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A Paixão de Cristo (The Passion of the Christ, 2004)

Em termos gerais eu gostei do filme. Para oq o filme pretende ser ele é bom, só que é fraco pois a historia tem mto mais potencial. Poderia ser melhor se não mostrasse apenas o sofrimento de Cristo, que ocupa a maior parte do filme.

O filme prende-se a mostrar o martirio, com apenas um ou outro momento em que isso é deixado ao fundo, e não busca outros caminhos, como o psicológico e espiritual. E isto, sem duvida este é o maior ponto fraco do filme, e não pode-se nem dizer q isto é uma falha de roteiro, já que não é oq foi proposto por Gibson, que era somento mostrar o relato biblico (que não sei dizer se é fiel ou não, mas pelo q li aqui, é), sem uma vertente mais espiritual.

A meu ver o sofrimento de Cristo era muito mais psicológico e espiritual, do que fisico. E o Cristo de Gibson não me pareceu sofrer mtos temores espirituais nem psicologicos. Diferente de A Ultima Tentação de Cristo, onde o sofrimento de Jesus me pareceu mto mais convincente, justamente por abordar mto mais essa vertente psico-espiritual.

A violencia usada no filme só é chocante por ser tão explicita, diferente de outros filmes que mesmo podendo ser mais brutais não mostram costelas expostas. Este aspecto eu acho q foi por demais exagerado no filme. Não há a necessidade, como foi provada por inúmeros filmes melhores, de mostrar a carne sendo rasgada, quase em tom documental, para se sentir o sofrimento do personagem. A sutileza as vezes pode dar bem mais vivacidade ao sofrimento e ser bem mais chocante, além de ser mais poética.

Mesmo assim o filme teve cenas belas e comoventes. Uma das que eu mais gostei foi a de Pedro negando Jesus, o arrependimento dele depois, não sei bem porque, mas aquilo me comoveu mto. Achei bonita também a cena de Maria correndo para ajudar Jesus, porém achei desnecessário o flashback. O dialogo de Cristo com o outro cara crucificado também foi bonito, mas oq mais me comoveu msm foi Jesus dizendo "Pai, perdoe-os, eles não sabem o que fazem", e isso por causa da excelente atuação do Jim Caviezel.

Aliás, foi ele quem conduziu o filme, levou-o como se carregasse a própria cruz. Um ótimo ator, que mesmo falando uma lingua que deve ser desconhecida para ele, fez uma atuação fantastica, fazendo com que vc sentisse o sofrimento que o personagem estava passando. Fiquei bem satisfeito com a atuação dos outros personagens tbm, em especial as duas Marias.

A direção do Gibson foi decente até, só que ele não é mto sutil, e fez mto uso da camera lenta pra enfatizar, mais do que o necessário, o sofrimento. Ele tem uma coisa de querer mostrar tudo viceralmente, sem deixar algo por conta do público. Mto direto em alguns pontos, como na representação mais q obvia da pietá, ou na gota de chuva, e o terremoto, que tiverem claramente um sentido de desgosto e ira divina. Porém ele acertou no ponto de não ficar explicando todos os nós da historia, porque realmente não há necessidade, não pelo fato da maioria das pessoas estar familiarizada com a historia, mas simplesmente pq não ficaria bem para o filme.

Acho q não havia a necessidade de mostrar a ressureição, mas não seria a Paixão completa se não houvesse, portanto é perdoavel. Só que aquele buraco na mão de Cristo ficou toscão. Não sei se na Biblia é assim msm, mas eu achei horrivel.

Gostei da trilha, é mto bonita. A direção de arte foi perfeita, um dois pontos altos do filme! A fotografia poderia ter sido melhor aproveitada, mas foi boa no geral.

Bom, acho q os aspectos basicos do filmes são esses, se lembrar de algo mais eu posto depois.

Nota: 7
 
Fosco Cachopardo disse:
Em termos gerais eu gostei do filme. Para oq o filme pretende ser ele é bom, só que é fraco pois a historia tem mto mais potencial. Poderia ser melhor se não mostrasse apenas o sofrimento de Cristo, que ocupa a maior parte do filme.

O filme prende-se a mostrar o martirio, com apenas um ou outro momento em que isso é deixado ao fundo, e não busca outros caminhos, como o psicológico e espiritual. E isto, sem duvida este é o maior ponto fraco do filme, e não pode-se nem dizer q isto é uma falha de roteiro, já que não é oq foi proposto por Gibson, que era somento mostrar o relato biblico (que não sei dizer se é fiel ou não, mas pelo q li aqui, é), sem uma vertente mais espiritual.

