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Autor da Semana Agatha Christie

Nihal

Ventinha xD
Primeiro tópico, este será meio copia-e-cola, mas durante a semana outros virão, talvez.:mrgreen:


Agatha Mary Clarissa Miller
15/09/1890, Torquay, Inglaterra
12/01/1976, Londres, Inglaterra


AgathaChristie.jpg


"Dentro de alguns anos, só quero ser lembrada como uma boa escritora de casos policiais."
Diz ela.
E é assim que Agatha Christie permanece na memória de seus fiéis leitores em todo o mundo. São 86 livros traduzidos ( seis romances escritos sob o pseudônimo de Mary Westmacott) em 103 idiomas, uma autobiografia e cerca de 350 milhões de exemplares vendidos no mundo todo, até hoje.Agatha é a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia, e mais que Shakespeare.

Tudo começou quando Agatha contraiu uma forte constipação que a deixou de cama. Sua mãe a incentivou a criar um conto para passar o tempo. Escreveu, e continuou, encorajada por Eden Phillpotts, um teatrólogo amigo da família.Ela é, até hoje, conhecida como a Rainha do Crime e Duquesa da Morte, entre outros títulos. Agatha foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.Quando já era famosa, disse que, durante muitos anos, se divertiu escrevendo histórias melancólicas, em que a maioria dos personagens morria.


Biografia
Nascida Agatha Mary Clarissa Miller,passou a infância e a adolescência num ambiente quase recluso, pois sua mãe se encarregou de dar-lhe formação cultural, proibindo-a de freqüentar escolas públicas. Tinha trinta anos quando conseguiu publicar seu livro de estréia, O misterioso caso de Styles (1921). Agatha Christie criou dois tipos inesquecíveis: o detetive belga Hercule Poirot, com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas no cérebro, e Miss Marple, uma solteirona simpática, observadora sagaz e tão cerebral quanto o detetive belga. Antes de morrer, em 12 de janeiro de 1976, cuidou também de preparar a morte de Miss Marple; e voltou a mansão Styles, cenário de seu primeiro livro, para encerrar a carreira de Poirot em Cai o pano. Ela se casou em 1914, com o Coronel Archibald Christie, um aviador da Força Aérea britânica. Com ele, teve sua única filha, Rosalind. Durante a Primeira Guerra, Agatha trabalhou como farmacêutica, o que lhe proporcionou, segundo consta, grandes conhecimentos sobre poções e veneno, que seriam mais tarde empregados em suas obras.

Agatha disse:
"Foi quando trabalhava no dispensário que concebi a ideia de escrever uma história policial. Essa ideia permanecia em minha mente desde o tempo em que Madge me desafiara a escrevê-la – e meu atual trabalho parecia oferecer a oportunidade favorável. Ao contrário da enfermagem, onde sempre havia o que fazer, o serviço do dispensário tinha períodos muito atarefados e outros mais frouxos. Às vezes eu ficava de serviço só a parte da tarde, praticamente sentada o tempo todo. Depois de verificar que os frascos de remédios estavam cheios e em ordem, tinha liberdade para fazer o que quisesse, desde que não abandonasse o dispensário. Comecei a considerar que espécie de história policial poderia escrever. Visto que estava rodeada de venenos, talvez fosse natural que selecionasse a morte por envenenamento. Congeminei um enredo que me parecia ter possibilidades. Essa ideia permaneceu na minha mente, gostei dela e, finalmente, aceitei-a. Depois tratei da dramatis personae. Como? Por quê? E tudo mais. Teria que ser um envenenamento íntimo, devido à maneira especial como seria acometido o crime; teria que passar-se em família, ouso dizer assim. Naturalmente, teria que aparecer um detetive. Nessa altura, achava-me mergulhada na tradição de Sherlock Holmes. Por isso pensei logo em detetives. Não poderia ser como Sherlock Holmes, é claro: teria que inventar algo diferente, bem meu, mas também ele teria que ter um amigo íntimo, uma espécie de ator contracenante – não seria tão difícil assim! Retornei a meus pensamentos a respeito dos outros caracteres. Quem seria assassinado? (...) O verdadeiro objetivo de uma boa história policial é que o assassino seja alguém óbvio e que, ao mesmo tempo, por certas razões, descubramos que não é óbvio, e que, afinal, possivelmente não fora essa pessoa que cometera o crime.”

