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A Vila (The Village, 2004)

[Antes de começar, lembrem que eu curti a Vila, e minha opinião foi dada a alguns posts atras]

Hmm, este realmente eh um assunto polemico... Muitas vezes as pessoas, na ansia de justificar o fato de gostarem de alguma coisa (filme, música, anime, quadrinhos, whatever), ao não terem como expressar exatamente em palavras, acabam caindo nessa premissa de "ahh, vc não pegou a sacada", ou "vc não conseguiu entender esta nuance", e várias outras que todos aqui já ouviram alguma vez na vida.

Sim, muitas pessoas utilizam este artifício para acabar com a discussão por cima.

Mas nem sempre é assim (e devo dizer que este é o meu caso). Muitas vezes as pessoas não veem os ... whatever ... com a mesma ótima. Algumas pessoas avaliam as obras de uma forma mais técnica (quase como uma formula matemática), outros já não querem nem saber disso, e já avaliam a partir de como se sentiram ao ver/ouvir/etc a obra.

É o que acontece comigo e com outros amigos meus... Tenho amigos que analisam cinema de uma forma muito profunda, comentando se o enquadramento foi inovador, se as cores utilizadas contribuíram pro clima, e por aí vai. Eu sou do tipo de pessoa que até analisa individualmente aspectos, principalmente qdo estes se sobressaem.. Mas no geral, eu avalio de uma forma subjetiva mesmo... Avalio pelo que senti, por quais emoções a obra gerou em mim.... E nesse ponto, não tem cmo, não há como exigir que ninguem goste de tudo que eu gostei :roll:

Sem contar que eu ainda tenho o hábito de dar uma viajada, não avaliando apenas o que foi mostrado na obra, mas imaginando o mundo criado pela obra, que implicações o que foi mostrado tem para o restante. Sabe, nem ligo se algo não foi bem mostrado na obra, contanto que eu saiba que exista no "mundo" criado pela obra.

Pra que falar tudo isso??? Pra dizer que nem sempre é necessário concordar, até pq cada um tem a sua forma de avaliar obras, e coisas que são consideradas importantes para mim não necessariamente são para outros.

E eu curti bastante a vila. Sim, tem falhas como obra cinematográfica (timing, edição, etc), mas cumpriu muito bem o que se propôs no que tange ao mundo criado por shyamalan, e pelo conceito que ele quis explorar...

Mas não precisam concordar comigo :wink: :wink:
 
Fosco Cachopardo disse:
Acontece que tudo gira à volta de opiniões pessoais

Qualidade não, ela é inerente a obra, independente o gosto pessoal.


Aí é que está, e acho que isso resume todo o meu gigantesco post....

Qualidade [como obra cinematográfica, no caso] pode ser inerente a obra, principalmente nos quesitos técnicos (como ambientação, edição, trilha sonora), mas o qto isso importa depende da forma como a pessoa avalia....

Não peço para um criticos de cinema como Pablo Villhaça ou Roberto Sadovski avaliarem de forma subjetiva, eles sim tem que avaliar cada aspecto do filme...

Mas nós é que decidimos o qto isso conta na nossa avaliação pessoal.

Isso tb não significa que não devemos discutir isso, pq senão ficaria um tremendo "gostei-não gostei", que é um porre... mas até aí pra usar isso como argumento para criticar o gosto de uma pessoa (tenha ela adorado ou odiado o filme) é ouuutra história :wink:
 
Fosco Cachopardo disse:
Acontece que tudo gira à volta de opiniões pessoais

Qualidade não, ela é inerente a obra, independente o gosto pessoal.
Sim, mas quando existe qualidade? Quias são os factores que a denotam? Oiça, pode ver que existem pessoas que acham uns filmes péssimos, e outras que acham os filmes óptimos; depende, em parte, da educação: se foram abituadas a cinema de um tipo, acham esse cinema bom; se forem abituadas a outro, acham esse que falei atrás não tão mau.
 
Você pode não gostar de algo, mas vc não pode dizer que este algo é ruim apenas pq VC não gosta. Os méritos de uma obra, de qualquer tipo de arte, falam por si próprios. Eu posso não gostar de Jimi Hendrix( exemplificando, pq eu adoro), mas não posso falar que ele é um merda de um guitarrista. Se falar isso, eu, com argumentos lógicos, técnicos, tenho q mostar o porque ele é ruim, sem deixar me levar pelo gosto pessoal. Assim como eu não posso afirmar q algo é bom só pq eu gosto.

