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A Mágica dos Menestréis

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Duas coisas que você não encontrará mencionadas na Terra-média de Tolkien são os palhaçoes e atores. Tampouco irá encontrar referências a jogos, dramatizações, malabaristas, acrobatas ou teatros, carnavais, feiras e circos.</P>
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O que o povo da Terra-média fazia para seu próprio entretenimento? Ele pareciam não ter nenhuma grande arena como os Romanos, nem casas teatrais, nem humoristas nômades, nem nenhum dos enfeites da tradição do drama ou comédia.</P>
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As duas grandes forma de apresentação na Terra-média eram a narração de histórias e a música. Mas embora pareça que todo mundo parecia apreciar uma boa história ou música, existem poucas evidências do desenvolvimento profissional para ambas as formas de apresentação. De fato, apenas dois menestrés profissionais são mencionados em O Senhor dos Anéis. Gleowine era o menstrel de Théoden, e depois que escreveu a canção fúnebre que os Cabaleiros de Rohan cantaram ao redot do túmulo de Théodin ele nunca mais fez outra música novamente. E algum menestrel anônimo de Gondor compôs a balada de "Frodo dos Nove Dedos e o Anel da Destruição" [auxiliado no título da balada por Sam].</P>
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Para um livro que está repleto de canções e referências a antigas baladas, poder-se-ia quase esperar encontrar um bardo ou trovador saltando de cada capítulo, vagando de cidade em cidade para manter as massas entretidas. Mas ao contrário, não existe indicação real de uma classe vagante de entretenedores. Em Eriador os Dunedain do Norte ocasionalmente traziam história para o povo de Bree, e os Hobbits qye viajavam entre o Condado, Terra dos Buques e Bree compartilhavam histórias, mas é tudo que temo sobre isso.</P>
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A mais forte implicação parece ser de que o entretenimento profissional era raro e limitado a grandes grupos. Rohan e Gondor poderia manter menestréis mas não as pequenas populações dos países do norte. E pode ser que um patrocínio real ou nobre fosse necessário para sustentar entretenedores profissionais. Patroçinio é um costume antigo que de fato morreu apenas com o advento dos direitos autorais e da produção em massa. Artistas e escritores podem agora gerar suas rendas diretamente, mas por um milênio tiveram que contar com alguma outra pessoa para pagar as contas.</P>
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Em um mundo como a Terra-média de Tolkien poderia não haver nenhum possibilidade de um artista ganhar a vida pela produção de uma música ou pintura, exceto em uma sociedade bastante grande e rica como Gondor. E mais, a Terra-média retartada pelO Senhor dos Anéis não é a imagem completa. Sauron esteve em ação por dois mil anos, enfraquecendo seus inimigos, afastando Elfos, Homens e Anões uns dos outros. Existe, de fato, fracos ecos de uma tradição mais rica de entretenimento na história que Tolkien nos conta.</P>
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"Existe uma canção Élfica que fala disso," diz Barbárvore a Merry e Pippin quando conta a eles da longa separação de Ents e Entesposas. "Costumava ser cantada acima e abaixo no Grande Rio." Ele a canta para eles, tomando as funções de Ent e Entesposa, e diz que a canção é Élfica. E Barbárvore também diz "existem canções sobre a busca dos Ents pelas Entesposas cantadas entre Elfos e Homens de Mirkwood até Gondor".</P>
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Todas as grandes cancões e histórias, claro, parecem ser Élficas em sua origem. Aragorn canta parte de uma canção sobre Beren e Luthien para Frodo e os Hobbits no Topo dos Ventos. "Não existe ninguém agora, exceto Elrond, que se lembre corretamente como era contada nos tempos antigos," diz ele. "É um belo conto, embora seja triste, como são todos os contos da Terra-média".</P>
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Porque todos os contos da Terra-média eram tristes? Pode ser que os Elfos fossem mais tocados pelos contos tristes que pelos felizes, e portanto compunham seus maiores poemas sobre seus maiores pesares. A única canção composta em Aman que é nomeada é o "Aldudenie", feito por Elemmire dos Vanyar. Foi levado para a Terra-média aparentemente pelos Exilados, ou aprendido por eles após a Guerra da Ira quando o Exército de Valinor reuniu-se com os Exilados no que restou de Beleriand. E "Aldudenie" relembra a tristeza de Elfos e Valar pela destruição das Duas Árvores.</P>
