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Artigo falso gerado por computador é aceito para publicação em revista científica de matemática

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
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Nem todas as revistas científicas que encontramos em bancas são confiáveis. Criadores de uma ferramenta online chamada Mathgen, que gera automaticamente trabalhos matemáticos cheios de frases aleatórias, queriam descobrir até que ponto as publicações científicas são verídicas.

Eles enviaram um artigo falso criado por computador a revista de estudos matemáticos Advances in Pure Mathematics, e voilà: apenas dez dias depois, a obra foi aceita para publicação.

Os editores da revista pediram apenas alguns pequenos esclarecimentos à autora do artigo, que, por sua vez, não existe. A obra seria de autoria de uma inexistente professora de matemática chamada Marcie Rathke, da também inexistente Universidade do Sul da Dakota do Norte em Hoople.

No entanto, apesar do estudo falso ter sido aprovado, a revista impõe uma taxa de publicação de cerca de US$ 500 (R$ 1.000). E certamente a professora Marcie Rathke não vai ter fundos suficientes para essa despesa… Triste, não é? O texto completo que foi aceito na revista está disponível em PDF aqui (em inglês). Produza você mesmo o seu artigo matemático sem sentido no Mathgen.

Fonte
 
Site totalmente inútil, mas mesmo assim entrei! E adorei o título que eles deram para o meu artigo: "ON THE FINITENESS OF IDEALS"... :lol:

E nenhuma novidade sobre esse tipo de revista, vide que eles cobram para publicar.
 
Se tiver algo a respeito do gerador perpétuo não ficarei surpreso, já que é algo que mais tentam tornar verdade, até porque se fosse nós não estaríamos dependentes de ter que pagar conta de luz e cada um teria o seu em casa.
 
Publicação de paper com resultados inventados deve ser uma das coisas mais comuns que existem. Basta o cara apresentar um resultado X , as vezes inventado, e voilá, pode ser aprovado. Dependendo do pesquisador mesmo as maiores revistas podem não cobrar comprovação do resultado experimental e ter resultado inventado.
 
Há casos e casos. Lembram das ervilhas do Mendel? Ele manipulou os resultados para ficar na proporção perfeita, porque os outros "doutores" não aceitariam a regrinha se os resultados observados apresentassem variação :blah:

É isso mesmo: a regra do Mendel ta certa, mas ela não é absoluta, apenas indica a probabilidade de uma ervilha ser de um certo tipo, por isso há variação entre as observações. Como na época os estudos estatísticos (ou de variância) ainda estavam no berço, Mendel precisou manipular os dados para acreditarem nele.
 
É que neste caso em particular a coisa é mais bizarra porque não são só os resultados foram inventados, mas TODO o texto do "artigo" e até mesmo o nome do "pesquisador". Uma publicação que aceita uma matéria desse tipo não merece nenhuma credibilidade...
 
Bel eu acho que a parte estatística é a coisa que mais causa manipulação de dados. Se eu tiver uma média de 100 resultados que não apresentam diferença estatística, uma pessoa mal intencionada pode retirar alguns resultados desfavoráveis para trazer a significancia a média. Não estou falando que é sempre, mas eu já li artigo estranho que alguns aspectos não são explicados e conheço pesquisador que já fez e publicou esse tipo de coisa.

Jeff Donizetti disse:
É que neste caso em particular a coisa é bizarra porque não são só os resultados foram inventados, mas TODO o texto do "artigo" e até mesmo o nome do "pesquisador". Uma publicação que aceita uma matéria desse tipo não merece nenhuma credibilidade...

Todos os papers possuem uma equipe de revisores que são outros pesquisadores, normalmente de universidades. Quem revisou que ficou queimado porque ele deve cobrar comprovação do resultado experimental.
 
Sim, Pearl, infelizmente muita gente faz mal uso da estatística, até os próprios estatísticos =/
O que consola um pouco é que, pelo menos aqui no Brasil, a profissão é regulamentada e o estatístico responsável pode ser processado por publicar resultados falsos. Só falta uma prova tipo a da OAB para dar a carteirinha, hoje só apresentar o diploma basta.
 
Todos os papers possuem uma equipe de revisores que são outros pesquisadores, normalmente de universidades. Quem revisou que ficou queimado porque ele deve cobrar comprovação do resultado experimental.

Sem querer criar polêmica, mas quem contratou esses revisores não foram os editores da revista? :think:
 
Eu não sei como são todas as revistas, mas muitas delas trabalham com os professores de universidades ou centros de pesquisa (ex Fiocruz/ Embrapa/ FGV etc) para revisar. Sim eles contratam, mas pensa assim, essa revista não vai sair de circulação e esse caso vai ser esquecido, mas provavelmente nunca mais vai trabalhar com aquele revisor.

Bel disse:
Sim, Pearl, infelizmente muita gente faz mal uso da estatística, até os próprios estatísticos =/
O que consola um pouco é que, pelo menos aqui no Brasil, a profissão é regulamentada e o estatístico responsável pode ser processado por publicar resultados falsos. Só falta uma prova tipo a da OAB para dar a carteirinha, hoje só apresentar o diploma basta.

Maus profissionais existem em todas as áreas. Eu sou favorável a algo tipo a OAB para os cursos em geral. Mas no caso da pesquisa normalmente a pessoa da estatística nem tem culpa, tudo vai depender do que o pesquisador quer apresentar. Por exemplo, é muito mais fácil publicar resultados positivos a resultados negativos aí o próprio pesquisador altera o dado. E eu não sei se existe algo que as agencias de formento (CNPQ/CAPES/FAPE...) podem fazer se detectarem fraude.
 
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Reactions: Bel
Yehonatan eu entrei no link do Fabuloso Gerador de Lero-Lero. É muito bom cara!

Quando eu descobri esse negócio, fiquei super tentado a usá-lo, só pra ver se funcionaria... Claro, não num TCC ou num trabalho valendo 10, mas sabe aqueles trabalhos enormes que valem 2, 3 pontos, que os professores passam só pra sacanear com a gente? Eu ia inserir só um parágrafo por página, pra não abusar. Mas enfim, o medo de reprovar falou mais alto :yep:

Mas se eu tivesse descobrido esse Mathgen algum tempo atrás, com certeza eu usaria! :lol:
 

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