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Amores Roubados [Globo]

Mavericco

I am fire and air.
Usuário Premium
Bem, não achei nada melhor para os interesses de apresentação que a Wikipedia. Então:

Amores_Roubados.jpg


Amores Roubados é uma minissérie brasileira, produzida e exibida pela Rede Globo desde 6 de janeiro de 2014.

Escrita por George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa Frota, com supervisão de texto de Maria Adelaide Amaral, direção-geral de José Luiz Villamarim e núcleo de Ricardo Waddington.1

É livremente inspirada no livro “A Emparedada da Rua Nova”, escrito pelo jornalista e fundador da Academia Pernambucana de Letras, Carneiro Vilela(1846-1913). A obra editada semanalmente no “Jornal Pequeno”, do Recife, entre 1909 e 1912, só foi transformada em livro no início do século XX e é umfolhetim que faz sucesso há quase 100 anos.2

Conta com Cauã Reymond, Ísis Valverde, Patricia Pillar, Murilo Benício, Irandhir Santos, Dira Paes, Osmar Prado e Cássia Kis Magro nos papéis principais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Amores_Roubados

Quem mais tá acompanhando?

Estou gostando muito da minissérie. As atuações estão ótimas e a história tem sido muito bem contada. Não falo no sentido de desenrolar de enredo, mas no jogo de câmeras, por exemplo, que tem algumas sacadas muito boas. Por exemplo,

no capítulo da sexta passada (dia 10), quando o Barbudo e o Leandro estavam indo pra tocaia, com todo aquele clima de morte e tal, eles fecharam o capítulo com uma cena de um campo cheio de árvores secas, aparentemente uma vinícola seca, e com só uma estrada cortando, meio que dando a lugar nenhum, meio que uma entrada pro inferno. Achei algo fabuloso!

Outro exemplo, agora fora de spoiler, é a forma como a câmera segue as personagens. Observem que não tem aquele lance novela-mexicana de focar no rosto da personagem de modo mais ou menos padrão, estático, de preferência no centro da tela e com movimentos uniformes de aproximar e afastar. A câmera vai se movendo também, nem sempre foca o rosto das personagens, parece estar em movimento, algo meio líquido, uma técnica que a Globo tem usado muito nessa novela agora das 9, mas que aqui está sendo usada de forma mais inteligente pois retrata também o tormento que passa na cabeça de cada um ali dentro.

Se isso fosse um romance, isso seria em discurso indireto livre, ou seja, os limites do narrador vão ficando cada vez mais problematizados, dando a entender que sempre que uma personagem entra em cena, tudo muda, o narrador sai e o foco cai todo naquela personagem.

Enfim. Uma excelente minissérie. Não apostava um tostão, e no entanto, se revelou ótima!
 
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Procurei e não encontrei o livro A Emparedada da Rua Nova de Carneiro Vilela; creio que está fora de catálogo. Alguém sabe se vão reeditar esse romance?
 
Ele foi reeditado há alguns meses, @Spartaco :

Livro que inspirou série foi reeditado há alguns meses

O pernambucano Joaquim Maria Carneiro Vilela foi advogado, ilustrador, pintor paisagista, cenógrafo, juiz, bibliotecário, secretário de Governo e fabricante de gaiolas. E escritor. A Emparedada da Rua Nova, seu livro que dá base à minissérie Amores Roubados, foi publicado em forma de folhetim entre 1909 e 1912, no Recife, e embora tenha gerado adaptações para teatro e cinema, e estabelecido a reputação de Carneiro Vilela como mestre da literatura nordestina, ele nunca se tornou apreciado por seus pares do Sul e do Sudeste.

Agora, a Cepe Editora do Recife está republicando o volume (520 págs, R$ 40). O macabro (e já lendário) crime da Rua Nova que originou a narrativa, e a vingança do coronel Jaime que se estende além da morte, são elementos sob os quais hoje pairam ainda dúvidas no Recife: teriam sido reais ou invenção do autor?

Carneiro Vilela dizia que a história viera de um relato que ouvira de uma escrava. O telespectador que gostar da série não perderá em pedir um exemplar do livro. A surpresa é mais cruel do que terá suposto.

http://www.estadao.com.br/noticias/...-foi-reeditado-ha-alguns-meses-,1116095,0.htm
 
Autor de “Amores Roubados” explica por que mudou o final da história

É claro que se fosse seguir fielmente o livro "A Emparedada da Rua Nova" eu ia preferir que tivesse sido mantido o final original e aí teríamos uma autêntica série de época.

Mas o objetivo do George Moura não era totalmente esse. Da mesma forma que por exemplo temos várias versões de Romeu e Julieta adaptadas a tempos mais atuais, Em Amores Roubados foi feito algo semelhante e o que ele explicou nessa entrevista deixou bem claro seu ponto de vista.

Isso é importante para que quem leu o livro antes possa entender melhor estes contextos e sabendo diferenciar isso numa avaliação geral gostei da série.
 
Valeu pela informação pessoal. Acho que vou adquirir, ainda mais depois que verifiquei na internet que o livro parece ser bem melhor (e com final diferente) da série televisiva.
 

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