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A catástrofe dos cursos de Letras

Cara, minha mãe foi toda formada em escola publica. Ela se formou em Comunicação pela Ufrj, depois fez pos-graduação em finanças coorporativas pela FGV pago pelo banco do brasil e agora sem estudar quimica e biologia a mais 30 anos passou no vestibular pra Nutrição pra UniRio. Se escola publica não ensina as pessoas a pensarem, minha mãe é o que? O que houve foi um sucateamento criminoso pós decada 80 e uma hiperlotação e falta de investimento na area.
Olha eu cresci a vida toda em escola particular, e tenho um portugues deprimente perto da minha mãe.
certamente esse mérito todo é dela, e não da escola pública. anw, eu frequentemente ouço os ex-alunos de escolas públicas de uns 30 anos atrás que "naquele tempo as coisas eram diferentes, eram melhores, o ensino público era bom". não tenho muita certeza de nada sobre isso, pq as pessoas sempre acham que a sua geração é a melhor :lol:

alguém sabe algo sobre isso?

edit: eita, elessar respondeu junto comigo D:
 
O que eu quis dizer que a escola publica não impediu ela de ser boa naquilo que faz. Como já diziam quem faz a escola é o aluno. "claro que guardada as devidas proporções".
 
jesus, mene. essas frases finais são tão estapafúrdias que eu prefiro acreditar que você está só fazendo piada. o_O

Desculpa, eu não me expliquei direito.
Aquela frase final ouvi de alguém que um dia me tentou dizer que falar errado é certo.
Ou era mais ou menos isso que ela queria dizer.
 
que "naquele tempo as coisas eram diferentes, eram melhores, o ensino público era bom".

Ou talvez os alunos fossem melhores, sei lá...

Mas enfim, aqui houve colégios públicos que eram considerados Top, mais procurados que escolas particulares e que formaram muita gente que depois de destacou na vida pública do país.
Um dos grandes exemplos é o Colégio Júlio de Castilhos.
 
Isso se alastra a qualquer curso.

O governo não faz o mínimo esforço pra melhorar o ensino fundamental e médio e joga iletrados em universidades.

Só por passar no vestibular não quer dizer que fulano ou beltrano tenha capacidade pra estudar no nível superior, o governo devia saber disso, mas número é melhor que qualidade, né?
O Fantástico uma vez pegou vestibulares de faculdades do Rio e deu pra crianças de quarta série fazerem. A maioria passou.

Um país que não investe na base está fadado à ruína educacional. Um país não se faz apenas com universitários, antes disso se faz com técnicos.
Bendito o dia em que todos os alunos estudarem em escola técnica ou poderem optar por cursar uma ou não...
Poderia citar a fonte, por gentileza.

Na faculdade de Ciências Sociais se ve muito disso também, e os professores ficam bem bravos.

Lembro uma vez na sala que uma aluna perguntou para a professora: "O que é empirismo?".
A professora se disse assustada e falou que esperava que os alunos que entraram na faculdade já tivessem o minimo de noção sobre o curso.

Quem sabe com a inclusão de Sociologia e Filosofia isso melhore na CS, quem sabe...


Eu sou um grande critico as escolas técnicas. Elas não ensinam ninguém a pensar, a estudar, a ter pensamento critico nem nada.

Elas só pegam uma pessoa e a transformam e uma "maquina". Programam ela para responder a uma função exigida pelo mercado e e etc...

Faculdades são essenciais para a formação de qualquer cidadão. Infelizmente no Brasil ela é um luxo caro para quase todos.
Já eu acho fundamental ter escolas técnicas pois elas facilitam o primeiro emprego (além de transformar alguém improdutivo em produtivo), que muitas vezes, tem uma função mais importante na vida do cidadão que a graduação no ensino superior. Não que esta última não seja importante, que fique claro.
 
Última edição:
O idioma vem sendo atacado por vários inimigos e pelo ministério da educação, o qual devia protegê-lo. E o assédio vem acompanhado do medo profundo das autoridades diante de facções e gangues infiltradas e aparelhadas. Ontem no jornal vi o pronunciamento de representantes da justiça afirmando que a palavra investigação é pejorativa e que os juízes estavam melindrados porque ficaram assustados ao ouvirem a palavra investigação. Há muito tempo eu não vi tanta tolice junta na TV. Quem não deve não teme, ao que parece bandidos estão tentando forçar a mudança do sentido da língua para não serem alcançados e por isso criam uma patrulha do politicamente correto.

Só o que se vê é gente com pena de si mesmo colocando a culpa na gramática e dizendo que a formalidade é coisa de elite. Em breve haverá gente causando violência aos outros tentendo justificar com a pena de si mesmo. Do tipo de indivíduo que fala "Oh, eu sou um coitado!" e logo em seguida dá uma paulada em um transeunte e logo depois "Me deixe de novo lhe dar uma paulada com essa chave de roda porque sou um coitado!"