Deu-se em 1920 a publicação o seu livro de estréia, "O Misterioso Caso de Styles", protagonizado pelo detetive belga Hercule Poirot, que se tornaria um dos mais famosos personagens de toda a história da literatura. Poirot seria protagonista de mais 33 romances e dezenas de contos.

Com a morte da mãe e o pedido de divórcio do marido, Agatha entrou em um colapso nervoso que acabou culminado em seu famoso desaparecimento.
Em Dezembro de 1926, o carro de Agatha foi encontrado abandonado, com as portas abertas, à beira de um lago, sem nenhum bilhete ou indício de seu paradeiro. Foram feitas buscas intensas, sem sucesso; falou-se de rapto, suicídio e assassinato; o marido infiel virou suspeito. No entanto, depois de 12 dias, o empregado de um hotel na cidade de Harrogate contactou a polícia, informando que uma hóspede do hotel parecia-se muito com as fotos divulgadas da escritora desaparecida. Chegando ao local, os investigadores constataram que tratava-se de fato de Agatha Christie, que se havia registado no hotel sob o nome de Theresa Neele (o mesmo apelido da amante do seu marido).

Dois anos mais tarde, Agatha Christie divorciou-se de seu primeiro marido. Em 1930, publicou o primeiro romance com a sagaz personagem Miss Marple, "O Assassinato na Casa do Pastor". Marple, uma simpática velhinha que se arvora a detetive e é uma espécie de alter-ego da autora, foi protagonista de doze romances de Agatha Christie.

Ainda em 1930 Agatha casou-se pela segunda vez, com Max Mallowan, um arqueólogo que havia conhecido numa viagem à Mesopotâmia. Com Mallowan a autora realizou uma série de expedições arqueológicas, que lhe renderam inspiração para novas histórias, como "Morte no Nilo".

Agatha Christie tornou-se Dama da Ordem do Império Britânico em 1971. Morreu em 1976,aos 85 anos de idade, de causas naturais, em sua residência. Ela está enterrada no Cemitério da Paróquia de St. Mary, em Cholsey, Oxon. E desde então vários livros seus foram publicados pós-morte: o romance de sucesso Um Crime Adormecido apareceu mais tarde naquele ano, seguido pela sua autobiografia e pela coleção de pequenas histórias Os Casos Finais de Miss Marple, Problem at Pollensa Bay e Enquanto Houver Luz. Em 1998, Café Preto foi a primeira das suas peças a ser adaptada para o teatro por outro autor, Charles Osborne.