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O dom Élfico para a canção era suplementado pelos seus poderes sub-criativos, sua "mágica". No conto de Aragorn e Arwen, ele pensou ter conjurado uma imagem de Luthien quando viu Arwen pela primeira vez, porque ele estava cantanto uma parte da balada de beren e Luthien, "e ele parou surpreso, pensando que estivesse penetrado em um sonho, ou tivesse recebido o dom dos menestréis Élficos, que podiam fazer as coisas sobre as quais cantavam aparecerem ante os olhos daqueles que ouviam."</P>
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Se a arte dos Elfos estava quase esquecida ao final da Terceira Era, nós devemos dar uma "chacoalhada total" [Nota do Tradutor: que trocadilho infeliz, Michael...] e verificar seu início. Os Eldar foram a civilização dominante na Terra-média por milhares de anos. Após a Guerra da Ira não restou muito da civilização, exceto pelas cidades Anãs nas Montanhas Nebulosas e além. Então Gil-galad e seu povo iniciaram a reconstrução da civilização bem como os Dunedain partiram sobre o Mar para criar sua própria civilização na distante Númenor.</P>
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Os Eldar de Lindon espandiram-se através de Eriador, e estabeleceram o reino de Eregion, e alguns dos Sindar migraram para o leste e possivelmente para o sul para estabelecer novos reinos bem além do alcance de Gil-galad. Os reinos Sindarin podem não ter alcançado o mesmo que suas contrapartes Noldorin, em termos de contruir uma grande civilização, mas continuavam a ser reinos Élficos, e todos os Elfos tinham o dom da música.</P>
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Embora algumas poucas facções reacionárias como a de Oropher podem ter desejado negar a cultura Eldarin e tornar-se mais como os Avari e Nandor do leste, eles continuavam sendo membros de uma antiga raça com antigas tradições. Eles construíam suas casas nas florestas dos Vales do Anduin mas continuavam a viver em cidade e mantiveram comércio ou alguma forma de contato com seus vizinhos. As canções Élficas devem ter sido ouvidas através de todo o norte da Terra-média durante grande parte da Segunda Era.</P>
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Um aspecto da cultura Élfica que permanece grandemente obscuro é a tradição das Companhias Errantes. Embora Frodo, Sam e Pippin tenham encontrado Gildor Inglorion e seu povo, eles eram Exilados, Noldor, que estavam retornando de uma espécie de perigrinação em Lindon para suas casas em ou perto de Valfenda. Eles não estavam muito interessados em assuntos da Terra-média e os mantinham para si mesmos.</P>
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No início da Segunda Era existiam muitas Companhias Errantes em Eriador, e estas pareciam ser compostas principalmente de Nandor. Seus interesses parecem ter sido muito diferentes daqueles do povo de Gildor, que estavam apenas "enrolando" um pouco antes de finalmente partirem para o Mar. As Companhias Errantes Nandorin devem ter sido eventualmente integradas com a civilização Eldarin de Lindon, tanto porque os Elfos de Lindon aumentaram sua população e expandiram-se para o leste quanto porque os Nandor teriam sido forçados a tomar refúgio com os Noldor e Sindar em Lindon durante a Guerra dos Elfos e Sauron.</P>
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As Companhias Errantes podem então ter tido um papel significativo na grande cultura dos Elfos durante a maior parte da Segunda Era. Eles devem ter se tornado condutores de notícias e canções. Eles podem ter se tornado entretenedores viajantes. Embora Tolkien nunca tenha comparado as Companhias Errantes a ciganos ou trupes circenses, eles devem ter compartilhado algumas similaridades com essas culturas. Famílias ou clãs viajantes desenvolvem seus próprios costumes e tradições. Eles podem assimilar alguns aspectos das culturas que eles visitam mas eles são frequentemente vistos como estranhos e suas existências exige que eles mantenham costumes que um povo sedentário não possui.</P>
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Então é razoável perguntar se as Companhias Errantes não se tornaram, a certo tempo, os entretenedores da Terra-média. Quandos os Eldar eram a civilização dominante e as cidades do norte da Terra-média falavam Sindarin as Companhias Errantes poderiam ter provido uma maneira fácil de espalhar novas canções e histórias pelas regiões. os menestréis Élfico não precisavam estudar os grandes segredos de mineração de Aulë ou aprender os mistérios dos oceanos de Ulmo e Osse para que pudessem compor e executar sas canções mágicas.</P>
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Visões de grande guerreiros, belas damas, árvores encantadas e outros contos Élficos podem ter dançado ante os olhos de multidões através da Terra-média. Homens podem ter achado tal entretenimento estranho e diferente ou talvez mesmo assustador, mas tem-se a impressão que os povos Edainicos de Eriador dividiam com os Elfos algo parecido com a amizade que ps Edain de Beleriand haviam conhecido. Se os Elfos não saíam de seus caminhos para entreter os Homens, eles podem, em todo caso, ter permitido aos Homens visitar suas comunidade e compartilhar de sua mágica.</P>
