A
Anne
Visitante
[size=medium][align=center]Amor & Dor[/align][/size]
Era agosto. Agosto das dores, das lembranças, do dia em que sua vida tão bem estruturada desmoronou. Ela sentou-se na varanda do casarão da enorme fazenda e observou o céu carregado de nuvens assustadoras e sua mente viajou na triste noite em que tudo aconteceu. Agosto estava ali.
Tudo acontecera tão de repente e, agora, sentada, sentia-se solitária e sem forças para levantar, relembrava cada detalhe do que ocorrera naquela noite. Fora tudo muito rápido e confuso. E sentia-se culpada por não ter impedido tal tragédia.
Seus pensamentos foram cortados por Joe, o mais velho e melhor vaqueiro que já teve. E apesar da idade avançada, desempenhava muito bem as tarefas à que era destinado. Trouxe-lhe a informação da chegada de novos cavalos e, consequentemente, necessitaria de mais um ajudante. Julie lhe disse que poderia fazer a contratação e ele logo a compreendeu. Estava abatida desde a trágica noite e muitas vezes a vira vagando pelos cantos da casa.
Cansada demais para preparar o jantar subiu a extensa escadaria e deitou-se em sua cama. A melancolia que sentia nessa hora era sempre muito intensa e antes que pudesse pensar em alguma coisa, pegara no sono.
Ao levantar na manhã seguinte, se dirigiu à cozinha apressadamente, já que não havia jantado na noite passada. Quando entrava no aposento, levou um susto, estava parado ali um rapaz muito bonito e forte que logo lhe sorriu de um jeito muito caloroso.
- Charlie – apresentou-se o belo rapaz – sou o mais novo vaqueiro.
- Ahn...- foi tudo que Julie conseguiu lhe responder. Jamais vira olhos tão azuis e profundos como aquele.
Seus olhos encontraram-se por um momento, então Charlie saiu, deixando ali Julie, ainda estupefata pelo que acontecera.
Nas semanas que seguiram, ela sentiu-se revigorada. Alguma relação com o novo companheiro de trabalho que Joe arrumara, mas jamais ela revelaria esse sentimento. Usava de toda a sua energia para cavalgar na fazenda, radiante. Muitas vezes Charlie a acompanhava em seus passeios e tentava se aproximar dela, mas, quando isso acontecia, Julie se fechava completamente.
Não agüentando mais a situação ele, em uma de suas cavalgadas com ela, resolveu contar-lhe que ocupava um lugar muito grande em seu coração. Atônita, ela cavalgou rapidamente até o casarão, correu até sua cama e pôs-se a chorar. Prometera a si mesma nunca mais se apaixonar e estivera certa que não correria o risco disso acontecer novamente. Mas o belo garoto mudou o que previra. Refugiou-se em sua casa, com medo de cruzar com ele, o que fez seu amor aumentar ainda mais.
Apesar da dor que sentia, não podia mais esconder essa paixão desenfreada e resolveu conversar com ele. Charlie parecia muito abatido, e assim que a viu, seu rosto se iluminou novamente. Ele a levou para uma cachoeira mais à leste da fazenda e pediu para que ela explicasse o que havia acontecido.
Julie lhe contou que a pouco mais de um ano, em uma noite fria, seu marido e ela voltavam de uma festa quando vários homens os cercaram e mataram-no. Disse que enquanto que ele era torturado, ficara parada do lado, imóvel, assistindo a tudo, sem nenhuma reação para salvá-lo. Então, para amenizar a dor da culpa, prometera nunca mais se envolver com outro homem.
Charlie a envolveu em seus braços e, entre lágrimas, Julie lhe disse que teria que quebrar a promessa, pois o amava.
Era agosto. Agosto das dores, das lembranças, do dia em que sua vida tão bem estruturada desmoronou. Ela sentou-se na varanda do casarão da enorme fazenda e observou o céu carregado de nuvens assustadoras e sua mente viajou na triste noite em que tudo aconteceu. Agosto estava ali.
Tudo acontecera tão de repente e, agora, sentada, sentia-se solitária e sem forças para levantar, relembrava cada detalhe do que ocorrera naquela noite. Fora tudo muito rápido e confuso. E sentia-se culpada por não ter impedido tal tragédia.
Seus pensamentos foram cortados por Joe, o mais velho e melhor vaqueiro que já teve. E apesar da idade avançada, desempenhava muito bem as tarefas à que era destinado. Trouxe-lhe a informação da chegada de novos cavalos e, consequentemente, necessitaria de mais um ajudante. Julie lhe disse que poderia fazer a contratação e ele logo a compreendeu. Estava abatida desde a trágica noite e muitas vezes a vira vagando pelos cantos da casa.
Cansada demais para preparar o jantar subiu a extensa escadaria e deitou-se em sua cama. A melancolia que sentia nessa hora era sempre muito intensa e antes que pudesse pensar em alguma coisa, pegara no sono.
Ao levantar na manhã seguinte, se dirigiu à cozinha apressadamente, já que não havia jantado na noite passada. Quando entrava no aposento, levou um susto, estava parado ali um rapaz muito bonito e forte que logo lhe sorriu de um jeito muito caloroso.
- Charlie – apresentou-se o belo rapaz – sou o mais novo vaqueiro.
- Ahn...- foi tudo que Julie conseguiu lhe responder. Jamais vira olhos tão azuis e profundos como aquele.
Seus olhos encontraram-se por um momento, então Charlie saiu, deixando ali Julie, ainda estupefata pelo que acontecera.
Nas semanas que seguiram, ela sentiu-se revigorada. Alguma relação com o novo companheiro de trabalho que Joe arrumara, mas jamais ela revelaria esse sentimento. Usava de toda a sua energia para cavalgar na fazenda, radiante. Muitas vezes Charlie a acompanhava em seus passeios e tentava se aproximar dela, mas, quando isso acontecia, Julie se fechava completamente.
Não agüentando mais a situação ele, em uma de suas cavalgadas com ela, resolveu contar-lhe que ocupava um lugar muito grande em seu coração. Atônita, ela cavalgou rapidamente até o casarão, correu até sua cama e pôs-se a chorar. Prometera a si mesma nunca mais se apaixonar e estivera certa que não correria o risco disso acontecer novamente. Mas o belo garoto mudou o que previra. Refugiou-se em sua casa, com medo de cruzar com ele, o que fez seu amor aumentar ainda mais.
Apesar da dor que sentia, não podia mais esconder essa paixão desenfreada e resolveu conversar com ele. Charlie parecia muito abatido, e assim que a viu, seu rosto se iluminou novamente. Ele a levou para uma cachoeira mais à leste da fazenda e pediu para que ela explicasse o que havia acontecido.
Julie lhe contou que a pouco mais de um ano, em uma noite fria, seu marido e ela voltavam de uma festa quando vários homens os cercaram e mataram-no. Disse que enquanto que ele era torturado, ficara parada do lado, imóvel, assistindo a tudo, sem nenhuma reação para salvá-lo. Então, para amenizar a dor da culpa, prometera nunca mais se envolver com outro homem.
Charlie a envolveu em seus braços e, entre lágrimas, Julie lhe disse que teria que quebrar a promessa, pois o amava.