A meu ver o sofrimento de Cristo era muito mais psicológico e espiritual, do que fisico. E o Cristo de Gibson não me pareceu sofrer mtos temores espirituais nem psicologicos. Diferente de A Ultima Tentação de Cristo, onde o sofrimento de Jesus me pareceu mto mais convincente, justamente por abordar mto mais essa vertente psico-espiritual.

Discordo de você Fosco. O filme mostra o sofrimento psicológico e espiritual de Jesus o tempo todo.

1º - No jardim do Getsamani onde Ele chega a suar sangue porque sabe o que está reservado a Ele nas próximas horas.

2º - Com a traição de um amigo próximo (Judas Iscariontes) que O entrega para os sacerdotes.

3º - Nas cenas de flashback quando Ele lembra de sua chegada a Jerusalém quando aquele mesmo povo que O atacava O estava saudando com palmas. (Para os cristãos esse é o Domingo de Ramos)

4º - Com a traição do seu amigo mais próximo. As três negações de Pedro foram uma forma de traição.

5º - Durante todo tempo Ele estava sendo tentado por satanás. Era como se satanás dissesse a Jesus o tempo inteiro "Você tem o poder de acabar com isso no momento em que quiser. Para que sofrer tanto?"


Fosco Cachopardo disse:
A violencia usada no filme só é chocante por ser tão explicita, diferente de outros filmes que mesmo podendo ser mais brutais não mostram costelas expostas. Este aspecto eu acho q foi por demais exagerado no filme. Não há a necessidade, como foi provada por inúmeros filmes melhores, de mostrar a carne sendo rasgada, quase em tom documental, para se sentir o sofrimento do personagem. A sutileza as vezes pode dar bem mais vivacidade ao sofrimento e ser bem mais chocante, além de ser mais poética.

Acho que a intenção do filme não era ser poético. Isso já foi mostrado à exaustão em outros filmes sobre Jesus.

O filme queria mostrar (e realmente mostrou) de uma forma crua todo o sofrimento pelo qual Jesus passou, sofrimento esse que não teve nada de poético.


Fosco Cachopardo disse:
Mesmo assim o filme teve cenas belas e comoventes. Uma das que eu mais gostei foi a de Pedro negando Jesus, o arrependimento dele depois, não sei bem porque, mas aquilo me comoveu mto. Achei bonita também a cena de Maria correndo para ajudar Jesus, porém achei desnecessário o flashback. O dialogo de Cristo com o outro cara crucificado também foi bonito, mas oq mais me comoveu msm foi Jesus dizendo "Pai, perdoe-os, eles não sabem o que fazem", e isso por causa da excelente atuação do Jim Caviezel.

A negação de Pedro comove porque é mais uma traição das inúmeras sofridas por Jesus. Depois da ressurreição Pedro conversa com Jesus e vê que foi perdoado.

A conversa Dele com o outro crucificado está na Bíblia. Aquele é São Dimas, o Bom Ladrão.

As palavras de Jesus no momento da crucificação mostram a imensidão do amor dele pela humanidade.


Fosco Cachopardo disse:
A direção do Gibson foi decente até, só que ele não é mto sutil, e fez mto uso da camera lenta pra enfatizar, mais do que o necessário, o sofrimento. Ele tem uma coisa de querer mostrar tudo viceralmente, sem deixar algo por conta do público. Mto direto em alguns pontos, como na representação mais q obvia da pietá, ou na gota de chuva, e o terremoto, que tiverem claramente um sentido de desgosto e ira divina. Porém ele acertou no ponto de não ficar explicando todos os nós da historia, porque realmente não há necessidade, não pelo fato da maioria das pessoas estar familiarizada com a historia, mas simplesmente pq não ficaria bem para o filme.

Eu entendi a câmera lenta (que está sendo execrada em verso e prosa pelo tópico afora) como se fosse a visão de Jesus. Quando estamos com dor parece que o tempo passa mais devagar. Assim para Jesus que está sofrendo torturas atrozes o tempo parece passar bem lento.


Fosco Cachopardo disse:
Acho q não havia a necessidade de mostrar a ressureição, mas não seria a Paixão completa se não houvesse, portanto é perdoavel. Só que aquele buraco na mão de Cristo ficou toscão. Não sei se na Biblia é assim msm, mas eu achei horrivel.

Para os cristãos, a ressurreição de Jesus está no próprio centro da fé. Ele ressuscitou de fato é Filho de Deus e aceitou carregar os sofrimentos do mundo e morrer para nos salvar. Por isso achei importante essa cena.

