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A complicada situação da angolana Felícia

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Olá pessoal!

Não sei se vocês conhecem o caso da Angolana Felícia que foi trazida da Angola para trabalhar no Brasil, entretanto está vivendo uma situação muito complicada.

Acho que vale a pena lermos a matéria embora seja muito triste :osigh:




CARTA DE APOIO À ANGOLANA FELÍCIA AURORA


Vimos por meio desta, manifestar nosso apoio à jovem angolana FELÍCIA AURORA pela situação de extrema exploração e violência a que vem sendo submetida em solo paraibano.


FELÍCIA AURORA é Angolana e veio ao Brasil a convite de um casal de empresários paraibanos, para trabalhar como empregada doméstica em sua residência com promessas de que seria garantido à mesma, moradia, salário e, principalmente, o direito a estudar. Segundo eles, Felícia trabalharia durante meio período e noutro poderia estudar, que era o principal objetivo da jovem.


Chegou a Paraíba no mês de abril de 2010 e, desde então vem sendo explorada pelo casal (donos de uma fábrica de sorvetes e de uma sorveteria), pois além de trabalhar em sua residência pela manhã, ainda tinha que fazer as refeições dos trabalhadores da fábrica, trabalhar na fábrica à tarde e na sorveteria à noite, e ainda era obrigada a distribuir panfletos na rua, FELÍCIA trabalhava todos os dias e durante os finais de semana.


Porém, FELÍCIA adoeceu e teve que fazer uma cirurgia e não podendo mais trabalhar, foi “descartada” pelo casal sem nenhuma indenização. Durante o período em que seu estado de saúde se agravou, FELÍCIA sofreu muita pressão, por vezes recebia ligações dos mesmos, até no período noturno, para que a mesma fosse trabalhar. Atualmente, FELÍCIA, se encontra com sérias complicações de saúde (cálculo renal, anemia e perda acentuada de peso).


Trata-se de uma situação de violação total dos direitos humanos, posto que seja absolutamente inadmissível que em pleno século XXI, a prática de trazer pessoas do continente africano, como vistas à exploração continue em voga. É importante pontuar que FELÍCIA é mulher, africana e negra, ou seja, sobre ela recaem discriminações e preconceitos históricos que a colocam numa situação de vulnerabilidade.


Necessário dizer que este ano ocorreram outras denúncias de racismo e intolerância na Paraíba em relação à população negra brasileira e africana, o que se começa a questionar a postura da sociedade paraibana frente ao racismo e mesmo das autoridades competentes no tratamento desses casos. Ou seja, casos com esses estão se tornando recorrentes em nossa sociedade.


A maneira como FELÍCIA vem sendo tratada é de total descaso e desumanidade, além da violação de tratados e convenções internacionais de Direitos Humanos reconhecidos pelo Estado Brasileiro, o que a jovem vem passando ainda se enquadra em legislações internas, como a Lei Maria da Penha, normas e direitos elencados na CLT, constituindo-se como crime, previsto no Código Penal Brasileiro - considerando que a redução da pessoa humana à condição análoga de escravo pode ser tanto o trabalho forçado como o trabalho em condições degradantes.

Além dos direitos previstos no Estatuto da Igualdade Racial, dos princípios e normas reconhecidos na Constituição Federal, principalmente o princípio fundamental do respeito à dignidade da pessoa humana.


É necessário informar que, atualmente, FELÍCIA se encontra em situação irregular em solo brasileiro, posto que o casal que a aliciou para vir ao Brasil, que providenciou sua documentação (visto e passaporte), trouxe-a com visto de turista, cujo prazo já expirou, ou seja, já existe um processo de deportação da jovem para seu País de origem.


Por tudo até aqui exposto, esta CARTA APOIO é direcionada a pontuar que FELÍCIA AURORA não está sozinha e que, além da solidariedade prestada nesse momento, todas e todos que a esta subscreve não compactuam com esta violação aos direitos humanos e se colocam contra toda a violência racista e sexista cometido contra as mulheres.




