Salamanca
=]
Sinopse: Um homem solitário começa a ter uma estranha conexão com ratos e os usa para fazer suas vontades.
Elenco: Crispin Glover, R. Lee Ermey, Laura Harring, Jackie Burroughs
Direção: Glen Morgan
Oi!
Não achei nenhum tópico sobre o assunto, mas se tiver me desculpem e peço aos moderadores que tranquem!
Vamos ver se alguém viu esse filme que alguns odeiam, outros amam. Alguns acham engraçado, outros assustador; alguns acham viajado, outros divertido. Bom, independente de qual for o seu caso, um grupo dessas pessoas está absolutamente certo e você tem que concordar: o filme é viajado. Quer dizer, como assim um cara se torna amigo de ratos - milhares de ratos - que logo passam a obedecê-lo, como se entendessem a linguagem humana?
Sei lá. Mas a primeira coisa que você deveria fazer é olhar esse lado e dizer: eu não dou a mínima. E não é tão difícil assim. Se fosse, Kafka teria ido à falência.
Bom, o Willard do título é o FABULOSO Crispin Glover, que deopis falo da sua atuação, que com certeza é um show a parte. Esse jovem rapaz leva uma vida solitária; seu pai morreu não há muito tempo, sua mãe está doente e caduca, e o pior: no trabalho só falta seu chefe pegar uma R-15 e trucidá-lo. Pois não pode demití-lo, em vista que a empresa foi fundada pelos pais de Willard e, segundo a lei, este tem o direito de trabalhar nela independente da vontade do chefe.
Até que se dá conta da existência de ratos no seu porão. Não demora muito para ele perceber que esses animais não são tão asquerosos assim. Na verdade, parecem muito bons e... bem, comunicáveis. É bem parecido com a vida real, se você for pensar bem. A gente não vai ter uma visão melhor de alguém se não conhecermos ela melhor. Mas a depressão e dificuldades de Willard pelo menos nesse caso serviram para dar-lhe um empurrãozinho e fizeram com que o homem sentisse até um afeto pelos bichos, e logo considera um deles o seu melhor amigo (até dá um nome!).
E agora não só gosta deles, como os ratos atendem seus comandos. Aí ele tem "A" idéia. Vou parar por aqui, mas basta você olhar para o título do filme (em português) para imaginar as coisas.
Ah, claro, não interessa se você acha isso aceitável ou não. O que importa é que o filme nos leva a um caminho tão... real... mesmo em meio à tanta fantasia, que passamos a entender a situação de Willard, um personagem que aos poucos revela carisma e pena.
E é aí que o filme se preza. Difícil é pegar o ponto de partida de um filme - a casca do ovo -, sendo bizarra e grotesca do jeito que é, remexer a gema tão bem que esta e a casca viram uma coisa só - e nesse caso foi uma seriedade e sensibilidade que é impossível não se comover. Sim, é tocante, por que não?
Para provar que com inteligência isso se faz, basta lembrar de Náufrago. O cara deixa a bola de vôlei escapar e é uma das cenas mais emocionantes do filme, que arrancou lágrimas do cinema inteiro. Meu, é uma bola! Mas é a medula, o miolo da coisa, a história por trás daquilo, que é capaz de transformar as mais grotescas das coisas nas mais bonitas das coisas. E é isso que "A Vingança de Willard" faz.
Ok, voltando ao Crispin: ele é foda, sério. Se há um cara que conseguiu armar o castelo de cartas todo e não deixá-lo cair, mesmo com o vento, foi ele. Fez um ótimo trabalho aqui, representando bem todo o espírito que um personagem dessa magnitude deveria ter.
Diga-se de passagem:
O filme é engraçado, assustador, viajado, mas, acimda de tudo, divertido ao extremo. Um pipocão de qualidade.
4/5
Elenco: Crispin Glover, R. Lee Ermey, Laura Harring, Jackie Burroughs
Direção: Glen Morgan
Oi!
Não achei nenhum tópico sobre o assunto, mas se tiver me desculpem e peço aos moderadores que tranquem!
Vamos ver se alguém viu esse filme que alguns odeiam, outros amam. Alguns acham engraçado, outros assustador; alguns acham viajado, outros divertido. Bom, independente de qual for o seu caso, um grupo dessas pessoas está absolutamente certo e você tem que concordar: o filme é viajado. Quer dizer, como assim um cara se torna amigo de ratos - milhares de ratos - que logo passam a obedecê-lo, como se entendessem a linguagem humana?
Sei lá. Mas a primeira coisa que você deveria fazer é olhar esse lado e dizer: eu não dou a mínima. E não é tão difícil assim. Se fosse, Kafka teria ido à falência.
Bom, o Willard do título é o FABULOSO Crispin Glover, que deopis falo da sua atuação, que com certeza é um show a parte. Esse jovem rapaz leva uma vida solitária; seu pai morreu não há muito tempo, sua mãe está doente e caduca, e o pior: no trabalho só falta seu chefe pegar uma R-15 e trucidá-lo. Pois não pode demití-lo, em vista que a empresa foi fundada pelos pais de Willard e, segundo a lei, este tem o direito de trabalhar nela independente da vontade do chefe.
Até que se dá conta da existência de ratos no seu porão. Não demora muito para ele perceber que esses animais não são tão asquerosos assim. Na verdade, parecem muito bons e... bem, comunicáveis. É bem parecido com a vida real, se você for pensar bem. A gente não vai ter uma visão melhor de alguém se não conhecermos ela melhor. Mas a depressão e dificuldades de Willard pelo menos nesse caso serviram para dar-lhe um empurrãozinho e fizeram com que o homem sentisse até um afeto pelos bichos, e logo considera um deles o seu melhor amigo (até dá um nome!).
E agora não só gosta deles, como os ratos atendem seus comandos. Aí ele tem "A" idéia. Vou parar por aqui, mas basta você olhar para o título do filme (em português) para imaginar as coisas.
Ah, claro, não interessa se você acha isso aceitável ou não. O que importa é que o filme nos leva a um caminho tão... real... mesmo em meio à tanta fantasia, que passamos a entender a situação de Willard, um personagem que aos poucos revela carisma e pena.
E é aí que o filme se preza. Difícil é pegar o ponto de partida de um filme - a casca do ovo -, sendo bizarra e grotesca do jeito que é, remexer a gema tão bem que esta e a casca viram uma coisa só - e nesse caso foi uma seriedade e sensibilidade que é impossível não se comover. Sim, é tocante, por que não?
Para provar que com inteligência isso se faz, basta lembrar de Náufrago. O cara deixa a bola de vôlei escapar e é uma das cenas mais emocionantes do filme, que arrancou lágrimas do cinema inteiro. Meu, é uma bola! Mas é a medula, o miolo da coisa, a história por trás daquilo, que é capaz de transformar as mais grotescas das coisas nas mais bonitas das coisas. E é isso que "A Vingança de Willard" faz.
Ok, voltando ao Crispin: ele é foda, sério. Se há um cara que conseguiu armar o castelo de cartas todo e não deixá-lo cair, mesmo com o vento, foi ele. Fez um ótimo trabalho aqui, representando bem todo o espírito que um personagem dessa magnitude deveria ter.
Diga-se de passagem:
O filme é engraçado, assustador, viajado, mas, acimda de tudo, divertido ao extremo. Um pipocão de qualidade.
4/5