A Bíblia diz que Jesus tinha as chagas da crucificação após a ressurreição. Ele inclusive diz para um dos apóstolos que havia duvidado do relato dos outros sobre a ressurreição "Tomé põe teu dedo nesta chaga".

O único problema é que a chaga não deveria ser na mão.
 
Bom, vou postar aqui o que escrevi pro Blog.
Eu assisti ontem à tarde, com minha mãe. Foi as duas chorando que nem duas cataratas. Sim, eu sou MUITO chorona em filme. E esse mexeu comigo.
Taí os comentários.
1- deu um puta efeito o filme ser falado em aramaico e latim. Nossa, fugiu daquele estereótipo do filme em inglês e tals... muito 10.
2 - as cenas da flagelação estão ABSURDAMENTE realistas. Doídas. Desumanas. Teve uma hora que eu não aguentava mais, eu falava "pára, pelo amor de Deus", como se fosse comigo, como se eu estivesse ali, vendo acontecer. Eu e minha mãe batemos o pé que tem alguma coisa de Cavalo de Tróia 1 ali. As partes do flagelo, a descrição da Fortaleza Antônia, os momentos da Via Crucis, mas principalmente o flagelo, os chicotes com ponta de osso, tão MUITO idênticos ao que o Benítez descreve. Com certeza foi um dos livros que eles usaram pra ajudar a montar.
3 - tá uma controvérsia danada sobre o filme ter mostras de antisemitismo. Eu não acho. Os sacerdotes do Sinédrio sim, são um bando de filhos da puta. Só que é aquela coisa... eram eles que começavam a baderna todas, os berros de "Crucifica-o!!!". E como todo mundo sabe, e Hitler, Getúlio e Fidel Castro bem provaram, multidões são altamente sugestionáveis...
4 - A caracterização de Maria tá muito legal. Acho que nem evangélicos radicais teriam o que falar dela ali. Porque quem tá ali não é a mãe do Filho de Deus, a Santa, e tals. É a mãe do homem, a mãe daquele corpo que tá ali sofrendo horrivelmente, a mãe que sabe que vai perder o filho por ignorância dos outros. Chorei absurdamente na hora da Via Crucis que ele cai, com a Cruz, e ela tem um flash dele criancinha caindo no chão e ela correndo pra segurá-lo... gente, que desespero... nossa, muito doído... Foi ver esse tipo de coisa, nos livros que eu li, que me impediu de descrer totalmente. Disse isso pra minha mãe, entre lágrimas, ontem. Ver o lado humano d´Ele... um homem que ria, que trabalhava, que era um homem como qualquer um outro... isso é mostrado bem nos livros... a primeira cena em que ele aparece então é muito 10... eu posso não acreditar em igreja, ou religião... mas eu simplesmente não consigo descrer em Deus... e quanto a Jesus... bom, se ele foi realmente filho de Deus, ou se sequer existiu um homem com aquelas características e que tenha feito aquilo tudo, são outros quinhentos. Mas que houve um ser muito iluminado que deixou uma mensagem maravilhosa que perdura até hoje, nisso eu creio. Pode parecer piegas, mas é assim... Pronto, acabou.

Desculpem os palavrões, é que tava com preguiça de editar...

Anigel disse:
O único problema é que a chaga não deveria ser na mão.

E sim no braço, no pulso né?
 
Ilyriä disse:
Eu e minha mãe batemos o pé que tem alguma coisa de Cavalo de Tróia 1 ali. As partes do flagelo, a descrição da Fortaleza Antônia, os momentos da Via Crucis, mas principalmente o flagelo, os chicotes com ponta de osso, tão MUITO idênticos ao que o Benítez descreve. Com certeza foi um dos livros que eles usaram pra ajudar a montar.

Foi o que eu disse no meu post. Estava muito semelhante ao livro do Benitez. Primeiro o sofrimento explícito é como no livro: lento e detalhado às minúcias. O chicote com as pontas de osso é citado claramente no livro bem como a coroa de espinhos sendo enterrada na testa de Cristo com varetas. Herodes com trejeitos homossexuais. Os Romanos quebrando os ossos de Jesus. A cruz caindo em cima da cabeça de Cristo. A diferença é que o livro de benitez optou por uma narrativa correta do ponto de vista lógico e histórico e Jesus não carrega a cruz inteira em si mas o tronco horizontal amarrado às suas costas, que tinha um furo no meio que era encaixado no tronco vertical, que ficava permanentemente fincado no Gólgota; os cravos foram pregados não nas mãos, mas no pulso, os outros dois condenados foram pregados tb e não apenas amarrados. E todos foram crucificados completamente nus, como os romanos realmente faziam. Aliás aconselho a leitura deste primeiro livro da série (não dos outros, já que se perderam totalmente na megalomania do autor).
 