ASSINAM:
1. AACADE – Associação de Apoio dos Assentamentos e Comunidades Afro-descendentes/PB
2. ACMUN- Associação Cultural de Mulheres Negras/RS
3. Afya – Centro Holístico da Mulher/PB
4. AATR – Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia/BA
5. ANAÍ – Associação Nacional da Ação Indigenista
6. Art-FeRa - Articulação Feminista AntiRacista/BA
7. Associação Aritaguá– Ilhéus – BA
8. Associação de Moradores de Porto das Caixas (vítimas do derramamento de óleo da Ferrovia Centro Atlântica) - Itaboraí – RJ
9. Associação de Desenvolvimento Sócio Cultural Toy Badé
10. Associação de Defesa Etno-Ambiental Kanindé – Porto Velho – RO
11. Associação Socioambiental Verdemar – Cachoeira – BA
12. Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
13. Associação de Mulheres de Patos/PB
14. Associação dos Terreiros de Umbanda do Amazonas – ATUAM/AM
15. Associação Nzinga Mbandi/SP
16. AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras
17. AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras
18. Articulação de Juventude Negra/PB
19. ASPPAH – Associação Paraibana dos Portadores de Anemias Hereditárias
20. Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba
21. CACES – Centro de Atividades Culturais, Econômicas e Sociais
22. Casa Feminista de Rosa-Quito/Equador
23. Casa da Mulher Renasce Companheiras/PB
24. CEDHOR – Centro de Direitos Humanos D. Oscar Romero/PB
25. CEDEFES – Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva– Belo Horizonte – MG
26. Centro da Mulher 8 de Março/PB
27. Centro de Cultura Afro Brasileiro OJÚ OSUN
28. CEPEDES – Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia– Eunápolis – BA
29. Coletivo Leila Diniz - Natal/RN
30. Coordenação Amazônica da Religião de Matriz Africana e Ameríndia – CARMA
31. Coordenação Nacional de Juventude Negra –Recife – PE
32. CRDH – Centro de Referência de Direitos Humanos - UFPB
33. Cunhã - Coletivo Feminista/PB
34. Criola/Rio de Janeiro/RJ
35. Casa Oito de Março – Organização Feminista de Tocantins/TO
36. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo –
37. Conselho Estadual dos Direitos Humanos/PB
38. Coordenadoria Executiva Especial de Promoção da Igualdade Racial (CEEPIR) Araraquara-SP
39. Central Única das Favelas (CUFA-CEARÁ) –Fortaleza – CE
40. CPP – Coordenação da Pastoral dos Pescadores Nacional
41. CPP BA – Coordenação da Pastoral dos Pescadores da Bahia – Salvador – BA
42. CPP CE –Fortaleza – CE
43. CPP Nordeste – Recife (PE, AL, SE, PB, RN)
44. CPP Norte (Paz e Bem) –Belém – PA
45. CPP Juazeiro – BA
46. CPT BA – Salvador – BA
47. Dignitatis - Assessoria Técnica Popular/PB
48. EKOS – Instituto para a Justiça e a Equidade– São Luís – MA
49. FAOR – Fórum da Amazônia Oriental– Belém – PA
50. Fase Amazônia – Matheus Otterloo – Belém – PA
51. Fase Nacional (Núcleo Brasil Sustentável) –Rio de Janeiro – RJ
52. FCPUMCANJU – Federação Cultural Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema/PB
53. FDA – Frente em Defesa da Amazônia – Santarém – PA
54. Fórum de Mulheres da Paraíba/PB
55. Fórum Nacional de Mulheres Negras
56. Federação Nacional da Religião de Matriz Afro-Brasileira - FENAREMA
57. Frente Paraibana em Defesa da Terra, das Águas e dos Povos do Nordeste/PB
58. FENAFAL – Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doenças Falciformes
59. FIOCRUZ –Rio de Janeiro – RJ
60. Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA
61. Fórum de Defesa da Zona Costeira do Ceará – Fortaleza – CE
62. Fórum Carajás –São Luís – MA
63. FUNAGUAS –Teresina – PI
64. GLEFAS - Grupo Latino-americano de Formação, Estudo e Ação Feminista Mulheres na Rua
65. GPEA – Grupo Pesquisador em Educação Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso – Cuiabá – MT
66. Geledés – Instituto da Mulher Negra/SP
67. Grupo aos Brados/SP
68. Grupo de Mulheres Maria Quitéria/PB
