Gentes. TV digital não tem nada a ver com criação de novas emissoras.
O que poderia acontecer (não sei em linguagens técnicas, se alguém souber, help!) é as emissoras usarem da chamada "multiprogramação", ou seja: aqui em Joinville, por exemplo, a Globo é transmitida no canal 5. A multiprogramação exibiria várias programações da mesma Rede Globo no 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4. O espectro seria melhor aproveitado, mas isso sacrificaria a tal da alta definição. TV digital não é (só) alta definição. ALém da possibilidade de vários canais em uma só faixa (da mesma emissora), é interatividade, que ainda não temos diretamente da TV.
O que acontece é que as emissoras de TV ainda não descobriram como ganhar dinheiro com a multiprogramação no modelo comercial que elas administram hoje, portanto, enquanto elas estudam isso, vão nos oferecendo só a alta definição e som de CD que é o que elas podem "vender" com certeza não mudando o método comercial que lhes sustantam.
Quanto ao modelo de TV digital, eu ouvi alguma coisa sobre a pressão das redes de TV pelo modelo japonês e blá blá blá... e aquela teoria da conspiração toda. Cheguei na faculdade, perguntei para o meu professor de TV e ele respondeu: o modelo escolhido foi o japonês, mas adaptado para a realidade do Brasil. O modelo japonês condizia mais com a nossa realidade. Como adotar, por exemplo, um modelo europeu por cabos num país continental como o Brasil, onde nem cabos de telefone chegam aos quatro cantos do país? Nem energia elétrica? Então, o modelo brasileiro precisaria garantir essa "portabilidade" e facilidade de instalação e mobilidade. Isso, claro, saiu mais caro para nós, mas não foi nenhuma obra "chateobriana", não, se é que vocês me entendem.