Qdo se avalia a qualidade de algo há vários quesitos a serem analisados, e padrões para identificar se aquilo é bom ou ruim. Seja na estética, nas tecnicas utilizadas, na taxa informacional q a obra apresenta, na qualidade do texto. O feeling talvez seja o mais subjetivo dos quesitos, mas ainda assim é facil perceber qdo algo tem sentimento, mesmo que não afete vc da mesma forma que outras pessoas. Portanto, qualidade não é subjetiva, gosto pessoal sim.

O que acontece é que geralmente falamos que um filme é bom ou ruim, qdo na verdade oq deveriamos falar é gostei ou não gostei. Qdo se fala que um filme é ruim, o minimo que se tem que fazer é falar porque o filme é ruim, sem usar argumentos q comecem com, eu gostei, eu acho, etc.
 
Eu acho que burro é quem acha que a sua opinião sobre algo ou um filme, como no caso, é a certa só por que entende mais de filme.
Foda-se se você entende de filmes e o caramba em obras cinematográficas. Foda-se mesmo.
Burro é quem se acha dono da verdade por entender de cinema "como ele é" e não aceita que alguém se baseie em gosto, opinião. Se você esperava algo ou não, grande porcaria. Acho que todos têm direito de expressar sua opinião, a visão que tiveram.
Mas um foda-se bem grande para quem se acha dono da verdade, para quem só aceita opiniões de quem entende de cinema... Por que senão uma ótima solução para "estes comentários desnecessários" seria fechar o tópico Cinema e colocar um aviso na página principal: somente serão aceitas pessoas com conhecimentos sobre cinema que variem de razoável a excelente.

Bum! :|
 
Cinema é subjetivo. Arte é subjetiva. Toda avaliação, mesmo de quem "entende", é baseada em gosto e opiniões. Quando eu digo "esse filme é bom" ou "esse filme é ruim" é porque eu acho isso.

Mas, existe sim gente que entende e gente que não entende. É assim que funciona qualquer tipo de conhecimento. Ninguém nasce sabendo, as pessoas precisam estudar pra aprender.

E quem tem conhecimento sobre alguma coisa obviamente vai utilizar esse conhecimento pra avaliar essa coisa. É assim que surgem os argumentos.

Só que arte não é como matemática, por exemplo. Arte, como eu já disse, é subjetiva. Se um matemático diz que a equação tal tem o resultado tal, uma pessoa que não entende nada de matemática não vai poder chegar e dizer que não, que o resultado é tal, só porque ela quer.

Mas com arte não é assim. Se um entendido diz que não gostou do filme tal por tais motivos, é perfeitamente possível que um leigo diga que gostou, porque pra ele o filme funcionou, por quaisquer motivos que sejam.

O que esse leigo não pode fazer é querer contestar os argumentos do entendido. Pra isso ele precisa de conhecimento também.

Existem muitos leigos que agem como donos da verdade também. Existem inclusive aqueles que utilizam o fato de ser leigos pra ficar na defensiva, e evitar argumentos contrários, que eles certamente não conseguiriam rebater.

E esse é o problema, eu acredito. Quando os leigos começam a querer dar argumentos, a coisa fica perigosa. De repente chega um entendido e começa a rebater os argumentos, aí a atitude é do tipo "Ei! Você não pode falar assim comigo! Eu sou leigo! Eu gosto do que eu quiser!"

Se, ao invés de ficar na defensiva, esse leigo procurasse compreender o que está sendo dito e aumentar o seu conhecimento, logo ele não seria mais um leigo. Não estou dizendo que ele precisaria passar a concordar com o entendido sobre o filme em questão (isso seria estúpido), mas ele certamente conseguiria expressar melhor sua opinião, qualquer que seja ela.
 
Longe dos cinemas após a ressaca do filme Sinais (2002) o diretor indiano M. Night Shyamalan decidiu retornar ao batente em grande estilo e por isso pediu atenciosamente para o público não revelar o final de seu novo filme chamado A Vila (2004).

A Vila consegue manter momentos de tensão em uma história interessante com uma fotografia excelente e claro uma impecável atuação de todo o elenco do filme que consegue manter o clima de suspense que o roteiro escrito por M. Night Shyamalan pede.

Mal o filme A Vila estreou o nos cinemas brasileiros e a crítica começou a detonar o filme dizendo que a carreira de Shyamalan está decaindo e não consegue superar o surpreendente O Sexto Sentido (1999) filme que alavancou a carreira do diretor indiano.

Eu quero dizer que os críticos de cinema podem ser excelentes profissionais, mas eles não entendem que M. Night Shyamalan gosta de fazer filme com finais surpreendentes.

O roteiro de A Vila é brilhante e consegue assustar as pessoas sem usar a computação gráfica que ao invés de ser uma sutil solução está se tornando uma praga no cinema americano atualmente.

