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A Criança Roubada (Keith Donohue)

Meia Palavra

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Pode alguém assumir o lugar de outro a perfeição?

Keith Donohue nos mostra que sim, pelo menos à primeira impressão em seu livro "A Criança Roubada". O autor nos apresenta os hobgoblins ou fadas das florestas, criaturas que permeiam o imaginário popular e que mostram ser muito reais e capazes de um ato terrível... ao se tornar um changeling essas criaturas trocam de lugar com uma criança (literalmente escolhida à dedo), assumem suas feições, sua vida e a criança torna-se um hobgoblin.

Foi o que aconteceu com o garotinho Henry Day em 1949. Ao fugir de casa, teve sua vida roubada e usurpada por um desses seres e se viu ele mesmo transformado em um. Passamos então a acompanhar o processo de adaptação do changeling em Henry Day e o de Henry Day em Aniday. Nos encantamos por Aniday e também pelo suposto Henry Day. A descrição que Donohue faz desse processo é rica em detalhes, sensível e enternecedora. Os processos de aprender viver na floresta e o de aprender viver em uma casa de humanos, apesar de tão díspares, mostram-se semelhantes. O processo se resume a luta pela sobrevivência e a busca pelo eu. Aniday luta para não esquecer seu eu anterior, não deixar escapar entre os fios das memórias (tão frágeis) as sensações, rostos e lembranças de sua família. Enquanto Henry Day luta contra a verdade de que ele antes era um changeling, verdade esta que ele não consegue deixar para trás.

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Puxa, que interessante!
Nunca imaginei que a história fosse por esse caminho.
Achava que era mais um romance policial ou coisa assim.
 
Bah! Lembrei que tenho esse livro!
Comprei na feira do livro do ano passado em um balaio que oferecia "1 livro por R$ 13 e 2 livros por R$ 15" -- detalhe: só tinha livros da Alfaguara.
Levei esse e o "As Benevolentes", do Jonathan Littel.

Mas confesso pra vocês que, embora já tivesse lido o primeiro capítulo do As Benevolentes e já tivesse ouvido falar horrores do livro, fiquei com mais vontade de ler o A Criança Roubada (que está em algum lugar escondida no meu quarto, misturada entre as inúmeras pilhas de livros...)
 

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