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A ascensão do romance (Ian Watt)

Anica

Usuário
Não há dúvidas de que A ascensão do romance de Ian Watt é leitura fundamental para quem estuda literatura, e justamente por isso a notícia do lançamento agora em outubro da edição de bolso pela Companhia de Bolso é tão bem-vinda. Focando principalmente nas obras de Daniel Defoe, Samuel Richardson e Henry Fielding, Watt mostra em seus estudos como foi que se criou um dos gêneros mais populares de todos os tempos

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é o tipo d leitura q me agrada.

só acho q ficou algo errado na frase "mas naqueles tempos a leitura de um livro era o que sobrava para muitos como entretenimento era ler."
 
[align=justify]Bá, que vontade de ler esse livro. O Ian Watt tem um outro livro (deve ter vários, mas esse é o que eu conheço, hehe) cujo título é mais ou menos assim: Mitos do Individualismo Moderno, onde ele analisa algumas obras clássicas desse "formato".

Anica, como ele relaciona a ascensão da burguesia com a popularização dos romances? Pergunto porque lembro daquele livro do Lukács, O romance como epopéia burguesa e também daquele Teoria do Romance, que analisam como o romance não só é resultado da ascensão da burguesia, como também a recíproca é verdadeira.

Vou ter que descolar uma grana para esse livro.[/align]
 
tem um capítulo inteiro dedicado a isso, lucas, e o engraçado é que o próprio watts diz que é só "uma abordagem sucinta das possíveis relações", então como pode imaginar, é algo bem complexo. uma das coisas que ele comenta é de uma mudança na classe intermediária (os nem tão ricos e nem tão pobres), que com a expansão das cidades começa a ganhar mais dinheiro e assim ter mais condições para comprar livros, que eram luxo reservado aos ricos até então.

o engraçado é que na opinião dele o livro fica mais acessível no século xviii, mas ele diz que o romance não pode ser considerado um gênero popular, se for comparar com o teatro elisabetano (que qualquer um podia bancar uma ida ao Globe, por exemplo). é interessante a relação que se estabelece: mais pessoas podem comprar livros, mas isso não significa que todos podem comprar - é apenas um nicho específico e é esse que moldará o que se espera do romance, já que são eles que compram.

enfim, falei de forma breve, mas vale a pena ler. e saindo pela companhia de bolso nem fica tão caro, só 25 royals.
 
[align=justify]Tenho o maior interesse nesse assunto, de lá até os dias de hoje o romance se tornou o "formato" mais popular de histórias. E o legal é ver como, dentro dessa forma houve elasticidade suficiente para transformações absurdas, que, ao contrário daqueles que falavam em crise do romance ou ainda os que preconizaram o fim dele, o romance conseguiu (aliás, os autores conseguiram) estendê-lo, torce-lo e distorce-lo a ponto de tirar dele algo novo, ou, segundo alguns, destrui-lo de vez.

Isso me faz lembrar de um artigo da Lynn Hunt, em que ela discute três romances epistolares no pré-Revolução Francesa procurando mostrar como eles criaram as condições psicológicas, sociais e de mentalidade que possibilitaram (entre outros fatores, obviamente) que os Direitos Humanos fossem estabelecidos em 1789.

Tem um livro que já faz tempo que vejo na estante e que nunca tive coragem de pegar: Aspectos do Romance, do E. M. Forster, tu já leu Anica?

Pensando nisso vejo que não conheço as fronteiras do romance, assim, uma definição sucinta dele, o que pode e o que não pode ser considerado um romance, tenho que pesquisar isso. (e desembolsar uma grana para comprar esse livro)[/align]
 
Lucas_Deschain disse:
[align=justify]Tem um livro que já faz tempo que vejo na estante e que nunca tive coragem de pegar: Aspectos do Romance, do E. M. Forster, tu já leu Anica?[/align]

O Aspectos do Romance, se não me engano, é mais voltado para a Teoria Literária, não para a história. Trata de coisas como narrador, enredo, personagens... Ele tá com uma edição nova agora, né?
 
[align=justify]Valeu pela dica obnóxio, citei o título porque me lembrei e pensei que pudesse ter a ver em algum aspecto por causa do título. Tenho que tomar coragem e pegar esse livro, ah, e não sei dizer se tem edição nova não. O que tem na bilbioteca que frequento é uma edição de capa verde que saiu pela editora Globo.[/align]
 

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