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Do conjunto desses textos percebe-se que em nenhum momento Tolkien pretendeu que o Balrog tivesse asas reais, ou que pudesse voar com elas. As indicações apontam mais para a forma (indefinida) da besta e do poder que dela permeava. Também não parece ser muito aceitável que Tolkien tivesse escrito sobre Balrogs alados sem ter feito alguma anotação nas margens para consolidar essa referência com suas outras obras (ligadas ao Silmarillion).
Mas ele (Morgoth) lançou sobre seus adversários o último e desesperado assalto que havia preparado, e das profundezas de Angband surgiram os dragões alados, que não haviam ainda sido vistos, pois até aquele dia nenhuma criatura de seu cruel desígnio tinha ainda ameaçado os ares... pois a chegada dos dragões foi como o rugir do trovão, e uma tempestade de fogo, e suas asas eram de aço.”
Claramente o próprio autor diz que nenhuma criatura de Morgoth tinha alçado aos ares antes do surgimento dos dragões alados, nos estertores do poder de Morgoth. Mais ainda, percebe-se uma preocupação em caracterizar as asas desses dragões não como apêndices normais (evolutivos) mas sim como uma “ferramenta de guerra” neles “inserida” (sabe-se lá por quais poderes). Isso está aparente na última sentença, onde as asas são ditas serem de aço. Esse subterfúgio de indicar criações de Morgoth como “maquinaria” já havia aparecido no “The Fall of Gondolin” onde dragões de aço (e outras máquinas bélicas assemelhadas) foram usados para assaltar a cidade (A versão desse texto é anterior à digressão de Tolkien sobre Morgoth não poder criar, apenas corromper.)
Deve ainda ser fortemente considerada a qualidade do inglês usado por Tolkien. Provavelmente nenhum outro escritor inglês no século XX usou tão explicitamente o inglês em suas estruturas mais arcaicas ou antigas (nos primeiros volumes do HoME, Christopher Tolkien anexa um dicionário de termos e expressões antigas para auxiliar a compreensão). Exemplos claros dessas estruturas estão na Profecia de Mandos (Silmarillion) e nas histórias de Beren e Lúthien, Idril e Tuor. É assim muito mais lógico adotarmos uma linha de pensamento baseada simplesmente nos aspectos literários de suas obras. Sem necessidade de exaustivas explicações sobre o tamanho dos Balrogs, ou de suas asas, sem necessidade de criarmos hipóteses mirabolantes sobre tais bestas, sobre sua evolução ou “modus vivendis”, mas apenas apreciando a criação literária, podemos ficar plenamente convencidos de que Balrogs não possuem asas!
É verdade, quando eu li o livro pela primeira vez imaginei eles com asas e agora é difícil imaginá-lo sem. Mas nunca achei que eles voassem pois não faria muito sentido. Com esse texto, passei definitivamente para os Defensores dos Balrogs Sem AsasUglúk o Uruk-Hai disse:Apesar q tenhqos er sincero q eu sou pró asas mas eu sempre vi indicios do contrario bem maiores. Mas eu explico minha ideia e acho q eh a de muitos.Eu visuzlizo Balrog com asas por um quetão estetica. E eu ja percebi isso, na minha imaginaçao Balrogas tem asas e sem as mesmas ficaria comos e tivesse nú, feio
Eu visuzlizo Balrog com asas por um quetão estetica. E eu ja percebi isso, na minha imaginaçao Balrogas tem asas e sem as mesmas ficaria comos e tivesse nú, feio.
Creio q por esse motivo essa discuçao perdura ate hj. Os indicios estão ai, mas ninguem quer trair a propria imaginaçao.
Esse é o maior argumento do pessoal que acredita nas Asas: liberdade de imaginação. É a mesma coisa de dizer que "os meus elfos não tem orelhas pontudas, porque eu os acho melhor sem elas". Tudo bem, você tem direito a imaginar o que quiser, os seus balrogs podem ter as asas que você quiser que eles tenham.Mas prefiro imagina-los do jeito como eu gosto
Mesma coisa: desenhos refletem a imaginação dos desenhistas. Concordo que influenciam sim, mas nem sempre essa influência é correta. Veja o tamanho dos Valar: eles não são gigantescos como sempre são desenhados, não segundo o que Tolkien escreveu. Mas todo mundo acha que eles são imensos, porque vêem os desenhos assim.Desenhos de artistas sobre Balrogs também influenciam.A maioria dos desenhos, os Balrogs possuem asas.
