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A menina que roubava livros (Markus Zusak)

Rafaela disse:
A Liesel era filha de comunistas, contra o Hitler, por isso a mãe dela a entregou, para salvá-la da perseguição. Agora minha impressões sobre o livro:

Eu adorei! O final foi tão triste! O pai da Liesel lembrava muito meu pai então foi bem triste para mim ver ela perdê-lo. Fico imaginando a vida dela depois disso... a Guerra nunca faz bem a ninguém, principalmente à população, só quero saber quando as pessoas irão entender!! Seria mais fácil pegar os dois líderes que estão querendo brigar e colocá-los no ringue, o que perdesse a luta perderia a guerra, assim ninguém iria se machucar ou morrer!! Agora, queria saber o que aconteceu com o Max! :()
Como assim Rafaela?
"Queria saber o que aconteceu com o Max?" Você fala depois da guerra? Bom, já é ótimo saber que ele não morreu em um campo de concentração.:sim: Chorei tanto naquela passagem em que ele se despede da Liesel naquela marcha para o campo, tinha certeza que ele não voltaria mais.
 
Rafaela disse:
Então Claudinha,
queria saber se ele e a Liesel continuaram tendo contato. Mas tb me emocionei nessa parte, foi linda e triste!

Então Rafaela,
seguindo a discussão do tópico, tem gente que acredita que Max e Liesel teriam ficado juntos. Eu mesma quando terminei de ler tive esta impressão, mas se o autor quisesse realmente isso não teria dito apenas que Liesel tinha se casado-e-ponto-final, tinha dito que ela tinha se casado com o Max, ele teria sido muito mais claro.
 
Nossa, eu morro de vontade de ler esse livro. Me parece que ele segue o estilo do Menino do Pijama Listrado de Jonh Boyne, livro que eu gostei bastante.
 
Noossa, confesso que é essa foi uma das minhas melhores leituras. O final foi terrivelmente emocionante. O autor foi muito cruel, cara! :(
Um livro desses merece destaque pela originalidade. A própria Morte contando a história, os personagens cativantes, as aventuras vividas por Liesel... Nota 10.
 
Anne! disse:
Nossa, eu morro de vontade de ler esse livro. Me parece que ele segue o estilo do Menino do Pijama Listrado de Jonh Boyne, livro que eu gostei bastante.

Eu acho os livros bem diferentes e mesmo tendo gostado do Menino do pijama listrado, pra mim, não é tão bom quanto a Menina... que é maravilhoso, com personagens tão cativantes que você se envolve demais com a leitura. Super recomendado Anne.

Rafaela disse:
Gente, li uma noticia na net e não sei se é verdade: vai realmente ser produzido um filme sobre o livro?!

Faz um bom tempo que estão falando sobre isso, mas acho que não tem nada confirmado ainda. Eu adoraria ver no cinema essa história, tinha até ouvido boatos que Tom Hanks faria o Hans, mas são só boatos.
 
Nossa, melhor que O Menino do Pijama Listrado! Me apaixono assim! E realmente, ele deve ser produzido, afinal quase todos os livros que fazem suscesso são, só que tem uns que não chegam nem aos pés dos livros, já outros sãão ótimos (ainda quem não cheguem aos pés dos livros ainda :D)

Então, valeu Claudinha, vou ver se compro ele looogo!
 
Sou apaixonada pelo O menino do pijama listrado, mas A menina que roubava livros pra mim é muito melhor!
Os personagens são os mais cativantes eeeever e a Liesel e sua história fantástica... :grinlove:

Também já li essa notícia que viraria filme, mas acho que se fosse ser adaptado mesmo já teriam mais informações na internet. E assim, acho que o maior problema de se adaptar esse livro é que tem que fazer um filme MUITO bom pra retratar não só a perspectiva da morte narrando, mas também a diferença da narração da "morte" com uma narração normal. Além dos personagens, dos sentimentos e de tudo que na maioria das vezes um filme não retrata! :disgust:
Porém, seria um filme lindo :sim:

E acho que choraria mais no final do filme do que chorei no livro
 
Anne! disse:
Nossa, melhor que O Menino do Pijama Listrado! Me apaixono assim! E realmente, ele deve ser produzido, afinal quase todos os livros que fazem suscesso são, só que tem uns que não chegam nem aos pés dos livros, já outros sãão ótimos (ainda quem não cheguem aos pés dos livros ainda :D)

Então, valeu Claudinha, vou ver se compro ele looogo!

