes muralhas de pedra.
Foi quanto a vi, não com o irmão, nem entre os camponeses. E eu a via pela primeira vez em seu esplendor, branca e suave, vestida de azul, lábios róseos e os cabelos dourados soltos. Caminhava como se flutuasse e todos lhe abriam passagem dedicando oferendas. Eu a olhava tolo e perdido, imundo das batalhas e de tantos templos profanados. Quantas procissões eu ataquei e quantas sacerdotisas da Lua Branca eu matei sem temer sua fúria. Eu negro e selvagem nunca temi nada e agora temia descer até a clareira e me mostrar aquele anjo. Doía-me tê-la tido em meus braços pequena e frágil e eu não compreendia. Como não havia compreendido seu nome.
Eu não via uma sacerdotisa, mas uma estrela. Ela brilhava como nenhuma outra e seu olhar me chamava como o vento que sopra do mar. Eu não sabia mesmo aí que visão era aquela. Sabia apenas que me enchia de dor e fazia meu coração profano bater como nunca.

 
Última edição:
Arwen_Tinuviel disse:
Autora: Daniela Amancio Cavallari
Genero: Lenda

A lenda de Rigveda[

O inicio


Sinto falta da alma que perdi
dos sonhos que joguei no abismo

Houve um dia luz
mas eu nunca a vi
Houve amor
que eu não soube amar
Houve desejo
que sufoquei até que me afogasse
Tudo o que me resta agora se chama eternidade
e esta é vazia como eu
Mas como chegei aqui? Como me tornei esse ente frio e só?

Nasci do vente da terra, sou fruto terroso, batizado nas águas de um rio azul onde as estrelas se banhavam e a lua chorava.Fui feito de sonhos vãos para vagar neste mundo a esmo.Vi os seres antigos nascerem de luzes vindas dos céus, e ouvi as pedras cantarem. Vi os homems se matarem e guerras tolas enquanto eu anadava nas sombras, mas não nasci para o mal.
Cavalguei nas encostas rochosas das montanhas das terras ermas, e vi a neve branca cobrir todos os caminhos, desci para os vales verdes de Anduin, e vi o grande palacio de cristal que erguia alem, onde o céu é sempre claro e não há dia ou noite. Vi as flores nascerem onde os unicornios caminhavam e eles vieram a mim.
Eu que me chamo Inov, e para todo os sempre serei o cavaleiro negro, matei, queimei, e espalhei a dor, não por mim, mas por que era o meu dever. Eu era um dos emissarios das sombras, cavalgava para um senhor sombrio cujo nome nãos e deve pronunciar, e meus poemas ecoavam nas chamas das cidades que destruí.
Era uma manhã clara e eu havia viajado por toda a noite, passado pelo vale enquanto os barbaros dormiam, e cruzei a ponte deixando o abismo para trás. Meu cavalo estava cansado, e meu corpo carecia de um sono.

Semi adormecido que ouvi os gritos abafados, vindos de adiante perto do rio. Por alguma razão qeu não sei qual era, corri e foi então que a vi. Pequena, vestido branco, encurralada na margem por uma matilha de lobos, um punhal nas mãos já enconstado no peito pronta para tirar a porpria vida antes qeu eles etrassalhassem sua carne.
Senti um uivo sair do meu peito, e o fogo me queimar o corpo, o fogo das batalhas, e quando acabei ela estava desacordada em meus braços. Era delicada como uma filha dos elfos e leve como uma fada.
Quando despertou pude ouvir o descompasso de seu coração assustado. Tinha medo de mim, fruto ter roso que eu era, homem na forma e nas feições e lobo na alma.
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e eu perdi o que ja mais pensei possuir....
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Olá Arwen! Que início primoroso! Lembrou-me as histórias do rpg Changeling o Sonhar: belo, trágico e misterioso. Parabéns! Tem tudo de uma epopéia fantástica. Gostei de introdução de Inov e seu encontro com a dama de branco. Vou acompanhar com certeza!
 
