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A sindicância surreal contra os estudantes de Franca

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
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No dia 26, a diretoria da Unesp Franca anunciou a abertura de processo de sindicância contra 31 alunos pela realização de um protesto em agosto – que contou com a participação de cerca de 200 alunos da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – FHCS (Campus Franca), durante o CIVI (Curso de Iniciação à Vida Intelectual) que contaria com a presença do “príncipe do Brasil” Dom Bertrand de Orleans e Bragança (membro da União Democrática Ruralista) e José Carlos Sepúlveda (membro da Tradição, Família e Propriedade).

Seguem abaixo as manifestações do Centro Acadêmico Rosa Luxemburgo da Unesp:

“Quem não se movimenta não sente as correntes que os prendem”

Em 28 de agosto de 2012, vieram a Franca a convite do CIVI (curso de introdução à vida intelectual), grupo conservador da Unesp que tem como sua principal referência Olavo de Carvalho e com o apoio da direção do campus, Dom Bertrand, herdeiro da família real brasileira, líder da UDR (União Democrática Ruralista), movimento que prega abertamente que os grandes latifundiários brasileiros organizem milícias para atacar os movimentos sociais e camponeses que lutam pela reforma Agrária, além de fazer uma defesa fervorosa contra as comunidades quilombolas no interior do País e o jornalista Sepúlveda, membro do grupo Tradição, Família e Propriedade (TFP), entidade homofóbica e machista, inimiga número um dos direitos humanos e defensora saudosa do regime militar.

Ambos ganharam notoriedade realizando uma campanha fervorosa contra a aprovação de uma emenda constitucional para punir os fazendeiros que se utilizam de trabalho escravo ainda hoje no Brasil.

No dia da palestra, o movimento estudantil, que já possui uma importante tradição de lutar lado a lado dos trabalhadores da cidade, mostra que continua ao lado deles, dos sem terra que lutam por reforma agrária, dos quilombolas, das mulheres, dos negros e dos homossexuais não se seduziram pelo falso discurso de “liberdade de expressão” defendido pelos conservadores. Um ato de mais 200 pessoas rechaçou a presença de ambos na universidade pública e a palestra foi cancelada.

Hoje, dia 26 de novembro, 31 alunos de diversos cursos e anos, receberam um mandado de citação sendo sindicados e responsabilizados pelo não acontecimento da palestra. Baseados num regime interno ditatorial e amparados pela estrutura de poder antidemocrática que vigora na universidade, a burocracia acadêmica tenta punir estudantes aleatoriamente na tentativa de reprimir todo um movimento que fez ecoar as vozes dos explorados e oprimidos na universidade pública contra as ideias dos setores mais conservadores da sociedade.

Desta forma, solicitamos a solidariedade ativa de todos os que se posicionam ao lado da classe trabalhadora e dos oprimidos e pedimos o envio de moções de repúdio à sindicância instaurada e a perseguição política de todxs lutadores do país. Chamamos a todas as organizações políticas, entidades estudantis, sindicatos, grupos de direitos humanos, entidades de categorias profissionais e militantes a se posicionarem e encamparem conosco uma grande campanha contra a repressão política a todxs movimentos de luta.

Fonte
 
TFP, Olavo de Carvalho, UDR... quanta escória conseguiram reunir!!
O que é isso? Um depósito de excrementos?

Mas permita-me levantar algumas questões...

Essa questão toda me deixa um tanto hesitante.
Repudio todos esses segmentos em questão.
Mas fazer piquete pra impedir um evento dentro de uma Universidade Pública?
(Trust me! É com extremo desconforto que levanto essa questão...)

Para mim esses setores representam bandeiras criminosas.
Mas isso não é unanimidade... e nossos esquerdistas, não raro, também erram a mão feio.
A Universidade é o espaço do discurso unilateral e dogmático ou o espaço do embate, da crítica, da réplica, da tréplica?
Impedir que um grupo de alunos, por mais cretinos que sejam, usar de um espaço para um evento não é, em verdade, uma atitude autoritária?

Por que temer esses lunáticos olavistas?
Não é melhor subjugá-los no campo do debate?
 
Última edição:

Não morro de amores pelo Olavo de Carvalho e pelo Dom Bertrand, mas estão anos-luz a frente desses movimentos que pouco prezam pelo direito alheio de se expressar, de dissentir, de ir e vir, e etc, mas que, vejamos pelo lado bom, pelo menos valorizam bastante o direito de ouvir chavões e frases de efeito.
 
Última edição por um moderador:
essa é a verdadeira privatização do ensino superior, a privatização ideológica. não é possível que todas as pessoas dessa faculdade pensem da mesma forma. suponhamos que tivesse alguém na faculdade que desejasse assistir as palestras em questão. tendo em vista esse comportamento dos demais alunos, você esperaria que alguém gostaria de exercer a sua liberdade de expressão? acho que não.
 

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