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Artaqueti Valinórëo 05 - Leis e Costumes entre os Eldar!

Pandatur

Usuário
Desta vez o Artaqueti Valinórëo girará em torno de um dos textos mais interessantes para os fãs de Tolkien: "Leis e costumes entre os Eldar". Afinal, todos temos a curiosidade de saber quando um Elfo atinge a maturidade, como se dá o casamento, e principalmente, como é o renascimento Élfico. E é nesse aí que essas informações se encontram.
Acompanhando o "prato principal", temos "Glorfindel", outro excelente texto que debate se o Glorfindel de Gondolin e o de Valfenda são o mesmo Elfo, além de esclarecer mais alguns pontos acerca do renascimento.

Preparados? Declaro então, a partir de agora, que está aberto mais um Debate de Valinor, aqui no Forum e também na Lista de Discussão!

PS: Devido à importância deste texto, somado ao fato de muita gente estar entrando de férias e viajando nos próximos dias, adiaremos o AV 6, de forma que a discussão de "Leis e Costumes entre os Eldar" se estenda inicialmente pelo prazo de 1 mês. O próximo texto será anunciado com um mínimo de uma semana antes de entrar em discussão.
 
Uma questão que surgiu na Lista Valinor Obras, pelo Lordpas, foi bem interessante e eu resolvi trazer para o fórum:

Lordpas disse:
Uma outra coisa que me surgiu agora sobre o texto é quanto a uma parte:

"Ora, os eldar são imortais dentro de Arda de acordo com sua própria natureza. Mas se um fëa [ou espírito] habita e mantém-se unido a um hröa [ou corpo físico] que não é de sua própria escolha mas sim ordenado, e é feito da carne ou substância da própria Arda, então o sucesso desta união seria vulnerável pelos males que infligem dor à Arda, mesmo se esta união fosse pela natureza e com propósito permanente. Pois a despeito desta união, que é de um tipo que, segundo a natureza não-desfigurada, nenhuma pessoa viva [encarnada] pode existir sem um fëa, nem sem um hröa, mesmo o fëa e o hröa não são a mesma coisa; e embora o fëa não possa ser partido ou desintegrado por qualquer violência exterior, o hröa pode ser ferido e completamente destruído.

Se então o hröa é destruído, ou tão ferido que sua saúde cesse, cedo ou tarde ele "morre". Isto é: torna-se doloroso para o fëa habitá-lo, não sendo nem um auxílio à vida e à vontade, nem uma satisfação usá-lo, de forma que o fëa abandona-o e, sua função chegando a um fim, a coesão é desfeita, e ele retorna novamente à orma [matéria física] geral de Arda. Então o fëa torna-se, como no início, desabrigado, e fica invisível a olhos físicos [embora claramente perceptível pela consciência por outros fëar]."

A questão que fiquei em dúvida é: Um fëa tem o direito de escolher o corpo físico, no caso o Hröa ao qual iria se unir? Qual a real diferença entre um que poderia escolher e outro que seria 'obrigado' a encarnar em determinado corpo? Tipo, como isso realmente acontece?

O que vocês acham?
 
Ué, o fëa e o hröa são feitos um para o outro, numa ligação pretendida para ser perfeita e indissolúvel. Mesmo que o fëa tenha alguma prevalecência, ele não tiraniza um hröa qualquer, ocupa um que o possa conter de forma plenamente satisfatória.
 
Os Maiar, na terra-média Istari, (eu acredito) tiveram a opção d escolha d um hröa, escolhendo corpos d homens velhos p/ vir a terra - media, mas naum sei c esse eh o caso d um fëa encarnado num hröa, ja q os Ainur podiam assumir kalker forma q ksessem...




Ringil Æ disse:
Mesmo que o fëa tenha alguma prevalecência, ele não tiraniza um hröa qualquer, ocupa um que o possa conter de forma plenamente satisfatória.

no caso dos elfos, acredito q o fëa provinha d Eru, e somente dele, ele procurava uma certa concordância entre fëa e hröa, mas tb acredito q essa concordância naum era completamente perfeita, visto q ela tinha na sua essência desfiguração (ja q o tema na Canção dos Ainur q incluia os elfos e os homens no reino d Arda, foi criado apos a dissonância d Melkor, "graças" a ele)... um exemplo q eu acredito naum confirmar o q vc falou, Ringil, eh o d Fëanor, eh dito q, ao morrer, seu corpo (hröa) foi consumido e virou cinzas... axo q ece eh um (talvez o unico) caso em q fike evidente q nem sempre um fëa era contido d forma satisfatória e "serena" dentro d um hröa...
 
Witchking, quanto aos istari, os maiar tem características próprias de espírito totalmente diversas das dos encarnados, se excluindo portanto eles da discussão. Quanto à desfiguração, claro, eu falava idealmente, por isso disse que a união era pretendida a ser perfeita e indissolúvel. No caso "real", dentro de Arda Desfigurada, até mesmo os fëar sofreriam transformações, ainda que indiretamente. Nada é perfeito em Arda, mas tudo é pretendido a ser e potencialmente seria.

Quanto a Fëanor, não sei se concordo. Seu corpo o sustentou por todo o seu tempo de vida satisfatoriamente, só se queimou após sua morte. Ainda que isso possa ser uma indicação que o hröa não suportaria sustentar o fëa por todo a vida de Arda, é por demais vago e sem confirmação.
 
