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A canção de Beren e Lúthien

Eruanna Upadiel

Princess Of Green Wood
Ola gente!!:D

Bem, vi num site que existe uma música chamada Balada de Leithian,(Libertação do Cativeiro), que conta a história de Beren e Lúthien. Ja procurei em vários sites, mas não consegui encontrar nada... Queria, se possivel, que me deixassem aqui o endereço de algum site onde possa ouvir a música!

Valeu!!:abraco:
 
Eruanna, achei essa Balada traduzida. O crédito da tradução é do Aegnor do site "Portal Tolkienianos". Ela é dividida em capítulos. Pelo que eu sei ela não está completa, mas me corrijam se estiver errado.
Só uma coisa: talvez tranquem esse tópico, porque dei uma olhada aqui na Valinor e já tem alguns sobre o assunto... :)

A
Aventura
de Beren filho de Barahir
e
Lúthien a elfa
chamada
Tinúviel o rouxinol
ou a
Balada de Leithian
Libertação do Cativeiro



I – De Thingol em Doriath

Havia um rei nos dias de antigamente:
antes dos homens caminharem na terra
o seu poder era reverenciado na sombra das cavernas,
a sua mão estava sobre os vales e clareiras.
De folhas a sua coroa, o seu manto verde,
as suas lanças prateadas longas e afiadas,
a luz das estrelas no seu escudo era apanhada,
antes da Lua ser feita ou o Sol forjado.
Nos dias futuros quando para a costa
da Terra-Média de Valinor
as hostes Élficas em força regressaram,
e bandeiras voaram e faróis queimaram,
quando os reis de Eldamar passaram
em força de guerra, debaixo do céu
então ainda as suas trompas de prata troaram
quando o Sol era jovem e a Lua nova.
Longe então em Beleriand,
na terra cercada de Doriath,
o Rei Thingol sentava-se no trono guardado
nos muitos salões de colunas de pedra:
ali o berilo, pérolas, e a pálida opala,
e o metal forjado como escamas de peixe,
escudos e coletes, machados e espadas,
e brilhantes lanças eram deitadas em tesouros:
tudo isto ele tinha e achava pouco,
pois mais querida do que toda a riqueza em salões,
e mais bela do que as nascidas dos Homens,
uma filha ele tinha, Lúthien.

De Lúthien a Amada

Tais ágeis membros não mais correrão
na verde terra debaixo do Sol;
tão bela uma donzela não mais será
desde a aurora ao anoitecer, desde o Sol ao Mar.
O seu vestido era azul como os céus de Verão,
mas cinzentos como o entardecer eram os seus olhos;
o seu manto bordado com belos lilios,
mas escuros como as sombras os seus cabelos.
Os seus pés eram rápidos como um pássaro a voar,
o seu riso alegre como a Primavera;
o esbelto salgueiro, o dobradiço junco,
a fragrância de um prado florido,
a luz sobre as folhas das árvores,
a voz da água, mais que tudo isto
era a sua beleza e bem-aventurança,
a sua glória e encanto.

Ela habitava na terra encantada
enquanto o poder élfico ainda dominava
os bosques entrelaçados de Doriath:
ninguém nunca para ai encontrou o caminho
sem ser convidado, nem a beira da floresta
se atreveu a passar, ou agitar as folhas atentas.
Para norte ficava uma terra de medo,
Dungortheb onde todos os caminhos acabavam
em colinas de sombras escuras e frias;
para lá era o domínio da Mortífera Floresta sob a Noite
na crescente sombra de Taur-nu-Fuin,
onde o Sol era doentio e a Lua pálida.
Para Sul a grande terra inexplorada;
para Oeste o antigo Oceano troava,
não navegado e sem costas, imenso e selvagem;
para Este em picos de azul empilhadas,
em silêncio envolvidas, encimadas de névoa,
as montanhas do mundo exterior.

Assim Thingol no seu belo salão
entre as altas Mil Cavernas
de Menegroth como rei vivia:
para ele nenhuma estrada mortal levava.
Ao seu lado sentava-se a sua rainha imortal,
a bela Melian, que tecia invisíveis
redes de encantamentos em redor do seu trono,
e feitiços eram postos em árvore e pedra:
aguçada era a sua espada e alto o seu elmo,
o rei da faia, carvalho e olmo.
Quando a erva era verde e as folhas longas,
quando o tentilhão e o tordo cantavam a sua canção,
ai por baixo dos ramos e debaixo do Sol
na sombra e na luz corria
a bela Lúthien a dama élfica,
dançando em vales e verdejantes clareiras.

De Daeron o menestrel de Thingol

Quando o céu era claro e as estrelas intensas,
então Daeron com os seus dedos debruçava-se,
assim que a luz do dia se fundia no entardecer,
e uma vibrante e doce música tecia
em flautas de prata, fina e clara
para Lúthien, a donzela amada.

Ali havia alegria e vozes claras;
ali a tarde era pacífica e a manhã suave,
ali as jóias cintilavam e a prata empalidecia
e ouro vermelho em dedos brancos resplandecia,
e a elanor e niphredil
desabrochavam na erva ainda inalterável,
enquanto os intermináveis anos da terra Élfica
rolavam sobre Beleriand,
até que um dia de destino aconteceu,
como ainda os harpistas élficos cantam.
 
Última edição:
A Balada de Leithian não é uma música, mas um loooongo poema escrito pelo Tolkien. Nele, o autor conta a história de Beren e Lúthien em cupletos octossilábicos. A balada não foi finalizada, e termina com Carcharoth engolindo a mão de Beren.
Você pode encontrá-la no livro The History of Middle-earth III - The Lays of Beleriand.
 
"Balada" ali não implica música... quer dizer, originalmente também implicava, pois era um poema feito para ser cantado por menestréis, etc. Mas "balada" também é um subgênero literário, que é/era escrito em imitação a sua contraparte oral.

A Balada de Leithian, no caso, enquadra-se nos dois modos: "internamente" ela foi composta para ser realmente cantada por bardos, enquanto que "externamente" (no mundo real) ela foi escrita por Tolkien para ser lida como o poema que é.
 
Eruanna Upadiel disse:
vi num site que existe uma música chamada Balada de Leithian,(Libertação do Cativeiro),
Como você disse que viu num site, acho que ainda não leu o Silmarillion, sendo que lá, em vários momentos, é citado a 'Balada de Leithian'. Então, pra você que quer saber a história de Beren e Lúthien completa, o melhor é ler o Silma! :D
 
Eles cantam o poema. Veja o que escrevi no post acima.
Eu entendi muito bem o seu post acima. O que eu não sabia é se eles catavam uma outra música ou cantavam o próprio poema, mas pelo que vi agora é o próprio poema mesmo que eles catam.
O que me fez confundir foi a letra de uma música...colocada até na tarefa das músicas na nossa II batalha Valinor...

10. She choose to be a mortal like Beren her loved
They were separated by, by the wide sea of life
But they met at last again
In the twilight so blue
It's a long time since we've heard
About their song of sorrow and pain[/qoute]
 

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