Obras

  • 1920 - O Misterioso Caso de Styles (A Primeira Investigação de Poirot)
  • 1922 - O Inimigo Secreto (O Adversário Secreto)
  • 1923 - Assassinato no Campo de Golfe (Poirot o Golfe e o Crime)
  • 1923 a 1937 - Um Acidente e Outras Histórias - contos
  • 1923 a 1974 - Os Primeiros Casos de Poirot - contos
  • 1924 - O Homem do Terno Marrom
  • 1924 - Poirot Investiga (As Investigações de Poirot)
  • 1925 - O Segredo de Chimneys
  • 1926 - O Assassinato de Roger Ackroyd
  • 1927 - Os Quatro Grandes (As Quatro Potências do Mal)
  • 1928 - O Mistério do Trem Azul (O Mistério do Comboio Azul)
  • 1929 - Sócios no Crime (O Homem que era o nº 16)
  • 1929 - O Mistério dos Sete Relógios
  • 1930 - Assassinato na Casa do Pastor (Encontro com um Assassino)
  • 1930 - O Misterioso Sr. Quin
  • 1930 - O Cadáver Atrás do Biombo
  • 1931 - Um Furo Jornalístico
  • 1931 - A Morte do Almirante
  • 1931 - O Mistério de Sittaford
  • 1932 - A Casa do Penhasco (A Diabólica Casa Isolada)
  • 1933 - O Cão da Morte (Testemunha da Acusação)
  • 1933 - Treze à Mesa (A Morte de Lorde Edgware)
  • 1933 - Os Treze Enigmas (Os Treze Problemas)
  • 1934 - Assassinato no Expresso do Oriente
  • 1934 - O Detetive Parker Pyne
  • 1934 - O Mistério de Listerdale
  • 1934 - Por que Não Pediram à Evans? (Perguntem a Evans)
  • 1934 - O Retrato
  • 1935 - Tragédia em Três Atos
  • 1935 - Morte nas Nuvens
  • 1936 - Os Crimes ABC
  • 1936 - Morte na Mesopotâmia
  • 1936 - Cartas na Mesa
  • 1937 - Assassinato no Beco (Crime nos Estábulos)
  • 1937 - Morte no Nilo (O Barco da Morte)
  • 1937 - Poirot Perde uma Cliente
  • 1938 - Encontro com a Morte (Morte entre as Ruínas)
  • 1938 - O Natal de Poirot
  • 1939 - O Caso dos Dez Negrinhos (Convite para a Morte)
  • 1939 - É Fácil Matar (Matar é Fácil)
  • 1939 - O Misterio da Regata e Outras Histórias
  • 1940 - Cipreste Triste (Poirot Salva o Criminoso)
  • 1940 - Uma Dose Mortal (Os Crimes Patrióticos)
  • 1941 - Morte na Praia (As Férias de Poirot)
  • 1941 - M ou N? (Tempo de Espionagem)
  • 1942 - Um Cadáver na Biblioteca (Um Corpo na Biblioteca)
  • 1942 - A Mão Misteriosa (O Enigma das Cartas Anónimas)
  • 1943 - Os Cinco Porquinhos (Poirot Desvenda o Passado)
  • 1944 - Hora Zero (Contagem Zero)
  • 1944 - A Ausência
  • 1945 - Um Brinde de Cianureto (À Saúde da... Morte)
  • 1945 - E no Final a Morte (Morrer não é o Fim)
  • 1946 - A Mansão Hollow (Poirot, o Teatro e a Morte)
  • 1946 - Desenterrando o Passado
  • 1947 - Os Trabalhos de Hércules (Os 13 problemas)
  • 1948 - Seguindo a Correnteza (Arrastado na Torrente)
  • 1948 - Testemunha de Acusação
  • 1949 - A Casa Torta (A Última Razão do Crime)
  • 1950 - Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias (A Ratoeira)
  • 1950 - Convite para um Homicídio (Participa-se um Crime)
  • 1951 - Aventura em Bagdá (Encontro em Bagdade)
  • 1952 - Um Passe de Mágica (Jogo de Espelhos)
  • 1952 - A Morte da Sra. McGinty (Poirot contra a Evidência)
  • 1952 - A Filha
  • 1953 - Cem Gramas de Centeio (Centeio que Mata)
  • 1953 - Depois do Funeral (Os Abutres)
  • 1954 - Um Destino Ignorado (Destino Desconhecido)
  • 1955 - Morte na Rua Hickory (Poirot e os Erros da Datilógrafa)
  • 1956 - A Extravagância do Morto (Poirot e o Jogo Macabro)
  • 1956 - A Carga
  • 1957 - A Testemunha Ocular do Crime (O Estranho Caso da Velha Curiosa)
  • 1958 - Punição para a Inocência (Cabo da Víbora)
  • 1959 - Um Gato Entre os Pombos (Poirot e as Jóias do Príncipe)
  • 1960 - A Aventura do Pudim de Natal
  • 1961 - O Cavalo Amarelo (O Cavalo Pálido)
  • 1962 - A Maldição do Espelho (O Espelho Quebrado)
  • 1963 - Os Relógios (Poirot e os 4 Relógios)
  • 1964 - Mistério no Caribe (Mistério nas Caraíbas)
  • 1965 - O Caso do Hotel Bertram (Mistério em Hotel de Luxo)
  • 1966 - A Terceira Moça (Poirot e a Terceira Inquilina)
  • 1967 - Noite Sem Fim
  • 1968 - Um Pressentimento Funesto (Caminho para a Morte)
  • 1969 - A Noite das Bruxas (Poirot e o Encontro Juvenil)
  • 1970 - Passageiro para Frankfurt
  • 1971 - Nêmesis
  • 1971 - A Mina de Ouro
  • 1972 - Memória de Elefante (Os Elefantes Não Esquecem)
  • 1973 - Portal do Destino (Morte pela Porta das Traseiras)
  • 1974 - Os Primeiros Casos de Poirot (Ninho de Vespas)
  • 1975 - Cai o Pano (O Último Caso de Poirot)
  • 1976 - Um Crime Adormecido
  • 1977 - Autobiografia
  • 1997 - O Visitante Inesperado
  • 1998 - Café Preto
  • 1998 - Enquanto Houver Luz
  • 2008 - Poirot Sempre Espera e Outras Histórias
  • 2008 - A Teia da Aranha

