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A Guerra do Anel & Suas Datas - 7º Parte: Final

A Guerra do Anel & Suas Datas - 7º Parte: Final

Introdução:

Com o perdão do atraso, chegamos na última parte desta extraordinária Guerra do Anel. Os acontecimentos aqui relatados se basearam no livro “O Retorno do Rei”, cujo escritor J.R.R. Tolkien criou. Nesta 7º Parte iremos narrar os eventos ocorridos do dia 14 ao dia 25 de Março de 3019, que na nossa imaginação distante ocorre pela Terra-média.

É chegada a hora em que Gandalf precisa cumprir sua missão que lhe foi destinada, reascendendo a chama nos corações dos homens de Gondor para enfrentarem a maior tropa que Sauron pôde construir e re-agrupar na Batalha dos Campos do Pelennor.

O pequeno hobbit Frodo também está neste jogo: ele precisa atravessar o Planalto de Gorgoroth para chegar enfim à Montanha da Perdição, o Orodruin, e por um fim na história do Anel. Ou os povos livres se unem para livrarem-se de uma vez por todas do maligno Sauron ou este irá dominar todos os reinos da Terra-média pela sua ganância e quem sabe ocasionando o fim das coisas.

Vamos então mergulhar neste emocionante episódio final e vermos como as coisas aconteceram? Sim?! Então um ótima leitura!

Parte VII – Do Cerco de Gondor à Queda de Sauron – Final

O Cerco de Gondor:

Pippin é acordado logo na segunda hora do dia, ele recebe apenas um pequeno desjejum pois a comida está sendo racionada, deve agora se apressar pois o regente Denethor está convocando-o.

O regente lhe ordena que fique como escudeiro de sua câmara, e pergunta se Pippin sabe catar. Ele lhe responde que sim, mas apenas canções que não contem nada mais terrível do que a chuva.

Embora Denethor não saísse há muitos anos de seu palácio, ele está ciente de muitas coisas que acontecem pelo mundo como a posição das tropas de Éomer e outras coisas sobre os rohirrim, isso intriga Pippin, mesmo assim ele não tem muito tempo para pensar e se dirige para o arsenal, aonde veste sua armadura.

Pippin fica a serviço do regente o dia todo, até que pode sair e se encontra com Beregond, após um incidente na Rua Silenciosa, ele nem consegue se imaginar de novo como nos velhos tempos, quando ainda não tinha muito com o que se preocupar, atualmente os dias são escuros funestos.

O hobbit não tem tempo para conversar ou pensar muito pois os Nazgûl chegam aterrorizando os corações de todos com seus gritos malignos. Os seres do mal atacam um ponto em especial, e não demora muito para que notem que é Faramir que está sendo atacado. A salvação é Gandalf, que corre ajudar o Capitão, espantando os espectros com raios de luz branca saídos de seu cajado.

Com tudo acabado, Faramir, Gandalf e Pippin se dirigem para o Salão do Regente, onde o capitão conta suas aventuras com Frodo e é brutalmente repreendido pelo pai, o Regente sabe dO Anel, ele tem a opinião de que o Um deve ser escondido, não destruído.

Após muita discussão, todos se retiram da sala do regente e a única coisa que fica decidido é a ida de Faramir à Osgiliath logo no dia seguinte. Além disso, todos estão temerosos por Frodo e Sam que seguem um íngreme e horripilante caminho.

Faramir parte para Osgiliath com alguns poucos homens voluntários ou disponíveis; no mesmo dia, um mensageiro chega cavalgando rápido para avisar que um grande exército está vindo de Minas Morgul, este se juntou com os exércitos do Sul e ambos estão sendo comandados pelo Capitão Negro.

O dia que segue também trás notícias ruins: Faramir sofrera uma derrota nas margens do Anduim e agora está reagrupando seus exércitos nos fortes do Passadiço, mesmo assim ele está em uma terrível desvantagem em relação ao inimigo. Gandalf nota que precisam dele e parte imediatamente. Cada vez mais a esperança mingua no coração dos homens.

Um dia se passa, pode-se ver de longe as chamas e ouvir os gritos apavorados dos homens, é Gandalf quem vem com as más notícias, ele guia uma fileira de carroças cheias de homens feridos, é tudo o que sobrou dos escombros do Forte de Passadiço. Faramir ficara na retaguarda para que os homens feridos pudessem chegar em segurança.

A situação está péssima, os exércitos controlados pelo Rei Bruxo estão avançando cada vez mais, o número de cavaleiros Gondorianos é pequeno e os rohirrim ainda não chegaram - nem há esperança de que cheguem tão cedo. Um outro exército saiu pelo Portão Negro e ruma pelo Nordeste.

O tempo passa, cada vez mais e mais homens chegam feridos, aos poucos. Na distância, ao Leste, fogueiras longícuas podem ser vistas, casas e celeiros estão em chamas. Então, de vários pontos, pequenos rios de fogo vêm correndo na escuridão - é o inimigo, carregando tochas, que conseguiu transpor a barreira. Passa-se um tempo até que um pequeno grupo bem organizado de homens chega perto da Cidade: é o grupo de Faramir.

De supetão, um grande grupo de soldados negros junto de alguns Nazgûl atacam os homens em retirada, é nesse momento que Denethor libera todos os cavaleiros de seu exército e também é nessa hora que chegam os cavaleiros do cisne de Dol Amroth, encabeçados por seu príncipe, com insígnias azuis.

Do meio da multidão, na batalha, surge um cavaleiro que, levado por Scadufax, afugenta os Nazgûl com sua luz branca. Mais uma vez Gandalf está sendo de grande ajuda. O Regente não permite que seus soldados vão muito longe, apesar de estarem vencendo, e logo ordena a retirada. Um dos últimos que volta à cidade é o Príncipe Imrahil, trazendo em seus braços seu parente, o capitão Faramir.

Denethor fica extremamente sombrio e manda colocarem seu filho num leito preparado especialmente para o capitão. Após passar algum tempo na sala secreta no topo da torre, o regente volta mais cadavérico que seu filho.