A Dilma ontem falou de um jeito fraco em relação ao que ocorreu com a Chevron. Disse que as vezes se deve trabalhar abaixo dos limites mínimos de segurança e não deu maiores detalhes desta declaração nem falou em legislação (PUTZ!), podendo ser abaixo do limite qualquer coisa desde parcialmente cumprindo a lei até nenhum cumprimento. Por isso que perdemos uma refinaria da Petrobrás num episódio do governo anterior e um sujeito maluco invadiu a embaixada em Honduras... Que quando alguém quebra um acordo é só mudar as palavras que não haverá conseqüência. Isso é arrepiante. Uma vez que acordos fundamentais começam a ser quebrados com gestos efêmeros há um momento em que o caos cobra o preço final.
 
Última edição:
Eu acho que esse texto do Marcos Bagno poderia ser transportado para todos os cursos. Alguns cursos em níveis maiores que outros. Mas em todos eles há uma certa deficiencia no ensino de base. O curso de direito é um ótimo exemplo, a quantidade de faculdade que não consegue preparar o aluno (o aluno muitas vezes já é deficiente) e por fim o aluno não consegue passar no exame da OAB. Esse é o mal de tentar reparar uma desigualdade de ensino através do ensino superior. A formação de alunos despreparados, de professores incapazes de dar aula para o ensino de base e a chance até de sucatear alguns cursos.

Eu vejo falando que o ensino nas escolas públicas antigamente era melhor. Pode até ser. Mas antigamente quantas pessoas tinham acesso a ela? O negócio de o aluno fazer prova e não passar, e aí? Ficava sem estudar? A cobrança dos pais antigamente poderia ser maior sim, já que a família se restruturou hoje em dia, mas eu não vejo isso como desculpa para sucatear o ensino de base. Eu acho que falta interesse político. Simples assim. Se por exemplo na saúde existe uma lei organica, por que na educação não há um tratamento igual? Não acho que a saúde esteja a mil maravilhas não, mas ela está bem menos sucateada que a educação.

Um outro ponto. Não vejo mal algum no ensino técnico! Ele é necessário. E existem ensinos técnicos que são melhores que muitas escolas, tipo os cursos que existem aqui do CEFET ou do COLTEC. Só que nesses casos os ensino médio não fica prejudicado com o curso do ensino técnico propriamente dito.
 
Já vi uma associação do tipo causa-efeito assim: antigamente, as mulheres que queriam trabalhar fora, viravam professoras, e eram as mulheres mais inteligentes e ser professora era o melhor que elas conseguiriam, ser professora dava 'status'. Até que veio a 'revolução' e as mulheres começaram a entrar em todos os campos de trabalho, as mais inteligentes viraram médicas ou advogadas e ser professora perdeu o 'status' de antes =/
Não sei se deu pra entender o que falei, mas, se não me engando, é coisa do Freakonomics (ou do Superfreakonomics).
 
Eu sou um grande critico as escolas técnicas. Elas não ensinam ninguém a pensar, a estudar, a ter pensamento critico nem nada.

Elas só pegam uma pessoa e a transformam e uma "maquina". Programam ela para responder a uma função exigida pelo mercado e e etc...

Faculdades são essenciais para a formação de qualquer cidadão. Infelizmente no Brasil ela é um luxo caro para quase todos.

Isso é complicado.

Se, por um lado, a mão-de-obra capacitada através do Ensino Técnico é deveras menos flexível, tendo sido formado para cumprir um grupo de tarefas específicas, com pouca ênfase no princípio por trás da técnica, a velocidade de formação e a praticidade são necessárias, tanto que técnicos não se tornaram dispensáveis em nenhum lugar do mundo, até hoje. País nenhum pode se dar ao luxo de ter toda a sua população em idade ativa estudando até os 22, 23 anos. Além disso, uma formação profissional de curta a média duração é a única maneira razoável de se atender às demandas mais imediatas do mercado, pelo menos as médio prazo.

Além disso, a crença de que o ensino técnico concomitante ao médio depreda com a formação humanística não é necessariamente verdadeira. Estudei numa instituição federal do tipo que tinha História e Geografia nso três anos, além de Artes no primeiro, Filosofia no segundo e Sociologia e Fundamentos de Administração e Economia no terceiro. A qualidade dos professores que ministravam essas matérias era variável, mas só o ambiente local me forneceu um contato que dificilmente eu teria num colégio particular.

E há ainda o fato de que técnicos não precisam ser técnicos para toda a vida. Eu mesmo, hoje sou graduando.
 
Eu vejo falando que o ensino nas escolas públicas antigamente era melhor. Pode até ser. Mas antigamente quantas pessoas tinham acesso a ela? O negócio de o aluno fazer prova e não passar, e aí? Ficava sem estudar? A cobrança dos pais antigamente poderia ser maior sim, já que a família se restruturou hoje em dia, mas eu não vejo isso como desculpa para sucatear o ensino de base. Eu acho que falta interesse político. Simples assim. Se por exemplo na saúde existe uma lei organica, por que na educação não há um tratamento igual? Não acho que a saúde esteja a mil maravilhas não, mas ela está bem menos sucateada que a educação.

Mas era melhor mesmo (na minha modéstia opinião). Antigamente todo mundo (ou quase todos) só estudavam em escolas públicas, político, filhos de médicos, promotores e etc. Eram poucas escolas particulares e algumas delas apenas com ensino de qualidade. Hoje em dia a situação mudou, o que era público se tornou um lixo (não generalizando, claro!).

