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A Redenção do Anjo Caído

Fabio Baptista

Usuário
Olá!

Encontrei o fórum pesquisando sobre alguns autores nacionais e acabei encontrando por aqui algo que é difícil encontrar nos sites "especializados": opiniões sinceras. Li vários tópicos e dei algumas boas risadas com as discussões.

No começo desse ano, terminei de escrever meu primeiro romance: "A Redenção do Anjo Caído". Enviei ao prêmio SESC de literatura e fiquei entre os finalistas, mas não venci (o que, na prática, dá na mesma do que não ter ficado entre os finalistas). Estava planejando publicá-lo em 2017, mas o "Prêmio Kindle" me fez mudar de ideia e acabei disponibilizando na Amazon, semana passada.

Enfim, gostaria de apresentar esse livro para vocês e receber as pedradas que me forem cabidas kkkk.
E, também, pedir ajuda com a divulgação, caso apreciem a leitura.

Vou deixar abaixo a sinopse e os links para arquivos de degustação (tem praticamente metade do livro, então acredito que já seja suficiente para ter uma ideia se presta ou não rsrs).

Sinopse:
Após refletir sobre a Batalha da Queda dos Anjos e outros eventos ocorridos em sua longa existência, Lúcifer conclui que é inútil continuar lutando contra a onipotência, onisciência e onipresença do Altíssimo. Decide então se render e, com esse intuito, vai ao Paraíso, onde Deus lhe faz uma proposta: para ter chances de ser perdoado, ele deverá vir a Terra, na condição de mortal, e, aqui, precisará conviver e fazer algo bom pela humanidade que tanto despreza.

No mundo dos homens, o Anjo Caído buscará sua redenção.

E conhecerá o verdadeiro inferno.

Links para a primeira metade do livro:

Arquivo PDF

Arquivo MOBI (Kindle)

Arquivo EPUB (demais e-readers)

(Os arquivos estão sem a capa, para ficarem mais leves).


Muito obrigado!

Fabio Baptista
 
Pelo que compreendi o objetivo é o de uma história que se afasta do ortodoxo. O conteúdo trata da apresentação de visão alternativa do autor em relação ao Lúcifer tradicional.

Do que li do tema bíblico que serve de base para quem escreve, comumente o autor sempre visita as referências oficiais (interpretações, estudos arqueológicos de documentos, etc), de autores católicos ou protestantes reconhecidos e que seguem uma austera linha acadêmica para d abordagem do material convencional. Dentro dessa linha também teriam os interesses externos a religião ou dos efeitos da religião na sociedade, por exemplo, na Itália muitos membros da igreja se interessam e publicam material científico durante suas vidas.

Por outro lado, existem no mercado os exemplos de sucesso que penetraram pela forma "pop" que possuem alguma pesquisa mas cuja prioridade é a diversão (séries como Supernatural, quadrinhos no estilo de Constantine, etc...) ao mesmo tempo em que alguns livros traçam o retrato social e político de uma época a exemplo da Divina Comédia de Dante que descreve uma arquitetura do mundo do pós-vida. A saber, no caso de Tolkien há a fantasia (além da espiritualidade) influenciada pela formação cristã.

Trazendo para nossa realidade (Brasil) há até a literatura espírita de influência cristã e precisaríamos fazer escolhas como a da faixa etária e mentalidade média do público alvo.

Da maneira como o texto se inicia entendo que o autor busca mostrar uma realidade em que o contato dentro da hierarquia do mundo espiritual seja sempre familiar e rápida, algo que ecoa filmes como Los Angeles Cidade dos Anjos (Spoiler: Nicholas Cage é um anjo que é deposto do cargo).

Segundo as representações de anjos em obras populares que acompanhei (e gostei) elas tendem a não começar diretamente com autoridade tão alta quanto Deus. Eu faria a proposta de deixar as revelações divinas e do mundo angelical para mais adiante, no fim de cada arco de tensão ou talvez deixá-las apenas como pano de fundo sobre a qual se desenrola o texto. Nessas obras Deus escreve certo por linhas tortas e só se percebe o plano dele quando já se está envolvido na ação.

A idéia de colocar Lúcifer em uma posição diferente é boa mas como definir o sentido? Para responder vai depender do que você quer fazer. Originalmente a queda do homem do Jardim do Éden já traz a divisão do mundo espiritual dentro de si e enquanto há o mundo espiritual que vai "tentar" o homem há aquela porção do mundo espiritual que não interfere porque não se trata apenas de testar o homem mas também de testar um grupo de anjos que estava ali se insinuando junto do homem.

Eu diria que seria necessário pensar se ele vai começar do zero como humano, se os aliados e não aliados vão preservar alguma memória do antigo "eu" dele, essas coisas...

Se eu fosse explorar a natureza humana eu começaria o prólogo com alguém pequeno em estatura, um personagem satélite ou periférico ao tema central e se o objetivo é criar uma situação impactante seria possível fazer isso também com humanos simples e ignorantes da guerra espiritual.

