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A Língua Portuguesa é minha e eu reclamo o quanto quiser!

Zirak-tarâg

Moleculista
Às vezes não é fácil amar a última flor do lácio. Quais as frustrações de vocês com a gramática/ortografia normativa?

Uma coisa que me dá vontade de arrancar os cabelos é colocação pronominal.
Em caso de locução verbal com elemento atrativo de próclise e verbo principal no infinitivo, pode-se escrever "não lhe devo considerar" ou "não devo considerar-lhe", mas, se o verbo principal estiver no particípio, deve-se escrever "não lhe havia considerado". Se não houver elemento atrativo, entretanto, pode-se escrever "devo-lhe considerar" ou "devo considerar-lhe", mas não "devo lhe considerar" (Resumido daqui).
Oxi, o pronome é meu e eu coloco onde quiser! :raiva:
 
Última edição:
Gerúndio, oi? :think: Acho que a seu resumo ficou com alguma coisa solta ali porque não fez sentido.


Acho que isso é bem menos complicado do que ainda fazem parecer algumas gramáticas. Se você pegar a do Cunha e Cintra, por exemplo, salvo engano (se a memória não me falha), vai ver que construções como "não posso lhe dar" (isto é, sem hífen nem de próclise nem de ênclise) já aparecem abonadas como a tendência mais forte na escrita hoje. E, na moral, você deve é se orientar muito mais pelos grandes escritores do que por gramáticos, nessas questões. Lembre-se que é sempre melhor errar com Camões do que acertar com o Bechara (ou Pasquale ou whatever). Siga lá os exemplos de Eça, Camilo e Machado, entre os antigos, de Graciliano, Sabino e Érico Veríssimo, entre os recentes; até de um Saramago, de um Mussa e (vá lá) um Olavo, entre os contemporâneos. Tudo gente que escreve ou escrevia muito bem.


A preocupação excessiva com as ditas "regrinha" só faz mesmo sentido se você estiver prestando vestibular ou concurso público. De resto, o escritor se pauta por outros valores, como clareza, elegância, ritmo etc. e a colocação pronominal lhe permite uma grande variedade de opções e resultados. :)
 
Tem uma coisa em nossa língua que me irrita: quando se escreve assim "... mas, como estivesse com frio, foi se agasalhar", sabem? Nunca entendi essa conjugação no subjuntivo toda vez que o verbo acompanha o "como", quando não há realmente nenhuma dúvida ou incerteza no contexto. Não é uma "possibilidade": o narrador está AFIRMANDO que o personagem estava, sim, com frio. Então por que ele não diz "como estava com frio..."?
 
Última edição:
Porque às vezes os tempos verbais não servem só para designar aquilo que lhes foi "estabelecido" como função e acabam sendo usados também para outras coisas, como se extrapolassem seus limites e saíssem de sua casinha. Exemplo clássico é o mais-que-perfeito servindo como substituto de outros dois tempos verbais:
c) Pode aparecer em substituição ao futuro do pretérito, sobretudo em linguagem literária:

“Um pouco mais de sol – e fora (=teria sido) brasa” (Mario de Sá-Carneiro)

d) Também em linguagem literária, pode ocorrer em substituição ao pretérito imperfeito do subjuntivo:

Sê propícia para mim, socorre
Quem te adora, se adorar pudera (=pudesse)!
(Alphonsus de Guimaraens)

Se você aprende e internaliza que o mais-que-perfeito é só um passado do passado, que só se usa para dizer sobre algo ocorrido mais para trás do que o tempo passado, essas construções nunca farão sentido pra você.

Sem falar nisto:

e) O emprego do pretérito mais-que-perfeito também ocorre em frases exclamativas:

Quisera eu ter a vida que tens!
Tomara que chova no verão!