Capitulo II
:think:
Um belo espetáculo para uma gente simples, mesmo eu por um instante acreditei ser uma Deusa de cetro nas mãos a caminhar por entre aquela gente. Meu espírito já não podia ser retido, o cheiro das matas queimava dentro de mim com uma urgência como nunca havia sentido.
Eu era um lobo e Wassins o único lugar que já chamara em algum momento de lar. Meu senhor me aguardava, um homem grande não apenas na estatura, seus exércitos aterrorizavam as terras próximas e seu espírito guerreiro não encontrava limites. Desejava que seu império se estendesse para alem das terras ermas até o limite da Floresta do Silencio.
Ao seu lado estava uma mulher muito branca, fria de olhos e cabelos de um negro noturno e profundo, lábios vermelhos como o sangue. Eu nunca a tinha visto antes, era bela como a morte de voz suave e cortante como uma sereia. Tinha algo que me era estranhamente conhecido naquela visão. Me ajoelhei em respeito diante deles e aguardei.
Ela caminhava se escondendo nas sombras, parecia não gostar da luz solar, mas seus olhos atentos me avaliavam lentamente. Não posso dizer que sua beleza não me atraia, era como o fascínio de encantos terríveis que obscurecem a mente e incendeiam a carne. Era muito fácil matar e morrer por ela... durante esse breve torpor que senti a lagrima azul de Selena em meu peito. Foi como se eu despertasse de um longo transe.
_Os exércitos se posicionam na fronteira sul já faz um mês sem nenhum avanço. Os bárbaros não ultrapassam o estreito de Malagorn.
A mulher se aproximou encostando-se numa pilastra.
_Enviei meus lobos para ajudar, na estrada sul os bárbaros haviam perdido uma presa muito especial. Mas mesmo eles falharam.
A forma como me olhava dentro dos olhos, parecia querer encontrar em mim uma ama para ler.
_Sim, ele pode servir! – sua voz era sibilante a abrasadora.
_Quem é a senhora?
_Sou alguém que pode dar a grande vitória a seu mestre, e é tudo o que deve saber sobre mim por hora. – seus passos eram leves e cheios de graça, seu corpo esguio ondulava semovente.
Lord Kírius levantou-se puxando minha espada. Por um instante temi uma acusação de traição, era lógico agora que a menina era a presa que a sua Dama Negra desejava, no entanto ele encravou a espada no chão.
_Não posso confiar esta missão a outro. Meus homens são fontes, mas também são tolos Inov. Eles temem os lobos de minha senhora, embora estes sejam mais inteligentes do que muitos desses homens. Munir tem sido meu pior e mais temível inimigo. Seus homens não temem a batalha, seus muros têm acolhido refugiados de toda parte e pareciam intransponíveis. Graças as artes de minha senhora temos tido avanços nas fronteiras ao norte, mas ainda é muito pouco. Eu quero mais. Você é feito de outra matéria, sei que pode liderar homens e lobos na tomada do templo.
 
Anael estava lá fora, sentado olhando o horizonte. Inov sentou-se ao seu lado e viu que chorava, mas conteve a pergunta até que os olhos do homem se voltasse para ele.
_Onde esteve? Te esperei. Temos prisioneiros do ataque do lord...serão executados esta noite.
_Não tomo parte em jogos Anael.
Houve um longo silencio. Ao longe podiam ver uma templaria morena de longos cabelos negros amarada. A mulher que Inov vira antes se divertia.
_A templaria é apenas uma dama de companhia. Quando a trouxeram dizia ser Selena, Hecate ficou furiosa ao ver seu rosto. Já vi sacerdotisas antes, mas a força e lealdade desta não tem limites. Vai morrer feliz...
_E você com ela? - Anael o olhou temeroso. - Você está apaixonado...
_Sim eu estou. Sou um tolo não sou. - riu tristemente, Inov não devolveu o sorriso. Sentiu a lágrima azul quente sobre seu peito como se tentasse novamente lhe disser algo. O Sorriso de Selena vinha novamente em seus pensamentos. Hecate desejava por as mãos em Selena...e Kirios e ele proprio eram joguetes...joguetes nada mais. Entretanto seu espirito não desejava a morte da menina como Anael não desejava a morte da prisoneira.
 
A noite já dava lugar ao sol quando o capitão Inov desceu da muralha na direção dos prisoneiros. A sacerdoriza estava desacordada, visivelmente fraca e palida, com uma faca cortou as cordas que a prendiam no tronco jogando-a sobre os ombros. Um dos homens da dama negra quis protestar...
_Vai negar a um soldado espolios de batalha?
_Voce não tomou parte nesta batalha lobo! -sibilou Neftis malicioso.
_Eu não disse que os espolos eram meus... saia da frente
_Ela pertence a minha mestra. É seu consolo por não ter ainda o que deseja tanto. - sibilou ainda mais ferino.
Inov sacou da espada ainda calmo...
_Se sua mestra deseja tanto tomar a cidadela de Munir, pos que consita que eu mantenha meus homens motivados...
A criatura homem se afastou grinindo enquanto Hecate os olhava de longe... parecia-lhe que a mulher havia lhe concedido o desejo.
Subiu novamente onde estava Anael de vigilia e atirou a mulher sobre um monte de palha que usavam como cama.
_O que é isto ?
_Grandes soltados podem escolher espólios de batalha. Tome-a como sua escrava. Só acho que devia ter sido mais homem de ir reivindicá-la por si só. - dito isso atirous-se na relva pronto para dormir.
_Você é um grande calhorda... ela...
_Está com fome e desitratada... a quer ou não? Tem muitos soldados qeu adorariam se divertir com uma carne tão macia...
_Cale-se seu prepotente.
_Guarde essa espada.
_Você está diferente. Tenho notado isto. Não vou tomar o que fez como uma ofença porque você me é como um irmão, e meu coração estima a vida desta dama.
Dito isto recolheu a espada e dedicou-se a cuidar da sacerdotisa. Faltava pouco para sairem em batalha e desejava aproveitar os momentos de paz antes que estes se fossem para sempre, e quem sabe talvez cativar o coração de sua cativa.
 

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