Discordo de você Fosco. O filme mostra o sofrimento psicológico e espiritual de Jesus o tempo todo.

1º - No jardim do Getsamani onde Ele chega a suar sangue porque sabe o que está reservado a Ele nas próximas horas.

2º - Com a traição de um amigo próximo (Judas Iscariontes) que O entrega para os sacerdotes.

3º - Nas cenas de flashback quando Ele lembra de sua chegada a Jerusalém quando aquele mesmo povo que O atacava O estava saudando com palmas. (Para os cristãos esse é o Domingo de Ramos)

4º - Com a traição do seu amigo mais próximo. As três negações de Pedro foram uma forma de traição.

5º - Durante todo tempo Ele estava sendo tentado por satanás. Era como se satanás dissesse a Jesus o tempo inteiro "Você tem o poder de acabar com isso no momento em que quiser. Para que sofrer tanto?"

Não, não mostra. Isso fica totalmente em segundo plano no filme, e como eu disse, são apenas alguns momentos onde o flagelo de Cristo é posto ao fundo, não disse que não há esse aspecto, só q é pouco e não é bem trabalhado. Lembrando que estou levando em consideração a comparação deste filme com outros, como A Ultima Tentação de Cristo que eu já citei. Este sim mostra vezes mais o sofrimento psico-espiritual de Cristo, é alias o centro do filme. Diferente de A Paixão onde o sofrimento fisico domina 80% da projeção.

Acho que a intenção do filme não era ser poético. Isso já foi mostrado à exaustão em outros filmes sobre Jesus.

O filme queria mostrar (e realmente mostrou) de uma forma crua todo o sofrimento pelo qual Jesus passou, sofrimento esse que não teve nada de poético.

Eu sei q não era essa a intenção:

Fosco Cachopardo disse:
não é oq foi proposto por Gibson, que era somento mostrar o relato biblico (que não sei dizer se é fiel ou não, mas pelo q li aqui, é), sem uma vertente mais espiritual.

O que estou dizendo é q o filme seria melhor se fosse tratado de outra forma.
E visto q se trata de cinema, e não de documentário, a liberdade poética é mais que bem vinda, e até necessária para um filme. Pq o cinema é feito exatamente para isso, ele não é um relato nu e cru da realidade, e se o fosse não teria sentido em existir e neste ponto eu concordo com Tarkovisky.

Eu entendi a câmera lenta (que está sendo execrada em verso e prosa pelo tópico afora) como se fosse a visão de Jesus. Quando estamos com dor parece que o tempo passa mais devagar. Assim para Jesus que está sofrendo torturas atrozes o tempo parece passar bem lento.

Não importa o significado q ela tenha, a questão é que ela foi usada em demasia. Se fosse em um ponto ou outro tudo bem, mas tudo que é usado demais faz mal. E a camera lenta fez mal pro filme.

Para os cristãos, a ressurreição de Jesus está no próprio centro da fé. Ele ressuscitou de fato é Filho de Deus e aceitou carregar os sofrimentos do mundo e morrer para nos salvar. Por isso achei importante essa cena.

Pode ser, mas não acho q é importante para o filme. Que ele aceitou carregar os sofrimentos do mundo e morrer para nos salvar já é dado o filme todo. Não foi a ressureição q deixou isso claro. E de novo aqui eu comparo com A Ultima Tentação de Cristo, que deixa isso bem claro e termina com maestria com Jesus na cruz, vencendo sua ultima tentação e dizendo "It's accomplished."
 
Pra mim, continua óbvio a intenção do Mel Gibson de tentar redimir o público, mas pelo uso da violência brutal. E também, contrariando as recomendações eclesiásticas, mostrou apenas o sofrimento 'externo' de Jesus, que dizem ser nada comparado ao sofrimento 'interno'. Ele usou aquela estratégia do 'se não vai por bem, vai por mal'. :roll:

