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Alckmin arregou

matheus apc

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que irá dialogar com pais e alunos no ano que vem a respeito da reorganização da rede de ensino estadual. Nesta sexta-feira (4), o tucano decidiu suspender a reestruturação que previa o fechamento de mais de 90 escolas e a afetaria cerca de 300 mil alunos. Ele acrescentou que os estudantes permanecerão em suas unidades em 2016.

"Entendemos que devemos aprofundar o diálogo. Isso fecha um ciclo que permite a gente ajudar no ensino infantil. Vamos dialogar escola por escola", disse o governador. Após o anuncio da decisão, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo.

"O ano de 2016, que seria o ano de implantação, será o ano de aprofundar o diálogo. Alunos vão continuar na escola que já estudam, não haverá mudança." A ideia do governo é dividir as escolas em ciclos, separando alunos do ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio em unidades diferentes.

O governo defende que a reorganização vai melhorar o ensino. Os alunos, porém, contestam e reclamam que não foram ouvidos pelo governo sobre as mudanças e sobre o fechamento das unidades onde estudam.

Em protesto, eles passaram a ocupar, desde 9 de novembro, escolas em todo o estado. Nesta sexta, 196 escolas estavam ocupadas, segundo a Secretaria da Educação – o sindicato dos professores, Apeoesp, afirma que são 205.

Os alunos passaram também a realizar manifestações nas principais vias da cidade até a manhã desta sexta, antes do anúncio do governador. A polícia interveio usando bombas de gás e cacetetes para dispersar os manifestantes nos atos, e alguns estudantes foram detidos.

Ocupação continua
Os estudantes comemoraram a suspensão, mas afirmaram que vão continuar ocupando as escolas até que Alckmin revogue a lei que determina a reorganização escolar.

No anúncio da suspensão da reorganização, o governador defendeu a proposta citando dados do desempenho escolar na rede estadual.

"Somos o quarto colocado no IDEB no ciclo 1, o terceiro no ciclo 2, e o segundo no ensino médio. Avançamos muito com escolas de tempo integral, a maior rede de ensino técnico do país, somos o único estado brasileiro que investe 30% em educação; ninguém investe tanto no Brasil", afirmou.

No fim do pronunciamento, Alckmin leu uma frase do Papa Francisco: "Sempre que perguntado entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma solução sempre possível, o diálogo." Ele saiu sem conceder entrevista aos jornalistas.

A frase foi dita pelo pontífice em um discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em sua visita ao Brasil em 27 de julho de 2013.

Queda na popularidade
Alckmin recuou da decisão no dia em que uma pesquisa Datafolha indicou que a popularidade do governador chegou ao menor índice já registrado.

Os dados mostraram que 28% consideram o governo dele ótimo ou bom – na pesquisa anterior, o percentual era de 38%. Segundo o Datafolha, dois fatos influenciaram essa queda: a crise hídrica e a reorganização escolar.

Na quinta, o Ministério Público e a Defensoria Pública pediram a suspensão da reorganizaçãoem todo o estado. A Justiça tinha dado prazo de 72 horas para que a Fazenda Pública do Estado se manifestasse sobre as alegações do processo.

Segundo a Promotoria, a ação foi a última medida adotada após diversas tentativas de diálogo com o governo.

O pedido de liminar determinava que a reorganização fosse suspensa, que os alunos permanecessem em suas escolas e que o governo apresentasse um calendário para um amplo debate, durante o ano de 2016, sobre a proposta.

Guarulhos
Nesta sexta, a Justiça concedeu liminar que suspende a reestruturação da rede estadual de ensino em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), em caso de descumprimento, o governo teria de pagar multa de R$ 200 milhões.

A decisão valia apenas para a cidade de Guarulhos e foi resultado de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP). O governo paulista pode recorrer da decisão.

Protestos
Ao iniciarem os protestos dos alunos interditando importantes vias da capital, a Polícia Militar foi instruída a não permitir que as avenidas fossem ocupadas. Para isso, a corporação utilizou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, como ocorreu nesta sexta na Rua da Consolação (o G1 acompanhou o protesto em tempo real).

Segundo levantamento da TV Globo, 33 pessoas foram detidas nos atos. Os alunos afirmam que a PM foi truculenta.

Entre os detidos, a maioria é de alunos. Os adultos são presos e os adolescentes apreendidos. Policiais disseram à equipe de reportagem que tentaram negociar a liberação das vias com os estudantes, mas, como eles se recusaram, foi preciso agir, inclusive com o “uso progressivo da força”.