Tô sem o Silma aqui, mas quando Fëanor morre e seu corpo se consome, é dito, textualmente, porque. Se não me engano é pelo fato do seu fëa ser "poderoso" demais, ou algo assim. Alguém poderia transcrever essa passagem?
 
Uma parte que eu gostaria de ressaltar é referente à lámatyávë. A lámatyávë é algo desconhecido para a maioria das pessoas, mas é extremamente importante entre os costumes Eldar. Como é dito no próprio texto, "a lámatyávë era tida como uma marca de individualidade e, de fato, mais importante que outras, como estatura, cor e traços faciais" Ou seja, o caráter de um Eldar estava intimamente ligado à lámatyávë, sendo essa uma característica que não apenas iria definir o grau de plenitude no uso dos sons e palavras, mas sim do comportamento cotidiano do indivíduo em termos gerais.

Curiosa também a parte que diz que Míriel teria sido realojada em seu corpo. Isso porém, não é mencionado em nenhum outro texto que eu tenha lido, e chega a ser bem interessante.
Principalmente no seguinte: Creio que Míriel não escolheria reencarnar enquanto Finwë estivesse vivo, pois ele agora já estava com outra, e isso seria bastante constrangedor, segundo penso. Se ela escolhesse isso mais tarde, seria constrangedor do mesmo modo, pois Finwe já não estava mais vivo. Poderia se supor então que talvez também Finwe, após sua morte, teria reencarnado, junto com Míriel.
 
Na verdade, Míriel não quis voltar ao convívio dos outros Eldar não pelo fato de Finwë ter outra esposa - pois esse realojamento de seu fëa se deu antes de Finwë se casar com Indis -, e sim por estar cansada do mundo e das dores deste. E foi exatamente por isso que Finwë se casou com Indis, pois ficou decepcionado com a negação de Míriel.

Isso é contado com mais detalhes na última parte do Leis e Costumes, "O Estatuto de Finwë e Míriel", que não traduzi até hoje (por falta de tempo mesmo :| ). Mas prometo que o texto um dia virá.
 
Pessoal, não terminei de ler o texto ainda, mas me surgiu uma dúvida...Os elfos, no começo dos Tempos eram mortais de hröa e ele evoluia com o tempo? Ou sempre foram imortais mas nos Dias Antigos eram mais fracos?
 
Os elfos sempre foram imortais, mas eles não controlavam seu hröa adequadamente, de forma que eles morriam por tempo (ao menos é o que parece), mas as gerações seguintes passaram a ter esse controle, de forma que a união hröa-fëa era maior, assim a separação só ocorria por ferimentos, tristeza, etc.
 
Ah sim, entendi. No texto diz que ele aprenderam como dominar seu horöa melhor quando tiveram contato com Manwë e os Valar.

Obrigado ^^
 
Witchking disse:
Os Maiar, na terra-média Istari, (eu acredito) tiveram a opção d escolha d um hröa, escolhendo corpos d homens velhos p/ vir a terra - media, mas naum sei c esse eh o caso d um fëa encarnado num hröa, ja q os Ainur podiam assumir kalker forma q ksessem.



Não me lembro se eles tiveram a opção de escolha de um hröa, acho que isso foi imposto a eles pelos valar. Embora os Istari, assim como todos os Maiar e Valar de Aman, pudessem assumir uma forma visível, mas não física, eu acredito que nesse caso eles tenham habitado um corppo físico, visto que eles envelhecem, mesmo que lentamentem, e são afetados pelas preucupações do mundo. Lembrando que o Gandalf literalmente morreu quando enfrentou o Balrog em Moria.
 
De fato. No conselho das leis, foi dito que o Hroa deles deveria ser similar aos Hroa dos homens mortais, para que eles caminhassem como iguais. Tambem sofreriam os efeitos do tempo, da tristeza, da fraqueza e do casaço do mundo, pois eles não deviam se impor pelo poder, mas pela sabedoria e exemplos.
 
Esta é a maneira pela qual o nome dos filhos era obtido entre os noldor. Logo após o nascimento, a criança era nomeada. Era o direito do pai escolher este primeiro nome, e era ele que anunciava o nome para os parentes da criança de ambos os lados. Este é chamado, por este motivo, o nome-pai, e este vinha primeiro, se outros nomes fossem adicionados posteriormente. Ele permanecia inalterado*, pois ele não recaia na escolha da criança.
Só o pai podia nomear os filhos?
 
*Lilith* disse:
Esta é a maneira pela qual o nome dos filhos era obtido entre os noldor. Logo após o nascimento, a criança era nomeada. Era o direito do pai escolher este primeiro nome, e era ele que anunciava o nome para os parentes da criança de ambos os lados. Este é chamado, por este motivo, o nome-pai, e este vinha primeiro, se outros nomes fossem adicionados posteriormente. Ele permanecia inalterado*, pois ele não recaia na escolha da criança.
Só o pai podia nomear os filhos?

A mãe também.

"As mães freqüentemente davam aos seus filhos nomes especiais de sua própria escolha. Os mais notáveis destes eram os "nomes de discernimento", essë tercenyë, ou de "previdência", apacenyë. Na hora do nascimento, ou em alguma outra ocasião de momento, a mãe podia dar um nome ao seu filho, indicando alguma característica dominante de sua natureza percebida por ela, ou alguma visão de seu destino especial. Estes nomes tinham autoridade, e eram considerados nomes verdadeiros quando conferidos solenemente, e eram públicos, não privados, se postos [como às vezes era feito] imediatamente após o nome-pai."
 

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