Esses dias assisti a O Evangelho Segundo São Mateus, de Pier Paolo Pasolini, e a intenção pareceu-me semelhante até, porém o caminho que ele utilizou pra alcançá-la foi completamente oposto ao de Gibson, e na minha opinião, muito mais eficiente. É um filme completamente sinótico, segue estritamente o que está na Bíblia e não procura uma interpretação pessoal. A história é contada desde o nascimento até a crucificação (essa última apenas nos 20 minutos finais). É irônico que Pasolini, homossexual, marxista e ateu dirigiu um filme sobre a vida de Cristo de maneira mais convincente, artística e íntima que um católico ortodoxo. E ainda assim, livrou-se de acusações anti-semitas principalmente por causa da artisticidade do filme. Uma cena me chamou a atenção, quando logo após Jesus ser capturado pelos guardas de Caifás, é levado a julgamento em praça pública. Pasolini dirigiu essa cena do ponto de vista da platéia que assistia à condenação. A câmera permanece entre as pessoas, às vezes passeando atrás de uma ou outra cabeça, às vezes parada, etc. Embora, a platéia na ocasião não tenha sido imparcial, o diretor constrói o filme sem escolher lados e sem apelar pro sentimentalismo ridículo de Gibson.
 
O que estou dizendo é q o filme seria melhor se fosse tratado de outra forma.
E visto q se trata de cinema, e não de documentário, a liberdade poética é mais que bem vinda, e até necessária para um filme
A esmagadora maioria dos filmes bíblicos são carregados de sentimentos,de uma excessiva "ação poética".

O filme "Jesus de Nazaré",de Franco Zeffirelli é um exemplo de filme que trabalha o lado mais poético da vida de Cristo,que são as mensagens e curas.

Já tava na hora de alguém produzir um filme que mostrasse o lado mais cruel da vida de Cristo,não apenas por ser cruel o filme de Mel Gibson foi um ponto positivo,mas por se tratar de um acontecimento que é o pilar da fé Cristã,já que Jesus veio para morrer por nós,carregando os pecados,e o sangue de Cristo que limpa os pecados da humanidade.

E a liberdade poética é sempre bem vinda,como vc colocou,mas achar que o filme de Mel Gibson é um documentário(ou perto disso),é até uma falsa analise.Um filme bíblico pode ter duas direções,mas duas direções que dependem do assunto retratado.

Um filme que mostra resolve resumir todo o Evangelho de Cristo,naturalmente terá uma liberdade poética naturalmente maior,enquanto que um filme que retrate um ponto delicado,que é o sofrimento de Cristo,fica bem mais complicado colocar sentimentos mais claros.Mel Gibson apenas quis filmar de uma maneira que parecesse bem real,diferente de TODOS os filmes bíblicos,em que tudo tinha algo de artificial,principalmente na crucificação de Jesus.


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Um filme que mostra resolve resumir todo o Evangelho de Cristo,naturalmente terá uma liberdade poética naturalmente maior

Perdoem essa minha frase, tá meio sem noção mesmo...repetindo palavras e tudo o mais ....
:lol:
 
Elendil,concordo contigo.Aliás fiquei bem feliz quando Gibson disse que estava fazendo um filme sobre Cristo.Sabia que ele não ia cair no convencional.

O filme me impressionou.
Segue a visão pessoal de Gibson, que não é das piores, se querem saber.Pra dizer a verdade, não encontrei nada que discordasse com o meu ponto de vista.

Os meus porens foram esses:( a parte da lança foi estranha, a gota d'agua tb e a ressureição ficou com cara de
"go to fight").

Mas a representação de Caviezel foi a melhor que eu já vi. O caráter humano foi mostrado sem deixar de lado o aspecto divino.

Ele disse as coisas sabendo o que estava falando, não repetindo chavões (como eu disse anteriormente), "como um pincher alienado"(não estranhem minha expressão).

A história de Cristo tem as mesmas características de assuntos históricos:
-Com vários pontos de vista (como prova há os 4 evangelhos),
- polêmica, e , principalmente:
- ninguém estava lá.Então, é impossível fazer um filme desses sem um pingo de parcialidade, principalmente vindo de um cristão.
E parcialidade nao quer dizer necessariamente algo ruim.

A parte do sofrimento foi a que menos me impressionou. Os olhares, o início explica o sentido inteiro do filme. Como disse o Anigel, Satanas o tenta o tempo inteiro a desistir de seu intento, carregar o fardo da humanidade.(Inclusive nem todos concordam com a visão de que o diabo
não queria a morte de Cristo na cruz, já que usualmente parece o contrário)

Jesus aparece como uma pessoa acessível, sem deixar de ser filho de Deus.O modo como ele fala com os discipulos, como age, olha pras pessoas e se ancora em Simão ao carregar a cruz mostra uma pessoa doce, firme e reservada, um mestre , como de fato consta nos evangelhos.
Quando fala com Pilatos, se faz entender mesmo sendo um condenado judeu daquela província "asquerosa" que Pilatos demonstra odiar no filme.

