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Aluno de universidade pública poderá prestar serviço obrigatório

Anica

Usuário
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 326/11, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que obriga o recém-graduado das instituições públicas de educação superior mantidas pela União a prestar serviço social profissional pelo prazo de pelo menos seis meses, sem remuneração salarial.

Pelo projeto, o serviço social será prestado de acordo com a natureza da formação acadêmica, com o objetivo de colocar à disposição da sociedade a preparação profissional do recém-graduado. Ele será requisito prévio para obter o título ou grau acadêmico, sem substituir o estágio profissional obrigatório.
Contrapartida

Para Rubens Bueno, o projeto representa uma alternativa à ideia de cobrar mensalidades dos alunos de graduação do ensino público. “É justo que os estudantes beneficiários da privilegiada experiência de estudar gratuitamente nas melhores instituições de educação superior ofereçam à sociedade, também de forma gratuita, os seus serviços profissionais, pelo menos durante o curto período de seis meses”, argumenta.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), em 2007 o custo anual de cada aluno de universidade federal foi R$ 15.118,04. A meta do ministério é reduzir o valor para R$ 9.403,39 até 2012, com os esforços do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que está ampliando o número de matrículas ofertadas.
Desigualdade

A educação, diz o deputado, é uma estratégia privilegiada de redução das diferenças sociais. “O projeto objetiva determinar que, na formação em nível superior dos cidadãos brasileiros, seja assegurada a experiência indispensável de lidar com as questões mais importantes relativas à desigualdade social e à promoção de sua erradicação, mediante ações efetivas de desenvolvimento das comunidades carentes”, explica.

Além do caráter de justiça social e incentivo ao espírito de solidariedade, prossegue Rubens Bueno, não haverá qualquer prejuízo para o profissional recém-formado, que receberá ajuda financeira e terá sua atividade validada e incorporada ao tempo de serviço, para fins de aposentadoria.

O serviço social profissional obrigatório, sustenta o deputado, é uma compensação pelo privilégio do ensino gratuito, ao mesmo tempo em que abre aos brasileiros carentes o acesso efetivo aos diversos serviços de competência do poder público.

fonte: uol

***

eu não acho que isso vai seguir em frente, então desculpem o sensacionalismo da notícia (copiei e colei da fonte, preguizz de fazer um novo hehe). de qualquer forma, qual a opinião de vocês sobre isso?
 
Lembro que enquanto ainda estava na faculdade havia esquentado bastante essa proposta de se cobrar algo após a conclusão em faculdade pública...

Sobre o artigo, tem algo que não entendi: no primeiro parágrafo diz-se que o serviço do recém-formado será oferecido "de forma gratuita", mas no penúltimo, menciona-se uma "ajuda financeira". Como assim? Quer dizer que vai haver uma bolsa-recém-formado durante esses seis meses?

De qualquer maneira, acho que seria complicado implementar algo assim. Onde encontrar espaço para tantos profissionais? Como controlar tudo isso? Organizar e gerenciar tudo também terá um custo, será todo um número de órgãos e funcionários novos a contratar... Além do que, muitos recém-formados ainda estão em processo de aprendizado. Um engenheiro em início de carreira mais suga informações do que contribui de fato ao trabalho, em seis meses ele não poderia ser bem aproveitado, acabaria mais atrapalhando.

Em um nível mais amplo, acho que a proposta menospreza a contribuição intrínseca de se investir em educação. Mesmo que não seja gerado um retorno direto, esses profissionais estão enriquecendo a sociedade, seja em termos econômicos ou culturais. Fica até parecendo que a universidade precisa ser um negócio rentável...

Mas esses assuntos são meio tortuosos mesmos, às vezes de boas intenções acaba se chegando a propostas ainda mais danosas...
 
Pescaldo disse:
Pô, esse deputado nunca estagiou na vida? :rofl:

Era isso o que eu estava pensando.
No sentido de que, se for colocado em prática, o que vai acontecer é que os recém formados exercerão atividades que não terão nada a ver com sua formação, só pra constar os seis meses.
Tipo o que acontece com a maioria dos estagiários em muitas empresas por aí, estudam administração, economia, advocacia e acabam fazendo trabalhos menores e sem importância como arquivo e coisas assim. =/
 
O Estado não oferece serviços de boa qualidade para a Educação Brasileira. O Ensino Público de 1o e 2o grau, se depender do Estado, vai continuar ruim eternamente. Acho ridícula a exigência de serviço gratuito por parte dos alunos quando estes não recebem o mesmo do Estado com qualidade; a maioria dos alunos de rede pública não consegue nem ingressar numa faculdade pública, quanto mais terminá-la...
 
Claro, dá pra contar nos dedos de uma mão os colégios realmente preocupados com a aprendizagem dos alunos e não no dinheiro deles ou em simplesmente usá-los como propaganda.
 
É claro que há uma má vontade com o ensino brasileiro. Investir na qualidade da educação significa cidadãos mais conscientes e politizados. Isso muito político não quer. A sociedade civil precisa cobrar mais.
Concordo em parte com a contrapartida do aluno de universidade pública prestar algum tipo de serviço para a comunidade. Acontece que o estudante ou recém-formado precisa comer, vestir, pagar as contas etc. Vão ter que arrumar um meio termo aí.
 
[align=justify]Não acho que será possível colocar esse projeto em prática, mas se pararmos para pensar, a proposta é justa. Afinal, milhões de brasileiros que nunca pisarão numa universidade pública, financia, através de impostos, a vida acadêmica de uma minoria. Seria mais do que justo que a população recebesse em troca, pelo menos, algum serviço prestado. Para o recém-formado, seria bom começar a praticar na área. Mas, como disse antes, não sei como seria isso na prática. Provavelmente, uma zona danada.

Gigio disse:
Sobre o artigo, tem algo que não entendi: no primeiro parágrafo diz-se que o serviço do recém-formado será oferecido "de forma gratuita", mas no penúltimo, menciona-se uma "ajuda financeira". Como assim? Quer dizer que vai haver uma bolsa-recém-formado durante esses seis meses?

Gigio, creio que a "ajuda financeira" seria, na verdade, uma ajuda de custo como transporte e alimentação, um auxílio.[/align]
 

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