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Americano diz ter ficado refém em igreja por 4 meses por ser gay

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
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Um homossexual (foto ACIMA) disse ter ficado refém em uma igreja evangélica da Carolina do Norte (EUA) por quatro meses depois que pastores souberam opção sexual do fiel.

De acordo com reportagem do “Charlotte Observer”, Michael Lowry, de 22 anos, alega ter sofrido abusos físicos e psicológicos no período do “cativeiro” na Word of Faith Fellowship Church. Ele diz ter ficado confinado em um dormitório de 1º de agosto a 19 de novembro do ano passado.

Michael afirma que os abusos eram parte de uma estratégia para expulsar “o demônio” do corpo que a igreja acredita que ser o responsável pela homossexualidade do rapaz.

O jovem, segundo ele alega, também era acompanhado toda vez em que queria ao banheiro. Os pastores temiam que, sozinho, ele se masturbasse.

Um antigo pastor da igreja classificou a acusação de Michael como “mentirosa”.

Reportagem do “Charlotte Observer” mostra que esta não é a primeira vez em que igreja, fundada em 1979, é alvo de acusações. Antigos membros dizem que eles eram obrigados a seguir uma rigorosa cartilha que determina onde morar, onde trabalhar, o que ler, como se vestir e até quando ter sexo com o marido ou a esposa.

Fonte
 
Bom, não duvido do relato dele...Uma noticia dessa vindo de um pais tradicionalista e que a maior religião cultuada é a evangélica como os EUA. Pena que ainda existam pessoas que vejam a homossexualidade como Doença. Eu como estudante de psicologia tenho repulsa por ler uma noticia como essas também. As pessoas não sabem o poder que a mente tem, por isso brincam tanto com ela.

(http://entrementes.com.br/2012/07/evangelicos-querem-tratar-homossexualidade-como-doenca/)
 
Bom, não duvido do relato dele...Uma noticia dessa vindo de um pais tradicionalista e que a maior religião cultuada é a evangélica como os EUA.
A maior releigião cultuada nos EUA não são os evangélicos não. Se não me engano, são calvinistas, adventistas, prebisterianos, baptistas, católicos e depois os pentecostais e neo-pentecostais (para alguns, apenas esse ultimo é evangélico pela "concepção brasileira", digamos assim.

Mas é uma pena que isso ainda exista, o rapaz deve ter saido bastante traumatizado.
 
para mim isso são só subcategorias

Mas não são, evangélico é subcategoria de protestante, eles não são a mesma coisa.
Sendo bem simplista, o protestante clássico, prebisteriano, calvinista, luterano e alguns outros, são responsaveis pela secularização da fé cristã. Eles não ficam operando milagres em suas igrejas e não tem apenas na biblía toda sua construção religiosa. O protestante é muito mais próximo ao "viver cristão" pois de acordo com a maioria dessas fés a salvação se da pelos trabalhos em vida. No calvinismo, por exemplo, a salvação já se dá quando se nasce, é a predestinação.

Os evangélicos são totalmente opostos a isso. Eles tem um carater mágico muito maior que os protestantes classicos, eles trabalham com o "reencantamento" do mundo, usam a biblia para evangilizar (tanto que o termo "evangélico" vem dai) e operam milagres a torto e a direito. Algumas semelhanças existem, como o não-culto ao santos e a não centralização da fé em algum corpo instituido e hierarquizado, mas é basicamente isso. Essa confusão Evangélicos=Prostentantes se deu no Brasil, mas entre as nações protestantes as diferenças são bem claras.

Bom, isso é o que eu estudei pelo menos, tive dois professores prebisterianos de Sociologia, inclusive a minha professora de Weber, que estuda bastante a ética protestante, era prebisteriana e fez questão de ressaltar essa diferença milhares de vezes.
O Paganus entende bem mais disso do que eu, se ele passar por aqui e der uma lida é capaz de dizer se estou errando em alguma coisa ou não, mas tudo que estudei de fé protestante em um ano de teologia na PUC e em tantos outros de sociologia me fazem perceber que existi uma enorme diferença entre pentecostais e neo-pentecostais e os demais protestantes.
 