Durante toda a noite e o dia, muitos soldados do lado negro trabalham cavando trincheiras fora do alcance das flechas e circundando a cidade. Ninguém pode impedir que façam isso. Depois de prontas as trincheiras, atearam fogo nas mesmas, não se sabe se por arte ou feitiçaria. Além disso, os soldados montam várias catapultas que arremessam projéteis muito acima da muralha indestrutível, muitos destes projéteis explodem em fogo quando caem, como uma arma secreta.

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Rapidamente o perigo de incêndio se torna enorme e muitos têm que se dedicar a controlar as chamas. Após um curto período, novos projéteis são lançados, mas desta vez não explodem, apesar disso também não são menos cruéis - eram as cabeças de todos os que tombaram em batalha contra o inimigo.

As armas do Senhor do mal são mais eficazes do que se imaginava: a fome, o medo e o desespero atacam todos os gondorianos, restam poucos homens com coragem de se erguer e enfrentar os exércitos malignos.

Durante todo esse episódio, Faramir fica em sua cama, num delírio febril, morrendo como diziam muitos, e a seu lado sentava-se seu pai. O regente Denethor sofre de uma culpa insuportável por causa da maneira como tratou seu filho, seu último filho vivo. Se Faramir morrer, a casa dos regentes estará por fim acabada.

Estando o regente fora de si, Gandalf assume a liderança dos exércitos Gondorianos. Durante a noite mais homens e mais armas chegaram para o exército de Sauron até que o ataque foi liberado. A vanguarda atravessa as trincheiras de fogo por íngremes trilhas deixadas para a passagem e avança sem se preocupar com as perdas que ocorrem por já estarem ao alcance das flechas.

Com o primeiro círculo da cidade em chamas, Denethor dispensa Pippin e diz que irá para sua pira junto de seu filho. Seis serviçais levam a cama de Faramir, seguidos pelo regente e pelo hobbit. A pequena comitiva segue pelos túmulos dos reis e regentes até Rath Dínem, a rua silenciosa e entram na casa dos regentes, onde a cama do capitão é colocada no chão.

Denethor ordena que seus homens lhe tragam lenha de queima rápida, para colocar por todo o cômodo depois disso eles devem jogar nela óleo e atirar fogo. O único que se opõe à essa idéia doida é Pippin que sai correndo pelas escadas da cidade procurar Gandalf no meio da batalha. Apenas o mago poderia resolver essa situação.

Desde a meia noite o ataque não cessa, Olifantes estão chegando agora para ajudar os exércitos do mal junto de um enorme aríete, de cerca de trinta metros de comprimento, chamado de Grond em homenagem ao martelo de outrora, toda essa força era para atacar os portões - o único ponto fraco da indestrutível muralha.

Por sobre os montes de mortos, surge um cavaleiro alto, trajado de negro, ele levanta sua espada pálida e todos ficam paralisados por um minuto, naquele instante nenhuma flecha fora atirada. Grond golpeia o portão e ao mesmo tempo o cavaleiro grita. Três vezes grita, três vezes Grond golpeia até que o portão se parte. Para dentro cavalga o senhor dos Nazgûl, pelo arco que nenhum inimigo jamais atravessara e todos fugiram dele.

Todos exceto um: Gandalf, o branco, este ficou ali, imóvel, montado em Scadufax, o único cavalo da Terra Média capaz de suportar o terror do Rei Bruxo. Gandalf ordena que o cavaleiro negro parta, este retira seu capuz e mostra uma coroa que não é sustentada por nenhuma cabeça real e visível, retira sua espada cuja lâmina escorre chamas e desafia o Mago.

Neste exato instante, um galo canta, sem se importar com a guerra ou com os feitiços, ele canta saudando a manhã e é nesse exato instante que trombetas soam, fortes e imponentes, trazendo esperança para o coração dos homens. Rohan chegara.

Na Torre de Cirith Ungol:

Sam corre para a porta da Torre onde estão levando Frodo. Elas se fecham e o hobbit não consegue passa-las; fica desacordado ali, pela batida que dera na porta de bronze por um tempo. Depois acorda e fica furioso, está sentindo frio, mas mesmo assim coloca seu ouvido na porta para tentar escutar algo. Por um instante ouve vozes de orcs gritando, mas elas vão se afastando e virando ruídos.

Sam está triste, pois está sozinho sem seu Mestre, se sentindo impotente. Luta para manter-se em pé e não deixar que o sono tome conta de si. Por ali ele não conseguiria entrar na Torre, assim ele sai caminhando. Sam encontra-se desanimado, resolve voltar pela mesma trilha que o havia levado ali. Vai chegando no Túnel de Laracna, vendo as teias se movendo pelo vento em farrapos; passa pelo lugar onde havia se escondido das tropas orcs e finalmente chega no lugar onde tinha visto Frodo mumificado pelas teias da aranha.

Qual era o papel de Sam neste momento, qual sua importância ou valor para tudo que estava acontecendo: o que poderia ele fazer? Sam não pode abandonar as coisas tão fácil, ele precisa lutar pelo amor que têm por Frodo, seja qual for o obstáculo que há pela frente. Coloca o Anel outra vez, a paisagem muda e sua audição fica aguçada. Ouve ruídos e fica assustado, parecem vir da própria Toca, mas na verdade os barulhos vêm de dentro da Torre, cujos sons antes ele não pudera distinguir muito bem.

Fica parado se concentrando em interpretar os sons, se assusta na possibilidade de estarem torturando Frodo ou esquartejando-o, assim, de súbito, grita “Estou chegando, Sr. Frodo!” e retira o Anel para enxergar o caminho que correrá. Vai trilhando o caminho novamente, e se vê em um novo ângulo. Dali, um pouco antes de descer para chegar à ponte que leva para o Portão, ele pode avistar o Morgai de Mordor e toda a imponência da Torre de Cirith Ungol. O Morgai é uma extensa região funda, parecendo uma enorme cova, que percorre e corta dividindo as montanhas de Ephel Dúath da Planície de Gorgoroth.

