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Arcebispo mobiliza fiéis contra TV estatal

Missas e cultos não são programas culturais? Hein?

Não. São religiosos e evangelizadores... claramente tem a intenção de seduzir o espectador para a sua crença.

Programa cultural é aquele que mostra uma cultura, explica o porquê da forma de ser e viver de um povo [incluindo sua religião... mas mostrando-a, não evangelizando]... programas de turismo, de vida selvagem... até de filosofia e história, desde que não se prenda a um único ponto de vista.
 
A Santa Missa tem a intenção de seduzir? É isso mesmo que você está dizendo? Que o sacrifício do Senhor Jesus Cristo tem a intenção de converter fieis, seduzir? É isso mesmo.

Se você tivesse dito que podem usar a Missa para tal fim, eu concordaria, agora que a Missa é, em si, algo que seduz, é uma ofensa à doutrina, teologia, liturgia, toda a fé católica.

Imagino que os protestantes tenham uma opinião parecida sobre os cultos. Como não é cultural? A Missa não foi desenvolvida por homens? Não se desenvolveu na cultura ocidental? Não a desenvolveu? Ridículo.
 
Seduzir...Catequisar... tanto faz, tem o mesmo sentido!

Ridículo é você negar que o Estado é laico e que ateus não têm direito, só religiosos. Como se não existissem ateus e agnósticos no Brasil!

Como sempre, você quer impor sua opinião, mesmo que seja à força.

P.S.: diminuir minha reputação não fará você ter razão!
 
Não, não, você não entendeu.

Eu entendo que existem ateus no Brasil, e muitos. Mas existem muitos teístas e estes tem o direito de assistir suas missas e cultos. E essas atividas litúrgicas são culturais sim, elas revelam nossa cultura, são parte fundamental dela. A própria constituição trata da proteção dos templos e liturgias, o respeito a eles.

Mas ateus tem liturgias, rituais? Não. Creio que possa ser aberto uma programação cultural mais filosófica que trate de questões como ateísmo e seu confronto com o teísmo, mas isso de apresentar o ateísmo ao lado da religião é um erro. O ateísmo se foca em questões filosóficas e científicas, são outro tipo de debate.

Catequisar não é seduzir. Proselitismo é uma questão de impor algo à força, ou seduzir mesmo, jesuiticamente. Defender e ensinar uma doutrina religiosa é o direito de toda religião, desde que respeitados os limites da liberdade dos indivíduos.
 
Não, não, você não entendeu.

Eu entendo que existem ateus no Brasil, e muitos. Mas existem muitos teístas e estes tem o direito de assistir suas missas e cultos. E essas atividas litúrgicas são culturais sim, elas revelam nossa cultura, são parte fundamental dela. A própria constituição trata da proteção dos templos e liturgias, o respeito a eles.

Repito: o canal católico vai sair do ar? NÃO!
Quer assistir missa? O canal católico serve pra isso!
Você não é obrigado a assistir somente o canal estatal!!!

Mas ateus tem liturgias, rituais? Não. Creio que possa ser aberto uma programação cultural mais filosófica que trate de questões como ateísmo e seu confronto com o teísmo, mas isso de apresentar o ateísmo ao lado da religião é um erro. O ateísmo se foca em questões filosóficas e científicas, são outro tipo de debate.

Não é um erro porque é exatamente o oposto da religião. É o lado de quem não segue uma religião e não acredita nelas!
Estas pessoas não tem que ser obrigadas a assistir missa num canal estatal.
Como eu disse uns posts atrás, não é só a questão dos ateus... o canal vai passar algum ritual hindu com a mesma frequência da Missa? Ou um ritual Islâmico? Judaico? Budista? Candomblé?!
Se o canal não abre o mesmo espaço, com a mesma frequência e duração para outras religiões, isso é sim inconstitucional!
Porque a Igreja Católica e os católicos tem que ter mais privilégio que os de outra cultura que vivam no Brasil?! O Estado não é mais intrisicamente ligado à Igreja há muito tempo! A escolha da religião é e deve ser livre e o canal, sendo ESTATAL, deve refletir isso... e não empurrar o que um ou outro quer no telespectador!
Acho que você sabe o significado de laico, né?!

Catequisar não é seduzir. Proselitismo é uma questão de impor algo à força, ou seduzir mesmo, jesuiticamente. Defender e ensinar uma doutrina religiosa é o direito de toda religião, desde que respeitados os limites da liberdade dos indivíduos.

Exatamente.
Querer obrigar um canal ESTATAL a passar a missa em detrimento do espaço a outras culturas, É impor à força de uma forma velada!
Justamente o limite de liberdade do indivíduo é que está sendo ultrapassado, pois o cidadão brasileiro não-católico TAMBÉM tem direito...e tem o direito de não ser obrigado a ver a missa no canal do estado!
O canal católico já existe justamente para "defender e ensinar a doutrina" da Igreja. Não tem que usar o canal do Estado pra isso!
 
Sim, concordo com tudo o que você disse. Deveriam abrir espaço pra rituais de todas as religiões ou, pelo menos, das que são praticadas no Brasil, mas aí acho que o problema é econômico mesmo.
 
Não, não deveria abrir espaço pra nenhuma, porque O ESTADO É LAICO.

O laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa.
(...)

Esta corrente surge a partir dos abusos que foram cometidos pela intromissão de correntes religiosas na política das nações e nas Universidades pós-medievais.

Abusos cometidos justo por quem? Ora, a Igreja Católica!
 
Ainda assim, se se deseja o laicismo, ou ele deveria abarcar todas as religiões ou nenhuma. Pra mim parece absurdo pensar em cultura alguma sem religião.

E se a Igreja Católica abusou? Mas o que caracteriza um abuso? Abusar do que não existia? DIz-se que ela abusava das instituições baseando-se em valores políticos pós-medievais. Isso é anacronismo.
 
Ainda assim, se se deseja o laicismo, ou ele deveria abarcar todas as religiões ou nenhuma. Pra mim parece absurdo pensar em cultura alguma sem religião.

Nenhuma. É por isso que a missa sairá da programação.
Caiu a ficha?!

E se a Igreja Católica abusou? Mas o que caracteriza um abuso? Abusar do que não existia? DIz-se que ela abusava das instituições baseando-se em valores políticos pós-medievais. Isso é anacronismo.

Eu poderia te fazer uma lista quilométrica, mas que desvirtuaria totalmente o tópico!
 
Nem todos. Eu gostaria muuuuuuito de ver rituais budistas e hindus depois da Missa, acho interessantíssimo. Liturgias xintoístas seriam interessantes também.
 
Eu acho que você está complicando algo que de fato não é tão complicado. A primeira coisa é que o Canal Brasil é estatal e, portanto, se norteia pela Constituição além da sua proposta. Manter programas religiosos em um canal estatal é claramente inconstitucional a meu ver, uma vez que o estado é laico, independentemente do que a proposta do Canal diga.

Podemos alegar que eram progamas culturais e a proposta do canal é ser cultural. Pois é. Só que não eram programas culturais e sim uma missa e um programa evangelizador católico, não são programas culturais. Portanto se enquadra sim no proselitismo religioso e não na programação cultural o que, claramente não deveria nem de longa constar numa Tv Estatal.



Não é bem assim, mas mesmo que fosse, "TV Pública" é diferente de "TV Estatal". O Canal Brasil aí além de ser público é um canal estatal.

Mas aí que está a complicação. A proposta da educação, dentre outras é informativa, seja ela de risco ou não. O material de educação sexual nas escolas é informativo e no entanto trata de um assunto extremamente sedutor que é o sexo. O que significa que existe espaço para material de risco na educação, um espaço inexplorado que podia ensinar diplomacia, sincretismo religioso, encontros entre representantes de várias denominações... Quanto mais fácil nos identificarmos, melhor a convivência. Como toda força que molda a sociedade o povo tem direito de ser informado do que acontece ao seu redor, algo que só vem no Jornal Nacional para arcar com notícias ruins na pessoa de criminosos. O medo do religioso afetado tem mais a ver com a razão pela qual retiraram o programa. É possível tirar um programa do ar alegando razões legítimas como falta de audiência, má produção, crimes, mas a cadeira e ciências da religião é legítima em várias faculdades do mundo. Se retiram um programa simplesmente por medo de ferir melindres não é apenas os religiosos que perdem, mas todos nós, a democracia perde. Na TV existe espaço para produtos de risco que são colocados normalmente no período noturno. O temor que ocorre na TV brasileira não é só privilégio nosso, essa questão é tão complexa que em países desenvolvidos a linha continua tênue e existem políticos com mágoa e má vontade que se aproveitam disso. O lixo de um homem é o tesouro de outro. Mas se não podemos mostrar o tesouro, que as pessoas possam saber como se comportar diante de alguém que o tenha.
 
Significa que as emissoras públicas educativas não sabem encaixar a religião com a abordagem correta, organizando horários sem critério nem classificação indicativa nem sabem também que temas sedutores precisam ser encarados apropriadamente. O que ocorre não é novidade dada a defasagem em nosso setor educacional. Existe espaço para a sedução na ciência que igual a qualquer ramo humano possui risco e toda pessoa que se apaixona assume um risco. O melhor é acolher o risco da fé religiosa em seu próprio espaço sem banir ou transformá-lo em um tabu.

A culpa não é do sistema usado mas da abordagem dada a ele. Se a religião é legítima em nosso país e não deve ser criminalizada então ela merece abordagem pública informativa como todos os outros assuntos. Religião vista a rigor também é informação.
 
Ela não deve ser criminalizada mas nem deve ser apoiada pelo estado - somos um estado LAICO, sem religião. Missa católica em Tv estatal é apoio à religião, sem enfoque cultural ou informativo, coisa que nossa constituição não permite. Missa não é informação, é só missa. Culto não é informação, é só culto.
 
Ela não deve ser criminalizada mas nem deve ser apoiada pelo estado - somos um estado LAICO, sem religião. Missa católica em Tv estatal é apoio à religião, sem enfoque cultural ou informativo, coisa que nossa constituição não permite. Missa não é informação, é só missa. Culto não é informação, é só culto.

Mas eliminar o caráter informativo da educação propõe tirar poder de um dos pilares da adm pública que é o princípio da eficiência. É insalubre. Informação deve ser vista como aquilo que é, algo vivo e não um quarto escuro.
 

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