Eu estudei no Colégio Municipal aquele que fica ali do lado Pedreira Prado Lopes numa época que eu tinha aula de música (tinha violino), tinha coral, jogos olímpicos, grêmio estudantil, educação física de qualidade, Moral e Cívica, nossa pesquisas eram feitas na biblioteca pública porque a internet não tinha para o acesso dos civis dentre outras situações. Era um grande sentimento de pertencimento do local, uma identidade muito forte entende. Também estudei no Geraldo Teixeira da Costa o Geteco que talvez vc Pearl conheça. Naquela época o Legião Urbana, o Biquini Cavadão foi na escola para fazer uma apresentação aos alunos, algo muito legal e interativo que hoje não existe mais. Mais uma vez não sou a favor da ditadura, mas algumas experiências daquela época no processo de ensino e aprendizagem foram significantes, pelo menos para mim. Hoje a sociedade realmente está num outro patamar e cabe ao poder público e sociedade saber lidar realmente com os grande desafios de hoje.

Nos anos 80 e início dos anos 90 quando havia processo seleção se caso o aluno não passasse na prova não é que ele deixava de estudar, mas ele não iria se matricular naquela escola específica que fez prova. A Secretaria de Educação mandava o aluno pra outra escola com menor grau de exigência, (no caso da prova) mas com o mesmo padrão de cobrança dos professores e dos pais. Também não quero enfatizar como um saudosista de tudo do passado era melhor, nada disso, mas a forma como enxergávamos a educação era diferente. Ela era valorizada com tal. Hoje não acontece isso e fico triste por demais disso.

Um outro ponto. Não vejo mal algum no ensino técnico! Ele é necessário. E existem ensinos técnicos que são melhores que muitas escolas, tipo os cursos que existem aqui do CEFET ou do COLTEC. Só que nesses casos os ensino médio não fica prejudicado com o curso do ensino técnico propriamente dito.

Eu também acho super importante o ensino técnico porque possui um papel social importantíssimo na inserção dos jovens na sociedade e no mercado de trabalho. Sou a favor de qualquer processo educacional que integre o jovem na sociedade de forma correta, um cidadão preparado para os dias atuais. Seja escola técnica tipo aquelas do Senai ou do ensino científico que leva as universidades.
 
Última edição:
Elessar Hyarmen disse:
Mas era melhor mesmo (na minha modéstia opinião). Antigamente todo mundo (ou quase todos) só estudavam em escolas públicas, político, filhos de médicos, promotores e etc. Eram poucas escolas particulares e algumas delas apenas com ensino de qualidade. Hoje em dia a situação mudou, o que era público se tornou um lixo (não generalizando, claro!).

Eu estudei no Colégio Municipal aquele que fica ali do lado Pedreira Prado Lopes numa época que eu tinha aula de música (tinha violino), tinha coral, jogos olímpicos, grêmio estudantil, educação física de qualidade, Moral e Cívica, nossa pesquisas eram feitas na biblioteca pública porque a internet não tinha para o acesso dos civis dentre outras situações. Era um grande sentimento de pertencimento do local, uma identidade muito forte entende. Também estudei no Geraldo Teixeira da Costa o Geteco que talvez vc Pearl conheça. Naquela época o Legião Urbana, o Biquini Cavadão foi na escola para fazer uma apresentação aos alunos, algo muito legal e interativo que hoje não existe mais. Mais uma vez não sou a favor da ditadura, mas algumas experiências daquela época no processo de ensino e aprendizagem foram significantes, pelo menos para mim. Hoje a sociedade realmente está num outro patamar e cabe ao poder público e sociedade saber lidar realmente com os grande desafios de hoje.

Nos anos 80 e início dos anos 90 quando havia processo seleção se caso o aluno não passasse na prova não é que ele deixava de estudar, mas ele não iria se matricular naquela escola específica que fez prova. A Secretaria de Educação mandava o aluno pra outra escola com menor grau de exigência, (no caso da prova) mas com o mesmo padrão de cobrança dos professores e dos pais. Também não quero enfatizar como um saudosista de tudo do passado era melhor, nada disso, mas a forma como enxergávamos a educação era diferente. Ela era valorizada com tal. Hoje não acontece isso e fico triste por demais disso.

:think:

Na época da minha mãe (década de 60) era raro alguém estudar em escola particular. Mas se eu pego pessoas da mesma faixa etária dela eu acho muito comum dizerem eu estudei até a 4a série ou eu nunca fui a escola. Isso é apenas uma impressão minha. Não sei se hoje continua assim ou não.

A qualidade eu acredito que fosse muito melhor mesmo, por uma série de motivos, um exemplo, acho que foi Rubem Alves uma vez que atribuiu ao vestibular um dos motivos pelo sucateamento do ensino médio. Ele diz que os alunos são treinados a fazer as provas das universidades que desejam e não necessariamente aprendem o conteúdo da disciplina, além de que os conteúdos não cobrados pelas universidades acabaram sendo deixados de lado.

