Derfel Cadarn
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Revista Veja de 17 de novembro deste ano. Dizia lá que nossa querida Lego, uma das mais carismáticas corporações, está enfrentando sérias dificuldades, tendo mesmo que colocar à venda seus parques temáticos, entre os quais o de Copenhagem. A principal casa da época de vacas magérrimas, supõe-se, seja o desencanto das crianças em relação ao brinquedo, que foi utilizado como metáfora para a teoria dos átomos de Demócrito, no livro O mundo de Sofia (que eu estou lendo). Segundo a reportagem, as crianças estariam preferindo os brinquedos/ jogos eletrônicos ao tradicional artefato de encaixar pecinhas.
Há alguns especialistas que afirmam que o desinteresse pelo Lego deve-se ao desenvolvimento precoce das atividades motoras dos infantes (infames...). Na minha opinião, isso é uma babaquice; há maluco pra tudo.
Bem, mas de qualquer maneira eu acho muito triste isso. Jurei amor eterno ao Lego quando eu era menor, dizia que jamais enjoaria de brincar. Entretanto, bem como várias outras coisas, o Lego acabou esquecido, mas ainda nutro a esperança de vir a ter um Lego castelo algum dia, um dos meus presentes de Natal não concretizados, mas o único que eu acho que me fez alguma falta.
É estranho ver nosso querido Lego sendo trocado por jogos eletrônicos, desenhos violentos, computador, internet. Sei que a nossa geração, a geração do Changeman, Jaspion, Cybercops, Chaves, ou, acima de todos estes, a geração da Caverna do Dragão, já presenciou um afastamento das atividades mais manuais mesmo, sabe, mas, pelo menos na minha infância, a gente ia brincar na casa do nosso amigo, passar a tarde lá. E isso implicava em jogar bola, brincar de polícia e ladrão, brincar com bonecos, pique-alguma-coisa. Sim, havia video-game, mas isso era complemento, jamais o protagonista. E, interessante, eu tenho um amigo que tem um irmão 4 anos mais novo e, caracas, a infância dele foi completamente diferente da minha; cara, quatro anos de diferença somente.
Mas, ainda que aos meus olhos a minha infância, e não esta da era da eletrônica, é que fora feliz, tentando deixar um pouco de lado a mágoa que o esquecimento do Lego traz, talvez a questão não seja de melhor ou pior infância. A falência do padrão tradicional da Lego deixa patente o que?
Eu arriscaria dizer que a mudança dos padrões de diversão, a influência grande que a infância tem sofrido das tendências (e tecnologias) atuais e, por extensão - por que não?? -, a questão da precocidade infantil. Se tais coisas são benéficas ou não, se faz bem ou não trocar os piques por um apertar frenético de botões, prefiro não opinar.
PS: Ephemera, valeu pela ajuda
Há alguns especialistas que afirmam que o desinteresse pelo Lego deve-se ao desenvolvimento precoce das atividades motoras dos infantes (infames...). Na minha opinião, isso é uma babaquice; há maluco pra tudo.
Bem, mas de qualquer maneira eu acho muito triste isso. Jurei amor eterno ao Lego quando eu era menor, dizia que jamais enjoaria de brincar. Entretanto, bem como várias outras coisas, o Lego acabou esquecido, mas ainda nutro a esperança de vir a ter um Lego castelo algum dia, um dos meus presentes de Natal não concretizados, mas o único que eu acho que me fez alguma falta.
É estranho ver nosso querido Lego sendo trocado por jogos eletrônicos, desenhos violentos, computador, internet. Sei que a nossa geração, a geração do Changeman, Jaspion, Cybercops, Chaves, ou, acima de todos estes, a geração da Caverna do Dragão, já presenciou um afastamento das atividades mais manuais mesmo, sabe, mas, pelo menos na minha infância, a gente ia brincar na casa do nosso amigo, passar a tarde lá. E isso implicava em jogar bola, brincar de polícia e ladrão, brincar com bonecos, pique-alguma-coisa. Sim, havia video-game, mas isso era complemento, jamais o protagonista. E, interessante, eu tenho um amigo que tem um irmão 4 anos mais novo e, caracas, a infância dele foi completamente diferente da minha; cara, quatro anos de diferença somente.
Mas, ainda que aos meus olhos a minha infância, e não esta da era da eletrônica, é que fora feliz, tentando deixar um pouco de lado a mágoa que o esquecimento do Lego traz, talvez a questão não seja de melhor ou pior infância. A falência do padrão tradicional da Lego deixa patente o que?
Eu arriscaria dizer que a mudança dos padrões de diversão, a influência grande que a infância tem sofrido das tendências (e tecnologias) atuais e, por extensão - por que não?? -, a questão da precocidade infantil. Se tais coisas são benéficas ou não, se faz bem ou não trocar os piques por um apertar frenético de botões, prefiro não opinar.
PS: Ephemera, valeu pela ajuda