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Agora, eu queria saber: alguém por aqui adere à lenda do Morgoth coitadinho? E por quê?
A frase nazista é a mesma mentalidade dos revolucionários imbecis de esquerda.
Era justamente o que eu ia comentar sobre o post do Foxwufl. A analogia Pai/Filhos ajuda a entender a relação Eru/Valar, mas nem de perto é suficiente.A comparação Pai e Filho não tem cabimento. Ninguém nasceu do nada e com poderes ilimitados. São entidades com diferentes grau de hierarquia.
Galera,
Este post é para discutir uma tendência preocupante que eu vejo em quem lê 'O Silmarillion' com um olhar excessivamente moderno. E eu queria saber a opinião de vocês. Estou me referindo à tendência de ver Morgoth como coitadinho.
Segundo essa interpretação, o lado violento da personalidade do Vala só teria aparecido porque ele teve sua "criatividade podada" por Ilúvatar. Só a partir de então ele teria passado para táticas mais agressivas, até virar o vilão feladaputa que a gente conhece.
Ora, essa visão sempre me pareceu uma bobagem monumental. O que aparece logo no Ainulindalë é Morgoth tentando trocar a harmonia da Música pela que ele próprio estava criando e forçar os outros Ainur a aderirem "no grito". É o clássico pecado do egoísmo e da autosuficiência.
Agora, eu queria saber: alguém por aqui adere à lenda do Morgoth coitadinho? E por quê?
Abraços,
Mas as vezes verificando o que aconteceu com o Senhor do Escuro, acho que teve um fim triste e humilhante e que quando verifico e analiso me da uma vontade de chorar pelo mesmo.
Mas o que quero dizer é que ele a meu ver foi mal interpretado e que infelizmente Melkor acabou tendo atitudes que não deveriam existir.
É exatamente dessa forma que penso. Melkor não tinha porque se rebelar. Ele o fez porque quis.Mas isso não quer dizer que Melkor foi "projetado para se rebelar", assim como não se pode dizer que Adão e Eva foram "projetados" para a Queda. A qualquer momento ele podia ter se desviado do caminho errado. Não quis. Por um ato de vontade ele resolveu tocar o puteiro - and suffered for it.
Abraços,
Sempre chega nesse ponto. Toda contradição que pode surgir da análise Livre Arbítrio x Onisciência vem de uma hipótese falsa: saber = Saber. O erro de muitos filósofos ao longo dos tempos é tentar embutir em Deus conceitos humanos. Há uma diferença gritante entre o que nós humanos entendemos por saber e o que é (seria) o Saber de Deus.A gente está entrando num terreno perigoso aqui, que é a distinção entre o livre-arbítrio e a onisciência de Deus sobre esse livre-arbítrio. Gerações de filósofos não conseguiram sair desse atoleiro, portanto não vamos ser nós manés da Valinor a resolvê-lo, hehehe...
Excelente ponto. Ele não foi projetado para isso, de maneira nenhuma, mas tinha esse potencial e ele, Melkor, escolheu esse caminho. Eru desde o início Sabia que o Melkor faria essas escolhas, mas foram escolhas legitimamente feitas pelo Melkor e de maneira nenhuma programadas por Ilúvatar.Mas, particularmente, eu acho que a visão de Melkor como um mero instrumento de Eru exige uma distinção mais sutil. Ele vira um instrumento de Ilúvatar porque simplesmente a mente e a vontade de Ilúvatar abarcam toda a história do Universo, e portanto, por definição, não podem ser subvertidas. He's running the show. Então, NO FIM DAS CONTAS, tudo redundará para seus desígnios.
Mas isso não quer dizer que Melkor foi "projetado para se rebelar", assim como não se pode dizer que Adão e Eva foram "projetados" para a Queda. A qualquer momento ele podia ter se desviado do caminho errado. Não quis. Por um ato de vontade ele resolveu tocar o puteiro - and suffered for it.
A frase nazista é a mesma mentalidade dos revolucionários imbecis de esquerda.
Se existe alguma coisa que o século 20 precisa ter aprendido, é que nenhuma revolução vale uma vida humana.
Se a gente não aprendeu isso, não aprendeu nada.
Abraços,
Se Hitler tivesse vencido, isso não o faria menos assassino. Os revolucionários comunistas venceram, mas mesmo assim foram julgados pela história. É perigosíssimo tomar esse tipo de atitude blasé em relação a coisas muito, muito sérias. É exatamente esse tipo de relativismo o principal instrumento pra justificar atrocidades.