Eu lembro sim de algumas escolam públicas consideradas boas como o Estadual Central e o Colégio Militar. Não sei como se encontram hoje em dia. Elessar eu não lembro das escolas que você citou. :oops:

Bel disse:
Já vi uma associação do tipo causa-efeito assim: antigamente, as mulheres que queriam trabalhar fora, viravam professoras, e eram as mulheres mais inteligentes e ser professora era o melhor que elas conseguiriam, ser professora dava 'status'. Até que veio a 'revolução' e as mulheres começaram a entrar em todos os campos de trabalho, as mais inteligentes viraram médicas ou advogadas e ser professora perdeu o 'status' de antes =/
Não sei se deu pra entender o que falei, mas, se não me engando, é coisa do Freakonomics (ou do Superfreakonomics).

Eu tenho que ler Freakonomics. Ainda estou tentando enteder bem e processar o que eu entendi (as vezes tico e teco é devagar :lol:). Quer dizer então que pelo fato das mulheres mais "capazes" serem deslocadas para outras profissões (médica, advogada, etc.) então o ensino piorou? Então no Freaknomics coloca a queda da qualidade da educação como fenômeno mundial? :think:
 
Eu tenho que ler Freakonomics. Ainda estou tentando enteder bem e processar o que eu entendi (as vezes tico e teco é devagar :lol:). Quer dizer então que pelo fato das mulheres mais "capazes" serem deslocadas para outras profissões (médica, advogada, etc.) então o ensino piorou? Então no Freaknomics coloca a queda da qualidade da educação como fenômeno mundial? :think:

Não sei ><
Faz um tempinho já que li...
 
É como eu mencionei em outro tópico. Na área da geografia tem muito professor que não ensina cartografia porque não sabe fazer conta de matemática básica e conversão nas escalas de KM hm dac m dc cm mm.

Olha, eu tiro sarro disso geralmente pra tentar não me sentir deprimida quando lembro que joguei um ano precioso fora. Mas quando fui fazer História em Franca, aquilo era a visão do inferno!

Primeiro que o prédio estava completamente sucateado, caindo aos pedaços MESMO. Segundo alguém daqui que é da Unesp - não lembro quem - finalmente fizeram um campus novo e saíram dali. Mas o FATO é que cursos "sem valor mercadológico" recebem pouco ou nenhum investimento do governo. Já cursos com Odonto - que é o da Unesp aqui de SJC que eu conheço bem pq fiz Coral lá e convivi com vários alunos e profs. - são impecáveis em todos os aspectos, mesmo o campus sendo igualmente pequeno.

Desde que saí da Unesp eu mudei de ideia completamente sobre a graduação.
A vida toda eu tinha ouvido que só a graduação pública - USP, UNESP, UNICAMP - prestava. Que só valia a pena fazer na pública, pq quem se formava na particular era desprezado no mercado de trabalho. Mas em compensação, era 10x mais difícil entrar na pública, então eu tinha que me preparar muito bem desde cedo. Bom, de fato essa era a realidade dos vestibulandos e formandos quando eu era criança. Mas quando chegou minha vez, a realidade já tinha mudado MUITO!
Os vestibulares das públicas continuaram e continuam mais difíceis do que as particulares, mas isso não se justifica mais, de forma alguma, na [falta de] qualidade da mesma.

Eu tive uma amostra disso quando, ainda na Patologia Clínica da UniVap (sim, técnico) fizemos uma visita ao lab. de Anatomia e de Oceanografia da USP. Ali eu já comecei a suspeitar dessa "superioridade" das faculdades públicas. Vi MUITA coisa sucateada!!!
Mas mesmo assim eu fui pra Unesp.

Minhas professoras de História Antiga e a primeira de História da Idade Média eram excelentes!!! O de História Econômica era razoável... o problema dele era achar que economia fosse uma "matéria básica" do Ensino Médio, e não é... Então era natural que todos tivessem dificuldades com os livros técnicos que ele passava. Acho que só se daria bem quem tivesse pai que trabalhasse na bolsa de valores.
A Professora de Psicologia também era excelente!!! Mas infelizmente, de 2 semestres só posso citar esses 4 profs. como bons exemplos!!!

Como eu disse lá em cima, tenho costume de brincar com isso, mas era um verdadeiro desastre e pesadelo:

Professora de Antropologia - ERA a Sibila Trelawney. Louca e charlatã. Não dizia NADA que se aproveitasse, não tinha critério nenhum, nem pra corrigir provas (vc podia escrever qualquer merda que ela "respeitava a sua opinião filosófica"). Era uma hippie doidona que ficava divagando em aula sobre qualquer coisa, discursando "contra o sistema" que ela nem sequer entendia, falando mal de qualquer outra profissão com paranóia (paranóia do tipo "médicos implantam chips em nós quando estamos desacordados") e outras bizarrices do tipo... como ir vestida de cigana certa vez... enfim, nem me dava ao trabalho de ir à aula dela além do mínimo necessário. E mesmo assim, só pra responder chamada.

Professora de Geografia - nos passava matéria que já tínhamos visto na QUINTA SÉRIE, sem relevância nenhuma pro curso. E no final queria que soubéssemos, magicamente, como preparar uma aula.

Professor de Filosofia - ninguém entendia uma palavra do que ele dizia e ele não tinha a MENOR vontade de explicar. Não nos passava os textos para lermos previamente e debatermos em aula - como faziam os 4 profs bons que citei antes - mas chegava em aula comentando-os como se todos tivessem lido. Tipo, a gente ia adivinhar por telepatia o que era pra ler antes da aula, né?

