Eu já acho o filme funcionou muito bem. E gostei o suficiente colocar em uma possível wish list. (que nunca faço por que senão nunca vou conseguir o projeto principal)
Do desenho a única coisa que posso falar é: não tive paciência. Sério, não tive. Mesmo quando conseguia ficar acordada para isso, eu dormia. E creio que se tivesse de ver de novo, teria um indice de resistência menor...
Ficar em areia movediça é meio desagradável, e as vezes eu tinha essa sensaçao: o desenho era lacônico demais! Então a inquietação "que diabos está acontecendo?" piorava com esse tempo.
Definitivamente não ia dar para ter o mesmo ritmo em um filme. Aí sim que ia ter muita gente saindo do cinema e seria um fiasco de bilheteria.
A questão dos clones, apesar de "datada"/atualizada com Dolly, foi trabalhada de uma forma muito boa. Como disse, nem me lembro do desenho, e assim ia ficar muito puta se "ah, mas todo mundo sabe que são clones". Ah, não tem clones no desenho, ok... descaracterizado, etc.. Bem, mesmo assim o tema é bom o bastante para amarrar o filme todo.
Irritado com a idéia remake de Guerra Clonicas? Essa questão dos clones ainda é nova, como a internet: e se é possível contar estórias novas com temas antigos, então com temas novos é que as estórias não se esgotaram mesmo!
No caso, é possível uma reflexão sobre renovação versus vida eterna. E o papel da renovação com as mulheres me faz pensar sobre Aeon, que apesar de mulher e ter colaborado para que elas não continuassem a sumir, foi um papel até menor (pois ela adotou animus, o oposto a ela). Junior não ia poder continuar com isso indefinidamente: tipo 50% já seria o suficiente para ele ter de parar de impedir o curso da natureza. Aeon faz o animus da mulher, enquanto o capitão-ovo faz o anima do homem. Aposta arriscada para os dois, com riscos de vida sem chance de sucesso. Mas pelo menos há diversão e adrenalina.
A atração pelo opressor/ditador foi explicada. E eu tenho um problema enorme com esse negócio Batman/Mulher Gato, por isso fiquei aliviada.
O fato é que pessoalmente pude refletir sobre alguns conceitos interessantes. E por isso valeu (E MUITO) o ingresso.