Eu sou a favor, mas não acredito que resolveria todos os problemas.
Acredito que uma profissionalização ajudaria a melhorar o nível técnico dos árbitros. Haveria uma maior atenção para a formação e - sobretudo - a reciclagem dos "homens de preto". Talvez isso tornasse a profissão até mais atrativa, criando assim uma maior gama de pessoas interessadas em trabalhar nessa área. O resultado seria, em tese, um processo seletivo mais rigoroso e uma melhoria no quadro de árbitros disponíveis.
Por outro lado, há de se pensar realmente em como tornar uma carreira tão ingrata e curta mais atrativa para pessoas mais jovens, mais capacitadas e mais promissoras.
Por fim, penso que apenas essa tal "profissionalização" não resolveria o problema da corrupção. A corrupção praticamente faz parte da identidade cultural brasileira. Bons salários, carreiras justas e estimulantes, condições adequadas de trabalho, legislações técnicas específicas, nada disso conseguiu dar um fim na corrupção. E pra piorar o quadro, eu não tenho a mínima ideia de como alguém poderia resolver esse problema.
E o que me preocupa mais: tampouco eu tenho esperança de viver para ver uma solução.