Sister Jack
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Vou fazer um comentário nos 3 filmes de Akira Kurosawa, um deus do cinema, que eu assisti:
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YOJIMBO - O GUARDA COSTAS
Esse foi o último dos filmes de Kurosawa que assisti. Foi hoje a tarde.
Yojimbo significa guarda-costas, um protetor, um guerreiro pago para fazer serviços.
Sanjurô é um samurai que chega de viagem em uma pequena cidade no século 17. Ele encontra a cidade vazia, silenciosa. As pessoas que moram lá se escondem em suas casas, amedrontadas pelas duas gangues que dominam a cidade. A gangue de Sebei e de Ochitora. Sanjorô, enquanto conversa com um velho dono de um bar da cidade, depois de ouvir as estórias tristes do velho sobre a cidade, decide tentar acabar com a violência lá. Ele começa a fazer planos e armadilhas para que as duas gangues se enfrentem e se matem.
O filme é simplismente perfeito. Sim. Em todos os aspectos. Da trilha dramática à direção que é linda e poética. Quase ninguém faz filmes tão encantadores e bonitos de olhar como Akira. A beleza é uma característica presente em todos os seus filmes. Só que em Yojimbo, Akira usa tons mais sombrios para filmar as cenas, principalmente quando o filme vai chegando perto do final.
O diretor consegue criar uma tensão, suspense e emoção que ultrapassam qualquer filme de hoje em dia. Seu herói, Sanjurô, é interpretado por Toshiro Mifune, um outro deus, só que esse é dá atuação. E essa atuação é tão boa que nos conquista na hora. Nos ultimos 40 minutos desse filme, tudo que eu pude fazer era sentar bem perto da TV e torcer para o samurai.
As lutas são poucas, mas quando acontecem, fazem qualquer um babar. A
maioria das lutas são rápidas, inesperadas, e sem cortes. A adrenalina sobe toda vez que Sanjurô tira a sua espada e desafia os outros.
E a estória é brilhantemente escrita. Tem várias intrigas, surpresas, e momentos heróicos. Eu preciso ver esse filme novamente antes de ter certeza do que estou falando. Sempre assisto de novo. Mas enquanto isso, acredito que esse seja o melhor filme de Akira Kurosawa, e provavelmente, um dos melhores filmes de todos os tempos.
NOTA 10
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OS SETE SAMURAIS
Esse foi o primeiro filme de Akira Kurosawa que assisti. Assisti duas vezes, na verdade. Ele é enorme, um épico de 3 horas e 28 minutos. E acredito que esse seja um pequeno problema para o filme, minha única reclamação. Tem cenas no filme em que ele arrasta um pouco, cenas de pouco interesse, que não tem um grande motivo para estar lá.
O filme tem momentos emocionantes espalhados pelo filme inteiro, e é isso que o faz se manter interessado.
O uso de camera lenta nesse filme é tão bom que eu não consigo expressar com palavras. Você tem que ver pra crer. E dá pra ver uma mudança de clima e atmosfera do filme. Ele começa a ficar mais pesado quanto mais perto do final ele fica.
A estória do filme é ultra heróica. Acho que até mais que Yojimbo. A estória é sobre o chefe de uma vila manda 4 homens para uma cidade próxima para buscar ajuda. Sua vila está sendo atacada por ladrões, que roubam a comida do povo todo mês. Os 4 homens, chegando na cidade, encontram Shimura, um grande mestre samurai que decide ajudá-los mesmo sabendo que não vai receber quase nada. Ele reune mais 6 samurais para ajudá-lo a combater os ladrões da vila.
O filme tem vários personagens e todos tem vida e são desenvolvidos bem, mesmo alguns aparecendo mais que outros. A estória com certeza se concentra em Shimura, e um outro samurai, mais irresponsável e meio bêbado, chamado Kikuchyio. Este é interpretado perfeitamente por Mifune. É o trapalhão que se torna herói. E o filme é cheio de pequenas tramas tocantes, como a paixão do aprendiz de samurai e uma garota da vila.
