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A evolução da educação

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Recebi este email esses dias e gostaria de compartilhar com vocês. Vale a pena ler :joinha:

São tempos escuros esses. Além da vida de agricultor, também sou educador e o que assisto nas escolas são fatos como este abaixo. É triste mas é verdade.

TEXTO:

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2011 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00



E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

“Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

--
Luciano da Anunciação Silva
Mestre em Linguística Aplicada (UFMG)
Licenciado em Letras [Língua Inglesa] (UFMG)
 
Última edição:
O texto é interessante e toca em alguns pontos da educação que precisam ser melhorados.

Não apontaria isso como uma verdade absoluta, já que temos sim escolas de alto nível, mas que costumam ser em sua maioria particulares. Digo isso mais voltado ao Ensino Fundamental.
 
Tive uma funcionária temporária com 2° grau completo em escola pública, até bem pouco tempo e era bizarro ver ela se embananando completamente por não saber calcular direito algo bem simples como porcentagem.
 
Eu sou um ninguém em matemática mas até eu me impressiono quando vejo certas coisas e o pior é que nem fica só nas exatas, a educação como um todo virou palhaçada. Como tudo nesse país.
 
Resultado de professores desmotivados e mal remunerados + alunos desinteressados e indisciplinados. Falta incentivo em ambas as partes.
Mas pra que melhorar a educação num país onde pra se manter no poder aproveitam-se da ignorância do povo, não é mesmo?
 
Eu acho que o problema é mais as más condições dos professores que o mau comportamento dos alunos, até porque o segundo é em parte consequência do primeiro.

Estando numa posição econômica tão baixa, a profissão perde status, que, como sabemos, é respeito.

Se os professores fossem mais bem remunerados e preparados, ganhariam mais admiração dos alunos e das sociedade em geral, de forma que, se o aluno batesse de frente, de forma injustificada, com algum deles, seria repreendido pelos próprios familiares.
 
O mau comportamento dos alunos é essencialmente porque eles não têm o mínimo interesse em aprender qualquer coisa que a escola tenha a oferecer. Estão lá somente por obrigação e isso os deixa profundamente incomodados. Não haverá salário alto de professor que fará isso mudar. Estão bem satisfeitos com seus empregos de empacotador de caixa de supermercado ou atendente de loja de sapatos. É suficiente pra adquirir seu smartphone/celular multifunção em quinhentas suaves prestações e isso lhes basta. Falo pelo que eu vejo e, sim, estou generalizando. Sempre existe a meia dúzia que, como diz minha mãe, será o/a chefe do resto.
 
O nível hoje está muito baixo. É o efeito da baixa remuneração dos professores, principalmente.

Tive uma funcionária temporária com 2° grau completo em escola pública, até bem pouco tempo e era bizarro ver ela se embananando completamente por não saber calcular direito algo bem simples como porcentagem.

Mas porcentagem é difícil. Quanto é 50% de 2?
 
Ótimo texto deste professor de literatura. Claro que a história é fictícia, mas o contexto é muito real em nossa sociedade.

O triste de tudo isso é que sabemos que os governantes nunca farão realmente um choque na educação. É muito difícil a atual conjuntura sócio-educacional realmente promover uma revolução, e acima de tudo uma evolução na preparação cidadã de cada um de nós.
 
Estou tendo contato com o pessoal do fundamental e médio no ensino público.
O que tenho observado não é muito animador.
 
O ensino no país está cada vez pior. O ensino público, em geral, sofre com o desinteresse maciço dos alunos e a baixa remuneração dos professores, o que leva a faltar professor em muitos lugares (especialmente de exatas, o lado dessa moeda da educação que mais sofre). E, mesmo no ensino privado, a quantidade de alunos que não querem saber de nada, só ficam zoneando, e ainda quando tomam um puxão de orelha têm os pais para defendê-los é, pra mim, cada vez mais preocupante.

Isso me lembrou até um e-mail que recebi recentemente que, dentre vários cenários, cita o da educação:

Cenário 4: Disciplina escolar

Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa bronca e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.
 
Nem gosto de acompanhar nada que envolva educação pois sei que é um caso terminal no Brasil. E nem adianta citar melhor remuneração, o RS tem uma das melhores rendas para professor e está entre os piores estados nos índices. Desde que entrou em voga essa bizarrice de ciclos (o aluno não repete, avança mesmo sem ter entendido lhufas), o nível tem decaído absurdamente e olha que concluí o Ensino Médio em 1994, de lá pra cá ficou cada vez pior e atinge até as faculdades.

E estas mudanças que o Governo gosta de divulgar sobre a educação é somente um abracadabra com números para tentar jogar lá em cima os números que mascaram a realidade das salas de aula. De que adianta livros de Primeiro Mundo em escolas da época pré-Cambriana? Depois de Paulo Freire, nada de revolucionário ocorreu, o máximo que acontece é assistir pseudo-educadores-newpedagogos se debatendo sobre Piaget em diferentes versões. Theodor Adorno se reviraria na tumba.
 

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