Antes dos 9 anos eu tenho várias lembranças da minha mãe, meu avô e uma das minhas tias levando eu, minhas irmãs e meus primos em um cinema que tinha perto da Praça 7 em BH. Ou da minha mãe levando eu e minhas irmãs (algumas vezes com mais meia duzia de outras meninas junto) ao cinema aqui em Valadares.
Dessa fase da minha mãe levando a gente ao cinema, eu lembro de muitos filmes da Disney, muitos filmes dos Trapalhões, Pequeno Príncipe

blah

, King Kong, um monte de filmes religiosos (tipo um que ela ama que chama Marcelino Pão e Vinho) e um bocado de romances açucarados.
De forma meio ingrata com ela, a primeira ida ao cinema que eu lembro em detalhes foi a 1a vez que meu pai me levou ao cinema, final de 1977 ou início de 1978. Eu tenho desculpa de era um dos filmes que eu mais amo até hoje: Guerra nas Estrelas.
Fomos só meu pai, eu e uma das minhas irmãs, porque o filme era legendado e a outra ainda não sabia ler.
Eu sempre tive problema de imergir no filme e perder o contato com a realidade em volta. Não adianta conversar comigo quando eu estou assitindo algo que me interessa, mas quando, durante o ataque à Estrela da Morte, eu tomei uma pancada no ombro eu tive de olhar pro lado. Era o joelho ossudo da minha irmã que, aos 7 anos, já tinha desistido de acompanhar as legendas e estava subida no braço da cadeira, socando o ar e torcendo para os rebeldes.
Inesquecível.