Assim, sutilmente e como quem não quer nada é possível levar o leitor a presenciar cenas de ruptura necessária a evolução da história (biblicamente a expulsão do homem do Éden é uma ruptura).

As descrições dos locais, diálogos e símbolos também requerem cuidados e uma síntese do que acontece no mundo das hostes celestes. Anjos costumam ser econômicos ao proferir e agir então se tiver menos páginas o resultado de se enxugar e sintetizar dará força maior no impacto da parte principal da história no mundo dos humanos. (talvez um exercício fosse resumir na forma de um conto)

O material lembra o que está disponibilizado ao público Young Adult (Jovem Adulto). Uma dica é pensar no livro como um projeto completo, com website, desenhos de personagens, lugares, objetos, capa, etc... Por exemplo, o personagem parece se interessar muito em espadas e uma galeria de desenhos pode atrair o leitor, etc...
 
Olá, Neoghoster!

Na verdade, o livro já está todo escrito. Gostei da sua dica sobre o desenho dos personagens, acho que é algo que pode agregar, realmente.
O site também é uma boa, outras pessoas também me recomendaram e acabei criando: www.fabiobaptista.com. Esse fala do meu trabalho de modo genérico, apresentando todos os livros e tal. Pretendo fazer um específico para o livro apresentado aqui.

Minha ideia foi fazer uma literatura de entretenimento... bem escrita (talvez eu tenha falhado, por isso gostaria muito de ouvir a opinião do pessoal aqui do fórum rsrs). A trama segue o roteiro bíblico, até o momento de ruptura, em que Lúcifer se dá conta que é inútil continuar com seus planos, afinal, queira ele ou não, Deus é invencível. Daí tem toda uma parte dele na Terra, que acredito ser o diferencial da obra (bom, pelo menos foi isso que tentei fazer :D).

Abração!
 
Imaginamos a mesma coisa com relação a parte da conectividade virtual.

Acredito que porque o tráfego trazido da interação oferecida por uma página na internet seja muito atraente. Ela serve para puxar com facilidade o portfólio dos produtos do autor em qualquer lugar do mundo, na hora de mostrar o livro para donos de livrarias e discutir margens de lucros, etc...

De sorte que mesmo que a página seja um projeto específico pode valer a pena e só de o autor abrir um blog com galeria de imagens e promovê-lo na rede já aumentaria o impacto no mercado até ter algo oficial.

Os desenhos e designs também variam de situação para situação. Tem autor que já adquiriu o talento para produz de próprio punho, outros autores comissionam (junto a pessoas do deviantart ou freelancers por exemplo).

No caso do tema em específico se é voltado para o público jovem adulto há espaço para objetos de desejo (simples como downloads de papéis de parede, jogos, extras) ou físicos como chaveiros, adesivos, canecas, etc...

Por sinal, existe uma grande fome no público por designs, símbolos e desenhos exclusivos de uma franquia (no Brasil então a carência é muito grande). Em Tolkien há os anéis mágicos, em Star Wars há a imensa linha de brinquedos. Dependendo do caso o sustento de um site pode vir de uma loja virtual para venda de material relacionado(camisas estampadas, etc...).

O tema da Queda do homem introduz desejo, tentação, erro e superação. Tudo isso já está na mente do leitor antes de ele ter visto o livro. Quando ele enxergar a vitrine/portfolio o resultado é como ter um exército a favor do autor (ou contra se o design das coisas for ruim mas aí depende de seu bom gosto). Por exemplo, se o cidadão for feio e colocar uma foto na internet ninguém liga, mas se estiver segurando um filhote de cão fofinho a simpatia com a foto aumenta e as coisa começam a mudar, e por aí vai...
 
Esse lance dos símbolos / logotipos é bem interessante. De cara já lembrei daquele símbolo do Jogos Vorazes. E teve uma galera que ganhou dinheiro vendendo correntinha igual a do Vin Diesel no Velozes e Furiosos. Sem contar o anel do Sauron, que na época encheu o saco (vinha uma réplica mal feita até no doce de amendoin rsrs).

No caso desse livro específico, infelizmente acho que qualquer símbolo ou logotipo acabaria aludindo ao satanismo, o que, definitivamente, não é a intenção. E não pude deixar de imaginar Lulu segurando um cão fofinho para atrair empatia do público kkkkk
 
:)

Naturalmente seria uma representação mais séria, fiel ao título de regeneração. O carisma (pessoa segurando o cão) trata de carisma da marca, símbolo ou produto.

Via de regra a redenção é uma emoção humana complexa, mas não impossível de se ilustrar. Aqui sabemos que há 3 tipos de produtos possíveis.