Fumaças surgem dos precipícios negros em formatos que vão se entrelaçando. Elevam-se em alguns pontos como dentes caninos prontos para atacar separando-se mais adiante em elevações diferentes de degraus. Sam, que está com o Anel, precisa decidir se realmente cumprirá o que se prometera ou se entrega ao Anel e conquista todo o poder que pode sonhar. Até os corações dos hobbits podem ser fracos, mas quando o amor por alguém capturado está em jogo, a resposta é soberana.

Claro que Sam decide ir atrás de Frodo. Assim saca Ferroada e parte na direção do Portão. Quando está passando por ele, sente um choque como se um obstáculo invisível o fizesse parar. Consegue observar Duas Sentinelas, um de cada lado mais a sua frente, possuem 3 cabeças que parecem vigiar todos os lados. Sam, guiado por seu pensamento maior, caminha novamente, mas sofre um solavanco como se fosse cair. O hobbit instantaneamente saca do bolso a Luz de Galadriel.

A Estrela brilha no corredor do Portão e as sombras dali somem, as Sentinelas continuam ali imóveis, como esculpidas na pedra. Assim que avança ouve um som de badalação de sinos, se assusta e começa a gritar preparado contra qualquer inimigo que pudesse aparecer: “Digam ao Capitão Shagrat que o grande Guerreiro Élfico está aqui, e veio com sua espada élfica!” Sem esperar por qualquer resposta ele vai seguindo. Encontra corpos de orcs jogados pelo caminho; a cada passo o brilho de Ferroada vai ficando cada vez mais azul.

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Encontra, metros à sua frente, uma porta que emana uma luz vermelha com um orc à sua soleira. O bicho está morto, e Sam pula por cima dele. Um enorme e longo corredor se estende, mostrando a técnica dos gondorianos de milênios anteriores, que agora traz a escuridão formada pelos servos de Sauron. Tochas acesas, prendidas à parede, fluem chamas trêmulas. Várias portas pesadas estão entreabertas na distância do corredor e Sam fica com medo que algum Orc surja por elas.

Fazer o quê se não atravessar o corredor? Samwise prossegue na sua incerteza, seu coração bate acelerado, a marcha vai ficando mais difícil. As tochas fazem a umidade da parede parecer sangue escorrendo. Finalmente Sam chega sem problemas no final do corredor, alcançando uma nova porta que leva para o alto numa escadaria tortuosa. Agora é só seguir. No entanto, de uma respiração ofegante e de passos acelerados e barulhentos, um Orc aparece e fica cara-a-cara com o Mestre Samwise!

A cena parece eterna: um olha para o rosto do outro; saber quem está mais assustado ou surpreso não é possível dizer. Para a tremenda felicidade do hobbit, o Orc vira-se e volta pela escadaria. “Sim, o Guerreiro Élfico está à solta! Estou chegando”, dizendo isto Sam fica inchado de orgulho, afinal, nunca se vira uma cena onde um Orc fugisse de um pequeno do Condado! Certamente o povo Sob e Sobre a Colina e à norte e sul e a leste e oeste dariam boas risadas deste acontecimento, no dia 14 de Março de 3019!

Exceto pelo rato apavorado e Gorbag e Shagrat, não restavam seres vivos por ali. Pensando sobre isso, Sam lembra-se de Frodo, o seu objetivo. Ele têm que estar vivo! Sobe por mais de duzentos degraus, encontrando-se vez ou outra com alguma tocha acessa e muita sujeira. Enfim a escadaria termina. Sam está agora no terceiro e mais alto patamar da Torre. Espia e consegue ver ao leste a planície escura de Mordor com o ponto incandescente de fogo pintando à distância.

Enquanto isso, na sala à sua frente, uma conversa está acontecendo entre o Capitão Shagrat e o pequeno Snaga. O linguajar do grande Orc era seguido de séries de palavrões e pragas. Ainda que machucado, o Orc tenta mandar em Snaga e obriga-o ir em busca do inimigo, que já deve estar na escada, segundo eles pensam. O elemento que eles estão esperando é Sam, pois haviam ouvido os sinos avisarem da presença de um inimigo. Mas mesmo trabalhando para o mesmo Chefe, os dois Orcs não conseguem se entender. Snaga sai da sala correndo desesperado.

Segundos antes o hobbit Sam consegue escapar de ser visto e esconde-se numa porta grande. Shagrat passa monstruosamente por Sam com um dos braços sangrando. Snaga mergulhou na escada e não foi mais visto. Shagrat vai até o parapeito da Torre ver se consegue avistar o Orc correndo lá embaixo, numa oportunidade de dizer “corra, seu medroso!”. Sam está imóvel observando. Dos inúmeros corpos caídos, Gorbag, muito ferido, vai se arrastando com uma lança em sua mão na direção do Orc.

Gorbag tenta dar seu golpe, mas Shagrat consegue virar-se antes disso e parte para o ataque. Uma típica cena de Orc: Shagrat pisoteia o inimigo e fica ferindo-o com facadas. “Que coisa horrível” deve estar pensando Samwise. Satisfeito, o Orc Capitão fica ereto sobre o corpo de Gorbag. Sam agora não pode mais ficar parado esperando que o Orc lhe descubra: parte para o ataque. Samwise parece querer colocar mais um inimigo na sua lista de “ataques surpresas”. Mas desta vez o inimigo consegue escapar, dando um salto para o lado e partindo em disparada como uma flecha pelas escadarias da Torre.

A luz azul da espada havia cegado o Orc grandão. Sam cambaleou, pois sua força foi jogada aos ares. De qualquer forma, o momento agora diz que ele se recupere e parta pelos salões, sejam quantos forem, em busca de Frodo Bolseiro. Atravessa o salão onde antes estavam Snaga e Shagrat e encontra uma nova escadaria. É curta. Corre por um breve corredor com uma janela ao seu final e ali perto duas portas surgem, uma em sua direita e outra à esquerda. Estão fechadas e dali nenhum ruído é ouvido, nada.