Mesmo estando no picadeiro de um circo de horrores,
vc não olha pra ele e sim pra ignorância do povão.Ele não estava no mesmo plano das pessoas em redor, e poucas percebiam isso, como um da corte de Herodes,
alguns soldados romanos e inclusive Pilatos.

A ressureição nesse filme era obrigatória, mas achei esquisita. E , como no filme cravaram as mãos, na ressureiçao não iriam aparecer nos pulsos.
Fora algumas adaptações feitas por Gibson, não há nada que tenha visto que contrarie as escrituras de alguma forma.

perdoem a desconexão entre os parágrafos, estou com sono e já está tarde.
Poor enquanto é só. :zzz:
( Só um aviso: se alguém discorda da minha opinião, tudo bem; agora, por favor, não escreva coisas do tipo "vc estava com sono mesmo pra escrever uma besteira dessas", porque não estou aqui pra me irritar ,ok? Valeu.
 
a ressureição ficou com cara de
"go to fight").
Tb achei meio estranho o modo como Gibson filmou a ressurreição...

Acho que seria bem melhor se Gibson mostrasse Jesus aparecendo para Maria Madalena e aos Apóstolos,com Tomé duvidando...

Mas a representação de Caviezel foi a melhor que eu já vi. O caráter humano foi mostrado sem deixar de lado o aspecto divino.
Diria que foi ótima,mas ainda prefiro o Jesus do filme do Franco Zeffireli.No filme do Zeffireli,o Jesus é o que mais se aproxima do Jesus da Bíblia,não no aspecto físico,mas no modo de se comportar,pregar o evangelho...

Na Bíblia, tem um momento em que fala de Jesus como alguém nunca visto antes,que pregava com uma autoridade jamais vista.O filme do Zeffireli mostra exatamente isso_O grande problema do Jesus do filme do Zeffireli,é a pouca demonstração de sentimento,apesar Dele chorar frente ao túmulo de Lázaro(bem fiel à Bíblia)...e em algumas outras partes,o Jesus do "Jesus de Nazaré" me pareceu um pouco distante daquele Jesus "acolhedor" da Bíblia.

O Cazievel é um ator competente,e o modo como ele incorporou Cristo foi fantástico!Parecia que ele era o próprio Cristo na hora do sofrimento,até porque o Jesus da Bíblia não era bem diferente,em meio a tanta crueldade por parte dos Romanos...

Fora algumas adaptações feitas por Gibson, não há nada que tenha visto que contrarie as escrituras de alguma forma.
Dito!

Gibson apenas acrescentou coisas que não estão na Bíblia apenas para reforçar o lado mais dramático do filme.Judas Iscariotes,por exemplo,foi um ponto forte na adaptação de Gibson.Mas não vi necessidade do Gibson em transformar aquelas duas crianças que conversam com Judas,em monstros.É claro que era a visão atormentada de Judas,que enxergava coisas horríveis(na visão de Gibson),por causa de sua traição de ter entregado Jesus...

E aquele bebe que o Diabo carrega tb me deu uma sensação ruim...

Por fim,nunca ví uma adaptação tão fiel do sofrimento de Cristo quanto o que foi filmado esplendorosamente por Mel Gibson.
 
Elendil Senhor de Andúnië disse:
Já tava na hora de alguém produzir um filme que mostrasse o lado mais cruel da vida de Cristo,não apenas por ser cruel o filme de Mel Gibson foi um ponto positivo,mas por se tratar de um acontecimento que é o pilar da fé Cristã,já que Jesus veio para morrer por nós,carregando os pecados,e o sangue de Cristo que limpa os pecados da humanidade.
Concordo! E acho que essa forma "crua" de mostrar como se deu a Paixão de Cristo é q fez esse filme ser diferente dos outros e comovente, pois é difícil para qualquer cristão ver o sofrimento de Jesus daquela forma. Agora... se foi um "massacre" puro e simples?... Na boa, acho que na realidade foi beeem pior do q o q foi mostrado no filme.

Elendil Senhor de Andúnië disse:
E aquele bebe que o Diabo carrega tb me deu uma sensação ruim...
Sim... eu tb senti isso... aquele bebê era muito feio!!!! 8O

Mas do diabo em si eu gostei... um rosto, de certa forma, angelical, com uma feição que dava a impressão de não ser tão perigoso, diferentemente daquelas imagens que passam dele com sendo chifrudo, horroroso e tudo mais. Pra mim, se o rosto em si não passavam a maldade os olhos diziam tudo... os olhos dele me passaram toda uma malícia e maldade... eram olhos, de certa forma, acusadores. Não sei quanto a vcs mas daqueles olhos, eu tenho medo.