-Produtos negativos (iguais o que você comentou) que defendam o "eu" infernal antigo/tradicional do protagonista como as camisas de bandas de metal satânico.
-Produtos neutros que permitam o leitor escolher o próprio ponto de vista. Por exemplo, há em camisas de jogos e séries tais como Final Fantasy ou a série "Tales of" as do tipo que apresentam a estampa unicamente com o título discreto escrito com fonte e arte exclusiva em um design moderno que já sejam o bastante para dar identidade ao fã da marca. O produto neutro busca os fãs do projeto ao invés de fãs de um personagem. Artefatos especiais divinos ou lugares espirituais entram nesse grupo por serem ferramentas.
-Produtos que foquem a regeneração/redenção do título. Essa abordagem em específico busca ilustrar com uma imagem a luta por um perdão divino em oposição ao perdão humano. Ao se tornar humano e começar do zero estamos mais próximos de um garoto sendo surrado num beco depois de ser expulso de casa do que de um grande guerreiro. De uma criança humana impotente e ignorante da condição humana em oposição as crianças sobrenaturais demoníacas dos filmes de terror.

Para fazer uma comparação, na Igreja, quem costumava fazer estudos visuais de emoções complexas em situações sintéticas eram os pintores clássicos. No que estaríamos falando de inspiração baseada em arte sacra como afrescos da capela sistina, porém com roupagem moderna com traço de "Comics" ou mangá por exemplo... Nesse caso é preciso que o sentido de regeneração autêntico seja defendido na obra, do contrário não funcionaria.
 
Então, Neoghoster, não sei se captei muito bem o que você quis dizer com esse "sentido de regeneração autêntico".
Tipo... quem poderia definir o que é a regeneração autêntica?

Qual seria o conceito de redenção? Eu tentei utilizar o mais simples - o cara fez uma besteira e quer consertar hauhuaa. Inicialmente, não pelo motivo "certo", que seria o real arrependimento. Daí vem um dos dilemas que tentei expor: agir de uma determinada maneira por medo de punição e não por boa vontade, conta como uma boa ação? (simplificando bastante o argumento rsrs).

Mas, meu... agradeço imensamente se você puder ler esses primeiros capítulos e me dizer o que achou, se está dentro desse conceito que está falando.
 
Então, Neoghoster, não sei se captei muito bem o que você quis dizer com esse "sentido de regeneração autêntico".
Tipo... quem poderia definir o que é a regeneração autêntica?

Qual seria o conceito de redenção? Eu tentei utilizar o mais simples - o cara fez uma besteira e quer consertar hauhuaa. Inicialmente, não pelo motivo "certo", que seria o real arrependimento. Daí vem um dos dilemas que tentei expor: agir de uma determinada maneira por medo de punição e não por boa vontade, conta como uma boa ação? (simplificando bastante o argumento rsrs).

Mas, meu... agradeço imensamente se você puder ler esses primeiros capítulos e me dizer o que achou, se está dentro desse conceito que está falando.

Claro, explico sim com prazer, cara. No livro você já tinha começado a responder a essa pergunta de quem define nos primeiros capítulos quando faz referência a busca por glória (Soberba). Tanto o grupo de anjos fiéis a Deus quanto o grupo de rebeldes são abordados em relação a semântica ou significado do plano divino. Para obter perdão, salvação e se regenerar é preciso passar por um processo de reconhecimento comum a tudo. Ou seja, mesmo em queda ele ainda está a um passo da perdição completa aguardando o julgamento divino dos anjos que é separado do julgamento dos homens.

Em Dante, na Divina Comédia os espíritos dos mortos podem passar pelo purgatório para alcançar reconhecimento, em Tolkien os maiores vilões Sauron e Melkor buscam reconhecimento (Melkor declara "Eu sou o Rei do mundo.").

Quando o processo é autêntico e perfeito a regeneração é reconhecida por Deus. Mas quando é falsa o indivíduo usa um parâmetro menor em busca de ser reconhecido pela sabedoria imperfeita humana ou demoníaca/anjos rebelados (que é um ataque a semântica mas que também visa reconhecimento).

Esses autores que citei dá para saber se são arrependimentos autênticos ou falsos porque eles são revelados no fim da história de cada personagem (aqui há apenas uma parte da história). Em Tolkien o fim do papel do demônio (Melkor) é um prenúncio de uma profecia esboçada (Segunda profecia), em Dante o purgatório também é uma situação que depende de tempo até toda história se desenrolar.

Historicamente, como curiosidade, a semântica no mundo espiritual é essencial para a comunicação entre anjos e no judaísmo aparece muito próximo do que poderíamos chamar de dons espirituais que alguns chamam magia. John Dee tentou fazer o Enoquiano para se comunicar com anjos em grande parte baseado no conhecimento judaico que censurava o estudo de magia em razão de ser um assunto fácil de se corromper pois é muito, muito difícil haver alguém puro o bastante para manejar o conhecimento (além de ser um simples tabu). No cristianismo os ensinamentos de interação de dons espirituais e o contato com deus são mais flexíveis e próximos e as pessoas se dirigem diretamente a Deus por meio de orações e bençãos para proteção. Por isso que quando uma série como Supernatural escreve um sigilo numa porta um espírito pode literalmente ficar absorvido por ele, porque eles estão num nível diferente aonde símbolo e realidade interseccionam.
 

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