"O cavaleiro faz um gesto para que parem. 'Antes de mais nada, deixem suas armas. Não vamos nos arriscar; até saírem da cidade, vocês são prisioneiros. O mago deverá ter suas mãos amarradas para evitar que nos enfeitice; mesmo assim todos deverão dar sua palavra de que não tentarão fugir, não nos atacarão e nem nos amaldiçoarão depois. Ao saírem da cidade, se pagarem pelos prejuízos poderão receber suas armas de volta.'
Ele se posta na frente porta, com a mão no punho da espada. Ele usa uma cota de malha que reluz com o brilho vermelho-sangue do fogo, suas mãos também estão cobertas por luvas de malha, e ele está com uma coifa de malha sobre sua cabeça; porém, ele não leva elmo, decerto devido às incoveniências e incômodo de tal aparelho. Os elmos comumente usados pelos cavaleiros de Arvenhelm são grandes cilindros de metal, como grande baldes com fendas para os olhos e para respirar; além do peso, incômodo, e falta de visão, muitas vezes são excepcionalmente quentes e dificultam a respiração. Sua armadura foi vestida às pressas, sem grande cuidado, mas ainda assim parece imponente a vocês, pouco acostumados com esse tipo de armadura; a luz do fogo refletida no metal se une com as sombras para dar à armadura uma aparência fantasmagórica. Os anões não podem deixar de observar que é um trabalho humano, sem todos os requintes típicos dos anões, e os elfos erguem as sobrancelhas. Elfos selvagens acham peculiares mesmo as armaduras de escamas de seus parentes élficos, mas esse tipo de armadura é algo que está fora até mesmo de sua compreensão.
O cavaleiro olha para vocês com uma expressão dura. Seu rosto é bronzeado pelo sol, seus olhos são castanhos, seus cabelos negros caem ligeiramente sobre a testa; um bigode e sobrancelhas negras emolduram a testa franzida e a boca reta e fechada. Ele é um homem de armas; não um herói, não um viajante, não um estrategista. Pura e simplesmente um soldado. Talvez um ótimo soldado, até mesmo um pequeno comandante; há uma certa nobreza em seu rosto, talvez fruto de sua arrogância, mas nenhuma majestade. Seu olhar mostra grande experiência, mas nenhuma sabedoria."