Desculpem, mas não vou responder a ninuguém... então não se sintam ofendidos como se eu estivesse atacando algum post deste tópico, OK?
Em matéria de TV Brasileira, sabemos que o $$$ fala mais alto. A única que investe em programas de qualidade - TV Cultura - tá quase falindo porque é idealista. Infeliz mundo onde a mediocridade é idolatrada, e o que presta vai pro esgoto.
Mas conformar-me com isso? Se eu estivesse no lugar faria o mesmo?
Não acho... Não me conformo com isso. E se estivesse no lugar do Sr. Marinho, talvez fizesse o mesmo... mas talvez não!
Vamos ser sinceros: todos aqui são especiais. Mas não é raro ver alguém - novato ou não - tentar de alguma forma mostrar que é igual aos outros. Tentar se equiparar ao que considera a "elite" do fórum.
Não me considero elite. Apenas sou eu. Primula. Nem melhor nem pior que ninguém.
Aposto que todos os que são "elite", também pensam assim: somos normais. Somos nós mesmos. Sabemos que não somos melhores que outros. Não queremos aparecer: apenas nos manifestamos quando o assunto interessa.
Agora voltemos para a Rede Globo e a massificação.
Não acho legal uma pessoa sofrer tanta influência de qualquer coisa. O ser humano não é um disquete vazio onde um fulano qualquer pode colocar qualquer merda. Ele precisa desenvolver um senso crítico e pessoal, desenvolver-se como pessoa, seguir o seu caminho de se tornar especial sendo ela mesma.
Se para ser aceita, ela abdica de sua própria identidade - para ser considerada legal, da moda etc. - com o tempo, os efeitos de tal decisão dão frutos amargos. Pois cada um de nós tem um destino diferente, decisões diferentes a tomar durante a vida.
É como permanecer em um estado infantil, porque é legal e aceito pelos outros. Tornamo-nos "Shirley Temples": aproveitamos um glória temporária em nosso meio. A falta de originalidade (exatamente por copiar, e não usar como referência para crescer) com o tempo torna-se um fardo a ser carregado: não conseguimos chamar a atenção dos outros por muito tempo.
Essa imaturidade acaba se refletindo na sociedade. Não como uma sociedade vazia e sem sal. A própria falta de conteúdo e de identidade deixa a sociedade frustrada... pronta para partir para a violência.
Nesse sentido, eu não aceito deixar tudo como está. Pois minha inação volta-se contra mim.
Se a televisão quer apenas lucrar e alienar, se o povo quer apenas "pão e circo"... não é o que EU quero. O que eu quero é que todos aprendam a viver, no sentido pleno da palavra. Só assim para que deixem EU viver em paz.
Pois enquanto todos ficarem nesse mundo de faz-de-conta, de falta de originalidade, sempre vão no fundo invejar a "elite". E inveja quando não usado de forma construtiva, apenas regride o ser humano.
Como disse, eu sou apenas eu. Não sou melhor nem pior que ninguém. Mas torna-se cada vez mais difícil convencer as pessoas do contrário, de que todas são especiais e únicas, cada uma com uma incrível estória a ser contada, a ser vivida e a ser experimentada.
O que me torna alvo. Eu não quero ser alvo. Quero apenas viver sossegada no meu canto. E para isso, o resto do mundo tem de ser mais feliz.