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Aluno é retirado da sala de aula após se negar a participar de oração no PR

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Estudante de 16 anos se sentiu discriminado e procurou Associação de Ateus.
Colégio público proibiu orações após Atea reforçar leis sobre Estado laico.[/h]

As orações que ocorriam sempre antes da primeira aula no Colégio Estadual General Carneiro, em Roncador, a 400 km de Curitiba, foram suspensas pela direção após um aluno se recusar a participar, ser retirado da sala e denunciar a atitude da professora à Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea).

O aluno, de 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio contou ao G1 que é ateu e estuda na escola há seis anos, mas há dois não participa das orações.
“Ela [professora de inglês] entrou na sala e mandou todo mundo levantar para participar da oração. Eu e mais um menino ficamos sentados e ela falou pra gente se retirar da sala. Saímos e quando terminou a oração, ela nos chamou”,
relatou o estudante.

Segundo o garoto, ele se sentiu discriminado.
“Me senti como se fosse pior que os outros alunos”.

O caso foi na quinta-feira (12). Ao chegar em casa, o adolescente comentou o ocorrido com o tio, de 30 anos, que também é ateu.
“Fiquei muito bravo, não gostei. Eles não poderiam ter feito isso, foi muita falta de respeito”,
disse.

De acordo com o rapaz, a intenção inicial era de procurar o Fórum da cidade para denunciar a escola. Mas ele entrou em contato com a Atea, através de uma rede social, e foi orientado a falar diretamente com o colégio.

Assim que foi contatada, a associação encaminhou um ofício à escola orientando sobre os direitos legais de ateus e agnósticos. O documento cita o artigo 5º da Constituição Federal que estabelece que
“é inviolável a liberdade de consciência e de crença”.

“Ademais, o art.3 da CF afirma que “constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil... IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Uma oração única e obrigatória constitui ação claramente discriminatória contra todos aqueles que não são contemplados por ela, também violando a Lei Maior”,
diz o ofício.

Entre outros, o documento também cita o artigo 19 da Constituição que fala sobre a laicidade do Estado brasileiro e estabelece a separação entre Igreja e Estado. Desta forma, por ser uma escola estadual, onde foi o caso, não poderia haver referência à religião dentro do espaço público.

“Tem que criar cultura de liberdade de expressão e de proteção. Como acontece com negros, judeus, gays. (...) A associação ajuda nessa possibilidade de denúncia”,
contou o presidente da Atea, Daniel Sottomaior.

A diretora do colégio em questão disse que o “problema já foi resolvido”. Na segunda-feira (16), após reunião, o conselho diretor determinou que não pode mais haver rezas em salas de aula.

Segundo ela, rezar o Pai Nosso antes das aulas era “costumeiro”.
“A cidade tem dois padroeiros e a maior parte da comunidade é religiosa. Todos são habituados a ficar em pé e rezar. (...) A professora não fez isso pra constrangê-lo ou discriminar”,
apontou.

Após a proibição, o garoto, que contou que passou a não acreditar em Deus quando conheceu mais profundamente as “teorias da ciência”, afirmou que se sentiu melhor. “Senti que minha opinião vale”.

O adolescente ainda comentou que ao voltar pra ela escola, algumas pessoas ficaram “olhando estranho" pra ele. Entretanto, acredita que a medida pode ajudar a acabar com preconceito contra quem é ateu.

Fonte
 
Num misture as coisas pessoa Elven.

Não acho que a discussão está em "aluno/professor" dessa vez. Aliás, esses dias vc fez um post igual. É professora brava com aluno mal educado é? :dente: Pq se for, faz isso com vc mesma não. Infelizmente hj em dia o que mais se ve é aluno mal educado =[

Aqui o caso é a escola (e quem a representar dentro e fora de sala de aula) respeitar ou não a crença dos alunos. Respeitar as leis e não forçar seus alunos a seguirem um credo que não o deles ou puni-los quando não o fazem...

Sinceramente achei bem legal a atitude do menino.
Mas não acho que precisava suspender as orações e sim dar a liberdade do "participa quem quer"...
 
Eu acho que suspender as orações é o correto. Naquelas, eu ia na escola para estudar, não para ficar cinco minutos dormindo enquanto outros rezam.
Com todo o respeito, quem quer rezar na escola que reze no recreio.

Porque tipo, se digamos os católicos podem, porque não, depois dessa oração católica, fazer orações de outras religiões - de todas as religiões representadas na sala por exemplo - que a aula passa mais rápido. E ninguém pode falar nada, pois se ouma religião tem direito de orar antes da aula, as outras também tem. Inclusive um aluno que não cre em deus deve ter, assim, um tempinho para realizar um culto ao macarrão ou coisa que o valha.
 
Se ele está em uma escola católica (que acho que não era o caso pelo nome da escola), deveria ter levantado e ficado em silêncio. Se ainda assim a professora pedisse para se retirar, ela estaria totalmente errada.

Meu pai sempre reza antes de comermos. Todos os meus amigos que iam a minha casa sempre abaixaram a cabeça e ficaram em silêncio, mesmo os que não acreditavam. Eles faziam isso como sinal de respeito.
Obviamente não dá para falar muito sobre esse caso, pois não está tão bem explicado, mas tenho a sensação que hoje em dia ser ateu é ser contra tudo o que tem haver com a religião.
(falando nisso, eu estou extremamente descontente com meu país e mesmo assim quando o hino nacional toca eu fico em silêncio em posição de respeito)
 
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Meu pai sempre reza antes de comermos. Todos os meus amigos que iam a minha casa sempre abaixaram a cabeça e ficaram em silêncio, mesmo os que não acreditavam. Eles faziam isso como sinal de respeito.