Samwise fica decepcionado por ter subido tantos degraus, ter percorrido tantos perigos, para que encontrasse um beco sem saída. Será que alguma passagem havia ficado para trás? Não. Sam têm a resposta: Snaga retorna resmungando com uma escada. Firma-a bem contra um alçapão perto do teto, num corredor anterior. Sam fica olhando cada movimento. E é com um “deite-se aí e fique quieto!” que ele percebe que finalmente encontra o lugar onde Frodo está.

Sam não perde tempo, é a hora decisiva! Sobe a escada e corre ao encontro de Snaga, que está prestes a chicotear Frodo. Com a Ferroada, ele decepa a mão do Orc que grita de dor e fúria. É a vez de Snaga atacar. Com a cabeça baixa e sangue jorrando de sua mão, o ser corre como um touro. Sam não faz esforço para se defender, pois logo o Orc tropeça num corpo e cai do alçapão, despencando pela escada. Tolo.

Mestre Samwise não quer saber se o maldito Orc morreu ou não e assim corre para a figura encolhida no chão. Frodo está nu, os Orcs o despiram da cabeça aos pés. Uma marca de chicote desenha a testa de Frodo. Todos aqueles acontecimentos da captura de Frodo ao encontro deles não durou menos que um dia, apesar disso, pareciam semanas.

Frodo acorda do que parece um pesadelo interminável. Ele está sem nada, sem roupa, sem o seu colete, e sem o seu Anel. Ele diz para Sam que a demanda falhou, em breve Sauron teria o seu Um em poder e dominaria tudo. Sam, por sua vez, rebate: não, ele têm o Anel. Mestre Samwise foi esperto o bastante para que o fracasso não ocorresse. Frodo chama seu amigo de prodígio, e invoca o fardo para si imediatamente. O tom de voz e a expressão do Bolseiro assustam Sam, mesmo assim ele entrega.

Sam agora precisa ir em busca de roupas ao estilo de Mordor para ele e ao pelado Frodo. Pede que ele espere por um tempo até quando ele voltar chamando Elbereth, como uma senha para o Portador descer. Assim é feito, após muito procurar, Sam retorna com alguns capacetes de diferentes tamanhos e algumas mantas pretas. Ele ainda brinca que Frodo está um perfeito orczinho. Assim saem do salão e vão para outro salão e depois disso por além das escadarias. Pelas janelas ao longo do caminho, a luz do vulcão de Mordor vai brilhando vagamente, e apesar dos orcs estarem mortos na Torre, terror e maldade ainda dominam-na.

Chegam no pátio externo, que fica alguns metros do Portão de entrada. Frodo sente-se mal e quase desmaia, mas Sam diz para agüentar firme, pois um feitiço ronda esta passagem. Saca de volta a luz dos elfos e um clarão branco rompe pelas paredes e além das paredes. O caminho está livre. Correm assustadoramente rápidos, e assim que vão cruzando o percurso muitas pedras vão caindo, como se tivessem sido afetadas pela luminosidade que há eras não surgia ali.

Mas nem todas as coisas conseguem ser feitas sob o teto do inimigo sem que algo de errado aconteça: um Nazgûl vigilante acima das montanhas percebe a situação e solta um grito extremamente mortal e voa na sua agilidade na direção dos pequenos. O que acontecerá com Samwise e Frodo?

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A Cavalgada dos Rohirrim:

Merry está escondido, cavalgando com Dernhelm, junto do exército de Rohan. Ele se pergunta se realmente deveria ter ido, o perigo é iminente e agora o pequeno hobbit começa a sentir um pouco de medo. Alguns batedores que haviam sido enviados na frente do exército voltam falando que a estrada foi tomada por inimigos, orcs perambulam livremente menos de três léguas a frente.

Um grupo de homens selvagens, remanescentes de um tempo mais antigo, põe suas forças a serviço do rei, temendo a volta dos dias negros, eles usam flecham envenenadas e são imbatíveis na floresta. Merry sai de seu esconderijo para ver a conversa do rei com o líder dos homens da floresta, que aos olhos do hobbit parece um homem-púkel.

Os novos aliados afirmam que o exército da sombra é muito maior do que os exércitos de Rohan, isso assusta a todos, por sorte, Ghân-buri-Ghân, o líder dos homens selvagens, irá conduzir os rohirrim por uma estrada esquecida que deixará para trás o exército de orcs para, por fim, sair novamente na estrada. A trilha que os levará para frente e para longe do exército inimigo é larga para quatro cavalos, por isso pode ser percorrida com certa facilidade.

Merry corre para se preparar para a convocação das tropas, ele perde o medo e resolve seguir para a batalha, a fim de reencontrar seu amigo Pippin. A passagem dos cavaleiros pela trilha ocorreu sem problemas e logo os rohirrim já haviam se separado de Ghân-buri-Ghân e seguido seu própio caminho.

A marcha dos cavaleiros continua, Dernhelm agora anda pela sombra, provavelmente para esconder Merry, como pensa o própio hobbit. Um mensageiro chega e diz que a mudança dos ventos trás um cheiro de mar, isso é uma esperança que surge nos corações dos homens.

Chegam então às ruínas da Rammas, onde alguns poucos orcs são vencidos com facilidade e prosseguiram até chegarem mais próximos da Cidade. Havia chamas por todos os lados, Minas Tirith correm sério perigo, um estrondo e um clarão acordaram todos os Rohirrim, que permaneciam chocados vendo a agonia de Minas Tirith, o rei Théoden então soa sua corneta e é imitado por todos os seus soldados: o som das cornetas de Rohan ecoa por todo o lugar.

O exército dos cavaleiros ataca, pisoteando seus inimigos com os cascos da Ira, pondo medo e confusão nos coração malignos dali. Então, todos os homens começam a cantar enquanto matam, cantam durante a guerra e o som belo e terrível de sua música chega até a Cidade.