Elendil Senhor de Andúnië disse:
Por fim,nunca ví uma adaptação tão fiel do sofrimento de Cristo quanto o que foi filmado esplendorosamente por Mel Gibson.
Detalhe: Os joelhos de Jesus não foram quebrados como se costumava fazer com todos os que eram crucificados, aí foi cumprida uma profecia que está em Salmos 34:20 "Guarda-lhe todos os ossos; Nem sequer um deles foi quebrado." e o filme foi fiel a essa profecia.

Continuo pensando que essa questão de fidelidade assim como força do filme está diretamente relacionado as crenças de cada um.
Não achei o filme antisemita, mas acho q talvez se Gibson tivesse deixado mais explícito de que tudo o q aconteceu iria acontecer de qualquer forma pois foram profecias que foram cumpridas e q Pilatos e cia foram apenas "ferramentas", tais pessoas não ficariam com essa sensação de antisemitismo.
 
O foco do Gibson no sofrimento físico foi uma jogada arriscada, mas válida.

O problema mesmo é que ele deu um pouco de ênfase demais nisso e quase esqueceu da parte psicológica real, só dando uns insights resumidos em acontecimentos anteriores pra dar pistas do que ele esteva sentindo.

Mas ele tava mais era pasdsando a mensagem do que o sentimento do homem em questão.

Em termos de citar as passagens da Bíblia, foi bom porque ele soube mostrar exatamente o suficiente pro conhecedor médio e até os leigos perceberem do que se tratava cada cena.

Esse foi um ótimo ponto na minha opinião, mas o foco na carnificina foi tão grande que a pessoa por debaixo de todo aquele sangue e tripas ficou um pouco obscurecida.

Ah, outra coisa, senti uma leve melhora do Gibson de Coração Valente pra Paixão de Cristo, em termos de direção.

Gil_Gaer disse:
Agora... se foi um "massacre" puro e simples?... Na boa, acho que na realidade foi beeem pior do q o q foi mostrado no filme.

Pior? Só se crucificaram ele já morto, né? 8O
 
Fox disse:
Esse foi um ótimo ponto na minha opinião, mas o foco na carnificina foi tão grande que a pessoa por debaixo de todo aquele sangue e tripas ficou um pouco obscurecida.
Tripas???... costelas... tripas... isso tá começando a ficar trash :lol:

Fox disse:
Gil_Gaer disse:
Agora... se foi um "massacre" puro e simples?... Na boa, acho que na realidade foi beeem pior do q o q foi mostrado no filme.
Pior? Só se crucificaram ele já morto, né? 8O
Não não... Eu quis dizer que, se no filme, muitas pessoas já acharam que ouve uma "carnificina" "violência ao extremo" e "blá blá blá" eu acho que na realidade, o flagelo de Cristo foi muito pior do q o q foi passado no filme.
 
Como cinema e objetivo final, nota 9! se tem coisa errada, se é anti-semita, se é violento, aí é outra história...
 
O tal do Judeu Henry Sobel atacou o filme de Gibson,dizendo que é anti-semita e tb anti-cristão,além de achar que o filme tem violência gratuita,o que eu discordo AMPLAMENTE!

Talvez ele ache que Cristo não sofreu tanto,daí atacou "A Paixão de Cristo" justamente por ter mostrado o que NENHUM filme Bíblico tinha mostrado de uma forma tão viva:O verdadeiro sofrimento de Jesus,a forma cruel e desumana dos Romanos quando executavam as pessoas...

Detalhe: Os joelhos de Jesus não foram quebrados como se costumava fazer com todos os que eram crucificados, aí foi cumprida uma profecia que está em Salmos 34:20 "Guarda-lhe todos os ossos; Nem sequer um deles foi quebrado." e o filme foi fiel a essa profecia.

Pra vc ver....é incrível como tem pessoas que ainda acham a Bíblia um livro de ficção...

Tem várias profecias dos profetas do Antigo Testamento que acabaram acontecendo,como essa passagem dos Salmos...

Mais uma adaptação feliz do Gibson ao mostrar o soldado Romano com a marreta,prestes a quebrar a perna de Cristo,e como vc sabe,Jesus foi o único poupado de ter as pernas quebradas...