É totalmente apaixonante Anne, você não vai se arrepender.

Petra disse:
Sou apaixonada pelo O menino do pijama listrado, mas A menina que roubava livros pra mim é muito melhor!
Os personagens são os mais cativantes eeeever e a Liesel e sua história fantástica... :grinlove:

Também já li essa notícia que viraria filme, mas acho que se fosse ser adaptado mesmo já teriam mais informações na internet. E assim, acho que o maior problema de se adaptar esse livro é que tem que fazer um filme MUITO bom pra retratar não só a perspectiva da morte narrando, mas também a diferença da narração da "morte" com uma narração normal. Além dos personagens, dos sentimentos e de tudo que na maioria das vezes um filme não retrata! :disgust:
Porém, seria um filme lindo :sim:

E acho que choraria mais no final do filme do que chorei no livro

Mesmo assim dá pra se fazer. As adaptações nem sempre (ou nunca) saem como a gente quer, mas poderia dar um bom filme. Também seria importante a escolha dos atores por causa do carisma dos personagens.

E seria impossível eu chorar mais do que eu chorei lendo o livro. XD
 
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS, Um Clássico

Estupendo Clássico “A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS” de Markus Zusak / Resenha Silas Correa Leite

“Nunca encontrarás a vida que procuras (...)
Os deuses criaram os homens mas estabeleceram
para eles a morte e guardaram a vida para si(...)”
(Epopéia de Gilgamés/Mesopotâmia, 2.750 a.C.)

“Os seres humanos me assombram”, diz Markus Zusak às páginas 478 da estupenda obra clássica “A Menina Que Roubava Livros”, best-selers que, certamente é um dos melhores livros escritos nos últimos dez anos no mundo, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca, 2007. O livro é isso tudo o que dizem dele, pode acreditar e botar fé. Quem o leu não passou incólume por ele; ficou com a alma pesada pelo volume de humanismo e falta de, é claro. O livro, aliás, é tudo isso o que de si próprio diz: assombrado em todos os sentidos.
Aliás, a “Morte” contando a história toda é um achado de alta criação do fervoroso autor. E, diz, ele mesmo: Quando a morte conta uma história, você tem que parar para ler. Entrei na leitura desconfiado, e, confesso, saí bem descompensado. Confesso que chorei.
A sensibilidade atiçada expropria o fogo de si mesma.
Por diversas vezes, lendo o livro em algumas dias, surpreso, aturdido, marcado, levando no meu lado sentidor pelo gume da ficção contundente e aqui e ali aterradora, parei, senti, pensei, sangrei. E durante a louca e varrida leitura pesada escrevi artigos, contos, poemas, ensaios, letras de rocks e blues. Já pensou que respigar? Literalmete tocado, mais, atingido. Acusei o golpe do verbo ler em seu mais potencializado vetor. Não foi fácil me cortar para pelo menos tentar sair inteiro.
Viver vale a pena? Ou a morte é um leve preço a pagar, há várias mortes na morte?