Novamente, os melhores momentos do filme são os mais dramáticos e heróicos. O começo é chocante, mostrando o povo da vila reunido, chorando sem parar. Eu fico com os olhos molhados nessa parte pq as atuações são tão boas e reais que não tem como não sentir a tristeza do povo da vila. E um outro momento incrível do filme é a batalha final, dos samurais e o povo da vila contra os ladrões, que acontece em uma tempestade. Inesquecível.
O filme também tem uma das melhores trilhas para um filme. É daquelas que você termina de ver o filme e continua com ela na cabeça, cantando sem perceber. O filme tem pequenas falhas, mas ainda sim é excelente.
NOTA 9,0
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SONHOS
Esse eu vi um dia na HBO. Eu vi na programação um filme chamado Sonhos, e olhei na sinopse e vi que era um filme de Akira Kurosawa. Como tinha adorado Os Sete Samurais, decidi assistir. Uma coisa que me impressionou foi que esse filme é bem mais recente. Enquanto Samurais é de 54 e Yojimbo é de 61, Sonhos é de 90.
Sonhos é bem diferente dos outros filmes de Kurosawa que assisti. Ele é colorido, conta várias pequenas estórias diferentes, não involve nenhum samurai, e é muito mais pessoal.
Começo a falar do filme pela fotografia. É como o uso de camera lenta em Samurais, não faço a menor idéia de como descrever. É linda. Linda, perfeita, bela. De tirar o fôlego. Dá tudo o que um filme de fantasia de Akira Kurosawa precisa. Você nunca vai esquecer as imagens que Akira coloca no filme. Em um dos contos você vê um vulcão entrando em erupção e a fumaça tóxica aproximando dos sobreviventes. Você vê criaturas demôniacas sofrende em poços de lavas. Uma passeata, um costume japonês usando máscaras e fantasias enquanto caminham em uma floresta cheia de luzes coloridas. Um homem assistindo um éxercito de soldados mortos atravessar um túnel. Uma viagem de uma pessoa por vários quadros.
Os contos variam de incrívelmente alegres e belos, à sombrios e chocantes. São sonhos de Akira Kurosawa, e não são feitos para serem entendidos por ninguém além de Kurosawa, mas com certeza podem ser apreciados. E devem.
NOTA 9,0
Comentem sobre suas experiências com filmes de Akira e me recomendem que filme dele eu devo ver na próxima vez.
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YOJIMBO - O GUARDA COSTAS
Esse foi o último dos filmes de Kurosawa que assisti. Foi hoje a tarde.
Yojimbo significa guarda-costas, um protetor, um guerreiro pago para fazer serviços.
Sanjurô é um samurai que chega de viagem em uma pequena cidade no século 17. Ele encontra a cidade vazia, silenciosa. As pessoas que moram lá se escondem em suas casas, amedrontadas pelas duas gangues que dominam a cidade. A gangue de Sebei e de Ochitora. Sanjorô, enquanto conversa com um velho dono de um bar da cidade, depois de ouvir as estórias tristes do velho sobre a cidade, decide tentar acabar com a violência lá. Ele começa a fazer planos e armadilhas para que as duas gangues se enfrentem e se matem.
O filme é simplismente perfeito. Sim. Em todos os aspectos. Da trilha dramática à direção que é linda e poética. Quase ninguém faz filmes tão encantadores e bonitos de olhar como Akira. A beleza é uma característica presente em todos os seus filmes. Só que em Yojimbo, Akira usa tons mais sombrios para filmar as cenas, principalmente quando o filme vai chegando perto do final.
O diretor consegue criar uma tensão, suspense e emoção que ultrapassam qualquer filme de hoje em dia. Seu herói, Sanjurô, é interpretado por Toshiro Mifune, um outro deus, só que esse é dá atuação. E essa atuação é tão boa que nos conquista na hora. Nos ultimos 40 minutos desse filme, tudo que eu pude fazer era sentar bem perto da TV e torcer para o samurai.
As lutas são poucas, mas quando acontecem, fazem qualquer um babar. A
maioria das lutas são rápidas, inesperadas, e sem cortes. A adrenalina sobe toda vez que Sanjurô tira a sua espada e desafia os outros.
E a estória é brilhantemente escrita. Tem várias intrigas, surpresas, e momentos heróicos. Eu preciso ver esse filme novamente antes de ter certeza do que estou falando. Sempre assisto de novo. Mas enquanto isso, acredito que esse seja o melhor filme de Akira Kurosawa, e provavelmente, um dos melhores filmes de todos os tempos.