Material não publicado

  • Neve no Deserto (novela romântica)
  • O Pateta de Greenshore (romance policial, com Hercule Poirot, expandido para a novela Dead man's Folly - A extravagância do morto)
  • Chamada Pessoal (novela de rádio em tom sobrenatural, introuzindo o Inspetor Narracott - o "British National Sound Archive" - Arquivo Sonoro Britânico - dispõe de uma gravação)
  • Manteiga num Prato de Alta Posição (novela de rádio de suspense policial, adaptado de The Woman and the Kenite)
  • O Portão Verde (sobrenatural)
  • A Noiva de Guerra (novela romântica/sobrenatural)
  • O Caso da Bola do Cão (conto, com Poirot, expandido para o romance Dumb Witness e relacionado com o conto: Como cresce o teu jardim?)
  • A mulher e o Kenite (horror)
  • Mais Forte Que A Morte (sobrenatural)
  • Sendo Voluntário Demais (novela romântica)
  • A Última Sessão de Espiritismo (peça de teatro)
  • Alguém à Janela (peça de teatro policial, adaptada do conto The Dead Harlequin)

Adaptações para o cinema
  • 1928 Die Abenteuer G.m.b.H. (O adversário secreto)
  • 1928 The Passing de Sr. Quinn
  • 1931 Alibi
  • 1931 Café preto
  • 1934 A morte do Senhor Edgware
  • 1937 Amor de um estrangeiro
  • 1945 Os Dez Negrinhos
  • 1947 Love From A Stranger
  • 1957 Witness for the Prosecution
  • 1960 The Spider's Web
  • 1962 Crime,disse ela (Baseado em 4.50 From Paddington)
  • 1963 Murder at the Gallop (Baseado em "Depois do Funeral")
  • 1964 Murder Most Foul (Baseado em Mrs. McGinty's Dead)
  • 1964 Ahoy, Assasssinio! (Um filme original não baseado em nenhum dos livros, embora utilize alguns elementos do livro "Um passe de mágica")
  • 1966 10 Pequenos Indianos
  • 1966 Os Assassinios do Alfabeto (Baseado em "Os Crimes ABC")
  • 1972 Noite Infinita
  • 1974 Crime no Expresso do Oriente
  • 1975 10 pequenos indianos
  • 1978 Morte no Nilo
  • 1980 Espelho Quebrado
  • 1982 Morte ao Sol
  • 1984 Ordeal by Innocence
  • 1988 Um Encontro com a morte
  • 1989 10 pequenos indianos


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Quais investigadores criados pela Rainha do Crime são seus favoritos?

Agatha Christie

 
Última edição por um moderador:
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Por que raios a maioria dos escritores não é minimamente normal? Estou rindo litruz do trequinho de ela ter sumido, à moda das personagens dos seus livros (pô, portas do carro escancaradas, perto de um lago, lembram ASSASSINATO), e ter sido encontrada REGISTRADA NO HOTEL com o nome da amante do seu marido. Acho que gosto mais da Agatha depois de ler isso; gosto de gente maluca.