Tolkien nunca disse que eles eram homens altos pegando fogo, ele disse: eram FIGURAS HUMANÓIDES maiores que homens e estavam envoltos por fogo e sombras.Segundo Tolkien eles eram no máximo uns homens altos pegando fogo........ Hehehehe!!!
Maglor disse:Foi legal porque geralmente quem se arrisca e discutir esse tema, já deixa escapar pelo início do texto a sua opinião, e daí pra frente percebe-se que é tendencioso...
Essa análise parece realmente imparcial e coerente, tão coerente como a conclusão.
Óbvia e irrefutável. 8)
Fëaruin Alcarintur disse:Sem querer ser arrogante, mas quem acha que balrogs têm asas nunca consegue explicar direito com argumentos dos livros o porquê que eles acreditam que os balrogs têm asas.
Fëaruin Alcarintur disse:Sem querer ser arrogante, mas quem acha que balrogs têm asas nunca consegue explicar direito com argumentos dos livros o porquê que eles acreditam que os balrogs têm asas.
Sim, é um argumento que está no livro. De uma forma absolutamente clara e acima de qualquer dúvida ou contestação, né?Tolkien simplesmente disse isso com todas as palavras em SdA. É um argumento, e é dos livros como vc desejou. Vc pode não concordar, o que realmente não me importa, mas aí está.
Elrond Meio-Elfo disse:Fëaruin Alcarintur disse:Sem querer ser arrogante, mas quem acha que balrogs têm asas nunca consegue explicar direito com argumentos dos livros o porquê que eles acreditam que os balrogs têm asas.
Bem, como eu acho que isso foi uma indireta pra mim eu vou satisfazê-lo com uma explicação. Pra mim eu acho que o Balrog de Moria tinha asas porque Tolkien simplesmente disse isso com todas as palavras em SdA. É um argumento, e é dos livros como vc desejou. Vc pode não concordar, o que realmente não me importa, mas aí está. Mais alguma coisa?
(a) “..., and the shadows about it reached out like two vast wings”
(b) “It stepped forward slowly on to the bridge, and suddenly it drew itself up to a great height, and its wings were spread from wall to wall; ...”
Um pouco antes, quando é descrito o surgimento do Balrog, já Tolkien usava um indicativo de que o terror oriundo da besta se propagava ao seu redor:
(c) “... It was like a great shadow, in the middle of which was a dark form, of man-shape maybe, yet greater; and a power and terror seemed to be in it and to go before it.”
A expressão (a) não implica na existência das asas, apenas que as sombras (decorrentes dos poderes do Balrog) se estendiam como se fossem duas grandes asas. O verbo “to reach” pode significar o desdobrar, estender de poderes (mentais). Por outro lado, no inglês se usa a mesma palavra (reach) como substantivo para indicar a envergadura de um movimento (com as mãos, por exemplo) ou o alcance no qual se podem usar poderes mentais. Assim, além de várias outras explicações já publicadas, a frase de Tolkien pode simplesmente estar se referindo à envergadura dos poderes do Balrog. O fato de estar sendo usada aquela palavra na forma verbal pode simplesmente ser uma maneira mais elegante de escrever.
A expressão (b), que justamente é onde se centram os argumentos a favor das asas nos Balrogs, por outro lado tem em inglês o sentido de “desenvolver poderes ao máximo” ( spread one’s wings = develop one’s full power). Então aquela frase poderia ser traduzida (ou entendida, no caso dos leitores nativos em inglês e suficientemente versados em expressões idiomáticas) por “... subitamente ele se ergueu a sua grande altura e estimulou seus poderes ao máximo, por toda a extensão do salão”. Essa interpretação é coerente com a visão que Tolkien já havia dado sobre o Balrog, traduzida na expressão (c) “... era como uma grande sombra, no meio da qual existia um ser escuro, de forma humana talvez, embora maior; e um poder e terror pareciam estar nele e ir na sua frente.” Ou seja, o poder do Balrog permeava de seu corpo e assim, quando estimulado ao máximo (para combater Gandalf) conseguia preencher todo o ambiente existente.