Antes de entrar na discussão do livro "A Revolução dos Bichos" gostaria de comentar algumas coisas.
Tenho certeza que a maioria já viu o tópico "O Tamanho do Livro Influencia". Bom, nesse tópico eu comentei que para mim influenciava positivamente, isto é quanto maior o livro melhor. Nosso caro moderador V sugeriu que então que eu lesse "A Revolução dos Bichos". Hoje lembrei de passar na biblioteca e pegar esse livro emprestado. Meu intuito era postar a resposta no tópico supracitado, mas cheguei a conclusão que o livro merecia um tópico próprio para discussão. É o V estava correto, o livro apesar de fino é bem desenvolvido e levanta questões cruciais.
Confesso que tinha um certo receio de ler George Orwell, receio causado pelo fato de ter lido 1984 muito nova (aos 11 anos) e de me lembrar que o livro me causou uma certa sensação clautrofóbica. George Orwell deve ter dado cambalhotas no túmulo ao ouvir que esse seu livro (1984) "serviu de inspiração" para a criação do reality show Big Brother.
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:confuso: No iníco do livro tive uma certa dificuldade com a palavra cachaço, que nunca tinha visto e que para mim era o marido da cachaça (brincadeirinha). Depois de pegar o dicionário descobri que cachaço era na verdade um macho reprodutor da espécie suína. Superadas as dificuldades iniciais, vamos ao livro.
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Atenção:Não leia o resto do meu post se você não leu o livro.
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:arrow: O livro trata de uma revolução ocorrida na fictícia "Granja do Solar" onde os animais tomam o poder, expulsando os até então proprietários da granja, os humanos. A granja é então rebatizada com o nome de "Granja dos Bichos", e passa a ser administrada pelos animais. São estabelecidas normas de conduta e a princípio tudo parece seguir as mil maravilhas.
Me pareceu que o autor traçou um paralelo com a Revolução Russa, onde com o tempo o povo ficou mais oprimido que no início e onde ocorreu também um golpe dentro da revolução.
Os ideais do velho Moisés foram deturpados para beneficiar uns poucos. E esses poucos, foram mais duros com seus antigos companheiros do que os humanos.
Napoleão é apresentado no início do livro como um cachaço de grande força de vontade e solidez de caráter, e algumas páginas depois logo após a revolução esse cachaço de caráter tão sólido desvia o leite que deveria ser dividido entre todos os animais para consumo exclusivo dos porcos. ora, ou o caráter de Napoleão não era tão firme como se supunha visto que foi corrompido pelo poder ou o poder absoluto corrompe até os carateres mais sólidos. O que nos leva talvez a uma das questões cruciais do livro: o poder absoluto corrompe absolutamente?
Se a resposta para a minha indagação anterior for sim, então Napoleão não tem culpa por ter subjugado os outros animais, ele foi apenas mais uma "vítima" da revolução. E então quem está no poder é em conseqüência sempre mau, pois foi corrompido pelo poder.
O trabalhador comum, representado principalmente por Sansão só tem utilidade enquanto pode produzir e não tem inteligência suficiente para perceber que esta sendo usado pelos poderosos.
Isso não seria colocar as coisas de uma forma um tanto quanto maniqueísta?
Esse livro me deixou de certa forma confusa. Será que também não poderíamos traçar um paralelo com a recente eleição de Lula companheiros?
Por favor, comentem.
Tenho certeza que a maioria já viu o tópico "O Tamanho do Livro Influencia". Bom, nesse tópico eu comentei que para mim influenciava positivamente, isto é quanto maior o livro melhor. Nosso caro moderador V sugeriu que então que eu lesse "A Revolução dos Bichos". Hoje lembrei de passar na biblioteca e pegar esse livro emprestado. Meu intuito era postar a resposta no tópico supracitado, mas cheguei a conclusão que o livro merecia um tópico próprio para discussão. É o V estava correto, o livro apesar de fino é bem desenvolvido e levanta questões cruciais.
Confesso que tinha um certo receio de ler George Orwell, receio causado pelo fato de ter lido 1984 muito nova (aos 11 anos) e de me lembrar que o livro me causou uma certa sensação clautrofóbica. George Orwell deve ter dado cambalhotas no túmulo ao ouvir que esse seu livro (1984) "serviu de inspiração" para a criação do reality show Big Brother.
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:confuso: No iníco do livro tive uma certa dificuldade com a palavra cachaço, que nunca tinha visto e que para mim era o marido da cachaça (brincadeirinha). Depois de pegar o dicionário descobri que cachaço era na verdade um macho reprodutor da espécie suína. Superadas as dificuldades iniciais, vamos ao livro.
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Atenção:Não leia o resto do meu post se você não leu o livro.
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:arrow: O livro trata de uma revolução ocorrida na fictícia "Granja do Solar" onde os animais tomam o poder, expulsando os até então proprietários da granja, os humanos. A granja é então rebatizada com o nome de "Granja dos Bichos", e passa a ser administrada pelos animais. São estabelecidas normas de conduta e a princípio tudo parece seguir as mil maravilhas.
Me pareceu que o autor traçou um paralelo com a Revolução Russa, onde com o tempo o povo ficou mais oprimido que no início e onde ocorreu também um golpe dentro da revolução.
Os ideais do velho Moisés foram deturpados para beneficiar uns poucos. E esses poucos, foram mais duros com seus antigos companheiros do que os humanos.
Napoleão é apresentado no início do livro como um cachaço de grande força de vontade e solidez de caráter, e algumas páginas depois logo após a revolução esse cachaço de caráter tão sólido desvia o leite que deveria ser dividido entre todos os animais para consumo exclusivo dos porcos. ora, ou o caráter de Napoleão não era tão firme como se supunha visto que foi corrompido pelo poder ou o poder absoluto corrompe até os carateres mais sólidos. O que nos leva talvez a uma das questões cruciais do livro: o poder absoluto corrompe absolutamente?
Se a resposta para a minha indagação anterior for sim, então Napoleão não tem culpa por ter subjugado os outros animais, ele foi apenas mais uma "vítima" da revolução. E então quem está no poder é em conseqüência sempre mau, pois foi corrompido pelo poder.
O trabalhador comum, representado principalmente por Sansão só tem utilidade enquanto pode produzir e não tem inteligência suficiente para perceber que esta sendo usado pelos poderosos.
Isso não seria colocar as coisas de uma forma um tanto quanto maniqueísta?
Esse livro me deixou de certa forma confusa. Será que também não poderíamos traçar um paralelo com a recente eleição de Lula companheiros?
Por favor, comentem.