Só um ano depois que literalmente larguei o bendito livro que se impregnou em mim; só dando um distanciamento do que ele visceralmente despencou em mim e sobre mim, foi que resolvi pincelar essas mal-acabadas linhas a respeito. Só agora finalmente consegui coragem-suporte para aqui estar depauperado ainda; para escrevinhar esse depoimento-rascunho ainda vibracional (de alguma maneira) de minha leitura também bem inexplicavelmente assombrada. Será o impossível?
Sim, caras pálidas, um novo clássico da moderna (e pós-pós-moderna) literatura contemporânea, que, sem ofender, é sim, um baita best-selers do mais alto gabarito literário. Bem escrito, bem delineado no conjunto, com estrutura e fibra, narrativa sedutora, apaixonante, mesmo quando choca ou evoca episódios entre arrebatadores e pragmáticos. Você garra a ler, entra de sola na contação contundente (humana?), bebe a história, sorve, sangra, é levado por ela, se incorpora, descobre afinidades, toca céus e infernos, quando vê, quer, como naquela baladinha meio brega de antigamente, parar o mundo e descer, apear, como se diz lá em Itararé. Isso.
É um trabalho literário de peso, dez vezes melhor do que os caçadores de pipas pelaí.
Somos pegos ao pé da letra pela palavra, e acabamos assim também assombrados pelo romance retumbante como um todo. Aliás, você literalmente “Vê” um filme (que se nos passa pela tela da cabeça pensante no ritmo) enquanto lê o livraço e se sacode de alguma forma com a leção.
“O pensamento é o espírito do tempo”, diz Pedro Maciel (In, Como Deixei de Ser Deus, Topbooks, 2009). Pois o autor Markus Zusak coloca a segunda guerra mundial de pano de fundo da história o tempo todo, trabalha com o horror de tantas vidas destroçadas, a própria morte sendo louvada a contar a sua sina, o estertor da morte, a poesia que há na morte, a ótica perenal da morte narradora. Só lendo pra crer. A morte contadora acima e sobre todas as coisas. Não é sempre assim? Ah a vida real... Dó. Horror. Vidas secas.
A personagem principal que é o básico eixo-fluxo da obra encantadora também por isso mesmo, é LIESEL MEMINGER; daquelas personagens que encarnam no espírito ledor e bota você para dentro de você, correndo atrás de si mesmo, feito imagem e semelhança da pureza no inferno da vida arrebentando. A Ceifadora na Rua Himmel, área pobre de Molching, Alemanha, o “Manual do Coveiro” (santo Deus!), o nazismo hediondo, os judeus despossuídos, as caras expostas de todos os seres, quase seres, subseres.
A vida-covas.
E o amigo de LIESEL, Rudy Steiner, então? Chocante. Um livro que dará um épico no império do cinema, e levará milhões a chorarem lágrimas de sangue do céu de cada um; de cada alma tomada pela arte-criação de Markus Zusak. Quem leu Humberto Eco, Ítalo Calvino, Paul Auster, há de adorar ler A Menina Que Roubava Livros perseguida pela morte, driblando-a, ilustrando-a, vivenciando-a e sobrevivendo. Como é que pode?
Ah o que a vida faz da vida, o que o homem faz ao homem, o que a guerra faz do espírito sobrevivencial dos vilipendiados. Inspiração, piração, imaginação, envergadura de. O pai acordeonista com um coração de ouro e uma alma de veludo. A mãe aparentemente seca, louca varrida, fechada em bravezas. O hóspede soterrado em traumas no porão da indulgências possíveis. A vizinhança e suas capitulações. As ruas da infância, as crianças em tempos de medo coletivo, medo adultizado.
A morte sombreando tudo, toques de recolher, bombardeios, o autor destilando os retratos de um tempo de dilaceramento da espécie humana, como um documentário de vidas infelizes, rueiras, puras, sob os escombros de remorsos e monturos da história em carne viva.
Ler o livro e nunca esquecê-lo. O espírito das trevas rondando. Ficando o estigma de relê-lo para exorcizar nossos próprios fantasmas historiais. Compre o livro se não tiver. Leia-o mais de uma vez. Vá em busca de resíduos da alma humana nas trevas de um tempo aterrador. Chorei com LIESEL sonhando o livro-vida, tentando roubá-la para pertencê-la de si mesma despojada de mãe, irmão, esperança, humanismos.
Sobrevivência aterradora. Chore com a menina LIESEL roubando um livro-vida-a-mais (passagem possível). Seja essa vida. Seja esse livro. Essa obra sangrou meu coração transido, vida-livro de sentidor que ainda acredita na arte como libertação. Ai de mim. Um dos melhores livros que li-vi-vivi em toda a moinha vida de rato de sebo. E a morte contando... tirando de letra, na metalingüística aqui e ali como estilo, livro falando de livros. O talento do autor, lidando com a carneviva (carnevida) da história. Um romance e tanto.
A morte não é só adubo.
Sim, meus irmãos, viver não é só abanar o rabo. A guerra produz monstros e tem seqüelas.
A finitude e o temor da vida exangue, frente à morte narradora. Foi instigada a minha sensibilidade, o pensamento, a abstração-coisa, e eu sofri-ler, curtir, amei ler A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS. Pela sobrevivência dela, reação dela, a vida entre paredes, as relações de abrigo e destratações. A vida terrível numa vida real romanceada. Perdas. Sonhos. Pinturas de almas humanas. Humanas? Confronto. O sentido da existência é não ter sentido algum? Há sangue na neve muito além de Stalingrado.
Nas páginas de A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS os olhos da espécie humana orbitam.
O horror da inventada verdade inventariada é um testemunho letral do que não cabe em nós, tocados que somos pela arte, e então explicitam as vísceras expostas do mundo em assombro pela ótica de A Menina Que Roubava Livros. Não foi fácil tentar chegar inteiro ao fim, se segurando em fragmentos, parágrafos, poesias e dor.
Valeu a pena ter vivido até agora para ler esse clássico. Ah, falando sério, não tive coragem-calço para citar aqui e ali algum trecho da obra-vida, com medo de expropriação; de tirar do leitor o íntimo deleite de somatizar tudo na sua própria leitura de vidas. Saibam merecer-se por si mesmo. A vida e a alma dos brutos. Bravo!