Na quarta (2), o governador criticou os protestos e disse que havia motivação política por trás do movimento. "Não é razoável obstrução de via pública, é nítido que há uma ação política no movimento. Há um nítida ação política", disse.

Bombas de efeito moral e sprays de gás pimenta foram usados pelos agentes para dispersar os bloqueios das vias.

Ao menos na capital não há relatos de que balas de borracha foram usadas. Segundo a PM, algumas pessoas foram detidas por desacato, desobediência, resistência, dano ao patrimônio e corrupção de menores.

“A SSP permanecerá atuando para impedir que haja dano ao patrimônio, seja público ou privado, incitação de crime ou tumultos e badernas nas ruas, que prejudicam o acesso de milhões de paulistas ao trabalho”, afirmou a secretaria em nota.

fonte:http://g1.globo.com/sao-paulo/escol...s-dialogar-escola-por-escola-diz-alckmin.html
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na fonte tem uns vídeos (não consegui linkar).
 
Na quarta (2), o governador criticou os protestos e disse que havia motivação política por trás do movimento. "Não é razoável obstrução de via pública, é nítido que há uma ação política no movimento. Há um nítida ação política"

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coerência mandou abraço pro geraldão.

***

enfim, não tem como negar que o sujeito foi esperto. quando os ânimos se exaltaram, foi lá e usou o termo "suspender", o que significa que ele ainda vai retomar a medida - e ninguém poderá acusá-lo de que mentiu. torcer que não seja só blablabla de político e, quando retorne à reestruturação, de fato converse com a comunidade que será diretamente atingida.
 
Os alunos afirmam que a PM foi truculenta.
Sim, porque os jornalistas não viram nada de violento na ação da polícia, né?
"Foram os alunos que falaram viu, governador?
Não somos nós, jornalistas sem espinha, que afirmamos isso."
:gotinha:

Na quarta (2), o governador criticou os protestos e disse que havia motivação política por trás do movimento. "Não é razoável obstrução de via pública, é nítido que há uma ação política no movimento. Há um nítida ação política", disse.
Cê jura, Alckmin? o_O
Toda ação de cidadania é política e bem, eram protestos contra uma decisão política. Dã!

algumas pessoas foram detidas por desacato, desobediência, resistência, dano ao patrimônio e corrupção de menores.
Sério mesmo que os maiores de 18 anos que estavam lá foram detidos por "corrupção de menores"? :-?


Escolas ocupadas em SP: Paulo Miklos e Edgard Scandurra apoiam


Um evento para apoiar os estudantes das 194 escolas ocupadas em São Paulo contra a reorganização escolar promovida pelo governo Alckmin será realizado nos dias 6 e 7 de setembro na Virada Ocupação. Dentre os artistas que confirmaram presença estão Paulo Miklos (Titãs), Edgard Scandurra (Ira!), Criolo e Maria Gadú. Os shows serão realizados em escolas que serão divulgadas na véspera do evento.

Em entrevista ao Estadão, Paulo Miklos explica a decisão de participar do evento:

"Os alunos me inspiraram, a força vem toda deles. Como pai, me solidarizo com as famílias paulistas preocupadas em preservar o direito de seus filhos à uma educação de qualidade, sem salas superlotadas e como prioridade total de nossos governantes. Como músico, quero que a minha guitarra seja mais do que instrumento musical. Seja instrumento de mudança".
Fonte, reportagem e entrevista com Paulo Miklos no Estadão
 
Chef Paola Carosella visitou e cozinhou para os alunos da Ocupação Fernão Paes, em Pinheiros

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A renomada chef de cozinha Paola Carosella colocou a mão na massa, ou melhor nas panelas, durante uma visita que fez aos alunos da E.E. Fernão Paes, em Pinheiros, neste domingo (6). Os alunos estão ocupando a escola desde o dia 10 de novembro contra a proposta de reorganização de ciclos defendida pelo governo do Estado.

A página oficial da ocupação no Facebook publicou uma foto da Paola no refeitório ajudando os alunos responsáveis pela alimentação e organização da cozinha coletiva.

Durante a ocupação os alunos se dividem em grupos para cuidar da limpeza, da comida e organizar as aulas e palestras dadas por convidados e voluntários.

A foto da chef Paola na ocupação Fernão Paes foi compartilhada por mais 800 perfis e teve mais de 4 mil curtidas na primeira hora após a publicação.

"Uma escola é muito mais do que um centro de ensino, é um espaço de convívio e um núcleo comunitário ", publicou a chef Paola Corosella na sua conta do Facebook.

