Engethor
Son of Jango
A Navalha de Occam
"Pluralidade não deve ser postulada sem necessidade"
William de Ockham foi um monge franciscano do século 14, dotado de ideais de pobreza e minimalismo na vida. O princípio q ganhou seu nome já era conhecido antes disso, mas Ockham o utilizava com tanta freqüência em seus escritos sobre filosofia e teologia q teve seu nome a ele associado. Por ex, Aristóteles já dizia q, "quando mais perfeita a natureza, menos mecanismos ela requer para seu funcionamento".
Tá certo q esse ideal de perfeição através da simplicidade é invenção humana, mas, como guia, como auxílio na busca de explicações, tem funcionado bem. Então, o princípio minimalista de q "Pluralidade não deve ser postulada sem necessidade" ficou conhecido como sendo a Navalha de Occam (Occam's Razor).
Atualmente, a Navalha é normalmente interpretada em termos de "não multiplique váriáveis sem necessidade" ou "a melhor explicação é a mais simples". Ou seja, se há diversas explicações para um fenômeno, o princípio indica escolhermos a mais simples. Para que usar uma explicação complicada e cheia de premissas e de "se" quando se pode utilizar uma explicação mais simples e q responda às mesmas perguntas? Isso é bem intuitivo (q o diga o marido q chega tarde em casa com bafo de cachaça: ele vai contar uma desculpa mirabolante, mas...).
Um exemplo: em meados do milênio passado, o geocentrismo começou a sofrer de excesso de complicação. Para explicar as observações dos movimentos dos planetas, o modelo geocêntrico estava ficando tão complicado q, quando Copérnico propôs o modelo heliocêntrico, a simplicidade deste era atraente (apesar de ser herege). Mais tarde, claro, o sistema heliocêntrico foi comprovado (e aperfeiçoado) por observações independentes. Mas o princípio q motivou Copérnico a procurar e adotar outro sistema foi a busca pela simplicidade. Com isso em mente, ele formulou algo mais simples e q se mostrou mais próximo da realidade.
Na verdade, a coisa se reduz a: se confrontado com duas explicações, uma mais provável q a outra, a escolha racional obviamente é pela explicação mais provável.
Notem q a Navalha é apenas um princípio filosófico. Não é uma regra da Natureza nem nada. Mas é uma das ferramentas de trabalho do cético. Ela é ótima para descartar as teorias absurdas, ilógicas e mirabolantes. Coincidentemente (ou não ), as teorias mais extravagantes e cheias de complicações vêm das hostes esotéricas e similares.
Vejamos... era a hora de eu deixar algo para debate: quais dúvidas ou polêmicas podem ser melhor tratadas com o uso da Navalha? Lembrando q a Navalha não resolve a polêmica, mas indica um bom caminho a seguir.
"Pluralidade não deve ser postulada sem necessidade"
William de Ockham foi um monge franciscano do século 14, dotado de ideais de pobreza e minimalismo na vida. O princípio q ganhou seu nome já era conhecido antes disso, mas Ockham o utilizava com tanta freqüência em seus escritos sobre filosofia e teologia q teve seu nome a ele associado. Por ex, Aristóteles já dizia q, "quando mais perfeita a natureza, menos mecanismos ela requer para seu funcionamento".
Tá certo q esse ideal de perfeição através da simplicidade é invenção humana, mas, como guia, como auxílio na busca de explicações, tem funcionado bem. Então, o princípio minimalista de q "Pluralidade não deve ser postulada sem necessidade" ficou conhecido como sendo a Navalha de Occam (Occam's Razor).
Atualmente, a Navalha é normalmente interpretada em termos de "não multiplique váriáveis sem necessidade" ou "a melhor explicação é a mais simples". Ou seja, se há diversas explicações para um fenômeno, o princípio indica escolhermos a mais simples. Para que usar uma explicação complicada e cheia de premissas e de "se" quando se pode utilizar uma explicação mais simples e q responda às mesmas perguntas? Isso é bem intuitivo (q o diga o marido q chega tarde em casa com bafo de cachaça: ele vai contar uma desculpa mirabolante, mas...).
Um exemplo: em meados do milênio passado, o geocentrismo começou a sofrer de excesso de complicação. Para explicar as observações dos movimentos dos planetas, o modelo geocêntrico estava ficando tão complicado q, quando Copérnico propôs o modelo heliocêntrico, a simplicidade deste era atraente (apesar de ser herege). Mais tarde, claro, o sistema heliocêntrico foi comprovado (e aperfeiçoado) por observações independentes. Mas o princípio q motivou Copérnico a procurar e adotar outro sistema foi a busca pela simplicidade. Com isso em mente, ele formulou algo mais simples e q se mostrou mais próximo da realidade.
Na verdade, a coisa se reduz a: se confrontado com duas explicações, uma mais provável q a outra, a escolha racional obviamente é pela explicação mais provável.
Notem q a Navalha é apenas um princípio filosófico. Não é uma regra da Natureza nem nada. Mas é uma das ferramentas de trabalho do cético. Ela é ótima para descartar as teorias absurdas, ilógicas e mirabolantes. Coincidentemente (ou não ), as teorias mais extravagantes e cheias de complicações vêm das hostes esotéricas e similares.
Vejamos... era a hora de eu deixar algo para debate: quais dúvidas ou polêmicas podem ser melhor tratadas com o uso da Navalha? Lembrando q a Navalha não resolve a polêmica, mas indica um bom caminho a seguir.