Mas do diabo em si eu gostei... um rosto, de certa forma, angelical, com uma feição que dava a impressão de não ser tão perigoso, diferentemente daquelas imagens que passam dele com sendo chifrudo, horroroso e tudo mais. Pra mim, se o rosto em si não passavam a maldade os olhos diziam tudo... os olhos dele me passaram toda uma malícia e maldade... eram olhos, de certa forma, acusadores. Não sei quanto a vcs mas daqueles olhos, eu tenho medo.
Gostei tb do Diabo no final do filme,aparecendo no Inferno derrotado por causa da vitória de Cristo na Cruz.Pra quem não sabe,o Diabo fez de tudo para Cristo não morrer na Cruz,já que o plano de Deus só estaria 100% realizado com a morte de Cristo,levando os pecados com ele e salvando o mundo,vindo após disso a sua própria ressurreição!
 
Como eu já sabia que o apelo era basicamente visual, do suplício físico de jesus eu nem me decepeconei.

Como alguem já disse, o filme cumpre seu objetivo, mas querer dizer que ele vai além do apelo visual é muita forçação de barra...

Um dos pontos altos pra mim (além da ferida nas costelas) foi o fato do filme ser todo em aramaico e latin...

Jesus falando inglês era brabão msm.... :roll:
 
Elendil Senhor de Andúnië disse:
O tal do Judeu Henry Sobel atacou o filme de Gibson,dizendo que é anti-semita e tb anti-cristão,além de achar que o filme tem violência gratuita,o que eu discordo AMPLAMENTE!
Até onde eu li, antes do filme ter sua estréia aqui no Brasil, havia pessoas que estavam querendo promover uma espécie de boicote ao filme mas o rabino Sobel disse que as pessoas deveriam assistir A Paixão de Cristo para poder tirar suas próprias conclusões... se ele falou isso mesmo, acho que ele foi justo em dar vazão ao livre-arbítrio.

Elendil Senhor de Andúnië disse:
Pra vc ver....é incrível como tem pessoas que ainda acham a Bíblia um livro de ficção...

Tem várias profecias dos profetas do Antigo Testamento que acabaram acontecendo,como essa passagem dos Salmos...
Vale lembrar que profecias como as do livro Apocalípse gera muitas discussões e estudos sobre tais profecias em relação aos dias de hoje.

Elendil Senhor de Andúnië disse:
Mais uma adaptação feliz do Gibson ao mostrar o soldado Romano com a marreta,prestes a quebrar a perna de Cristo,e como vc sabe,Jesus foi o único poupado de ter as pernas quebradas...
É engraçado como ele não deixou passar em branco esse detalhe do joelho, q muitos q assistiram ao filme não notaram, e como ele deixou o ferimento das chagas nas mãos de Cristo e não nos pulsos... vai entender

Elendil Senhor de Andúnië disse:
Gostei tb do Diabo no final do filme,aparecendo no Inferno derrotado por causa da vitória de Cristo na Cruz.Pra quem não sabe,o Diabo fez de tudo para Cristo não morrer na Cruz,já que o plano de Deus só estaria 100% realizado com a morte de Cristo,levando os pecados com ele e salvando o mundo,vindo após disso a sua própria ressurreição!
Uma prova disso é o diálogo entre ele e Cristo no início do filme... sem contar aquele olhar dele enquanto seguia Jesus o filme todo.
 
Particularmente eu gostei muito desse filme, SIM, ele é muito chocante, mas essa era a proposta dele.
O que a mais deveria se passar em um filme que mostra as 12 ultimas horas de Cristo ??
Essa proposta do "Gel Mibson" :mrgreen: foi muito original... esse foi sem duvida o unico filme "diferente"que eu já vi sobre Cristo.
 
Eu nao gostei muito. Achei que a primeira hora foi brilhante, principalmente qd mostrou Judas tendo visoes de demonios e o proprio Belzebu com aquele bebê enquanto Jesus estava apanhando, mas depois disso o filme ficou arrastado demais e focado demais na violencia.

As vezes parecia que o proprio diretor tinha consciencia disso e cortava pra um flashback onde Jesus passava seus ensinamentos (o que alias deveria ser a preocupacao maior do filme), mas logo em seguida já voltava pra porrada. Depois de um tempo vc fica anestesiado com toda a violencia e só quer que o filme acabe, o q demora muito pra acontecer. Eu acho q ja falei isso aqui, mas qd ele mostrou o martelo e logo em seguida a mao de Cristo eu ja havia entendido a mensagem... precisava mostrar o prego entrando, em camera lenta, 3 vezes nas maos do "filho do homi"? Mel Gibson quis chocar pela violencia e conseguiu. É um filme que nao passa mensagem nenhuma. Poucas vezes vemos Jesus conversando com seus discipulos, explicando-lhes a vontade de Deus. Qd isso acontece é so pra ligar uma surra a outra.

Se a Globo decidir passar isso antes do Natal vai acabar com a ceia...

Dispensável.
 

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