69. Grupo de Mulheres Negras Acotirene
70. Grupo Nós Também Somos Igreja/PB
71. GT Observatório e GT Água e Meio Ambiente do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) - Belém – PA
72. GT Combate ao Racismo Ambiental da Rede Brasileira de Justiça Ambiental
73. Ylê Ogy Omin/SP
74. Ilê Tatá do Axé/PB
75. IMENA – Instituto de Mulheres Negras do Amapá/AP
76. INTECAB – Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-brasileira/PB
77. IRÊ – Instituto de Referência Étnica/PB
78. IARA –Rio de Janeiro – RJ
79. Ibase – Rio de Janeiro – RJ
80. INESC – Brasília – DF
81. Instituto Búzios –Salvador – BA
82. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – IF Fluminense – Macaé – RJ
83. Instituto Terramar – Fortaleza – CE
84. JOC – Juventude Operária Cristã/PB
85. Justiça Global –Rio de Janeiro – RJ
86. LBL - Liga Brasileira de Lésbicas
87. MMM - Marcha Mundial de Mulheres
88. Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras/RS
89. MNO/PB – Movimento Negro Organizado da Paraíba/PB
90. Movimento Saúde dos Povos Círculo Brasil
91. Movimento Cultura de Rua
92. Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara - MABE
93. Movimento Inter-Religioso (MIR/Iser) – Rio de Janeiro – RJ
94. Movimento Popular de Saúde de Santo Amaro da Purificação (MOPS) – Santo Amaro da Purificação – BA
95. Movimento Wangari Maathai – Salvador – BA
96. Mulheres Rebeldes
97. NINJA – Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São João del-Rei) – São João del-Rei – MG
98. NENN - Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB
99. NIPAM – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero – UFPB
100. Núcleo TRAMAS – Trabalho Meio Ambiente e Saúde para Sustentabilidade – Fortaleza – CE
101. Observatório Negro/PE
102. Omolaiyè (Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais) – Aracajú – SE
103. ONG.GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá – Mangaratiba – RJ
104. Opção Brasil – São Paulo – SP
105. Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso – MT
106. Oriashé Sociedade Brasileira de Cultura e Arte Negra – São Paulo – SP
107. Pastoral dos Negros/ PB
108. PRO-AFRO – UERJ/RJ
109. Projeto Recriar – Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro Preto – MG
110. Pastoral da Mulher Marginalizada da Região Norte
111. Rede de Mulheres em Articulação na Paraíba/PB
112. Rede de Mulheres Negras do Paraná/PR
113. Rede de Mulheres de Terreiro/PB
114. Rede Axé Dudu – Cuiabá – MT
115. Rede Mato-grossense de Educação Ambiental – Cuiabá – MT
116. Rede Sapatá
117. RENAP Ceará – Fortaleza – CE
118. Setorial de Combate ao Racismo do PT/PB
119. Sociedade de Melhoramentos do São Manoel – São Manoel – SP
120. Sindicato dos Psicólogos do Amazonas - SINDPSIAM/FENAPSI/AM
121. Terra de Direitos – Porto Alegre – RS
122. TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental – PR
123. UBM – União Brasileira de Mulheres
124. UBM - União Brasileira de Mulheres – Paraíba/PB
125. Wendo Teimosia/PB


Fonte:

Visite o saite do CEDEFES: http://www.cedefes.org.br
 
Olha, sinceramente... Que ela morra.

Que mané carta de apoio o @#$%.

Se a ONU não faz nada não adianta esse monte de entidades de letrinhas reunidas. ASDFA GAWEFAWERG QWERTY, vão todos pro mesmo lugar.

Morta ela vai estar mais em paz do que com esse bando de hipócrita em volta.

Feliz 2011 Felícia nome desgraçado morra em paz e ria de nós no céu porque tenho certeza que sua passagem pra cima é garantida.

By Raphael S
Bad Last Day on Earth
 
uau,Rafa,queisso

Sério,fiquei com dó da Felícia.Que pelo menos alguém salve essa pobre criatura.Mas,se bem que em parte eu concordo com o Rafa,amuçlher só vai ter paz quando morrer (não quero que ela morra ).
Tomara que alguém se sensibilize com o caso dessa pobre moça e ajudem ela de aluma maneira.
 

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