2ª Professora de Idade Média - sem motivo e sem explicação pulou uns 200 anos em relação à matéria da outra prof. no 1º semestre. Sem contar que só víamos o que já sabíamos do E. Fundamental e Médio. Nada de estudar os povos pouco explorados no ensino básico. E não havia previsão de estudá-los na grade futura. (o que valia para Idade Antiga tbm)

Fora o resto que nem lembro mais...

Enfim... como esperavam que fôssemos futuros bons professores nessas condições??? (apesar de que eu nunca pretendi dar aula... o curso daria os 2 diplomas, bacharel e licenciatura... mas com essa "base" da faculdade eu teria que começar pesquisas praticamente do zero se seguisse esse caminho).

Ah, e havia também A TURMA.
Se eu tivesse filhos HOJE e soubesse que qualquer um dos meus vizinhos era seu professor, eu juro que o tiraria da escola imediatamente sem dó nem piedade!!! Um bando de baderneiros, bêbados e drogados do 4º ano de História que vieram fazer #mimimi quando eu fiz um BO contra eles por invadirem minha casa e meu quarto, pq com o "nome sujo" eles não poderiam prestar concurso público pra dar aula em escolas. Supostamente eles acharam que eu teria pena deles... Na verdade, tive uma sensação de alívio ao poupar diversas crianças do ensino público de tê-los como professores!

Não foi à toa que voltei deprimida.

Já, 2 anos depois, quando entrei no curso de Design Gráfico de uma facul paga senti uma ENORME diferença de nível dos professores. Apesar de ser paga nem sempre tínhamos todos os equipamentos necessários à disposição, mas com ou sem dificuldades, os professores foram os melhores que já tive. Inclusive, aprendi muito mais sobre História com a Professora de História da Arte nesse curso - que aliás, é formada em Arquitetura - do que tinha aprendido em um ano de faculdade de História com 10 professores diferentes da mesma área.

Eu sou um grande critico as escolas técnicas. Elas não ensinam ninguém a pensar, a estudar, a ter pensamento critico nem nada.

Elas só pegam uma pessoa e a transformam e uma "maquina". Programam ela para responder a uma função exigida pelo mercado e e etc...

Faculdades são essenciais para a formação de qualquer cidadão. Infelizmente no Brasil ela é um luxo caro para quase todos.

Pois tá falando bobagem... Ou melhor, está generalizando...

Eu fiz Curso Técnico em Patologia Clínica junto com o Ensino Médio e tenho muito orgulho disso. Aprendi muito mais e fui muito mais cobrada no técnico do que na faculdade. Os professores eram fabulosos, mesmo quando eram exigentes demais e a gente ficava com raiva deles. Eu nunca tive uma fase tão intensa de estudos e, embora não tenha seguido na área médica / biológica, o conhecimento que adquiri nesse curso me é útil até hoje (sempre que alguém fica doente e eu tenho que conversar com médicos, o que infelizmente tem sido uma constante).

E se fosse mesmo só pra criar 'máquinas não pensantes pro mercado de trabalho' então eu não teria aprendido os procedimentos mais rígidos de higiene e segurança no trabalho que se deve ter dentro de um laboratório. Porém, quando fui fazer estágio - fiz 2 diferentes - a realidade era o completo oposto de tudo que aprendi! Aliás, eu era satirizada por seguir as regras que aprendi no curso.

Aliás, se fosse mesmo só pra criar 'máquinas não pensantes pro mercado de trabalho' eu não teria aprendido a fazer e interpretar TODOS os exames manualmente, pois hoje em dia mesmo no laboratório mais furreca basta apertar alguns botões para que a máquina faça tudo sozinha. Mas nenhum professor nos passaria se não soubéssemos como fazer E interpretar cada exame, mesmo que a interpretação não fosse nosso trabalho (isso é trabalho do médico, geralmente).
Por que isso?
Porque o curso era encarado, tanto por professores quanto por alunos, como preparatório para quem quisesse fazer futuramente biologia, biomedicina, bioquímica, enfermagem, medicina ou qualquer outro curso da área. Nós já chegaríamos na faculdade com conhecimento prévio, muito além do que é exigido no Ensino Médio. Há doenças que, embora eu não possa e nem me atreva, eu sei como medicar.

Então, não generalize... Até porque, mercado de trabalho para curso técnico é pura ilusão! Todo mundo que conheço aqui na cidade, de qualquer área, que fez curso técnico saiu reclamando após se formar porque não teve vantagem nenhuma para conseguir emprego. A dificuldade foi exatamente a mesma de quem fez só Ensino Médio. Se tivemos vantagem em algo, foi no vestibular. Eu sabia mais sobre biologia, enquanto amigos meus de outras áreas tiveram mais facilidade em química, física e/ou matemática.

Esse curso também me preparou muito bem com relação normas de ABNT, como fazer trabalhos acadêmicos. Nossa coordenadora de curso, minha orientadora e os demais da bancada foram extremamente rígidos com relação ao nosso TCC, de modo que eu já cheguei na faculdade sabendo como fazer uma boa monografia.