Bem se vocês querem saber mais detalhes sobre o filme assistam nos cinemas e tenham bons sustos com A Vila de M. Night Shyamalan que é ótimo.
 
Silent Player disse:
Eu quero dizer que os críticos de cinema podem ser excelentes profissionais, mas eles não entendem que M. Night Shyamalan gosta de fazer filme com finais surpreendentes.
Os críticos até entendem isso, IMO Aliás como não entender isso? :lol:

Acho que os "críticos" é que se cansaram disso. Não acha melhor a pergunta é: até quando essa fórmula vai dar certo?
 
Silent Prayer disse:
O roteiro de A Vila é brilhante e consegue assustar as pessoas sem usar a computação gráfica que ao invés de ser uma sutil solução está se tornando uma praga no cinema americano atualmente.
Por que uma praga? Você fala isso como se terror psicológico fosse ruim, mas à meu ver, é muito melhor que um terror "Casa da Colina" da vida....

Silent Prayer disse:
Bem se vocês querem saber mais detalhes sobre o filme assistam nos cinemas e tenham bons sustos com A Vila de M. Night Shyamalan que é ótimo.
Bom.. eu já falei, mas não me canso.... eu não gostei. E não me assustei.

E o final não é surpreendente... já que desde a metade do filme já sabem qual é a realidade da coisa.
 
Não sei se a intenção do Shyamalan foi fazer um final surpreendente. Como o Dirhil falou, da pra vc adivinhar o final na metade do filme. Mas, isso não me atrapalhou, eu gostei mesmo assim.

Na minha cabeça aquele lance de "NÃO FALE O FINAL DO FILME" foi uma bela jogada de marketing.
 
Os críticos até entendem isso, IMO Aliás como não entender isso?

Acho que os "críticos" é que se cansaram disso. Não acha melhor a pergunta é: até quando essa fórmula vai dar certo?

Sinais não tem um final surpreendente; A Vila não tem um final surpreendente. Pra mim ficou bem claro que a intenção dele nesses dois últimos filmes não foi centrar a trama toda na revelação final, como acontece com os dois primeiros dele.
Em O Sexto Sentido e em Corpo Fechado, todo o filme é feito em função daqueles minutinhos finais, que te deixam 8O . N'A Vila, os segredos são revelados à medida que isso vai se mostrando necessário pra compreensão da trama, e o final, que não é surpreendente, é só uma conclusão pra história.

Por que uma praga? Você fala isso como se terror psicológico fosse ruim, mas à meu ver, é muito melhor que um terror "Casa da Colina" da vida....

Eu acho que ele se referia ao uso da computação gráfica, e eu até concordo com ele. Não mostrar, ou mostrar partes, é muito mais eficiente do que jogar o monstro logo de cara no meio da tela.

Voltando À Vila, revi o filme esses dias e cada vez gosto mais. :grinlove:
 
Alf, discordo sobre Corpo Fechado. Revi o filme ontem, e o mais foda nele é que, apesar do fim totalmente foda, o filme sobrevive maravilhosamente sem a "surpresa".
 
Sinais não tem um final surpreendente; A Vila não tem um final surpreendente. Pra mim ficou bem claro que a intenção dele nesses dois últimos filmes não foi centrar a trama toda na revelação final, como acontece com os dois primeiros dele.
Em O Sexto Sentido e em Corpo Fechado, todo o filme é feito em função daqueles minutinhos finais, que te deixam . N'A Vila, os segredos são revelados à medida que isso vai se mostrando necessário pra compreensão da trama, e o final, que não é surpreendente, é só uma conclusão pra história.

Concordo com você.

A idéia d'A Vila não é ser um filme surpreendente sobre monstros e sim mostrar os efeitos desses monstros numa sociedade utópica e trabalhar com a idéia do medo como forma de controle da população e isso o filme consegue fazer.
 
O Problema é que todo mundo avalia o trabalho de Shaymalan pelo seu primeiro filme.

O Sexto Sentido foi um marco do cinema, um feito muito difícil de ser copiado.

Mas Shaymalan continua sendo indiscutivemente um dos melhores cineastas da atualidade, tão cheio de Pitof´s.....
 
Silent Prayer disse:
O Problema é que todo mundo avalia o trabalho de Shaymalan pelo seu primeiro filme.
Na verdade não. Avaliar o "trabalho" dele, a filmografia dele, claro que eu aprecio mais o Sexto Sentido (ao contrário da maioria). Apesar de Corpo Fechado ser muuuuuuito foda e eu ter gostado de Sinais.
Mas para avaliar cada filme individualmente, não se faz comparações.
 

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