Eu AMO a Rainha do Crime. Faz tempo que não leio nada dela, é verdade. Acho que o último livro dela que li foi antes de eu entrar na faculdade, então já faz uns sete anos, mas estou com saudades. Estou com A Mansão Hollow, aqui, para ler, há quase um ano, e ainda não comecei, porque tem tanto livro na frente. Se bem que, quando o meu Uma leve simetria chegar, vou largar tudo (menos A tormenta de Espadas, claro) para ler. (Pois é, uma amiga comprou Uma leve simetria para mim. Eu estava LOUCA para ler esse livro desde que li a resenha, lá no Meia Palavra).
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Pois é, pesquisando pra escrever o tópíco encontrei algumas coisas que eu não sabia, e passei a gostar mais um tiquinho dela. Sobre o caso do desaparecimento, há teorias, além da de que foi tudo de verdade, de que foi tudo um golpe publicitário pra alavancar as vendas d'O Assassinato de Roger Ackroyd, lançado logo em seguida, ou que foi uma tentativa de vingança contra o então marido Archibald, fingindo a morte pra que a culpa caísse sobre ele. Seja qual for, ela ganhou muito [mais] meu respeito.



PS:Links devidamente adicionados ao 1º post.
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

E o "desaparecimento" só melhora. A cada teoria, mais fios da história se desenrolam. A vida imita a arte, mesmo, hein? Ela virou personagem de uma de suas histórias. :lol:

E o meu preferido dela também é O caso dos dez negrinhos, Morfs.
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Eu estou num projeto de ler TUDO o que ela escreveu, na ordem em que foi escrito, em inglês (no kindle, claro). Comecei no final do ano passado, já li 23 livros. deve ter alguns mais pra frente que eu já li também, claro, mas eu nunca li o caso dos 10 negrinhos, que é considerado o melhor de todos. Aliás, por isso nem vou entrar no tópico específico do livro, para não ter spoilers. Mas confesso que fico curiosa porque mudaram o título na tradução para o português (o original é 'And then there were none')

Adoro o Poirot e miss marple, mas ela tem alguns outros personagens ótimos. o livro Partners in Crime é um livro de histórias curtas em que um casal monta uma agência de investigação e, a cada caso, eles pegam um detetive famoso da literatura para imitar seus métodos. Impagável. Recomendo fortemente.

Sobre ela ter sumido, só descobri isso recentemente. Também achei maravilhoso. Ela definitivamente tinha um dom para o drama.
 
Última edição:
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Sobre o título, agora os livros estão saindo com uma tradução mais literal, a que talvez devesse ter sido a inicial: "E não sobrou nenhum". Algumas pessoas dizem que é por causa do "politicamente correto". Eu, EU, que me interesso por essa coisa toda de etnias etc. e tal, acho que se for por isso, é uma atitude meio impensada, descontextualizada. Porque a questão é que o título "O caso dos dez negrinhos" é muito bom, literariamente falando. Não sei o motivo pelo qual, na época que lançaram o livro, escolheram o título "O caso dos dez negrinhos", mas eu achei a escolha MUITO feliz. Porque você não traduz palavras, traduz culturas, e isso exige um árduo trabalho de negociação de sentido. Então, acho que o título ficou muito fiel à história. O título captou o cerne do enredo da obra.

E o tópico do livro está 'livre de spoilers'. Eu tomei esse cuidado porque sou MUITO chata com esse lance de spoilers.
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Olha sobre "O caso dos dez negrinhos", pelo que eu andei pesquisando, esse é o título original (Ten Little Niggers) , referente a uma cantiga infantil tradicional na Inglaterra , na época em que foi publicado nos Estados Unidos mudaram o nome para evitar acusações de racismo, se tornando "Then There Were None" (E Não Sobrou Nenhum).
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Li poucos livros da Agatha Christie e O Caso dos Dez Negrinhos não está entre eles. Não sabia que o título atual em inglês nada tem a ver com o original, interessante ler a respeito na Wikipedia, acabei ficando com vontade de ler o livro. :dente:

É o que a Nihal disse, mudaram o título por causa do "niggers", olhem a capa da edição original inglesa:

And_Then_There_Were_None_First_Edition_Cover_1939.jpg


Chegaram a publicar o romance também com o nome Ten Little Indians, título usado até em algumas das inúmeras adaptações que o livro já teve.
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Acho que o problema foi com o niggers, não? Talvez na época do poema não tivesse problema, mas hoje é diferente.
 
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

Mas mudaram quando? Porque eu tenho uma edição BEM VELHA em inglês dos CRIMES ABC que tem a lista dos livros, e lá é já chamam de 'And then there were none'

EDIT: achei. segundo o link abaixo, mudaram o título na edição dos EUA. deve ser o caso do meu livro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ten_Little_Niggers ATENÇÃO: este link contém spoilers a partir da segunda seção.
 