Paola é argentina e foi eleita a melhor chef de São Paulo em 2014. Ela é sócia dos restaurantes Arturito e La Guapa. Na televisão, ela é jurada do programa Masterchef.

Fonte
 
O pior pra mim é que apesar de correta essa briga por educação, ela se tornou política e na prática tudo ficará igual e o ensino continuará a ser marginalizado.
Professores aos montes e ganhando pouco, alunos desinteressados e o ensino e aprendizado que se explodam.
 
O pior pra mim é que apesar de correta essa briga por educação, ela se tornou política e na prática tudo ficará igual e o ensino continuará a ser marginalizado.
Professores aos montes e ganhando pouco, alunos desinteressados e o ensino e aprendizado que se explodam.
Bom, é claro que a briga é política, como eu escrevi ali em cima, qualquer ato de protesto acaba sendo político no fim das contas.
Mas acho que entendi o que você quis dizer, que ficou mais um caso pt x psdb.
Mas nesse caso específico, do fechamento das escolas, o que deveria ser feito na sua opinião, deixar fechar e pronto, porque não adianta nada? :think:
Você não acha que algo tem que ser feito independente do blablabla de petistas vs. tucanos?
 
Você não acha que algo tem que ser feito independente do blablabla de petistas vs. tucanos?
na verdade eu não tenho uma opinião formada.
Uma irmã de um amigo que trabalha na secretaria da educação era a favor da mudança porque segundo ela realmente tem muita escola ociosa e tambem existem estudos que indicam que a separação proposta (ensino fundamental/médio/etc) tende a melhorar o desempenho dos alunos.
Agora se após a reforma iria realmente faltar escolas ou se alunos teriam que deslocar muito pra ir estudar ai eu seria contra a mudança proposta.
Mas minha critica foi mesmo a falta de vontade de alunos e professores tanto pra estudar quando pra ensinar.

E até acrescentando algo que vi no face:

"Sei que vou causar polêmica e que muita gente vai discordar do que vou dizer, mas gostaria de fazer uma proposta à uma reflexão crítica. Eu não olho partidos, eu olho medidas. Tanto que quando a redução da velocidade nas marginais mostrou à que veio, elogiei sistematicamente a medida para todos que me perguntaram. Tendo isso dito, vi muita gente comemorando o cancelamento da reorganização escolar, mas quantas pessoas realmente pesquisaram sobre o que se tratava? Eu vi a proposta e li textos a favor e contra. E conclui que a proposta em si é boa. A redução da natalidade levou a uma queda no numero de matrículas. A proposta era reativar salas ociosas, melhorando o uso do espaço público, e aumentar escolas de ciclos únicos. Se os dados são verdadeiros ou não, não fiz uma análise estatística duplo cego randomizada, mas um dos argumentos foi que o rendimento das escolas de ciclo único foi 10-28% superior às escolas mistas. Consigo pensar em alguns motivos para isso, pois especializando uma escola, você consegue centralizar algumas medidas de planejamento: desde os problemas com os quais você vai lidar até o uso do espaço coletivo, por exemplo, uma nutricionista pode planejar somente a dieta de uma faixa etária, você pode usar o espaço para falar sobre combate de drogas e sexualidade em uma escola voltada para alunos do ensino médio, pode usar o espaço comum para fazer uma área de lazer para pequenos. Você consegue especializar e utilizar completamente o espaço para aquela faixa etária. Quanto ao fechamento de escolas, está muito bem descrito que não haverá fechamento e sim reaproveitamento do espaço para FATECs, ETECs e creches. Resumindo, economizar! Sim, economizar em um país em crise, que precisa otimizar os recursos e melhorar a gestão! Qual é o valor ruim nisso? E a proposta previa que as crianças estudassem em até 1,5 km de onde moravam. Claro, mudar de escola pode ser um transtorno, da mesma forma que mudar de médico quando você muda de endereço, mas como organizar o sistema público sem algum incomodo individual? Quando a "classe média" reclamou das ciclofaixas (as quais devo dizer sempre fui a favor), não houve um linchamento ideológico contra essas pessoas que "só pensam no próprio umbigo"? Creio que muitos foram pegos pela falta de clareza nas negociações, mas será que não foi um daqueles casos em que as pessoas se comoveram com falácia demagógica? Infelizmente aquelas crianças, na minha opinião, não estavam ocupando escolas em defesa da educação, e sim, em defesa dos interesses de um grupo sindical que por algum motivo mantém um silêncio incômodo quanto aos cortes na educação realizados pelo governo federal."
 
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