Fonte dos exemplo: InfoEscola rs



Claro: um filólogo poderia te dar uma explicação histórica complexa pra dizer como os tempos verbais do latim acabaram gerando essas "aberrações" aí etc. mas seria algo mais por curiosidade mesmo, coisa que eu não te posso dar. Para fins práticos, basta saber que servem para isso, aquilo e aqueloutro. :P
 
Gerúndio, oi? :think:
É particípio, troquei as bolas. :oops:

Claro: um filólogo poderia te dar uma explicação histórica complexa pra dizer como os tempos verbais do latim acabaram gerando essas "aberrações" aí etc. mas seria algo mais por curiosidade mesmo, coisa que eu não te posso dar. Para fins práticos, basta saber que servem para isso, aquilo e aqueloutro. :P
E haja aberrações! Em espanhol, por exemplo, o mais-que-perfeito (pluscuamperfecto) é sempre composto (había cantado), enquanto a forma com final -ara é usada como forma alternativa do subjuntivo (cantase = cantara).
 
Descontado o fato do tópico ter sido aberto por um novato, normalmente seria uma heresia gigantesca, um tópico dessa temática não ter nenhuma exaltação inicial aos nossos ilustres grammar nazis do nosso idioma.

Oi @Tek
Oi @Olórin of Lórien

Agora sim, feito a reparação, sigam com o tópico.. :obiggraz:
 
Oxi, o pronome é meu e eu coloco onde quiser! :raiva:
Mas o pronome não é seu :panela:

Falando sério agora, as regrinhas de topografia pronominal são chatinhas mesmo. Eu não me lembro bem delas pq manjava muito de gramática no período perivestibular, na era passada, mas tem coisa que simplesmente soa mal. Eu gosto de um canal do YouTube em que o cara fala "já inscreva-se no canal" e me doem os ouvidos toda vez! Ênclise não é uma forma chique de falar/escrever. Se usar errado, vai soar mal pra crl.

Descontado o fato do tópico ter sido aberto por um novato, normalmente seria uma heresia gigantesca, um tópico dessa temática não ter nenhuma exaltação inicial aos nossos ilustres grammar nazis do nosso idioma.

Oi @Tek
Oi @Olórin of Lórien

Agora sim, feito a reparação, sigam com o tópico.. :obiggraz:
Hahaha nem precisou chamar 3 vezes olhando no espelho.

--

O que eu não gosto na LP é a evolução. Você aprende as regrinhas de acentuação tudo e aí eles mudam! Aí se você erra, entrega sua idade. Mas tá, evolução é algo natural, mas agora estão forçando a existência de um pronome neutro. Eu leio "todes" e já penso bem se vale a pena continuar...
 
Ótimo lugar pra tirar minhas dúvidas ou fazer minhas reclamações. Uma regra básica que sempre esqueço são dos porquês, que eu sempre consulto na Internet.

No resto dos meus textos, eu só dou mais uma relida pra saber se está coeso. Praticamente uma gramática freestyle. :p
Acho que os grammar nazis vão passar mal comigo.
 
É chatinho mesmo... Torço para que, tão logo o Chat GPT entre para a ABL em um futuro não tão distante, eles padronizem logo um pq universal.

O segredo é você ler uma explicação bem embasada sobre o assunto - nada de decorebas! - e, em seguida, se exercitar escrevendo algumas dezenas de frase com cada um dos porquês.
 
Tinham que abolir era esse Novo Acordo Ortográfico que descaracterizou as múltiplas identidades da Lusofonia, tendo a proeza, de desagradar, tanto grego (portugueses), quanto troianos (brasileiros).
 
Tinham que abolir era esse Novo Acordo Ortográfico que descaracterizou as múltiplas identidades da Lusofonia, tendo a proeza, de desagradar, tanto grego (portugueses), quanto troianos (brasileiros).

Sem falar do uso de acentos agudos e circunflexo que é bem diferente entre brasileiros e portugueses e não seria fácil chegar a um consenso. Na prática, querer buscar um acordo para um "português padrão" acho uma missão bem espinhosa.
 
Estava tudo muito bom antes desse acordo. Poderiam apenas ter tomado algumas decisões pra simplificar o uso dos hifens mas, ao contrário, estragaram até isso e criaram aberrações como maria vai com as outras ser considerado um substantivo :rofl:
 
Nós temos a maior população lusófona e por lógica somos nós que deveríamos mandar na bagaça das regras. (Pronto desabafei!)

Já não basta eles dublarem nossas novelas. Bando de preguiçosos :lol:
 

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