Obrigada pela explicação Felagund. Infelizmente na escola pública onde estudei os professores de sociologia e filosofia não iam às aulas. Isso só foi um comentário, o ênfase que eu dei foi no fato de de o poderio evangélico quer que o CFP encare a terapia e tratamento para homossexuais brasileiros como doença! O que para a saúde mental de pessoas com outro opção sexual é mto grave!
 
Sendo bem simplista, o protestante clássico, prebisteriano, calvinista, luterano e alguns outros, são responsaveis pela secularização da fé cristã. Eles não ficam operando milagres em suas igrejas e não tem apenas na biblía toda sua construção religiosa. O protestante é muito mais próximo ao "viver cristão" pois de acordo com a maioria dessas fés a salvação se da pelos trabalhos em vida. No calvinismo, por exemplo, a salvação já se dá quando se nasce, é a predestinação.

Concordo que a diferenciação tem que ser feita, mas não com as frases que destaquei. Os presbiterianos/calvinistas defendem a Bíblia como única regra de fé e prática (Sola Scriptura) e a salvação unicamente pela graça (Sola Gratia).

Quanto à notícia, caso de polícia, lógico. Mas lembremos de não generalizar, mesmo que classifiquem o homossexualismo como pecado, nem todos os crentes/evangélicos/protestantes mantém gays em cativeiro.
 
Mas não muda o fato que seus representantes de cada religião deveriam dar instruções clara para conduta com homossexuais para evitar ese tipo de coisa. Não que instruções seriam certo, pois ainda é preconceituoso, mas acho que no fanatismo deles ao menos teriam que respeitar esta conduta.

Este tópico está tão mágico que vou....

Invocando Paganus!

By Raphael S
Plim
 
Amanhã faço um post monstro aqui. Agora, vou dormir.

Estou esperando, senhor Paganus!
:mrgreen:

PS: O Yehonatan e o Morfindel colaboraram com essa distinção neo-pentecostal/evangélico/protestante, mas seria ótimo ouvir também o comentário de um espcialista em fé cristã como a sua camarada!
 
Sinto desapontá-los mas não conheço muito do protestantismo.

Bom, temos que ele nasceu como um cisma entre comunidades eclesiais e a Roma papal mais por questões de autoridade eclesiástica, além de teológicas. Se bem que a questão da autoridade papal é também teológica.

Mas enfim, as questões envolvendo predestinação, livre-arbítrio, papismo, culto à Virgem e aos santos, além da renegação da própria tradição teológica escolástico-tomista de teor intelectualista em favor de uma exegese escriturística mais sólida e uma teologia mais pautada pela hermenèutica dos textos sacros que pela especulação filosófica, sacudiram a Europa e redesenharam seu mapa político. Isso é história. A questão começa a se complicar quando, primeiro, surgem outros reformadores com teologias diversas e novas propostas de administração eclesial, tentando fazer um tipo de arqueologia canônica e conciliar. Segundo, começam a ocorrer cismas, divisões entre os reformadores, cisões entre comunidades que, se já tinham uma centralização pífia, começam a desmoronar em unidade. Junto com as tensões políticas e econômicas, some-se a revolução sangrenta na Inglaterra que cria um tipo de catolicismo papal.

A situação do protestantismo se mantém, porém, estável apesar da perseguição e do vigor da Contra-reforma católica, pelo menos até ser confrontada com o iluminismo e ser pega de jeito nas revoluções secularistas dos séculos XVIII e XIX.

Curiosamente, as maiores cisões protestantes se dão no anglicanismo, onde movimentos claramente sectários, de uma espiritualidade de teor quase extático e quiçá xamânico começam a romper com as estruturas tradicionais da religião da monarquia. É nesse contexto que desponta Wesley e uma miríade de pentecostais no século XIX que espalham suas ideias e teologias revolucionárias no sentido de reconstrução do ideal paulino de Igreja. É com Wesley que surgirão os diversos movimentos pentecostais e seu extremo mais revolucionário do século XX, aquelas comunidades que colocam um valor muito exagerados nas experiências místicas e extáticas do contato com o Espírito Santo que na renovação eclesiástica, moral etc.
O mundo pentecostal é um resultado desse espírito missionário de Wesley e seus seguidores, e o mundo neo-pentecostal, um resultado da tentativa de romper com essas estruturas tradicionais ou de simplesmente se aproveitar do secularismo para fins nada santos.
 

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