A pira de Denethor:

Dia 15 de março, a batalha dos campos de Pellenor continua, Pippin procura por Gandalf para avisá-lo das pretensões de Denethor. Mesmo receoso Gandalf opta por ajudar Faramir. Enquanto isso na cidadela Beregond tenta impedir que o Regente faça alguma loucura, mas não tem sucesso, pois Denethor consegue derrubá-lo. Nesse momento Gandalf aparece e força passagem para dentro da Casa dos Mortos, onde encontra Faramir ainda vivo, sobre um feixe de lenhas molhadas com óleo.

Ao ver Faramir, Gandalf, o retira do local e sai com ele em direção à porta. Depois de um pequeno diálogo com o Mago, Denethor revela o Palantír, razão para sua loucura. Pouco depois Denethor joga o Palantír e avança contra Gandalf, mas Beregond o intercepta. Gandalf, Beregond e Pippin então saem da Casa dos Mortos, enquanto Denethor quebra o cajado da regência e com o Palantír nas mãos se suicida, desvanecendo em chamas.

Eles vão então em direção as Casas de Cura deixar Faramir, nesse meio tempo, Gandalf consegue ver a cena da morte de Théoden e eles escutam o grito final do líder dos Nazgûl, que fora atacado pela corajosa Éowyn. Gandalf então ordena que Beregond vá deixar Faramir nas Casas de Cura, pois ele e Pippin devem descer até a cidade baixa.

Às margens do Morgai:

Sam e Frodo haviam cruzado a ponte da Torre de Cirith Ungol e agora fogem de um Nazgûl. Em pouco mais de cinqüenta passos atravessam o caminho necessário para chegar na estrada de pedras e entre pedras. Do Espectro eles fogem. Restam agora ter as forças físicas e psicológicas o suficientes para percorrerem o extenso Planalto de Mordor, escuro, seco e empoeirado.

Não muito distante, atravessando o Morgai, estende-se a ponte de pedra que leva-os na direção leste, para o Orodruin. Chegam lá e iniciam a travessia. Ao final dela começam a escutar a gritaria e o barulho dos pisares de ferro dos Orcs: pronto, mais um problema. Passarão eles se escondendo de tempo em tempo de Orcs, Nazgûl e toda criatura horrenda que pudesse passar por ali? Parece que essa é a única saída ao invés de enfrentá-los, um por um, de cara. Pulam da ponte para o Morgai em desespero total, uma altitude de quase 4 metros, caindo em meio de espinhos.

Machucados, seguem pela depressão do Morgai ao norte, encontrando um leito de rio seco e alguns espinheiros pelo caminho. Milhas e milhas são percorridas, até que conseguem alcançar a elevação ideal para voltarem à Planície. Numa depressão perto, não muito distante, alcançam a reunião de água de uma chuva de tempos atrás. Bebem e enchem suas vasilhas deste golpe de sorte. Prosseguem cruzando a rocha fria de Mordor.

Desta vez encontram uma outra depressão onde podem descansar. Cada um reveza o suficiente para o outro dormir. Sobem a elevação de pedras que começa a predominar a região e seguem curso. Estão a 40 milhas da montanha, e dali podem ver a grandiosidade do vulcão; fumaça para todo o lado. Progridem por muitas milhas e param. Uma tropa de Orcs surge por ali, fazendo patrulha pelas terras. Sam e Frodo se escondem num arbusto muito pequeno, seco, e colocam seus escudos em frente às pernas e abaixam as cabeças entre os joelhos.

Não adianta muito, pois o líder da tropa os descobre e chicoteia o chão mandando os “vagabundos” seguirem juntos da tropa: ele confundiu os hobbits pela imagem dos escudos, e agora precisam seguir na direção do Portão da Boca Ferrada, no dia 18 de Março. Levantam-se e mantêm suas cabeças abaixadas, seguindo juntos da tropa como se fossem Orcs! Avançam muitas milhas suando e sofrendo, parando raras vezes. Mas é numa última e exaustiva parada que conseguem, finalmente, encontrar um fosso à 20 metros. Engatinham-se com cuidado e mergulham nele.

Nas Casas de Cura:

Éowyn é levada para as casa de cura, Merry tenta acompanhá-la, mas se perde e não consegue prosseguir. Pippin então o encontra e pede ajuda para o levarem as Casas. Assim, Merry, Éowyn e Faramir são tratados da melhor forma, pois as artes de cura de Gondor ainda são poderosas como nos dias antigos. Mas nem isso é o suficiente. Gandalf, então vai chamar Aragorn.

Éomer chega nas Casas de Cura e Imrahil lhe conta que sua irmã ainda está viva, pouco depois Aragorn chega. Usando a erva Athelas, o futuro rei cura Faramir, Éowyn e Merry, depois ele volta para o acampamento fora da cidade, mas não antes de deixar algumas orientações de cuidado para o diretor das Casas da Cura. Uma batalha havia sido vencida, com várias perdas, mas a guerra ainda não terminou.

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Pela Planície de Gorgoroth:

Frodo e Sam escaparam da tropa de Orcs e agora precisam recuperar a marcha antes feita e voltar para o sudeste, na direção da Montanha. Sam calcula umas cinqüenta milhas e começa a se desanimar. Mergulha em pensamentos refletindo sobre o que teria de ser feito e o que aconteceria depois se essa coisa fosse feita. De fato, começou a pensar como fariam para voltar para suas terras depois que o Anel fosse destruído. Sam não conseguia saber como fariam para voltar, pois Gandalf não lhes contara sobre “a viajem de volta”, e agora o hobbit vê como as coisas deram erradas depois que o mago caiu em Moria.

O pensamento final de Sam conclui que, antes de pensar no que acontecerá depois do que têm de realmente ser feito, é preciso se concentrar no presente, isso é, em ir até as chamas da Montanha e jogar o Anel, para depois pensar nos eventos ulteriores. Se teria ou não uma “viajem de volta”, só o tempo diria. Acreditando nisso, Sam deixa suas tristezas de lado e anima Frodo para que trilhem a estrada para a Montanha da Perdição.