Esse é o tipo de preconceito que vem sofrendo também os cursos tecnológicos de faculdade, que geralmente duram menos tempo [de 2 a 2 anos e meio]. (que é o caso do Design Gráfico que faço agora). Como se fossem inferiores aos cursos de bacharelado e licenciatura. Muito se engana quem acha que "não precisa pensar" no mercado de trabalho. Justamente os professores que tive no Curso Técnico de Patologia Clínica e na Faculdade de Deisgn Gráfico foram os mais "crânios" que eu já tive e a quem sou extremamente grata por terem compartilhado seu conhecimento comigo!
Aposto que meia hora conversando com 1 ou 2 deles você mudaria de ideia completamente...
A questão não é o tempo de duração do curso, mas o comprometimento do aluno. Eu presto atenção na aula, eu faço perguntas, eu debato, eu converso com os professores fora da aula... e nenhum deles nunca reclamou de mim por isso. Pelo contrário, ainda tenho amizade com vários que já não me dão mais aula. Mas a maioria dos alunos só tava interessada em fazer o tempo passar rápido pra ir logo pro bar (no caso das 2 faculs que frequentei).

sempre defendi que a universidade não é responsável por uniformizar o que entra, mas sim garantir a qualidade do que sai. porém, infelizmente a nossa realidade é incompatível com essa idéia - apesar de continuar defendendo até a morte que a universidade deve garantir a qualidade do que sai, ela hoje em dia tem que se preocupar em uniformizar o que entra (em harmonia com a posição do bagno)

A primeira coisa que ouvi quando entrei na Faculdade de Deisgn Gráfico de um professor foi:

"Aqui é fácil de entrar [porque o vestibular é considerado relativamente fácil] porém, difícil de sair [formado!]"

Felizmente, meus profs não tiveram tanto essa preocupação em uniformizar o que entrava. Digo felizmente porque eu acho que é responsabilidade do aluno correr atrás do atraso se está REALMENTE interessado no curso e na profissão!


Então, nem me refiro a interesse pelo conteúdo, mas ao status social no seguinte sentido:

- oi fulano, vc é formado em qual curso?
- em física
- que bosta, hein?

*realidade alternativa*

- oi fulano, vc é formado em qual curso?
- em medicina
*todos baba*

Nem me fala...
Quando eu fazia Patologia e o povo, especialmente da minha família e incluindo minha mãe, me via de branco: 8-O NNNOOOOOOOOSSSSAAAA. "vc vai ser igual sua prima, né?" (que fazia medicina na mesma época).

Quando eu disse que faria biologia ou história na faculdade, e mesmo quando eu entrei na área de design e fotografia (que já era a área de atuação do meu pai): :blah: *olhar de desprezo*

Quando minha prima chega no recinto, *todos baba*. E, véi, na boa... Tem coisa que eu sei mais do que ela sobre medicina com o meu "mísero" curso técnico. Sério! Percebi isso quando meus avós ficaram internados e ela não conseguia conversar com o médico e repassar as informações pra família.


Agora eu até tenho voltado a pensar seriamente em fazer veterinária, mas não por causa do status e sim porque eu realmente amo a área e to cansada de ver histórias muito absurdas de negligência e mal profissionalismo!

Eu também acho que o problema esteja na base, mas não só na educação pública. Sempre estudei em colégio particular e, no ensino médio, a mensalidade estava mais de 800 reais. Entrou um professor de física MUITO BOM e muito comprometido, e as provas dele tinham questões de vestibular, e a galera rodava feio! O que fizeram? Estudaram? Não, os pais foram reclamar na escola que as provas eram muito difíceis :roll: Resultado: ele teve que baixar o nível da prova! Ainda assim, o povo ia mal. Simplesmente porque não estudava! É só questão de nível sócio-econômico? É só questão de tipo de instituição? Infelizmente não, então não dá pra resolver o problema sem identificar sua causa.

Na minha opinião, falta comprometimento!

Um exemplo disso foi uma situação que tive justamente na matéria de História da Arte na faculdade. Como, apesar do fiasco na Unesp, sou apaixonada por história essa se tornou uma das minhas matérias favoritas e eu prestava muita atenção e conversava muito a respeito com a professora - que é bem severa em aula, diga-se de passagem, mas também muito legal.

Ela passou um trabalho simples - indicar 5 exemplos de qualquer tipo de arte que foi inspirada (influência / referência) em trabalhos e estilos clássicos, por exemplo esse e esse - e apesar da simplicidade e da obviedade NINGUÉM conseguia entender o que era pra fazer, mesmo ela trazendo exemplos pra facilitar.
O trabalho devia ser entregue no dia da prova e ela entregaria os resultados de ambos na aula seguinte. Quando chegou o resultado eu fui a melhor aluna no trabalho e na prova. Aí uma garota revoltada me "acusou" - não entendi muito bem o que ela pretendia com isso - de ter feito um ano de faculdade de História e que só fui bem por isso. Ela criou um barraco na sala por conta disso! Acho que na mente de azeitona dela eu devia ter um desconto na nota por já ter feito outra faculdade antes que, diga-se de passagem, não me ajudou em nada nessa matéria ou em outra qualquer... foi só 1 ano desperdiçado mesmo!!! Mas como ELA tinha preguiça de estudar, tinha que por a culpa em alguém.
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Sobre a questão do curso de Letras, quando eu tava na 3ª série (eu tinha 9 anos) entrou uma professora que eu considerei como "semi-analfabeta". Eu ainda tenho esse caderno guardado:

ela corrigiu um ditado meu colocando um "Y" em erupção -> eupYção. E disse numa aula que não existia plural para flores, o correto era "as flôr".

