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Eu venho aqui colocar um pouco do que já expus em outro tópico, mas não é uma réplica nem um dogma. Queria ver o que os companheiros valinorëanos tem a dizer.
A morte tem um caráter bem definido em SdA. Os anões parecem ter uma existência brusca, longa e definida após a morte, não explicando seu fascínio pelo ouro. Creio eu.
Os elfos tem uma imortalidade perfeita, ou uma vida de eterno retorno, o que confirma minha teoria, o que talvez seja óbvio, de que eles são mesmo filhos do Mundo e estão inseridos em um processo cíclico, como é o da Natureza, enfim. Sendo assim, faz parte da Natureza esse morrer, viver, morrer, viver. Isso é bem pagão, e bem élfico.
Então:
1-Isso talvez reforce minha teoria de que Eru e Arda são Unos, pois, como filhos da Terra, os elfos são chamados de Primogênitos de Eru Ilúvatar. isso indicaria sua participação no ciclo de vida, que é o mesmo de vida de Eru. Dessa forma, são naturais os que morrem e revivem e é antinatural e estranho ao mundo o que for de curta duração e não-renovação.
Antes de irmos para o ponto 2, lembremos a situação do homem; são de curta duração. Isso não seria um pecado se houvesse uma renovação, mas esta não existe, ou é desconhecida. E o próprio Eru fala do homem sempre buscando algo fora do Mundo, fora de si. Até seu destino é desconhecido, mesmo aos Valar.
Mas vejamos: se o Mundo é Eru, então Eru não criou os homens? Eles são o que? Deuses? E.T.'s? (já falei nisso, né?) O que seriam esses 'Hóspedes"?
2-Os homens são chamados de Filhos Mais Novos de Ilúvatar, não adotivos, mas seus caçulas. Eu deveria dizer que o Mundo foi criado então, não pode ter sempre existido como propus anteriormente. Deve ter sido criado e, nesse caso, os elfos são Filhos do mesmo Pai. Seria esse pai imanente ao mundo ou separado dele? Se for separado, óbvio que Eru e Arda são criador e criatura. Assim, Eru é Vontade, Ser e Poder. Como? Quem lhe criou (ser), quem lhe deu a vontade e de onde vem seu poder?
3-Os elfos parecem mesmo ter uma forte ligação com a Natureza, mas talvez isso não signifique que eles adorem a Eru por isso. Talvez Eru os tenha designado ao Mundo para purificá-lo do Mal de Melkor, da deturpação. Eles seriam uma extensão dos Valar até abrirem o caminho para os homens dominarem. Dessa forma, sua relação com o mundo criado é natural, pois assim foi designado por Eru.
4-Enquanto a relação do homem, caçula dileto, com Eru deveria ser direta, o homem buscou uma antinatureza. Assim traiu essa relação e resolveu buscá-la com aqueles que nunca traíram sua Natureza, os elfos. Esses são os edain, os outros homens se desviaram desse caminho, assim como muitos númenorianos por não entenderem a contradição entre a natureza humana e a natureza élfica.
5-Se isso for verdade, o Mundo é sagrado unicamente por ser espelho da glória de Eru, e não o mesmo Ser uno com Ele. Quero dizer, que Eru é Ser-em-Si, Vontade-em-Si e Amor-em-Si (sendo o amor fidelidade à natureza e verdadeira essência do poder, mero instrumento empírico).
Logo, Mundo e Eru são díspares, ainda que um complemente o outro e Eru esteja imanente nesse. Isso não significa que Eru seja alheio ao mundo, situado em algum céu, mas que suas Mansões estão nesse Mundo, ainda que de forma ou simbólica ou contida na existência ou mesmo presente em toda a vida. Talvez assim a natureza, o mundo, seja mesmo só espelho.
Mas fica um problema: de que forma o homem pode se encaixar nessa realidade? Imanente e exterior, dentro e fora, realidade e imagem, Eru pode ser todas essas contradições. mas então, qual o destino do homem? Seria o Mundo-Imagem, como reencarnação, ou Eru-Realidade, como em sua própria realidade fora desse mundo?