Não há mais Orcs na estrada nem qualquer cavaleiro, a hora de partir é esta. Mestre Samwise pergunta, de maneira incentivadora, se o Portador consegue manter-se acordado o suficiente para percorrer a estrada sob a breve luz que surge do oeste, pelo céu, antes que a escuridão da noite os faça perder as esperanças. Frodo, apesar de abatido, responde que consegue. E assim é feito, percorrem uma longa estrada usada pelo inimigo durante muitas milhas na direção sul.

Samwise tenta manter, angustiadamente, seu amigo Frodo acordado e firme, fazendo perguntas como se ele se lembraria do dia em que eles viram o Olifante em Ithilien, mas Frodo diz que não consegue ter a visão da cena, apenas sabe que aquilo ocorreu e nada mais. É um fardo extremamente pesado para Frodo, e quando Sam se oferece para carrega-lo por um tempo, o Portador replica com olhares selvagens que dizem “não”.

Frodo Bolseiro pede desculpas, o Anel está lhe dominando, mas ainda lhe resta a alma boa de hobbit. Por volta do final do dia 23 eles alcançam a última estrada que leva para a imponente montanha. Livram-se das panelas, das roupas de orcs, dos mantos negros e dos duros capacetes. Não têm mais pedaços de lembas ou qualquer alimento, a não ser os últimos goles de água de seus cantis.

É o percurso final, embora Sam não saiba o que realmente Frodo precisa fazer, ele sabe que precisam chegar lá. O terreno começa a se elevar, pedras queimadas pela lava começam a ficar cada vez mais presentes. O chão está pedregoso e ali em frente, acima, ergue-se a Montanha da Perdição, o Orodruin, o último lugar que qualquer hobbit, anão, elfo ou homem quisesse chegar. Frodo e Sam chegaram, e portanto, antes do último arranque decisivo, param e tentam descansar o mínimo que fosse suficiente.

O Debate dos Comandantes e a Viagem até o Morannon:

A Batalha dos Campos de Pelennor acabou. Agora, Gandalf, Aragorn, Imrahil, Éomer e os filhos de Elrond se reúnem numa tenda para decidir o que fazer. Uma importante batalha havia sido vencida, mas a Guerra contra Sauron ainda não acabou.

O Anel ainda precisava ser destruído. A única coisa que Gondor e os membros da Comitiva que ali estavam podiam fazer, era chamar a atenção de Sauron para atrair o seu exército para fora do caminho dos dois hobbits que agora adentravam na Terra Negra.

Assim, Gandalf propõe que os guerreiros remanescentes da batalha se dirijam ao Portão Negro, para atrair todo o poder de Mordor para lá. Mesmo que isso os conduza á uma morte certa, é a única coisa que ainda podem fazer na esperança de acabar com Sauron. Passaram-se dois dias após o debate, e pela manhã sete mil homens (seis mil à pé e mil à cavalo), acompanhados de Gandalf, Aragorn, Imrahil, Éomer, Elrohir, Elladan, Gimli, Legolas e Pippin, reuniam-se nos campos de Pellenor para partir rumo à Mordor. Merry, devido ao seu estado após a luta contra o Rei dos bruxos, não poderia ir junto.

As trombetas soaram, e as tropas começaram a partir para o Leste. Antes do meio dia chegavam em Osgiliath, e dali percorreram mais cinco milhas, até parar, terminando o primeira dia da possível última viagem. Imrahil chegou a cogitar que atacassem Minas Morgul primeiro, mas não era para essa direção que o Olho de Sauron deveria ser atraído. No segundo dia, avançaram até a Encruzilhada, onde montaram uma forte defesa, para o caso de Mordor enviar alguma força para atacá-los. No dia seguinte, começaram a rumar em direção ao Norte, para onde seus planos apontavam. Cem milhas dali ao Morannon era a distância a ser percorrida. As trombetas anunciam: “O Rei Elessar retornou. Que todos deixem essa terra ou se rendam”, mas nenhuma resposta foi obtida. Dois dias desde a Encruzilhada se passaram, e agora eles encontravam o primeiro desafio do caminho: um poderoso grupo de orcs e orientais, que, na esperança de emboscar os batedores do exército, acabaram sendo pegos de surpresa e derrotados.

Seis dias desde a partida de Gondor, e agora eles divisavam a desolação que cobria as terras diante da Passagem de Cirith Gorgor, juntamente com os Pântanos mortos. E nessa hora, o coração de alguns vacilou, e estes não conseguiam mais avançar. Aragorn sabia que estes não eram de fato homens para a batalha, e os liberou, dando ordens para reconquistarem Cair Andros.

Ao cair da noite do sétimo dia, acamparam pela última vez antes de bater à porta do inimigo, com seis mil homens. Pela manhã do dia seguinte, via-se agora o imenso Portão negro, no meio da fortaleza de Cirith Gorgor. Tudo estava quieto, e o portão estava completamente cerrado. Todos os Nazgûl, menos um, pairavam sobre as Torres dos Dentes, esperando. Então os Capitães partiam agora, e é frente de todos ia Gandalf, seguido por Aragorn, os filhos de Elrond, Éomer, Imrahil, Legolas, Gimli e Pippin. Desfraldaram a bandeira ante ao Morannon, tocando as trombetas e clamando pela aparição de Sauron. Após nenhuma resposta, e quando estavam prestes a voltar, o Portão Negro se abriu, seguido por um coro de tambores e cornetas.

Pela Estrada de Sauron:

Lá estão Frodo Bolseiro e Samwise Gamgi, deitados nas rochas do pé da Montanha, na parte norte um pouco ao oeste. A trilha que segue leva-os às Fendas da Perdição. Frodo está cansado, exausto, sem força alguma para poder-se levantar e seguir; Sam não pode admitir a situação, assim, num ato de bravura ergue Frodo e joga-o em suas costas deixando os braços folgados pelo pescoço. “Não posso carregar a coisa em seu lugar, mas posso carregá-lo junto com ela”.