NOTA 10
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OS SETE SAMURAIS
Esse foi o primeiro filme de Akira Kurosawa que assisti. Assisti duas vezes, na verdade. Ele é enorme, um épico de 3 horas e 28 minutos. E acredito que esse seja um pequeno problema para o filme, minha única reclamação. Tem cenas no filme em que ele arrasta um pouco, cenas de pouco interesse, que não tem um grande motivo para estar lá.
O filme tem momentos emocionantes espalhados pelo filme inteiro, e é isso que o faz se manter interessado.
O uso de camera lenta nesse filme é tão bom que eu não consigo expressar com palavras. Você tem que ver pra crer. E dá pra ver uma mudança de clima e atmosfera do filme. Ele começa a ficar mais pesado quanto mais perto do final ele fica.
A estória do filme é ultra heróica. Acho que até mais que Yojimbo. A estória é sobre o chefe de uma vila manda 4 homens para uma cidade próxima para buscar ajuda. Sua vila está sendo atacada por ladrões, que roubam a comida do povo todo mês. Os 4 homens, chegando na cidade, encontram Shimura, um grande mestre samurai que decide ajudá-los mesmo sabendo que não vai receber quase nada. Ele reune mais 6 samurais para ajudá-lo a combater os ladrões da vila.
O filme tem vários personagens e todos tem vida e são desenvolvidos bem, mesmo alguns aparecendo mais que outros. A estória com certeza se concentra em Shimura, e um outro samurai, mais irresponsável e meio bêbado, chamado Kikuchyio. Este é interpretado perfeitamente por Mifune. É o trapalhão que se torna herói. E o filme é cheio de pequenas tramas tocantes, como a paixão do aprendiz de samurai e uma garota da vila.
Novamente, os melhores momentos do filme são os mais dramáticos e heróicos. O começo é chocante, mostrando o povo da vila reunido, chorando sem parar. Eu fico com os olhos molhados nessa parte pq as atuações são tão boas e reais que não tem como não sentir a tristeza do povo da vila. E um outro momento incrível do filme é a batalha final, dos samurais e o povo da vila contra os ladrões, que acontece em uma tempestade. Inesquecível.
O filme também tem uma das melhores trilhas para um filme. É daquelas que você termina de ver o filme e continua com ela na cabeça, cantando sem perceber. O filme tem pequenas falhas, mas ainda sim é excelente.
NOTA 9,0
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SONHOS
Esse eu vi um dia na HBO. Eu vi na programação um filme chamado Sonhos, e olhei na sinopse e vi que era um filme de Akira Kurosawa. Como tinha adorado Os Sete Samurais, decidi assistir. Uma coisa que me impressionou foi que esse filme é bem mais recente. Enquanto Samurais é de 54 e Yojimbo é de 61, Sonhos é de 90.
Sonhos é bem diferente dos outros filmes de Kurosawa que assisti. Ele é colorido, conta várias pequenas estórias diferentes, não involve nenhum samurai, e é muito mais pessoal.
Começo a falar do filme pela fotografia. É como o uso de camera lenta em Samurais, não faço a menor idéia de como descrever. É linda. Linda, perfeita, bela. De tirar o fôlego. Dá tudo o que um filme de fantasia de Akira Kurosawa precisa. Você nunca vai esquecer as imagens que Akira coloca no filme. Em um dos contos você vê um vulcão entrando em erupção e a fumaça tóxica aproximando dos sobreviventes. Você vê criaturas demôniacas sofrende em poços de lavas. Uma passeata, um costume japonês usando máscaras e fantasias enquanto caminham em uma floresta cheia de luzes coloridas. Um homem assistindo um éxercito de soldados mortos atravessar um túnel. Uma viagem de uma pessoa por vários quadros.
Os contos variam de incrívelmente alegres e belos, à sombrios e chocantes. São sonhos de Akira Kurosawa, e não são feitos para serem entendidos por ninguém além de Kurosawa, mas com certeza podem ser apreciados. E devem.
NOTA 9,0
Comentem sobre suas experiências com filmes de Akira e me recomendem que filme dele eu devo ver na próxima vez.