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A Volta do Parafuso, Henry James

Jura??? :( Tem tanta diferença assim ???

a martin claret é mto criticada por pegar traduções antigas d outras editoras e plagiar trocando ordens d palavras ou usando sinônimos. só q já vi casos q os inteligentes contratados p fazer isso acabaram alterando totalmente o sentido d algumas passagens. ou seja, vc tá lendo uma tradução antiga e maquiada p ficar diferente da original. tem como ser pior?
 
Tenho que confessar: Terminei de ler o livro quinta, mas fiquei pensando demais nele. Vou resumir alguns pontos relevantes:

-Primeiramente, devo destacar uma coisa: a existência ou não de fantasmas não é o cerne do livro, mas sim como a narradora lida com eles - que acabam "atuando" conforme seus interesses. É ela que dá um grau de malignidade aos fantasmas, já que ninguém os vê, de modo que temos um grande viés - se eles existem, são realmente malignos ou isto é uma projeção da governanta para criar um objetivo a ser cumprido para a sua paixão reprimida (o tio das crianças)? A meu ver essa malignidade cria uma oportunidade para tirá-los da danação eterna e quem sabe ficar com o tio - mas para isso, ela acaba torturando as crianças sem se dar conta - ela que na verdade é a única possuída da história.

-Outro fator extremamente importante: ela é filha de um pároco do interior, moralista e puritana. Isto é essencial, tanto em relação à Miles como Flora. O primeiro fantasma aparece depois da narradora conhecer Flora, a garota mais cute e tal - e para a governanta é essencial a existência de um dualismo: para um ser bom, há a necessidade do mal. E na relação com Miles, a carta inicial já possibilita a narradora deduzir que o garoto foi expulso devido a falar algo de caráter sexual com seus amigos. Tendo isto, já se forma na mente dela um preconceito contra o guri, algo que desaparece no consciente dela ao conhecê-lo, mas que fica no subconsciente e se sublima quando se cria a ideia de que o Miles é um lobo em pele de cordeiro - alguém quem esconde o que faz.

-A obsessão chega ao extremo no lago: A falta de provas para a governanta é uma prova em si - não há nada que estabeleça que as crianças de fato vejam algo. Nem a sra. Grose as vê, e na verdade ela só acredita no mal possuindo as crianças quando ela dorme com a Flora, que supostamente falou algo "mal", mas há de se ver que a criança estava sobre forte pressão psicológica. Ademais, anteriormente ela já vê um significado do capeta em coisas básicas, quando o Miles escapa a noite (sim, é estranho, mas não sobrenatural em si) e quando ele pergunta pra onde vai no caminho da igreja (é algo meio óbvio, ele teria que voltar pra escola eventualmente).

Ademais, a mesma obsessão dá um sinal forte de uma tendência patológica quando a governanta mente sobre os fantasmas, de modo a justificar que eles são o cão chupando manga: diz que a Ms. Jessel falou que queria compartilhar a danação. Aqui é uma clara projeção de si própria: a danação é autoinflingida ao "ver" os fantasmas, o que supostamente protege as crianças e lhe alcança o objetivo supremo: o autossacrifício.

-A governanta prevê a vinda dos fantasmas - talvez porque sua mente os cria?

-A relação submissa e ao mesmo tempo independente com o tio é um pilar do livro: ela não o chama pra nada, sente vergonha de fazê-lo. É um amor platônico e que rege a relação com as crianças: é o seu dever, e se abandoná-lo, abandonará a ideia de algum dia rever o tio.

-Por último, o final. Para mim ela matou o guri, pura e simplesmente. Foi exatamente quando ela perguntou o porquê dele ter sido expulso (sendo que ela já presumia a razão sexual) que Quint "aparece" - uma forma reprimida da paixão pelo tio - e ela pula sobre o piá e o assusta, matando-o.

RÉPLICA À INEXISTÊNCIA DE FANTASMAS: Como diabos a mulher poderia saber como era o Sr. Quint? Ela poderia muito bem ter ouvido falar no vilarejo - lembre-se que a narradora é ela própria, de forma que "pular" essa parte é essencial para dar um grau de veracidade à loucura e lhe tirar a culpa. Ademais, a descrição da antiga governanta se não me engano nunca é feita.
 
Terminei o livro ontem. Lí aquela edição da Abril Coleções... não sei se por causa da tradução mas para mim ficou claro, desde o inínio, que aquela mulher é pra lá de pirada!

A impressão que tive é q as crianças não viam aqueles fantasmas. Na primeira aparição da fantasma "jesel" por exemplo, a narradora mesmo fala q a criança estava de costas e ela teve a impressão que a menina pressentia a presença...

Posso estar viajando loucamento com o livro mas, outra impressão forte que tive era que o menininho estava apaixonado pela Preceptora (sabe, tipo essas paixonites que as crianças tem pelos seus professores) e que tentava agradá-la a todo custo. Isso ficou mais forte pra mim na última cena, quando ela forçava o menino a dizer "tudo o que se passava no seu íntimo" e o menino não conseguia dizer nada, só corava (e p ela isso era mais uma prova de que o menino podia ver os fantasmas).

Quanto ao final...

a cada hora que o fantasma aparecia a preceptora abraçava o menino junto ao peito p q ele não o visse... p mim ela fez foi mata-lo sufocado de tanto desespero:no:
 

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