Depois disso voltei pra casa chorando, implorando pra mudar de escola.
Meus pais nunca foram ricos, mas fizeram um sacrifício para me por na escola particular local que não era tão cara.

Agora, isso foi no início da década de 90 quando a maioria dos professores ainda eram bons! Fico imaginando como deve estar a situação atual. É de dar medo e pena. E o pior é que cada vez mais os pais jogam a responsabilidade de educar seus filhos em cima dos professores.

Hoje, se sou o que sou, é porque meus pais sempre estimularam meu gosto pelos estudos e minha curiosidade. Sempre me incentivaram a ser boa o suficiente pra passar nas provas mais difíceis.
Eu fui alfabetizada em casa. Minha mãe tinha uma verdadeira biblioteca dos seus tempos de solteira. E meu pai apertava o cinto e comprava sempre que podia aquelas enciclopédias que vinham com assinatura do jornal, um exemplar por semana. As tenho até hoje (e bem conservadas).

O problema é de mão dupla: professores mau preparados e mau remunerados + falta de comprometimento dos pais com a educação dos filhos.
Muitos pais hoje, casados ou não, parecem querer continuar com a vida de solteiro mesmo depois que nascem os filhos... aí como a criança atrapalha nisso, deixam pra empregada, pra babá, professor... Ser pai e mãe exige dedicação e presença.
Meus pais nunca ficaram em cima de mim, me sufocando... nunca ouvi coisas do tipo "só vai jogar videogame depois que fizer a tarefa". Eu jogava quando e quanto queria, mas só porque eles sabiam que eu era responsável. Eles sabiam que eu GOSTAVA de estudar e portanto fazia com prazer, com vontade... e esse gosto e essa responsabilidade foram eles que me passaram desde pequena, é coisa que vem de berço!

Quem realmente quer e gosta de estudar, e quer se comprometer seriamente com uma profissão, acha os meios entre as pedras... mesmo que demore mais tempo que o previsto!
 
Última edição:
Aranel, vc falou que o Felagund generalizou que curso técnico é ruim, mas vc tbm está generalizando que universidade pública é sucateada... :roll:
 
Aranel, vc falou que o Felagund generalizou que curso técnico é ruim, mas vc tbm está generalizando que universidade pública é sucateada... :roll:

Eu não disse que TODAS eram sucateada. Eu disse que visitei UMA que estava sucateada... estudei em outra que tbm estava sucateada na época (mas que segundo alguém daqui me disse já está com prédio novo e moderno).

Primeiro que o prédio estava completamente sucateado, caindo aos pedaços MESMO. Segundo alguém daqui que é da Unesp - não lembro quem - finalmente fizeram um campus novo e saíram dali. [/QUOTE]

E disse tbm que a Unesp de Odonto daqui de SJC é IMPECÁVEL.

Já cursos com Odonto - que é o da Unesp aqui de SJC que eu conheço bem pq fiz Coral lá e convivi com vários alunos e profs. - são impecáveis em todos os aspectos, mesmo o campus sendo igualmente pequeno.

Mas o que eu quis dizer é que caiu essa história de que SÓ a pública é boa e a faculdade paga é lixo, como se acreditava até 15 ou 10 anos atrás.
Esse preconceito com a faculdade paga, bem como com os cursos técnicos e faculdades tecnólogas é totalmente infundado!
 
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Concordo completamente com a sua critica a educação, só quis levantar a critica ao ensino tecnico como "salvação da educação".
Para mim o ensino técnico é dado de forma errada, eu considero ele unica e exclusivamente mercadológico. É a mercantilização do ensino em seu maior grau.

Claro que sai um pessoal bom de lá, caras competentes e tudo mais, mas o ponto que eu quero colocar é que APENAS isso não basta para a educação. Precisamos das Universidades pelo debate, pela formação do pensamento e tudo mais que ela proporciona, não apenas a capacitação na execução de uma ou duas tarefas especificas.

Ok, mas como outros já disseram, nada impede de após o técnico você ir pra universidade ter ensino superior também. Principalmente se for na mesma área do técnico, vai te dar uma bagagem que nenhum outro colega vindo do ensino médio regular terá. Eu vi isso na minha graduação, em que os técnicos tinham muito mais facilidade pra muitas disciplinas e não tinha nada de "maquinização", era muito raciocínio sim.

Aliás, eu incentivo todo mundo, a exemplo da minha dificuldade hoje, a cursar o técnico junto com o médio, porque isso, junto com uma graduação, vai aumentar imensamente a chance de emprego. Você formado num técnico já vai ter, certamente, estagiado, o que te dá uma vivência muito maior do que o pessoal que só vai procurar o primeiro emprego depois dos 22 ou 23, quando pegou o diploma de ensino superior.

Na minha opinião, falta comprometimento! Tipo eu, estudo medicina, se cometer um erro, posso por uma vida ou qualidade de vida em risco, além da minha própria carreira. Assim, eu sei que eu tenho que ser cuidadosa e estudar e trabalhar com carinho. Mas o professor que ensina errado, seu aluno só vai ser prejudicado lá na frente, ele não vai ser punido, então pra que se esforçar?