Frodo pegou carona nas costas de seu amigo que subiu num impulso extraordinário. De repente Sam pára e deita o Portador entre as pedras com cuidado. Ele precisa aliviar a dor nas costas, e assim anda um pouco pelo caminho inclinado. Consegue avistar, ao outro lado, entre um pedaço de rocha, uma trilha de degraus que circunda a Montanha de norte a sul até que chega na parte leste ziguezagueando como uma cobra: é a Estrada de Sauron, que liga Barad-dûr às Câmaras de Fogo.

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A estrada era freqüentemente cuidada pelos Orcs de Sauron, mas agora a cinza da Montanha espalha-se no caminho em meio de cascalhos, formando a nova estrada. Sam não sabe como chegar, não fosse pela rocha no caminho, mas de súbito, impulsionados por uma urgência, resolvem partir, ele e Frodo, mais para cima para tentar chegar a Estrada.

Alcançam a trilha e começam a seguir por ela. O dia 24 vai chegando ao fim, e neste momento os exércitos vão se encurralando no Udûn. Sam está carregando Frodo novamente em suas costas; um vulto passa pelo canto de seus olhos, e antes que Samwise pudesse virar para fazer algo, o vulto passa por eles e os derruba. O vulto é a criatura Gollum! Sam cai distante de Frodo e ao levantar-se vê a briga entre os dois.

Sam fica parado, sem saber como agir, e lá está Sméagol “esfomeado” por pegar o Anel. Frodo está por baixo, enquanto que Gollum fica arrancando aos pedaços a roupa do Portador. A criatura recua e agacha-se como se fosse atacar de um salto. Neste momento Sam pede para que Frodo corra para as Câmaras, e que agora ele irá tratar de Gollum. Frodo segue para cumprir sua missão.

Gollum se joga no chão, choramingando no meio do pó. Implorava para que Sam não lhe ferisse com aço mal e cruel e Sam via aquilo com desprezo. Não seria justo ataca-lo, o hobbit não poderia fazer aquilo, um ser indefeso. Novamente o bom coração de hobbit como o de Sam fez com que deixasse Gollum partir. Mestre Samwise só fez sinal de que iria chutar Sméagol, e no mesmo momento este sai correndo morro abaixo.

Sam não quer saber o que acontecerá com Gollum e volta-se para Frodo, cruzando a trilha até as Sammath Naur, as Câmaras de Fogo. Entretanto não deu tempo de ver que Sméagol havia parado de descer a Montanha e que recomeçara a escalada para lhe atormentar. Sam percorreu os últimos metros da Estrada e chegou ao portal que dava para dentro do coração do reino de Sauron. Ali qualquer poder é subjugado. Depois de tanto tempo o Anel voltou às origens. Lá estava Frodo, negro na escuridão da Montanha, e Sam não conseguia vê-lo direito.

A Batalha no Morannon:

Saía de Mordor agora um grupo, liderado por um vulto sombrio, montado num cavalo negro. Não era um espectro, e mesmo assim era todo negro, ostentando uma máscara horrível em seu rosto. Era o Tenente de Barad-Dûr, Boca de Sauron, um renegado dos antigos númenorianos. Dirigiu-se aos capitães do Oeste, e após trocar algumas palavras com Gandalf, ordenou que trouxessem alguns objetos, embrulhados num pacote. Ali estavam, para o assombro de todos, a espada de Sam, uma capa de Lothlórien e o colete de mithril de Frodo. A esperança acabara para todos ali. Boca de Sauron porém anuncia que o destino dos dois hobbits dependerá do que for decidido agora. E ele exige então que se retirem, deixando todas as terras ao domínio de Sauron. Gandalf porém, recusa tal barganha, e já que Sauron não pode oferecer nenhuma garantia em tal acordo, ele avança, pegando os pertences de Sam e Frodo e recusa o acordo. Boca de Sauron agora retorna para os Portões, mas antes que chegue, de lá vêm as enormes hordas de Mordor, dez vezes mais numerosas que o exército do Oeste, rápidas e prontas a emboscar os Capitães, que recuam para se unir aos demais.

Há dois morros de escória em frente ao Morannon. O exército se divide e recua para os morros. Num dos morros estão Aragorn, Gandalf e os filhos de Elrond, com os Dúnedain na frente do exército. No outro, Éomer, Pippin, Imrahil e Beregond, junto com os Guardas da Cidadela e o Exército de Dol Amroth também na parte da frente.

Sauron mordera a isca com toda a sua força, e o exército negro cobriu a terra de pavor, acompanhado pelos Nazgûl, enterrando a esperança que restara. Pippin sacou sua espada, pronto para o último esforço. Abateu um troll que derrubara Beregond, e caiu. Quase desacordado, ainda pôde ouvir:
-“As Águias estão chegando! As Águias estão chegando!”
Lembrou-se de Bilbo, e seus pensamentos desvaneceram.

Nas Fendas da Perdição:

Sam está na entrada da porta. Grita desesperadamente para a escuridão à sua frente. “Mestre!” diz Sam, e da escuridão de dentro da Montanha, um clarão vermelho surge e ilumina as paredes e desse modo o hobbit vê o Portador isolado segurando o Anel em sua corrente. Frodo está no meio da fumaça e da escuridão e no momento decisivo resolve ficar com seu fardo, não destruindo. Retira-o da corrente o coloca em seu dedo.

Sam grita, mas é calado por uma batida em sua nuca; Gollum faz com que Sam caia no chão. Sam começa a ver as coisas cada vez mais escuras. O Olho de Sauron, que momentos antes estava concentrado ao norte, na batalha que está para ocorrer, vira-se imediatamente e atravessa e perfura as pedras, a sombra e o ar. O lugar que Frodo está começa a tremer, ele está correndo um perigo extremamente terrível. Os Nazgûl são enviados num último ato de Sauron cortando as nuvens diretamente para as Câmaras de Fogo.