A morte tem um caráter bem definido em SdA. Os anões parecem ter uma existência brusca, longa e definida após a morte, não explicando seu fascínio pelo ouro. Creio eu.
Os elfos tem uma imortalidade perfeita, ou uma vida de eterno retorno, o que confirma minha teoria, o que talvez seja óbvio, de que eles são mesmo filhos do Mundo e estão inseridos em um processo cíclico, como é o da Natureza, enfim. Sendo assim, faz parte da Natureza esse morrer, viver, morrer, viver. Isso é bem pagão, e bem élfico.
Então:
1-Isso talvez reforce minha teoria de que Eru e Arda são Unos, pois, como filhos da Terra, os elfos são chamados de Primogênitos de Eru Ilúvatar. isso indicaria sua participação no ciclo de vida, que é o mesmo de vida de Eru. Dessa forma, são naturais os que morrem e revivem e é antinatural e estranho ao mundo o que for de curta duração e não-renovação.
Antes de irmos para o ponto 2, lembremos a situação do homem; são de curta duração. Isso não seria um pecado se houvesse uma renovação, mas esta não existe, ou é desconhecida. E o próprio Eru fala do homem sempre buscando algo fora do Mundo, fora de si. Até seu destino é desconhecido, mesmo aos Valar.
Mas vejamos: se o Mundo é Eru, então Eru não criou os homens? Eles são o que? Deuses? E.T.'s? (já falei nisso, né?) O que seriam esses 'Hóspedes"?
2-Os homens são chamados de Filhos Mais Novos de Ilúvatar, não adotivos, mas seus caçulas. Eu deveria dizer que o Mundo foi criado então, não pode ter sempre existido como propus anteriormente. Deve ter sido criado e, nesse caso, os elfos são Filhos do mesmo Pai. Seria esse pai imanente ao mundo ou separado dele? Se for separado, óbvio que Eru e Arda são criador e criatura. Assim, Eru é Vontade, Ser e Poder. Como? Quem lhe criou (ser), quem lhe deu a vontade e de onde vem seu poder?
3-Os elfos parecem mesmo ter uma forte ligação com a Natureza, mas talvez isso não signifique que eles adorem a Eru por isso. Talvez Eru os tenha designado ao Mundo para purificá-lo do Mal de Melkor, da deturpação. Eles seriam uma extensão dos Valar até abrirem o caminho para os homens dominarem. Dessa forma, sua relação com o mundo criado é natural, pois assim foi designado por Eru.
4-Enquanto a relação do homem, caçula dileto, com Eru deveria ser direta, o homem buscou uma antinatureza. Assim traiu essa relação e resolveu buscá-la com aqueles que nunca traíram sua Natureza, os elfos. Esses são os edain, os outros homens se desviaram desse caminho, assim como muitos númenorianos por não entenderem a contradição entre a natureza humana e a natureza élfica.
5-Se isso for verdade, o Mundo é sagrado unicamente por ser espelho da glória de Eru, e não o mesmo Ser uno com Ele. Quero dizer, que Eru é Ser-em-Si, Vontade-em-Si e Amor-em-Si (sendo o amor fidelidade à natureza e verdadeira essência do poder, mero instrumento empírico).
Logo, Mundo e Eru são díspares, ainda que um complemente o outro e Eru esteja imanente nesse. Isso não significa que Eru seja alheio ao mundo, situado em algum céu, mas que suas Mansões estão nesse Mundo, ainda que de forma ou simbólica ou contida na existência ou mesmo presente em toda a vida. Talvez assim a natureza, o mundo, seja mesmo só espelho.
Mas fica um problema: de que forma o homem pode se encaixar nessa realidade? Imanente e exterior, dentro e fora, realidade e imagem, Eru pode ser todas essas contradições. mas então, qual o destino do homem? Seria o Mundo-Imagem, como reencarnação, ou Eru-Realidade, como em sua própria realidade fora desse mundo?
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