Última edição:
Re: Autor da Semana - Agatha Christie

mudaram nos estados unidos, e recentemente no brasil tb - talvez mais por ser tradução da edição americana do que por motivos politicamente corretos, mas vá saber.
 
Agatha Christie (2).jpg
Há 130 anos nascia aquela que ficou conhecida como a Rainha do Crime, a famosa escritora Agatha Christie.

No total, ela escreveu setenta e dois romances, sendo sessenta e seis deles do gênero romance policial e inúmeros contos, reunidos em quatorze coletâneas. Como sabemos, é constantemente referida por seus emblemáticos personagens, incluindo o detetive belga Hercule Poirot e a idosa detetive amadora Miss Marple.

Trata-se da escritora mais bem sucedida da história da literatura mundial em número total de livros vendidos, uma vez que suas obras já venderam cerca de quatro bilhões de cópias.
 
Por influência dos meus pais que tem pouco mais da metade dos livros que ela publicou, li várias de suas publicações. "Morte no Nilo" é o meu preferido.
 
Acho que durante minha vida li uns 6 ou 7 livros da Agatha Christie, o que não chega nem perto da metade do que ela escreveu.

Como nos últimos meses ando sem ânimo pra ler ou assistir coisas e vi uma oferta de livro com 4 histórias do Hercule Poirot pro kindle, achei que seria legal voltar a ler essas histórias, li com gosto, me envolvi e, uma coisa leva a outra, descobri uma booktuber que uns três anos atrás fez um projeto de ler todos os livros da dona Agatha publicados no Brasil; depois descobri uma série da TV inglesa muito bem feita, com ótimos atores (Poirot, que durou mais de vinte anos!) com adaptações das histórias e daí que entrei na pira de ler os livros do Poirot em ordem de publicação (tô que nem louca atrás de sebos e ofertas no kindle) e em seguida ouvir a resenha da moça do youtube e assistir ao episódio da história que acabei de ler.

Tá sendo bem divertido e cheguei até a descobrir quem é o(s) assassino(s) em algumas histórias. =]

Muito bacana (e engraçado) é ver que a dona Agatha coloca umas historinhas de amor bem açucaradas, meio Barbara Cartland (e que são geralmente ignoradas na adaptação pra TV) no meio das tramas.
Fico pensando se ela fazia isso talvez pra atrair o público feminino ou será que ela tinha esse espírito 'tiazona das novela' mesmo? 🤨

Pra quem se interessar, aqui a youtuber que fez as resenhas:

 
Só li três livros dela:
- Assassinato no Expresso Oriente;
- O Assassinato de Roger Ackroyd;
- E Não Sobrou Nenhum.

O primeiro deles não me pegou tanto.
Mas os outros dois eu adorei. O último deles, inclusive, foi lido com o Clube de Leitura. As reuniões se tornaram quase que um jogo de detetive, com análises de indícios, teorias e especulações sobre quem era, no fim das contas, o assassino. Foi bastante divertido. [E todos falhamos miseravelmente em apontar o assassino].
 
[E todos falhamos miseravelmente em apontar o assassino].

Lembro de ter ficado meio frustrada quando terminei de ler esse, porque ela não dá nenhuma dica e tudo: assassino, método, motivo, só é revelado no final.
Depois li em algum lugar que esse livro foi uma espécie de desafio que alguém lhe propôs, o de escrever uma história em que é impossível descobrir o assassino, e de fato, é impossível mesmo.


- O Assassinato de Roger Ackroyd;
Foi o primeiro em que consegui descobrir o(a) culpado(a)!
Tudo bem que foi bem no final porque
me recusava a acreditar que fosse o médico já que o Poirot fica o tempo todo comparando-o com o Hastings (e eu gosto muito do Hastings) daí que me simpatizei muito com ele, o médico, mas era o mais óbvio de todos e nos dá várias dicas ao longo da narrativa de que ele é o culpado.
É a típica história que mostra o brilhantismo da escritora, como ela era boa nisso, em manipular a narrativa, e a gente cai direitinho. :lol:
 
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