Nesse caso, ao meu ver, é uma situação diferente. Sua casa é um lugar particular, e quem a visita deve respeitar os costumes da família.

Já uma escola é um lugar público, e mais do que isso, um lugar de formação, onde deve-se introduzir o indivíduo aos seus direitos e deveres. Submeter todos os alunos á uma oração cristã apenas porque a maioria segue essa doutrina é, além de ignorar o direito da minoria, isentar a maioria do dever de respeitar essas minorias. Imagine a situação contrária, em uma cidade hipotética onde a maioria da população fosse satanista (no sentido religioso da palavra), e a professora fizesse uma oração à Baphomet no início da aula, qual seria a reação de um aluno cristão nesse caso?

O mesmo vale para qualquer outro tipo de crença, logo é mais sensato não impor oração alguma em sala de aula.
 
Ele mesmo disse q não seguia há dois anos. que apenas ficava sentado em silêncio... pq simplesmente não deixaram assim?

Não existe a necessidade de levantar. Concordo que em casa a coisa é diferente. Minha avó e mãe rezam direto em almoços de familia. Eu fico parada junto em silêncio. Não falto com respeito nem nada.
Mas estudei numa escola evangélica que tinha culto ecumênico uma aula de quinta feira, eu simplesmente entrava no teatro, sentava lá e lá ficava ué. Pego um livro e morro quieta desde pequena.
 
Mas, aparentemente, não é uma escola religiosa.
E querer que a professora dê aula em vez de se ocupar de assuntos estranhos à sala de aula é um direito de todo aluno =P
 
Reza quem quer, jejua quem quer.

Mas se a escola possui uma tradição religosa de fazer uma reza ou qualquer ação de cunho religioso e se eu estou inserido neste meio acho que o bom senso seria o pai orientar aos filhos a seguirem "alguns protocolos" que não necessáriamente vai imputar no aluno uma religião.

Assim como vc vai visitar uma tribo indígena, africana ou um grupo tradicional asiático que siga o budismo, se vc está neste meio é importante ter o respeito e em alguns casos particar de atividades que tenham a ver com a identidade da instituição, da tribo, da cidade e etc.

Fico imaginandos se os pais de alguma criança matricula a mesma numa escola de tradição budista mas a mesma se ausenta de tudo porque simplismente os pais não concordam. Então porque cargas d´água esses pais matriculam a criança neste recinto? (isso é apenas uma suposição, não sei se existe ou já existiu).

Em 1989 eu fiz minha 6ª série numa escola católica que tinha que ir com uniforme padrão (calça preta, meias pretas, somente sapato, uma gravata) além de seguir as tridições católicas da escola. Naquela época tinham alunos de tudo quanto era religião e todos participavam e não tinham essas confusões como hoje tem. Não estou defendendo o uso da ditadura religiosa mas o senso de respeito e partipação sem necessariamente ser da mesma religião.
 
Ah sim e mesmo assim eu acho que as vezes os alunos passam certos constrangimentos.

Uma amiga minha tava com problema com o filho que estudava em escola evangélica. Ele não é, e de tanto quererem forçar a religião ele começou a provocar. Desenhar pentagrama em prova e no quadro ou ir com blusa metaleira com direito a diabinhos.

Aí a escola volta e meia chamava ela.
 
Também estou perplexa. Eu entendo a questão de tradição, mas é que nem Pearl disse. Não deve existir naquele espaço. E, se existir, deve ser removida. Não porque é ruim, mas é porque não é aquele o lugar para isso.
 
Reza quem quer, jejua quem quer.

Mas se a escola possui uma tradição religosa de fazer uma reza ou qualquer ação de cunho religioso e se eu estou inserido neste meio acho que o bom senso seria o pai orientar aos filhos a seguirem "alguns protocolos" que não necessáriamente vai imputar no aluno uma religião.

Assim como vc vai visitar uma tribo indígena, africana ou um grupo tradicional asiático que siga o budismo, se vc está neste meio é importante ter o respeito e em alguns casos particar de atividades que tenham a ver com a identidade da instituição, da tribo, da cidade e etc.

Fico imaginandos se os pais de alguma criança matricula a mesma numa escola de tradição budista mas a mesma se ausenta de tudo porque simplismente os pais não concordam. Então porque cargas d´água esses pais matriculam a criança neste recinto? (isso é apenas uma suposição, não sei se existe ou já existiu).

Em 1989 eu fiz minha 6ª série numa escola católica que tinha que ir com uniforme padrão (calça preta, meias pretas, somente sapato, uma gravata) além de seguir as tridições católicas da escola. Naquela época tinham alunos de tudo quanto era religião e todos participavam e não tinham essas confusões como hoje tem. Não estou defendendo o uso da ditadura religiosa mas o senso de respeito e partipação sem necessariamente ser da mesma religião.

Nesse ponto eu concordo, mas isso só vale mesmo pra escolas particulares, pelos motivos já citados. Eu estudei metade do fundamental numa católica e tinham os eventos religiosos de que eu nunca gostava, mas obviamente respeitava. Meus pais não são católicos, mas me matricularam porque o ensino lá era bom. Acho que é o principal motivo pra alguns alunos sem religião estudarem em escolas religiosas.

Durante a licenciatura, uma professora de escola adventista veio numa de nossas aulas e ela mesma não seguia religião alguma. Mas era uma boa professora, foi contratada sem nenhum problema e não era obrigada a participar de nada que envolvia religião. É a diferença entre uma escola que respeita e outras que não respeitam. O mesmo vale para professores-pastores que hoje tem de bando por aí. Alguns respeitam, outros não. Não tem a ver com a religião, mas sim com a pessoa.

A página com a palavra 'respeito' do dicionário da galera caiu faz um tempão.
 

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