Hipóteses, hipóteses... Só sei que, quando leio que mais de 50% dos professores não foram bem na prova de avaliação, me dá uma tristeza e uma raiva!

O primeiro motivo alegado será falta de vontade por causa do salário baixo, etc, etc, etc. Eu, como professora da rede pública, sou a primeira a dizer que realmente o salário é uma merda pelo investimento "mental" que eu fiz durante a graduação. Mas EU escolhi essa profissão e EU escolhi prestar concurso público, já sabendo qual seria o salário. Eu aceitei isso, e suponho que nenhum professor tenha sido obrigado a lecionar. Portanto, justificar qualquer coisa com o baixo salário é balela.

Mas tem uma relação, claro: se o salário é baixo, uma boa parcela do professorado não é mesmo composta pelos melhores das turmas graduadas. Em geral, se o cara é muito bom, não vai dar aulas, vai ser supervisor, gerente, coordenador em alguma empresa. Aí, faltando professor, eles literalmente pegam qualquer um pra suprir os buracos nas grades dos alunos. Por exemplo, no passado, por mais de 1 mês o filho estudante de engenharia de uma professora foi um professor eventual na minha escola. E por eventual leia-se "cobriu as faltas de quaisquer professores, independentemente da disciplina".
Esse ano, tem um professor de sociologia que já foi corretor de imóveis, vendedor da Marabraz e não sei mais o quê. O que parece, pra mim que não conheço a história de vida da pessoa, é que nada disso deu certo ele resolveu partir pra educação, onde qualquer um entra.

Aí você vai lá, matricula teu filho na escola e ele não perdeu nenhuma aula e se dedicou, mas a formação é um mosaico de trocas de professores, descontinuidade do trabalho, lacunas no aprendizado. E é essa criatura que vai se formar no ensino médio e eventualmente entrar numa faculdade (provavelmente de cursos-de-base [desprestigiados pouco concorridos], como os citados pelo Amon na primeira página) sem base alguma pra continuar com os estudos em nível superior. Vai se formar de um jeito meia-boca e eventualmente será um professor meia-boca também.

E assim segue a bola de neve, rolando cada vez maior.
 
Segundo a literatura existe um sintoma chamado cegueira psicogênica ou psicológica que aparece em indivíduos e que aparece também em sociedades que sofrem transe coletivo cujas consequências variam de histeria coletiva ao extremismo (duas manifestações da fragmentação) no qual costumam aplicar a qualquer custo técnicas psicológicas de politicamente correto contra o idioma para agradar políticos e não para obedecer ao que é justo.

Esse tipo de cegueira psicológica retira completamente a capacidade visual de uma pessoa devido a um choque emocional intenso no passado em que o indivíduo deixa de ter opiniões abalizadas sobre o que vê. Para tratamento a pessoa é isolada e recebe sessões de hipnose e tranqüilizantes que procuram combater o problema da incapacidade de absorver dados importantes e essenciais da realidade que a cerca.

Não havendo lesão física (e sim nas funções) dos órgãos da visão e dos olhos ou mesmo do sistema nervoso a intolerância a realidade se instala e afeta imediatamente o mecanismo de preservação da memória (os olhos captam mas a lembrança não se fixa) e o indivíduo ou grupo envolvido começa a buscar a perda da memória pessoal e se lhe(s) for(em) permitido (não houver tratamento) então ele destruirá(ão) com ele também a memória pública ao exercer influência negativa nos que estão ao redor.

Li o relato de um caso em que um médico do Hospital da Cruz Vermelha atendeu um trabalhador e o ministério diagnosticou o problema do homem como sendo acidente de trabalho, porém em doses diferentes o mesmo sintoma aplicado em grandes populações podia ter efeitos amplos e severamente lesivos (podendo levar a inoperância ou extermínio de um povo)

Na sociedade urbana atual esse tipo de acidente de trabalho raramente é diagnosticado. Para atender a desvios psicológicos um grupo inteiro pode se enviesar contra medidas racionais e curativas e se revoltar igual os doentes fazem. Eles se rebelam em enfermarias contra a solução ao invés de se preocupar com o problema.

O efeito final é o esvaziamento do significado da vida para milhões de pessoas, empobrecidas na liberdade de raciocinar e que formam a classe mais numerosa atualmente (treinada mas não amparada). Segundo o site de notícias espaciais Spacedaily, nos EUA os cientistas andam preocupados com um conjunto de pessoas que emergiu que não acredita nem em ciência nem em religião e agem direcionados ao vazio existencial e caos absoluto tão lastimável é o abandono da luta contra os elementos da natureza e dos significados que ela possui.

A pessoa compreende que o mundo funciona com fatos, mas ela não progride na abordagem e interpretação dos fatos porque eles estão comprometidas e não houve tempo para desenvolver noções de dedicação, seriedade, necessidade ou oportunidade.

Para piorar o cérebro passa a ser visto como um bloco único (um tijolo) que amadurece todas as áreas ao mesmo tempo quando na realidade cada área cerebral amadurece em tempos, ritmos, velocidades e distribuições diferentes.
 
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