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Tal ligação entre Elfos e Homens podem ter se tornado mais fortes quando os Numenorianos começaram a se ficar em Eriador. Os Numenorianos Fiéis migraram para o norte da Terra-média quando os Homens do Rei tornavam sua antiga terra natal mais e mais inamistosa. Ao tempo em que Elendil chegou em Lindon Eriador deveria possuir um grande população de Dunedain ou Homens de sangue misturado. A amizade entre os Eldar e os Dunedain deve ter sustentado e promovido a interação entre as duas raças.</P>
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Então talvez os Elfos visitaram a corte de Elendil em Annuminas, e Elfos entreteram os Dunedain de Tharbad, Fornost Erain, Osgiliath e Pelargir. Pode ser que o estabelecimento dos reinos de Arnor e Gondor tenha iniciado um breve período de quase igualdade entre Elfos e Homens em termos de trocas culturais. Como os Eldar de Tol Eressea sentiam prazer em visitar Numenor, pode ser que os Eldar de Lindon também visitassem Arnor e Gondor, trazendo presentes e compartilhando lembranças e antigas experiências.</P>
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De fato, todas as boas coisas eventualmente chegam a um fim, e a amizade entre Eldar e Edain esvaneceu, na Terra-média. Gil-galad e Elendil foram lançados em uma grande guerra com Sauron e muitos Elfos morreram nos campos de batalha. No pós-batalha a Terra-média teve uma trégua, mas a civilização Élfica estava diminuída. Cirdan e Elrond mantiveram suas antigas amizades com os Dunedain, mas a Terceira Era marcou o declínio da cultura Eldarin na Terra-média.</P>
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As Companhias Errantes devem eventualmente ter tornado-se poucas. As cidades Dunadan definharam e sumiram. Os Homens passaram a temer e a não confiar nos Elfos, os Elfos tornaram-se cautelosos com os Homens, e o tempo continou adiante na inevitável alienação das duas raças. Os Elfos que passavam acima e abaixo no Anduin cantando canções sobte os Ents e as Entesposas provavelmente acabaram-se com o surgimento de Dol Guldur. Thranduil liderou seu povo para o norte e perderam contato com os Elfos de Lothlorien. Os amigáveis Homens dos Vales do Anduin foram gradualmente desalojados pelos Orientais trazidos por Sauron.</P>
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Em Gondor sul pode ter permanecido uma amizade estreita com os Elfos de Edhellond, mas aquela cidade foi eventualmente abandonada por seu povo antes do último Rei de Gondor desaparecer. Nos dias dos Regentes os Homens que visitavam os Elfos eram poucos. Se os Elfos da Floresta passassem por Gondor em seus caminhos para o Mar eles não seriam molestados, mas também não seriam convidados a ficar. A história de Mithrellas, criada de Nimrodel, e seu marido Dunadan termina cheia de tristezas, pois ela o deixa durante a noite.</P>
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A certo tempo aconteceu dos Dunedain relembrarem as canções Élfica e as executarem. Mas os Dunedain diminuiram e definharam, tornaram-se mais preocupados em sobreviver em um mundo hostil e lentamente esqueceram seus antigos contos. E quando os Dunedain de Arnor passaram para o ermo os Homens e Elfos que ficaram para lembravam pouco, se lembravam algo, da grande civilização Élfica. As Companhias Errantes ficaram para si mesmas.</P>
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Os Hobbits do Condado tornaram-se tão conservadores que eles não iam além mesmo das fronteiras de suas próprias terras. Então é improvável que algum deles tenha viajado através do Condado cantando canções cou contando histórias. Estas tradições foram reduzidas a um costume local. Todos contavanm as histórias e cantavam as cancões, e ninguém ganhava reconhecimento especial por algum talento ou dom particular. As famílias e comunidades entretinham a si mesmos. As estalagens algumas vezes contavam com viajantes ocasionais [em sua maioria Anões] que podiam compartilhar novas canções e histórias, ou contos há muito esquecidos, e por um processo lento o amálgama de culturas e experiências diferentes continuou. </P>
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De uma certa maneira o processo de desenvolver grandes tradições de contar histórias e criar canções deve ter começado novamente. Privados da influência dos Elfos os Homens continuavam precisando trocar notícias e relembrar grandes feitos de seus heróis. Mas embora eles pudessem ter alcançado grande beleza com seus próprios meios, eles careciam da mágica que deve ter aprimorado a arte dos mestréis Élficos. os feitos dos Homens sobreviveram aos feitos dos Elfos, mas as canções dos Homens seriam não mais do que uma recordação do encantamento que a Terra-média uma vez possuiu. </P>
 

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