Silas Correa Leite, Santa Itararé das Letras
Jornalista Comunitário, Teórico e Especialista da Educação, Conselheiro em Direitos Humanos, pós-graduado em Literatura e Arte na Comunicação (ECA/USP)
Site: www.portas-lapsos.zip.net
E-mail: poesilas@terra.com.br
Autor de Porta-Lapsos, Poemas, Campo de Trigo Com Corvos, Contos, O Homem que Virou Cerveja (Crônicas).
 
sim, é juvenil. lá fora é vendido como literatura young adult (14 até 21 anos), e o próprio autor usa esse termo para falar do livro. mas ser literatura infanto-juvenil, juvenil, infantil ou o que o valha não é nenhum demérito para a obra - assim como temos alice de carroll, um livro infantil genial que agrada adultos também.
 
A menina que roubava livros é aquele tipo de livro que você descobre que está em alguma lista de “os mais lidos do mês” e procura ler só por curiosidade ou para criticar (aí está a Stephenie Meyer que sabe bem o que é isso), e acaba dando o braço a torcer e se encantando com a história.

Liesel Meminger era uma menina comum que teve a sua vida transformada por causa da Segunda Guerra Mundial e de uma companhia sempre constante na sua vida, a morte. E é ela que assombrada, conta a sua história e as vezes que a encontrou.

A história começa quando Liesel, viajando com a mãe e o irmão de trem em direção à casa dos futuros pais adotivos, vê seu irmão falecer por causa do frio e tem então seu primeiro encontro com a morte. E também com um livro, o primeiro de muitos ao longo da sua vida.

[CONTINUE LENDO...]
 
É uma história linda e eu me acabei de chorar em várias partes .
Super recomendo e sério, vocês não ficarão decepcionados.
A história da menina que sobreviveu a tudo e viveu , mesmo depois disso , é ótima pra quem quer descobrir um novo olhar para a Guerra , assim como para o mundo.
 

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