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Aluna alagoana vai à final de "Nobel para estudante" com telha de sururu

Fúria da cidade

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Ana Julia é uma das 10 finalistas do Global Studant Prize - Sesi/Divugação

Ana Julia é uma das 10 finalistas do Global Studant Prize Imagem: Sesi/Divugação

Aos 18 anos, a aluna do 3º ano do ensino médio Ana Julia Monteiro de Carvalho é a única representante da América Latina entre os 10 finalistas do Global Student Prize — prêmio considerado um "Nobel para estudantes". O vencedor será anunciado no dia 10 de novembro e vai levar US$ 100 mil (cerca de R$ 554 mil).

Para ganhar a indicação, a jovem estudante da Escola da Cambona do Sesi (Serviço Social da Indústria), em Maceió (AL), apresentou seu portfólio de invenções, que vão de uma pastilha purificadora de água a um protetor de raios solares para astronautas (conheça algumas delas abaixo).

pc

Introducing the Top 10 finalists of the inaugural https://t.co/ye4pu1XnL2 #GlobalStudentPrize!

These real-life heroes represent the hard work and dedication of students across the world who strive to build a better future for us all.https://t.co/IOIYr99FuF @VarkeyFdn
-- Chegg.org (@cheggdotorg) October 14, 2021

Além desses, ela revelou a Ecoa um de seus mais novos projetos, que pode ajudar comunidades pobres da orla lagunar de Maceió: a Ecosururu, uma telha feita com casca de sururu que promete ser mais resistente do que as telhas comuns.

O sururu gera um resíduo, a casca, que é descartada pelas marisqueiras   - Divugação/Sesi - Divugação/Sesi


Sururu gera um resíduo, a casca, que é descartada pelas marisqueiras Imagem: Divugação/Sesi

"Desenvolvemos esse projeto por conta da alta quantidade de lixo descartado à beira da Lagoa Mundaú. São cerca de três toneladas todos os dias poluindo aquele local, o que influencia toda a comunidade", conta a jovem.

O sururu é um molusco conhecido por seu sabor apurado. Em Alagoas ele é pescado na lagoa próxima à casa de Ana Júlia, que fica em uma das regiões mais pobres de Maceió. Ali há moradias precárias, muitas delas feitas com madeira e lona, e as famílias sobrevivem graças ao programa Bolsa Família e à pesca do sururu. As mulheres fazem o papel de marisqueiras e descascam o molusco, aproveitando apenas sua parte de dentro — a casca é descartada.

"Queríamos desenvolver algo que pudesse ativamente auxiliar aquela comunidade, já que eles não possuem acesso à moradia de qualidade", afirma.

Ela conta que a telha foi feita para diminuir o índice de poluição e auxiliar essa comunidade a ter uma saída empreendedora. "Nós fizemos teste de metrologia no laboratório do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e descobrimos que a capacidade das telhas é 253% maior do que a telha comum. Pretendemos fazer com que ela seja produzida no futuro. Agora temos somente protótipo", explica. Além do Sesi, Ana Julia teve apoio do IABS (Instituto Brasileiro de Sustentabilidade).

 Ana Júlia criou, com equipe, telha feita com casca de sururu e espera ajudar comunidade - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal


Ana Júlia criou, com equipe, telha feita com casca de sururu e espera ajudar comunidade
Imagem: Arquivo pessoal

Um talento raro para invenções​


Para a disputa do "Nobel", Ana Júlia concorreu com 3,5 mil estudantes de 94 países até chegar à fase final do prêmio com outros noves estudantes do mundo.

Desde a indicação, sua vida mudou: a rotina é de entrevistas e até de encontros com políticos. Já se reuniu com o prefeito de Maceió, JHC (PSB), e o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).

Ana Júlia é uma verdadeira máquina de invenções. Aos 13 anos, ela foi co-fundadora da primeira equipe de competição de robótica da First Lego League de sua escola. Dois anos depois conquistou o 1º lugar na etapa regional, ficando como 10º melhor time geral do Brasil e 1º em processo de pesquisa.

Aerador Sustentável ajuda caprinos e ovinos em áreas secas - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal


Aerador Sustentável ajuda caprinos e ovinos em áreas secas
Imagem: Arquivo Pessoal

Em 2016, ela participou da criação do Aerador Sustentável, outro sucesso — e já em operação. "É um projeto mecânico para elevar a produção de leite de caprinos e ovinos em países em desenvolvimento.

Ele utiliza energia eólica por meio de hélices e movimenta um aerador e uma bomba que impedem a proliferação de bactérias anaeróbicas e outros microorganismos, além de elevar a oxigenação da água", explica. Esse projeto foi selecionado e participou da Exposição Nacional de Robótica.

Em 2017, ela participou também da invenção do pH2O, uma pastilha alcalinizante para melhorar a água e a saúde de comunidades pobres.

Outro projeto chegou a ser aprovado pelo astronauta e atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes, em 2018: trata-se do "Protect Cosmic", uma barreira que impede a penetração de raios cósmicos em naves ou ônibus espaciais. A ideia é reduzir a exposição de astronautas aos efeitos da radiação.

As invenções de Ana incluem também o CISP (Carregador Indutor Solar Portátil) e um sistema de desinfecção mecânica para covid-19 que não usa energia elétrica.

Com tantas ideias em diferentes áreas de atuação, a jovem admite não saber ainda qual curso escolher na faculdade. "Ainda não sei a profissão que quero seguir. Estava optando por Engenharia, mas acredito que agora gostaria de trocar por Bussiness [Negócios] ou algo parecido", conta ela, que não pretende estudar no Brasil. "Vou aplicar para universidades nos EUA", conta.

 
Uau, ela fez isso com a cascas do sururu, eu já tinha visto muita gente usando a casca para fabricação de tijolos.
Só penso como vai ficar o pobre sururu, já que a maldita Brasken está destruindo a região.
 

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