Olá, membros do Meia Palavra. Este é meu primeiro post, então dou uma contribuição. Espero que gostem do estilo que, confesso, é antiquado. Mas é sempre bom retornar às origens, como nos diz o grande Joãozito.
Esmorece o calor diurno e
Se esvai o cheiro do dia.
Uma brisa, que do sul vem,
Enleva o corpo como éter,
Mentolado, polar;
Substitui o castanho do crepúsculo
O retinto estelar de um longe
A perder a vista.
Os sóis da cidade dão às almas
A resplandescência d’um plenilúnio,
Paz inerte recai sobre a cabeça
Dos sonhadores, que interiormente se atiçam.
É, então, tempo de devaneios, de reminiscências
De tempos idos, enclausurados nos desvãos umbrosos
Da alma d’um sentimental poeta.
A lua beija suas almas, se existente, ou
Incendeia ânsias maviosas, se ausente.
Todo o belo se concentra n’um instante;
Todo o mundo se faz pleno
Em sua miniatura.
O cheiro de cedros, eucaliptos e de flores
Se imiscuem entre si:
Trazem ao devaneador o inerte prazeiroso
D’um balanço infantil vazio.
A vida ali repousa, plena, enquanto
Gênese da alma.
É tempo, são horas, de lembranças,
Quase maternais,
Do filho que fugiu ao mundo
Para criar um mundo dentro de si.
Como Ela, carrega sempre um quê
De saudade daquilo que se amou.
O cheiro de relva se intensifica,
Comprimido em suas folhas o
Leve gelo do orvalho, que tanto a
Alimenta como a mitiga.
Alguém pára na rua e longamente
Inspira.
Em sua volta, tudo se evade, como magia,
Às memórias de um sertão que ficou para trás:
Ranchos, vargedos, tropéis, trotes e sons;
A Noite personifica, reconstrói, refaz.
Leva-se então do dia o que lhe sobrara de
Ânsias, de temores e tribulações;
Incute ao pensar soluções de todos tipos,
Formas, tamanhos, cores,
Para que haja somente um único momento,
Em que o céu responde ao sonhador,
E o sonhador replica, evolando poesia,
Que ainda se faz.
E a noite, com um sorriso leve,
Responde que é o que já se fez.
Até!
Esmorece o calor diurno e
Se esvai o cheiro do dia.
Uma brisa, que do sul vem,
Enleva o corpo como éter,
Mentolado, polar;
Substitui o castanho do crepúsculo
O retinto estelar de um longe
A perder a vista.
Os sóis da cidade dão às almas
A resplandescência d’um plenilúnio,
Paz inerte recai sobre a cabeça
Dos sonhadores, que interiormente se atiçam.
É, então, tempo de devaneios, de reminiscências
De tempos idos, enclausurados nos desvãos umbrosos
Da alma d’um sentimental poeta.
A lua beija suas almas, se existente, ou
Incendeia ânsias maviosas, se ausente.
Todo o belo se concentra n’um instante;
Todo o mundo se faz pleno
Em sua miniatura.
O cheiro de cedros, eucaliptos e de flores
Se imiscuem entre si:
Trazem ao devaneador o inerte prazeiroso
D’um balanço infantil vazio.
A vida ali repousa, plena, enquanto
Gênese da alma.
É tempo, são horas, de lembranças,
Quase maternais,
Do filho que fugiu ao mundo
Para criar um mundo dentro de si.
Como Ela, carrega sempre um quê
De saudade daquilo que se amou.
O cheiro de relva se intensifica,
Comprimido em suas folhas o
Leve gelo do orvalho, que tanto a
Alimenta como a mitiga.
Alguém pára na rua e longamente
Inspira.
Em sua volta, tudo se evade, como magia,
Às memórias de um sertão que ficou para trás:
Ranchos, vargedos, tropéis, trotes e sons;
A Noite personifica, reconstrói, refaz.
Leva-se então do dia o que lhe sobrara de
Ânsias, de temores e tribulações;
Incute ao pensar soluções de todos tipos,
Formas, tamanhos, cores,
Para que haja somente um único momento,
Em que o céu responde ao sonhador,
E o sonhador replica, evolando poesia,
Que ainda se faz.
E a noite, com um sorriso leve,
Responde que é o que já se fez.
Até!