Mestre Samwise acorda de seu breve desmaio, o sangue escorre por sua cabeça e levantando-se ele vê uma cena estranha. Gollum está em cima do invisível Frodo numa luta decisiva; a criatura quer somente o Anel e nada mais, ele necessita do Anel. Morde o dedo em que Frodo usa o Anel e consegue finalmente, depois de tantos caminhos percorridos, o seu precioso. Os Nazgûl continuam em seus vôos tentando cruzar ao máximo as terras de Mordor para recuperar o Um Anel.

“Precioso, precioso, precioso!” gritava Gollum. “Ó meu precioso!” ele dizia. Gritava e salteava feliz por estar com seu querido Anel precioso. Mas no momento em que erguia o Anel com o dedo de Frodo ao ar ele vacilou. Deu um passo em falso no abismo e caiu dizendo sua última palavra: “Precioso!” Desse modo ele e o Anel se vão para o fogo terrível do Orodruin.

Uma mistura de sons arrepiantes surgia da Montanha. Muralhas, portões, torres e todas construções de Mordor vão desmoronando. O Anel foi desfeito no lugar que antes fora forjado, e agora Sam corre na direção de Frodo, caído no meio daquele terror. Ergue-o no último dos esforços e leva-o para fora da Câmara de Fogo. O Orodruin rompe e cambaleia. E no meio das lavas que começavam a sair do vulcão, estão sobre uma rocha Sam e novamente Frodo Bolseiro, o hobbit do Condado.

A Queda de Sauron:

As Águias lutaram principalmente com os Nazgûl, mas eles logo fugiram, enquanto o exército de orcs e trolls pareciam perder a vontade de lutar, se desesperando. Os Sulistas e Orientais não entederam muito bem o que estava acontecendo. Alguns se entregaram, outros continuaram a lutar, outros tentaram fugir. O Anel havia sido destruído, e havia uma esperança para a paz na Terra-média.

Aragorn e Gandalf estão lá, sobre o monte de pedras, na entrada de Mordor. As Torres dos Dentes tremem e desmoronam. Ao sul, distante e isolada, a Torre Negra cai com seu rei agonizante. A Montanha da Perdição está coberta de lava. Gandalf chama Gwaihir, o Senhor dos Ventos, Landroval, seu irmão, e Meneldor, uma águia jovem e veloz e vão ao resgate de Frodo e Sam.

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Sam e Frodo estavam sobre uma pedra no meio dos rios de lava da Montanha, refletindo sobre a conquista da Demanda. Uma chuva começa a cair pelas terras de Mordor. Gwaihir, com sua visão penetrante, encontra as duas figuras pequenas no meio da fumaça e poeira e os resgata. Finalmente, acaba a Guerra do Anel, com a derrota de Sauron.

Fim

Saiba Mais:

Sobre um erro de tradução:
Para narrar os fatos relatados com Frodo e Sam quando estes estão em Mordor, um dos membros do grupo se baseou na 4º tiragem de “O Retorno do Rei”, de dezembro de 2002, da editora Martins Fontes. Segue no 3º parágrafo, do Capítulo III “A Montanha da Perdição”, do Livro VI, pela tradução de Lenita Maria Rímoli Esteves, o seguinte:

“(...) A algumas milhas ao nordeste, os pés das Montanhas Cinzentas eram como sombrios fantasmas cor de cinza, atrás dos quais as nevoentas montanhas do norte erguiam-se como uma fileira de nuvens pouco mais escuras que o céu claro.”

Só que seguindo o mapa do mesmo livro, o leitor poderá encontrar o seguinte na região de Mordor: “Ered Lithui (Montanhas de Cinza)”. Já as Montanhas Cinzentas (Ered Mithrin), no mapa, estão localizadas ao norte da Floresta das Trevas, muito além ao norte de Mordor.

Sobre Gondor:

Gondor, e especialmente Minas Tirith, foi palco de uma grande Batalha que você acompanhou aqui. A magnífica cidade branca, construída em sete níveis, tem sua história de fundação e eventos narrados pelo nosso amigo português Eru, o Único. Veja através deste artigo do Portal Tolkienianos, mais sobre Gondor:

Gondor

Sobre a morte de Théoden:

O Rei Théoden de Rohan tem uma história muito triste. Após passar muitos anos da sua vida "envenenado" pelas palavras de Gríma Língua-de-Cobra, ele foi finalmente curado por Gandalf no ano 3019 da Terceira Era. Porém, curiosamente, duas semanas depois, ele morreu, esmagado pelo próprio cavalo quando o Rei-bruxo o atacou.

Sobre os ataques à Lórien:

No Conto dos Anos temos a citação que, durante a Guerra do Anel, Lórien fora atacada 3 vezes: nos dias 11, 15 e 22 de Março. Os registros sobre esses ataques falam que Dol Guldur os atacou, mas não foi o bastante para derrotá-los, pois só uma força igual ou superior que Sauron poderia fazer isto. Portanto, depois do desaparecimento de Sauron, Celeborn conduziu vários elfos para tomarem Dol Guldur. Dessa forma, o mal sumiu para sempre da região, e Galadriel permitiu que as muralhas da floresta fossem derrubadas, sendo assim purificada.

Sobre os ataques ao reino de Thranduil:

O reino do pai de Legolas também não foi poupado durante a Guerra. Tolkien nos diz que "houve uma longa batalha sob as árvores e uma grande devastação causada pelo fogo". Mas é claro que o Bem não poderia sair, desta vez, derrotado: Thranduil alcançou a vitória. Com essa mudança, a floresta passou a se chamar Eryn Lasgalen ou "A Floresta das Folhas Verdes" e os elfos não foram mais molestados.

Fontes:
Imagens:
John Howe
Ted Nasmith
Alan Lee
Dúvendor

Textos:
Portal Tolkienianos

Agradecimentos à Eru, o Único, do Portal Tolkienianos. E também à lord_guardian da Valinor, pela ajuda.
 

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